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Segunda, 22 Outubro 2012 18:13

CAR na prática

Produtores rurais precisam se cadastrar. Objetivo é permitir o planejamento ambiental e econômico do uso do soloSophia Gebrim Os produtores rurais de todo o Brasil devem ficar atentos às novas regras de regularização ambiental, publicadas na última semana, por meio do Decreto nº 7.830, de 17 de outubro de 2012. A legislação dispõe sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa de Regularização Ambiental (PRA), estabelecendo as regras gerais e instrumentos de implantação e integração das informações, em âmbito nacional, de planejamento ambiental e econômico do uso do solo brasileiro.O cadastro ambiental rural já vem sendo implantado no Brasil desde 2008, em estados como Amazonas, Bahia, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Acre, que já possuem sistemas próprios de cadastro. O processo de consolidação do cadastramento começou há dois anos com a criação do Programa Mais Ambiente, que instituiu um sistema federal de cadastro ambiental rural. INTEGRAÇÃO“O Decreto publicado na última semana vem para estabelecer as regras que institui o Sistema de CAR em todo o país, integrando a base de dados de todos os estados da federação”, explica a diretora do Departamento de Desenvolvimento Rural Sustentável da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Marilúcia Valese.  Dessa forma, os estados que já possuem seu banco de dados irão integrá-los  ao Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) instituído pelo decreto, e os que não possuem poderão utilizar o módulo disponibilizado pelo MMA/Ibama, por meio de acordos de cooperação técnica que estão sendo firmados com os estados. Os órgãos que adotarem o sistema poderão desenvolver módulos complementares, de acordo com as demandas locais, que será integrado no âmbito do Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima), formando assim, uma única base de dados de CAR de todo o país. “Com o apoio do MMA no  fortalecimento da capacidade técnica e operacional dos estados, conseguiremos acelerar o processo de cadastramento em todo o país, que contará, com um banco de  imagens de satélite que permitirão localizar, identificar e georreferenciar os  imóveis rurais”, explica a diretora do MMA. FUNCIONAMENTOO SiCAR irá integrar os dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) de todos os estados. Por meio de site da Internet (disponível em breve), será possível cadastrar as informações dos imóveis rurais, indicando localização, perímetro, áreas de vegetação nativa, Áreas de Preservação Permanente (APP), de Reserva Legal (RL), e de uso restrito. A partir daí, o CAR opera como uma base de dados que integra informações ambientais das propriedades e posses, com diversas aplicações, seja para o controle e monitoramento do desmatamento, como para  planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais.  A inscrição no CAR é obrigatória para todas as propriedades rurais e deverá conter os dados do proprietário ou posseiro, a planta do imóvel georreferenciada, a delimitação das áreas de interesse social e utilidade pública, assim como informações da localização dos remanescentes de vegetação nativa, APPs, RL, áreas de uso restrito e áreas consolidadas. Cabe ao produtor a veracidade das informações declaradas, que fica sujeito às sanções penais e administrativas, em caso de informações enganosas ou omissas. Tratando-se de pequenos produtores rurais (até quatro módulos fiscais) e povos e comunidades indígenas e tradicionais, para registro de imóveis no CAR, o procedimento será simplificado, sendo obrigatória apenas a identificação do proprietário, a comprovação de posse do imóvel e a elaboração de croqui, que poderá ser feito sobre a imagem de satélite,  indicando o perímetro do imóvel, a delimitação das áreas de interesse social e utilidade pública, assim como informações da localização dos remanescentes de vegetação nativa, APPs, RL, áreas de uso restrito e áreas consolidadas. “Tal medida garante apoio diferenciado à esses pequenos produtores familiares e comunidades tradicionais que terão apoio do poder público na elaboração de seus cadastros”, destaca a diretora Marilúcia Valese.    Futuro Ainda segundo o Decreto, a inscrição do imóvel no CAR é condição obrigatória para sua adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), que será instituído pelo Governo Federal como parte das iniciativas de adequação e promoção da regularização ambiental em imóveis rurais. Após a sua adesão ao Programa, o proprietário rural não poderá ser autuado por infrações cometidas antes de 2008, relativas á supressão irregular de vegetação em APP e RL. Dessa forma, as multas serão consideradas como convertidas em serviços de recomposição das áreas degradadas de APP, Reserva Legal e de Uso restrito, mediante o cumprimento das ações de manutenção, recuperação, e/ou compensação previstas no termo de compromisso.
Segunda, 22 Outubro 2012 17:56

Ministra recebe ONGs

Programa de Regularização Ambiental e Cadastro Ambiental Rural foram objeto de discussãoLetícia VerdiA pedido do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, recebeu nesta segunda-feira (22/10), em Brasília, representantes do Instituto Socioambiental (ISA), World Wide Fund for Nature (WWF) e Amigos da Terra. O encontro teve o objetivo de discutir processo de regulamentação do Programa de Regularização Ambiental (PRA) e do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Segundo Raul Silva Telles Valle, do ISA, a despeito dos aspectos negativos suplantarem os positivos no novo Código Florestal, trata-se de cumprir a lei, criando espaços democráticos para a participação de todos. “É notória a importância da participação na regulamentação no PRA, a fim de garantir que haja cumprimento do que venha a ser estabelecido”, diz carta entregue à ministra pelo FBOMS.DETALHAMENTOCom a finalidade de acompanhar o processo, o fórum propõe a criação de um Grupo de Trabalho (GT). “Solicitamos a criação de um GT no âmbito do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) ou com caráter interministerial como canal de discussão e participação na regulamentação e implementação da nova lei”, acrescenta o documento. A ministra Izabella Teixeira pediu um detalhamento das propostas e garantiu que voltará ao assunto após ter ouvido os demais segmentos interessados. “Não escolho interlocutores”, afirmou ela durante a reunião. Representaram o FBOMS Roberto Smeraldi (Amigos da Terra/Amazônia Brasileira), Raul Silva Telles Valle (ISA), Jean François Timmers (WWF) e Adriana Ramos (ISA).
Segunda, 22 Outubro 2012 15:11

De olho nas crianças

MMA desenvolve ações para disseminar o consumo consciente entre aqueles que formarão as futuras geraçõesLetícia VerdiA secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) do Ministério do Meio Ambiente, Samyra Crespo, no cargo desde 2008, fala, em entrevista, sobre os temas prioritários da sua gestão. Consumo consciente com foco nas crianças é o diferencial deste ano, com campanha de conscientização da população sobre a importância do tema prevista para 2013. As ações do Plano de Ação para a Produção e o Consumo Sustentáveis continuam. Separação do lixo e uso de sacolas retornáveis são prioridade nas ações promovidas pela SAIC. Samyra Crespo adianta o lançamento, no dia 30 próximo, de cartilha “Consumismo infantil: na contramão da sustentabilidade”, elaborada em parceria com o Instituto Alana, para orientar pais e educadores a respeito do tema. Lembra também a Política Nacional de Resíduos como essencial para envolver toda a sociedade no cuidado com o meio ambiente.Estamos no Mês do Consumo Consciente. Qual o objetivo da data e como o MMA está trabalhando para trazer à tona o tema?Samyra Crespo - O Dia do Consumo Consciente, proposto pela Consummers International, associação global, foi adotado pelo Brasil desde 2009. Ocorre que dia 15 também é Dia do Professor, perto do Dia das Crianças, e, normalmente, é feriadão. Então, resolvemos ampliar as ações para o mês todo. Estamos trabalhando o tema do Consumo Infantil. A intenção é pautar a sociedade brasileira sobre a importância deste tema e preparar uma grande campanha de sensibilização da opinião pública no próximo ano. Mas o tema do consumo consciente é permanente na agenda do Ministério. Temos os desafios da implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos e de como envolver o consumidor no descarte responsável, o que significa neste momento separar o lixo seco do molhado. No âmbito do Plano de Ação para a Produção e o Consumo Sustentável, temos a controversa necessidade de reduzir a utilização de sacolas plásticas, por exemplo. Então posso dizer com segurança que o tema da produção e do consumo sustentáveis é central na agenda de todo o Ministério.Quais as principais ações da SAIC voltadas para o tema do consumo infantil?Fizemos uma campanha no Distrito Federal intitulada “Ganhou, doou”, na qual trabalhamos a doação de brinquedos por parte das crianças que ganharam presentes novos no Dia das Crianças. Os aspectos trabalhados foram a doação, portanto a solidariedade e o desapego, a ideia de que não se deve acumular e principalmente o ato de cidadania que é reconhecer que uma coisa que não estamos usando pode bem servir a outra pessoa que não tem possibilidades de adquirir aquele bem. Aproveitamos para distribuir 50 mil revistinhas da “Turma da Mônica” sobre questões ambientais e descarte consciente. O MEC distribuirá 350 mil destas revistas nas escolas públicas.Também estamos lançando no dia 30 a cartilha que desenvolvemos junto com o Instituto Alana para pais, professores e cuidadores de crianças em creches e instituições. A ideia é estimular ações e dar dicas de como questionar o consumo abusivo e desnecessário. Sabe-se que hoje as crianças influenciam fortemente o consumo dos país e muitas vezes leva a família a endividar-se para adquirir brinquedos e eletrônicos. No próximo ano teremos uma ação de peso com envolvimento de outros Ministérios, como por exemplo o MEC e o Ministério da Saúde. O MEC tem o mandato para o trabalho junto às escolas, e o Ministério da Saúde vem travando uma batalha meritória contra a tendência da obesidade infantil estimulada pelo excesso de alimentos industrializados ingeridos pelas crianças.A educação ambiental contribui para formar cidadãos e consumidores mais conscientes. Qual é a estratégia do MMA para que isso ocorra?A educação Ambiental é fundamental para ampliar a consciência e para estimular a mudanças de cultura e de hábitos. Mas não é suficiente. É preciso regulação, como a Política Nacional de Resíduos Sólidos está fazendo, obrigando as empresas que distribuem embalagens a fazerem a logística reversa, isto é a responsabilizar-se pelas embalagens no pós-consumo. É preciso também campanha de comunicação de massa, como fizemos no caso das sacolas plásticas – a campanha denominada “Saco é um saco”, pois é preciso sensibilizar e envolver também os adultos, do Brasil inteiro e de todas as classes sociais.Quais as metas e os projetos prioritários da SAIC para 2013?Concentraremos nossos esforços nas prioridades do Plano de Ação de Produção e Consumo e na implementação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Estamos á frente da Conferência Nacional de Meio Ambiente, que acontecerá no ano que vem e que prevê uma grande mobilização em torno do tema dos resíduos Sólidos. Também vamos participar ativamente da conferência Infanto-juvenil do MEC, com o envolvimento de mais de 30 mil escolas, com o tema das “Escolas Sustentáveis”. Outro esforço que vale a pena destacar é nosso Programa Nacional de Educação em Agroecologia, voltado para a população rural. No âmbito do “dever de casa” do governo, envidaremos todos os esforços necessários para que o Programa de Compras Governamentais Sustentáveis tenha o impacto que se espera. Este será com segurança um programa que poderá impulsionar a economia verde em nosso País e levar a mudanças significativas no modo de o próprio governo operar. É a gestão pelo exemplo.
Sexta, 19 Outubro 2012 19:36

Recursos para quem precisa

Conferência sobre Diversidade Biológica termina com garantia de apoio às nações em desenvolvimentoDa RedaçãoChegou ao fim nesta sexta-feira (19/09), na Índia, a Conferência sobre Diversidade Biológica (COP11), com acordos feitos em todos os principais temas em negociação. Entre eles, o compromisso dos países desenvolvidos em dobrar os recursos doados às nações em desenvolvimento para a conservação da sua biodiversidade.Para o chefe da delegação brasileira, o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, a falta de ambição dos europeus na questão de doação de recursos não comprometeu o bom resultado da conferência, principalmente para os países mais pobres: “Não foi a negociação dos nossos sonhos, mas assegurou um compromisso com a alocação dos recursos necessários para que se inicie o processo de cumprimento das negociações das metas de Aichi. Não foram os recursos que esperávamos, mas foram suficientes para permitir que a gente pudesse trabalhar particularmente os megadiversos, no cumprimento das metas de Aichi. Obviamente estamos falando dos megadiversos mais pobres porque países como China, Índia e Brasil têm recursos para enfrentarem seus desafios como, aliás, o Brasil tem feito. Mas, para os megadiversos mais pobres, o que aconteceu foi extremamente importante”, salientou.COMPROMISSODurante a conferência, o Brasil, que possui 13% de todas as espécies vivas do planeta, reafirmou o compromisso de realizar todos os esforços possíveis para implementar as metas de Aichi, em especial a 12, que determina a garantia da conservação das espécies ameaçadas.Segundo Gaetani, o país foi cumprimentado por sua agenda ambiental, especialmente pela coordenação da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). O resultado desse reconhecimento pode ser visto nos documentos da conferência: quase todos citam o texto aprovado no Rio de Janeiro e a importância dos esforços no sentido de implementá-lo.Principais acordos anunciados no documento final da COP 11:Rio +20 – Acordo para incorporar o documento final da Rio+20 no texto das decisões da COP da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP11), com ênfase no reconhecimento de que a erradicação da pobreza, mudanças nos padrões de consumo e produção, proteção e gestão dos recursos naturais são os requisitos básicos para o desenvolvimento sustentável.Mobilização de recursos – O fluxo internacional de recursos destinados à biodiversidade irá duplicar até 2015 e, pelo menos, manter este níve laté 2020. Em 2015, no mínimo 75% dos países participantes devem ter incluído a biodiversidade em seus planos de desenvolvimento e prioridades nacionais, e devem ter adotado medidas para melhorar o financiamento para a conservação e restauração da biodiversidade.Gênero - O documento final incentiva os países a continuarem a financiar atividades que promovam a igualdade entre homens e mulheres em iniciativas para proteger e restaurar a biodiversidade.Áreas Protegidas - A conferência reconheceu a importância das áreas protegidas a fim de atingir várias das Metas de Aichi, incluindo meta 11, que prevê limites mínimos de áreas protegidas - terrestres e marítimas - a cada país até 2020. A criação de áreas protegidas vai ajudar metas adicionais, tais como a recuperação das unidades populacionais de peixes, espécies ameaçadas e recuperação de áreas degradadas.Dentro deste tema, a conferência reconheceu, também, que terras habitadas por comunidades indígenas ou tradicionais podem ser reconhecidas como áreas que contribuem para a conservação da diversidade biológica. Trabalhando dentro dos limites de sua legislação nacional, os países vão buscar o consentimento dessas populações para esse reconhecimento.Business – O documento final da convenção convidou as empresas a melhorar suas considerações de biodiversidade e serviços ecossistêmicos em suas atividades de negócios. Estas considerações são baseadas, entre outras iniciativas, nas recomendações do estudo A Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB). Os países também foram incentivados a incorporar a metodologia e os resultados do TEEB nacional. O Brasil já começou a implementar a iniciativa TEEB - um esforço conjunto do Ministério do Meio Ambiente, Ministério da e outras instituições.Águas marinhas - A conferência vai enviar informações sobre as áreas ecológicas ou biologicamente significativas (EBSAS, sigla em inglês) para as autoridades nacionais competentes e das Nações Unidas. A informação destina-se a apoiar a adoção de medidas de conservação adequadas pelas autoridades competentes. Cada país tem soberania sobre as EBSAS localizadas em águas nacionais e o direito de decidir sobre a implementação de iniciativas de conservação nessas áreas.Água Marinha/Pesca - A convenção chamou a atenção para que os países implementem medidas para minimizar os impactos das atividades de pesca na biodiversidade marinha.Clima - A conferência manteve uma moratória sobre as experiências de engenharia relacionadas às mudanças climáticas, particularmente a fertilização dos oceanos. A decisão da convenção exige que essas experiências sejam restritas às águas territoriais e devem ser feitas em pequena escala.A conferência deu parecer técnico sobre a aplicação de aspectos relacionados com a biodiversidade das salvaguardas adotadas nos Acordos de Cancun, no contexto da Convenção do Clima (UNFCCC). A decisão reconhece a contribuição de atividades de REDD+ com a biodiversidade, mantendo a coerência entre ambas as convenções.Frequência de Convenções – Foi decidido que a Convenção sobre a Diversidade Biológica continuará a ser realizada a cada dói s anos. Este quadro será mantido até 2020, quando haverá nova análise sobre a frequência das reuniões.
Sexta, 19 Outubro 2012 16:21

Vídeos verdes

Começa a 4ª Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente, com o tema desafios e propostas socioambientaisLetícia VerdiO vídeo como ferramenta de educação ambiental – esse é o motivo da mostra que começa este mês e segue até dezembro. Ao total, serão 28 vídeos, sendo 18 realizados por amadores, a serem exibidos em 1.500 locais espalhados pelo País. A temática é comum a todos: meio ambiente, consumo sustentável e biodiversidade. O lançamento da 4ª Mostra Nacional de Produção Audiovisual Independente do Circuito Tela Verde acontece na próxima terça-feira (23/10), às 16 horas, no auditório do Ministério da Cultura, bloco B da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Na ocasião, serão apresentados alguns vídeos selecionados e, em seguida, haverá um debate. “Buscar essas iniciativas audiovisuais locais como meio de denúncia ou informação e distribuí-las para exibição e debate de públicos interessados em todo o país tem sido um exercício de educomunicação e de mobilização social importante para a política de educação ambiental que precisamos no Brasil”, explica o diretor do Departamento de Educação Ambiental (DEA) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Nilo Diniz.PROBLEMAS E SOLUÇÕESOs audiovisuais denunciam problemas socioambientais e sugerem soluções criativas, como, por exemplo, o trabalho realizado por alunos do Centro de Ensino Fundamental 19 da Ceilândia, no Distrito Federal. Para chamar a atenção e mobilizar a comunidade sobre o problema do lixo jogado na frente da escola, os jovens fizeram um grande espantalho com o material e batizaram o boneco de “Expantalixo”.Entre os espaços exibidores, estão: as chamadas Salas Verdes, instituições articuladoras de Coletivos Educadores, Pontos de Cultura, cineclubes, Pontos Cine Mais Cultura, instituições de ensino fundamental, médio e superior, associações comunitárias, aldeias indígenas, Unidades de Conservação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), unidades do Sistema S e órgãos públicos, entre outros.Os espaços exibidores receberão um kit com os vídeos, cartazes com sinopses, cartazes de divulgação e um guia de orientação para a organização da mostra. Para ver a lista completa dos vídeos selecionados e dos espaços exibidores, acesse: http://telaverde.ambientedigital.org/O Circuito Tela Verde é uma iniciativa do MMA, coordenada pela Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) e executada pelo DEA, em parceria com a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura.
Sexta, 19 Outubro 2012 16:14

Poluição e competitividade

BNDES tem R$ 560 milhões para financiar projetos visando a redução de emissõesLucas TolentinoO desafio de transformar a redução de emissões de poluentes em um atrativo para os diversos setores produtivos foi um dos assuntos abordados, na manhã desta sexta-feira (19/09), em Brasília, no seminário Urban Responses for Climate Change (Responsabilidades urbanas pelas mudanças climáticas, em tradução livre). O assunto foi abordado na palestra do secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Carlos Klink.As medidas voltadas para a diminuição das mudanças climáticas devem, na opinião de Klink, ser vistas como forma de modernizar as atividades envolvidas. “Em casos como o da indústria, é preciso mostrar que a redução das emissões de gases de efeito estufa vai torná-la mais eficiente e mais competitiva”, exemplificou. “Parte da Política Nacional é focada em como preparar os setores para o novo regime climático, que chegou para ficar.”AÇÕESNo seminário organizado pela Universidade de Brasília (UnB) e pela organização Urbenviron, Klink listou ainda as demais ações desenvolvidas pelo governo brasileiro no sentido de conter as emissões de poluentes. Entre eles, estão os Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima para a indústria, a mineração, a saúde e a modalidade urbana, que passaram por consulta pública e devem ser consolidados até o fim do ano.As linhas de crédito para desenvolvimento de projetos de redução de emissões por meio do Fundo Nacional de Mudança Climática (Fundo Clima) também foram listadas. Somente para este ano, o mecanismo tem, disponível, R$ 560 milhões para empréstimos, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e outros R$ 60 milhões para financiamento de projetos não reembolsáveis, normalmente desenvolvidos por governos estaduais e municipais.
Quinta, 18 Outubro 2012 16:26

Brasil prega fim da pobreza

País aproveita reunião sobre diversidade ambiental na Índia para lembrar compromisso assumido na Rio+20Luciene de AssisA comunidade internacional deve desenvolver esforços no sentido de erradicar a pobreza e a fome, bem como promover a prosperidade econômica com a inclusão social, por meio do uso sustentável dos recursos naturais. Esta foi o ponto forte do discurso do brasileiro no penúltimo dia da reunião do Segmento de Alto Nível da 11 ª Conferência das Partes (COP-11) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), em curso na cidade de Hyderabad, Índia.De acordo com o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, que representou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o Brasil também apoia o processo de identificação de áreas prioritárias para conservação da biodiversidade em áreas marinhas, dentro e fora da jurisdição nacional, com base em critérios científicos e tendo em conta os aspectos biológicos, ecológicos e as ameaças ambientais. Gaetani disse estar confiante nos resultados históricos decorrentes da COP-11, cujas deliberações acordadas pelos 193 países partes poderão fornecer “orientação clara às muitas tarefas que temos pela frente, nesta fase crucial de implementação da convenção”. Leia a íntegra do discurso em português e english
Quinta, 18 Outubro 2012 16:00

Lei Florestal já em implantação

Decreto unificando os cadastros estaduais e federal permitirá um diagnóstico da situação ambiental de mais de 5 milhões de propriedades Paulenir ConstâncioSophia GebrimO governo federal iniciou, nesta quinta-feira (18/09), o processo de regulamentação da lei que alterou o código florestal brasileiro, sancionada com vetos pela presidente Dilma Rousseff. Decreto unificando os cadastros ambientais estaduais e federal em um banco de dados nacional permitirá um diagnóstico da situação ambiental de mais de 5 milhões de imóveis rurais. “Estamos virando uma página e mudando o foco do debate, fechando um ciclo”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. “Agora a tarefa é tornar o novo código uma realidade”. O desafio agora é implantar, em conjunto com estados e municípios, o Cadastro Ambiental Rural (CAR). A área a ser cadastrada é de 329 milhões de hectares, sendo 80 milhões de hectares da agricultora familiar. Após o cadastramento, os proprietários podem aderir ao Programa de Regularização Ambiental, dando início ao processo de recomposição das áreas de preservação permanentes que foram degradadas antes de 2008, onde elas foram suprimidas total ou parcialmente. BANCO DE DADOSO processo de consolidação do CAR começou há dois anos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pos alguns estados, por meio do Sistema de Cadastro Ambiental Rural, na Internet. Até agora, já foram acertados acordos com 14 estados para apoiar a realização do cadastro e integração de bancos de dados para o banco de dados nacional. O Rio de Janeiro já assinou o acordo de cooperação. Mato Grosso, Pará, Amazonas, Rondônia e Bahia têm sistemas implantados e, juntos, já cadastraram 160 mil imóveis. Acre, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Espírito Santo estão em implantação, com a previsão inicial de cadastrar outros 400 mil imóveis. A expectativa é de que o novo decreto acelere o cadastramento.Ao avaliar os nove vetos feitos pela presidente da República à proposta aprovada pelo Congresso, a ministra considera que eles podem gerar algum debate, mas de forma residual. "A nova lei é fruto de um processo amplo e representativo, próprio das sociedades democráticas”, disse. Ela reafirmou que as alterações sofridas pela MP transformada em lei ocorreram depois que o acordo havia sido fechado. Na sua avaliação, está encerrada a polarização das discussões entre ambientalistas e ruralistas, que se arrastou por quase 20 anos, em torno da reforma da legislação criada na década de 1930.
Quinta, 18 Outubro 2012 15:27

As mulheres e o tempo

Secretária do MMA fala sobre a relação do trabalho não remunerado com a nova dinâmica da sustentabilidadeLetícia VerdiO uso do tempo e as políticas públicas com foco nas mulheres. Esse é o tema do Seminário “Uso do tempo e políticas públicas de cuidado: reflexões para uma agenda de desenvolvimento sustentável”, que começou nesta quinta-feira (18/10) e segue até amanhã (19/10), em Brasília. Em participação na primeira mesa, a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Samyra Crespo, fez exposição do tema sob o ponto de vista ambientalista. O seminário foi organizado pela Secretaria de Política para as Mulheres (SPM) a partir dos primeiros resultados da pesquisa piloto sobre uso do tempo, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2011. Segundo o estudo, as mulheres são as mais penalizadas pela dupla jornada de trabalho. A atividade doméstica começa cedo, quando a mulher ainda é menina, e não é equalizado com o tempo dedicado aos estudos. As relações entre gênero, trabalho reprodutivo e desenvolvimento sustentável integraram a agenda feminista na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).Durante a exposição, a secretária partiu do princípio de que o ambientalismo, “ideologia e militância que foi e é fundamental nas formulações sobre sustentabilidade”, tem uma visão distinta da questão colocada pelo movimento feminista. “O ambientalismo se divide em duas correntes, uma mais holística, que resiste à precificação de todas as coisas e objetos; e outra mais pragmática, que precifica os recursos escassos, para que não haja desperdício nem uso predatório”, disse. Na primeira corrente, o tempo é considerado um bem associado ao princípio maior da liberdade e da realização da pessoa. “Nem todo o tempo deve ser apropriado pela esfera econômica: há o tempo da natureza, da regeneração, da contemplação e da fruição”, explicou.ECONOMIA DE CUIDADOSSamyra Crespo atribuiu o fato da "economia dos cuidados" (cuidar de velhos, doentes, crianças órfãs, etc) não ser remunerada de forma justa a uma herança histórica das sociedades ocidentais e latinas, que, no passado, inseriram esses trabalhos na esfera do voluntariado, da missão religiosa ou humanitária. “Esse pensamento gera uma resistência à remuneração justa por certos trabalhos”, explicou. “Na minha visão, o trabalho não remunerado não pode ser reduzido ao trabalho doméstico invisível”.Ao final, ela convidou os presentes a uma reflexão sobre o trabalho solidário e voluntário não pago pela comunidade. “Em síntese, a questão do uso do tempo não pode ser reduzida a uma discussão sobre o tempo utilizado na força de trabalho, no papel produtivo dos indivíduos homens ou mulheres”, concluiu.O seminário é uma parceria da SPM com a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e com o apoio do Comitê Técnico de Estudos de Gênero e Uso do Tempo (CGUT). Participam representantes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), do escritório Brasil da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de gênero e Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres).
Quinta, 18 Outubro 2012 15:10

Bons resultados no Xingu

Curso voltado para a pecuária de corte orienta maneira correta de desenvolver a atividade, respeitando o meio ambienteSophia Gebrim Mais de 40 produtores rurais e técnicos de assistência rural participaram do encerramento do curso Boas Práticas Agropecuárias para Bovinos de Corte, no município São Félix do Xingu (localizado a 1050 km de Belém). Durante os três dias de atividades, os multiplicadores tiveram aulas teóricas e práticas sobre manejo adequado das pastagens, conforto do animal na propriedade rural e relações trabalhistas. “O curso foi muito bem recebido, tanto produtores quanto técnicos, que sentem falta de capacitações como esta no dia a dia e solução de conflitos nas propriedades e nos órgãos de meio ambiente”, destaca o especialista em Recuperação de Áreas Degradadas e consultor do Ministério do Meio Ambiente no Projeto Pacto Xingu para Redução do Desmatamento, Marco Aurélio Silva. Segundo ele relata, temas polêmicos como gestão das propriedades rurais e regularização fundiária de imóveis foram os assuntos que mais geraram discussões.MANEJOOs multiplicadores conheceram, ainda, mais detalhes sobre manejo adequado de pastagens e rotação do gado em diferentes áreas, modo correto de armazenamento e aplicação de vacinas, tratamento do couro bovino para venda e suplementação animal com sal e silagem (similar à ração) no verão, período que o capim fica mais seco. O conforto animal na propriedade com áreas de sombra para os períodos mais quentes do dia e relações trabalhistas de proprietários com funcionários do imóvel também foram debatidos com os participantes. “O nosso próximo passo será trabalhar com grupos menores, com no máximo cinco participantes, para implantar aulas demonstrativas e práticas nos imóveis rurais da região”, explica Silva. Como parte das ações do projeto, ainda este ano estão previstos cursos sobre cadeias de valor, licenciamento ambiental para técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a fase intermediária do curso de geoprocessamento.
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