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Terça, 16 Outubro 2012 12:36

Três países, uma posição

Brasil, Índia e África do Sul tentam unificar discurso na Convenção sobre Diversidade BiológicaMinistros e representantes das pastas de Meio Ambiente do Brasil, da Índia e da África do Sul se reuniram, nesta terça-feira (16/09), na 11ª Conferência das Partes (COP 11) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), na cidade indiana de Hyderabad. O encontro do chamado grupo IBSA teve o objetivo de alinhar o posicionamento dos três países nas negociações em andamento até sexta-feira. Com a participação de governantes de 193 países, a COP 11 definirá o futuro da CDB e do Protocolo de Nagoya, firmado em 2010 com o objetivo de criar, entre outras coisas, unidades de conservação em todo o planeta. Além disso, a conferência determinará os rumos do Plano Estratégico de Biodiversidade, incluindo as Metas de Aichi para 2020, com 20 itens para promover a proteção dos ecossistemas mundiais. ESFORÇOChefe da delegação brasileira na COP 11, o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, defendeu a integração para o alcance de bons resultados. "O Brasil apoia o esforço da Índia no cumprimento do acordo de Nagoya, em 2010, especialmente no que diz respeito às estratégias de financiamento que devem ser definidas e aprovadas na COP 11", afirmou.O encontro ministerial do IBSA enfatizou que o estabelecimento de decisões definitivas na COP 11 é fundamental para o futuro da CDB. "Sem um objetivo claro e documentado, será difícil fazer com que os países continuem implantando o Plano Estratégico para a Biodiversidade. Isso poderá afetar drasticamente nossas oportunidades de atingir as Metas de Aichi para 2020", acrescentou Gaetani.CONVERGÊNCIAFormado em junho de 2003, o Fórum de Diálogos do IBSA é um mecanismo de coordenação para promover a articulação conjunta entre os três países emergentes. A intenção é estabelecer opiniões e posicionamentos convergentes do Brasil, da Índia e da África do Sul em discussões globais em diferentes áreas. O grupo também promove o surgimento de projetos de cooperação com nações menos desenvolvidas. (Da Secom)
Segunda, 15 Outubro 2012 16:45

Pecuária sustentável no Xingu

Objetivo é reduzir os índices de desmatamento na regiãoSophia Gebrim Tornar as propriedades rurais mais rentáveis e competitivas, além de garantir a produção de alimentos seguros, a partir de sistemas de produção sustentáveis, são os objetivos do curso Boas Práticas Agropecuárias para Bovinos de Corte, que acontece de hoje (16/10) até a próxima quinta-feira (18/10), no município São Félix do Xingu (localizado a 1050 km da capital Belém). Resultado de parceria entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o curso irá formar 40 multiplicadores, entre técnicos de instituições de pesquisa e produtores, que atuarão na região com ações que vão desde a prevenção ao desmatamento até a gestão de propriedades rurais. “O curso faz parte do pacto pela redução do desmatamento no município de São Félix do Xingu, que possui o maior rebanho municipal do país e é uma das regiões que mais desmatam também”, destaca a gerente de Projetos do Departamento de Zoneamento Territorial da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Nazaré Soares. Segundo ela, boas práticas agropecuárias com sustentabilidade geram redução nos índices de desmatamento e o avanço da produção pecuária sem precisar avançar em novas áreas. AGENDAO manejo correto no pré-abate e bons tratos, controle sanitário e identificação animal, controle reprodutivo, gestão de recursos humanos e formação e manejo de pastagens serão assuntos discutidos com os multiplicadores durante o curso. Além disso, temas como gestão ambiental, gestão e instalação de propriedades rurais serão apresentados. No último dia do encontro as aulas serão práticas, com aplicação das técnicas de boas práticas diretamente, de forma exemplar, em uma propriedade rural da região. O mundo hoje busca um tipo de pecuária de corte que tenha qualidade e sustentabilidade. O conceito de boas práticas agropecuárias surge para atender essa demanda, o que garante alimentos seguros e com atributos de qualidade que vão ao encontro dos interesses dos consumidores. Para o produtor, a atividade irá permitir a identificação e controle dos diversos fatores que atuam no sistema de produção, possibilitando, assim, aumentos significativos do rebanho mediante o uso adequado e racional das tecnologias disponíveis. Para o consumidor, o consumo de alimentos saudáveis e sustentáveis. E para o meio ambiente, a garantia da preservação e conservação de recursos naturais.
Segunda, 15 Outubro 2012 16:27

Ação “Ganhou, Doou” avança

No Mês do Consumo Consciente, ação voltada para as crianças incentiva o desapego e estimula a consciência ambiental.Letícia VerdiA ação “Ganhou, Doou”, promovida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) no Dia das Crianças, continua até o final do mês. O objetivo da ação é estimular o desapego, o não acúmulo e o não consumismo. A criança que ganha um brinquedo novo doa um antigo. "É uma forma de sensibilizar os pais sobre a importância de educar seus filhos para que sejam consumidores conscientes no futuro", explica a gerente de Projetos da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Fernanda Daltro. Quem não conseguiu ir até o Parque da Cidade ou o Zoológico no feriado pode entregar os brinquedos usados no edifício sede do MMA, bloco B da Esplanada dos Ministérios. Na sexta-feira (12/10) e sábado (13/10), foram arrecadados aproximadamente 100 brinquedos nos estandes do MMA no Parque da Cidade e no Zoológico de Brasília. Voluntários se revezaram para orientar as famílias em relação aos princípios de sustentabilidade e distribuir revistinhas da Turma da Mônica sobre o tema. As doações serão levadas até crianças carentes no Distrito Federal e Minas Gerais pelas organizações não governamentais (ONGs) Voluntários do Caminho, Grupo Renascer e Casa de Cultura Natália.DESDE CEDOOs gibis da Turma da Mônica, encomendados à Editora Maurício de Sousa pelo ministério, contextualizam a situação de calamidades ambientais (poluição, degelo das calotas polares, enchentes, desmatamento, etc) e ajudam a orientar as crianças sobre como ter atitudes positivas para o meio ambiente. Separar o lixo seco do úmido, saber o destino possível de cada lixo, economizar água e energia elétrica são algumas das dicas para os pequenos leitores. “Estamos tentando conscientizar nosso filho desde já”, contou Gilson de Souza, 46 anos, pai de Pedro Cecy de Souza, quatro anos. Os dois passaram a manhã do Dia das Crianças no Parque Ana Lídia, no Parque da Cidade, e Gilson leu a revistinha para o filho, que “adorou”. Segundo o pai, Pedro começa a entender que não necessita de tantos brinquedos e já demonstra preocupação com a separação do lixo. “Eles acabam ensinando a mim e ao pai como jogar fora o lixo de forma correta”, disse Alessandra Nery Fernandes, mãe de Eduardo Felipe Fernandes, 12 anos, e Guilherme Nery Fernandes, sete. “Eu sempre explico para eles que tem que doar os brinquedos que não estão usando”, comenta a mãe. Segundo ela, a maior preocupação dos filhos é com as águas de rios e lagos. “Daqui a pouco não vamos ter mais água”, alertam os meninos.Confira a galeria de imagens.
Segunda, 15 Outubro 2012 13:51

Agrotóxicos na berlinda

Consumo de produtos orgânicos cresce 40% em um ano no Brasil. Bom para o homem e para o meio ambienteSophia GebrimA busca por uma alimentação saudável faz com que aumente cada vez mais o consumo de produtos orgânicos no país. Números do Projeto Organics Brasil apontam que o consumo no setor cresceu 40% no último ano. Resultado de uma produção sem uso de agrotóxicos e que respeita os aspectos ambientais, sociais e culturais, os orgânicos ganham espaço na mesa dos brasileiros. Hoje já são frutas, verduras, mel, cereais, cosméticos e tecidos produzidos a partir de matérias-primas sem o uso de produtos químicos. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) apoia a prática, por meio da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO), instituída pelo governo federal no último mês de agosto. “Estamos também apoiando a formação da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) na elaboração de um edital para assistência técnica e extensão rural, a partir de 2013, para atender a 50 mil famílias para a produção de bases agroecológicas”, detalha o coordenador da Gerência de Agroextrativismo da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA João D’Angelis.RESÍDUOS E destaca, ainda, os benefícios do consumo de orgânicos: “Esse tipo de alimento faz bem para a saúde, para a natureza e para a economia local, o que garante a sustentabilidade da produção”. Segundo D’Angelis, são alarmantes os dados de contaminação de alimentos por resíduos de agrotóxicos. “Estudos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que, em 2010, 75% das amostras de 18 alimentos apresentaram resíduos de agrotóxicos”. Um dos objetivos da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, lançada no último mês de agosto, é ampliar o número atual de 200 mil para 300 mil famílias envolvidas com produção orgânica e em bases agroecológicas até 2014. Além disso, o governo busca incentivar o consumo desses produtos pela população.  A PNAPO pretende, ainda, integrar, articular e adequar políticas públicas, programas e ações indutoras da transição agroecológica e da produção orgânica, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população, por meio do uso sustentável dos recursos naturais e da oferta e consumo de alimentos saudáveis.Dessa forma, com essas ações, o Ministério do Meio Ambiente espera reduzir o uso de agrotóxicos e aumentar os índices de conservação da agrobiodiversidade, além de tratar-se de mais um instrumento público que busca construir agenda sustentável para a sociedade brasileira.  EM DOMICÍLIOReginaldo Silva, produtor de orgânicos no assentamento Monte Alto (localizado no município de Padre Bernardo, em Goiás), vive da atividade. “Há anos trabalhamos na produção de alimentos puros, sem agrotóxicos, nas quatro chácaras que constituem a nossa produção”, afirma. Além de participar de feiras específicas de produtos orgânicos, a pequena empresa do produtor, que trabalha com o pai, também faz entregas em domicílio da região de Brasília e entorno.Questionado quanto à qualidade das frutas e verduras que ele vende, Silva mostra-se bastante firme no conceito de sustentabilidade e bem-estar. “São produtos mais saudáveis, sabemos isso, só de tirar os agrotóxicos e os produtos químicos que são um veneno para a saúde do homem, vemos a diferença”, diz o produtor. Ele acrescenta, ainda, que o consumo vem crescendo visivelmente nos últimos anos, o que fez com que a família aumentasse o número da produção para atender À nova e crescente demanda. No mês do consumo consciente, o Ministério do Meio Ambiente, que fomenta a prática, destaca alguns pontos para incentivar o consumo de orgânicos. Confira dez motivos para consumir produtos orgânicos (fonte: Portal Ambiente Brasil): 1. Evitam problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas; 2. São mais nutritivos. Solos ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo; 3. São mais saborosos. Sabor e aroma são mais intensos – em sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam alterá-los; 4. Protegem futuras gerações de contaminação química. A agricultura orgânica exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico e tem como base de seu trabalho a preservação dos recursos naturais; 5. Evitam a erosão do solo. Através das técnicas orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado, compostagem, etc., o solo se mantém fértil e permanece produtivo ano após ano; 6. Protegem a qualidade da água. Os agrotóxicos utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis d’água e poluem rios e lagos; 7. Restauram a biodiversidade, protegendo a vida animal e vegetal. A agricultura orgânica respeita o equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis; 8. Ajudam os pequenos agricultores. Em sua maioria, a produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que tem na terra a sua única forma de sustento. Mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo orgânico prende o homem à terra e revitaliza as comunidades rurais; 9. Economizam energia. O cultivo orgânico dispensa os agrotóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual dos canteiros. É o procedimento contrário da agricultura convencional que se apoia no petróleo como insumo de agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a intensa mecanização que a caracteriza; 10. O produto orgânico é certificado. A qualidade do produto orgânico é assegurada por um Selo de Certificação emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e garante ao consumidor estar adquirindo produtos mais saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico.
Segunda, 15 Outubro 2012 13:29

Biodiversidade e negócios

Para o Brasil, iniciativa privada tem papel fundamental em atividades preservacionistasLuciana AbadeA valorização dos serviços ecossistêmicos e a relação da biodiversidade com os negócios foram tema do evento organizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) nesta segunda-feira (15/09), na 11ª Conferência das Partes (COP 11) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). O encontro reúne, até o fim desta semana, chefes de estado e representantes de 193 países em Hyderabad, na Índia, com a finalidade de estabelecer medidas para a preservação da biodiversidade. O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, que ocupa no momento a chefia da delegação brasileira na COP 11, abriu o debate enfatizando que, sem a iniciativa privada, o Brasil não será capaz de superar os desafios para a preservação da biodiversidade. “Quando falamos de inovação, estamos falando sobre o setor privado. Quando falamos de flexibilidade, estamos falando sobre o setor privado”, destacou.Gaetani reconheceu que as grandes empresas brasileiras enfrentam problemas com a burocracia para acessar recursos genéticos, mas ressaltou que governo e empresários têm cada vez mais buscado soluções baseadas em um diálogo franco, objetivo e construtivo. “Estamos lidando com um assunto complexo porque estamos lidando com o desconhecido. Dependemos muito da pesquisa e do desenvolvimento. A legislação pode ser aprimorada, mas estamos trabalhando num esforço coordenado de governo”, afirmou.IMPASSEO Brasil, ao lado da Indonésia e do Congo, detém a maior diversidade biológica do planeta. Na opinião do secretário, é preciso criar condições para tirar vantagem disso. Além disso, David Steurman, do Secretariado da CDB, ressaltou a importância de governos, empresas, organizações não-governamentais e a Organização das Nações Unidas (ONU) trabalharem juntos para resolverem os impasses em torno do uso dos recursos genéticos. O painel contou com as empresas parceiras do CEBDS, como Monsanto, Syngenta e Votorantim que, juntas, abordaram como as empresas podem trabalhar com o governo para a reforma política ambiental, os desafios e incógnitas que as empresas enfrentam em equilibrar as necessidades de negócios com a preservação da biodiversidade, e como as empresas podem participar de campanhas de educação para conscientizar funcionários e comunidade local.
Quinta, 11 Outubro 2012 16:49

COP-11: começa nova etapa

Países debatem áreas marinhas e costeiras protegidas,  agricultura moderna, destruição da biodiversidade e gestão sustentávelLuciene de Assis A partir desta quinta-feira (11/10), os participantes da 11ª Conferência das Partes (COP-11) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), em andamento no Centro de Convenções Internacional de Hyderabad, Índia, estão se dividindo para acompanhar os debates em curso em 203 eventos paralelos já confirmados. Entre os diversos temas estão assuntos como as dimensões sociais e culturais das áreas marinhas e costeiras protegidas; a agricultura moderna e a destruição da biodiversidade; e a gestão sustentável da biodiversidade costeira e marinha, entre muitos outros, além de análises voltadas a aspectos locais, como a possibilidade de salvar os gorilas das florestas da África Central, a economia de sobrevivência dos povos nômades e a preservação da biodiversidade na região das montanhas do Himalaia. Representantes dos 193 países partes da COP-11 preparam terreno para o encontro do segmento ministerial de alto nível, organizado pelo país anfitrião, a se realizar entre 16 e 19 de outubro, e do qual participará a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Ela foi convidada pela ministra do Meio Ambiente e Florestas da Índia, Jayanthi Natarajan, para quem a COP-11 “é a primeira oportunidade para que as partes revejam os progressos realizados até o momento, a partir da implementação do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020”.  RECURSOS INSUFICIENTESOs representantes da CDB também deverão adotar medidas para melhorar a eficácia da aplicação dos recursos financeiros destinados à conservação da biodiversidade. Dados oficiais dos organizadores da COP-11 mostram que o gasto global em relação aos objetivos traçados para a conservação da diversidade biológica está abaixo de 0,1% do produto interno bruto global acertado entre os países partes. Eles identificaram que as falhas de implementação do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020 incluem, principalmente, o desenvolvimento de estratégias nacionais de mobilização de recursos para essa finalidade específica. O plano estratégico estabeleceu, em 2010, no Japão, objetivos estratégicos, considerados ambiciosos, para todos os países que integram a CDB, conhecidos como Metas de Biodiversidade de Aichi, que devem ser adaptadas para atender às realidades internas de cada país signatário da Convenção. Na COP-11, as partes irão reavaliar o progresso obtido por cada país membro na implementação, desenvolvimento e atualização das estratégias nacionais de biodiversidade relacionadas ao Plano Estratégico para até 2020.  Os integrantes da Conferência das Partes tratarão, ainda, de outras questões específicas, como as formas de facilitar a troca contínua de melhores práticas e lições aprendidas com a preparação, atualização e revisão de estratégias nacionais de biodiversidade e dos planos de ação; formas de promover e facilitar as atividades destinadas à implementação do Plano Estratégico; a necessidade e a possibilidade de se desenvolver mecanismos adicionais para que os países partes cumpram seus compromissos no âmbito da Convenção e da implementação do Plano Estratégico para a Biodiversidade 2011-2020; e a colaboração destinada à Plataforma Intergovernamental de Ciência Política sobre Biodiversidade e Serviços do Ecossistema.
Quinta, 11 Outubro 2012 14:40

Consciência social e ambiental

Uma simples aquisição de frutas gera emprego, renda e promove a inclusão social das famílias de pequenos produtoresSophia GebrimAo comprar açaí, babaçu, pequi e baru, o consumidor está adquirindo mais do que simples frutas. Conhecidos como produtos da sociobiodiversidade, são matérias-primas originárias a partir do uso sustentável de recursos naturais de biomas como Caatinga, Amazônia e Cerrado, e geram emprego, renda e inclusão social das famílias de pequenos produtores que vivem da exploração desses itens. E também são matérias-primas para inúmeros produtos como cosméticos, conservas, farinhas, doces e artesanato.No mês do consumo consciente, o Ministério do Meio Ambiente destaca o papel da atividade agroextrativista, que, além de promover a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares, promove o incentivo ao consumo de produtos saudáveis. Por meio do Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade (PNPPS) e a Política de Garantia de Preços Mínimos para Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM - Bio), o governo federal apoia e incentiva a atividade no Brasil.PAGAMENTO ADICIONALA PGPM - Bio, executada desde 2009 pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é uma subvenção aos extrativistas que comercializam produtos da sociobiodiversidade, garantindo o pagamento do preço mínimo na venda desses produtos. Dessa forma, se um seringueiro vender 1 kg de borracha por R$ 2,00, a Conab poderá complementar com a subvenção de R$ 1,50/kg, já que o preço mínimo da borracha natural do bioma amazônico é de R$ 3,50.Atualmente, 11 itens da chamada sociobio são subvencionados pelo governo: fruto do açaí nas regiões Norte, Nordeste e Mato Grosso; babaçu nas regiões Norte e Nordeste; borracha natural no bioma Amazônico; fruto do pequi nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste; fibra de piaçava na Bahia e Amazonas; castanha do brasil nas regiões Norte e Mato Grosso; fruto do umbu em todo o país; fruto do baru em todo o país; e fruto da mangaba, cera de carnaúba tipo 4 e pó cerífero tipo B na região Nordeste.  APOIO REGIONALO Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade (PNPPS) foi criado em 2009 para promover a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e garantir alternativas de geração de renda para as comunidades rurais, por meio do acesso às políticas de crédito, assistência técnica e extensão rural, a mercados e aos instrumentos de comercialização e à política de garantia de preços mínimos.  O objetivo do plano, parceria entre os ministérios do Meio Ambiente (MMA), Desenvolvimento Agrário (MDA) e Desenvolvimento Social (MDS) com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é garantir a inclusão produtiva desses povos através da promoção de tecnologias sustentáveis que respeitem seus sistemas de organização social e, ao mesmo tempo, valorizem os recursos naturais locais e práticas, saberes e tecnologias tradicionais.   Confirma as principais regiões produtoras apoiadas pelo PNPPS e seus respectivos itens, que já atendem 35 mil famílias em todo o país:•         Piaçava na microrregião do Rio Negro (Amazonas)•         Frutos da Caatinga no semiárido baiano (Bahia)•         Piaçava no Baixo Sul Baiano (Costa do Dendê, Bahia)•         Babaçu e pequi na mesorregião do sul cearense (Araripe, Ceará)•         Açaí e andiroba no arquipélago de Marajó (Pará)•         Castanha e óleos vegetais (andiroba e copaíba) na região Oriximiná e microrregião de Óbidos (Pará)•         Castanha e óleos vegetais (copaíba) na BR 163 (Pará)•         Buriti em todo o Estado do Piauí•         Babaçu na microrregião do Médio Mearim (Piauí)•         Frutos do Cerrado no Norte de Minas Gerais VALORIZAÇÃO E CONSUMO “Ao consumirmos esses produtos, estamos valorizando práticas e saberes, gerando renda e promovendo a melhoria da qualidade de vida e do ambiente de inúmeras comunidades tradicionais e agricultores familiares”, destaca o coordenador da Gerência de Agroextrativismo da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, João D’Angelis. Segundo ele, o MMA também apoia a organização econômica local de comunidades extrativistas e para garantir a sustentabilidade do agroextrativismo, o desenvolvimento de boas práticas de manejo.  Quanto à questão do consumo consciente, o coordenador da Gerência de Agroextrativismo ressalta que o fundamental é o consumidor estar atento, pois os produtos da sociobiodiversidade trazem valores que os distinguem em termos de benefícios para a conservação dos nossos biomas e de todo o conhecimento tradicional em relação a sua preservação e seu uso econômico e social. Assim, significa também entender que os produtos da sociobiodiversidade são saudáveis por serem naturalmente orgânicos contribuindo para a saúde de quem os consome. “Dessa forma, defendemos que não é apenas o aumento do consumo o maior incentivo para a atividade agroextrativista, é importante que os consumidores sejam pessoas aliadas à iniciativas da sociedade pela conservação da biodiversidade, pelo respeito às comunidades tradicionais e valorização dos nossos ativos florestais brasileiros”, salienta D’Angelis. DIRETO DE ROÇA O secretário-executivo da Cooperativa Central do Cerrado, Luis Carrazza, explica que a cooperativa comercializa produtos originários de comunidades agroextrativistas, como frutas, polpas, cosméticos e artesanato. “O modo de produção desses itens está relacionado diretamente ao modo de vida dessas comunidades”, detalha. “Assim, ao adquirir esses produtos, estamos, diretamente, contribuindo para a conservação desse modo de vida, sustentável, que combina a preservação ambiental com qualidade de vida”.   “Os pequenos agricultores dessas comunidades adotam práticas de manejo e extrativismo de forma que o meio ambiente seja preservado”, acrescenta Carrazza. Dessa forma, ele mostra que ao consumir esses produtos da sociobio garante-se a manutenção dessa população no meio rural, conservando o meio ambiente, gerando emprego e renda, e o mais importante, que é segurança alimentar de fatia da população que vive da comercialização dos produtos agroextrativistas e originários da sociobio.
Quinta, 11 Outubro 2012 13:04

Última turma encerrada

Curso de ensino a distância para orientar a elaboração dos planos de gestão de resíduos sólidos bate recorde de inscritos Rafaela RibeiroEstão encerradas as inscrições para a última turma do curso de ensino a distância para orientar a elaboração de planos estaduais e municipais de gestão de resíduos sólidos promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o ICLEI-Brasil – entidade que reúne 1.200 governos e associações compromissados com o desenvolvimento sustentável - com apoio da Embaixada Britânica. Foram oferecidas 750 vagas e, até quinta-feira (04/10),  mais de 1.100 interessados se inscreveram. “Encerramos as inscrições porque não conseguiremos atender mais do que as 750 vagas que foram oferecidas”, explica a coordenadora de Projetos do ICLEI-Brasil, Gabriela Alem.A coordenação do curso realizará uma seleção dos inscritos, baseado nos critérios e pré-requisitos para, então, confirmar as inscrições. Os principais são: nível médio completo; conhecimentos básicos de Internet e o pacote Office; experiência mínima de seis meses na área de resíduos sólidos e outras áreas relacionadas a meio ambiente, saneamento e planejamento urbano; gestores e técnicos municipais/ estaduais, preferencialmente do quadro permanente, e envolvidos diretamente na elaboração do plano ou que coordenem/avaliem o trabalho das consultorias contratadas para elaboração dos mesmos.O curso é destinado, também, a gestores e técnicos do governo federal ou de instituições financeiras, envolvidos na implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos; consultores e profissionais de organizações relevantes, que estejam trabalhando junto aos governos locais na elaboração dos planos; professores acadêmicos e associações de profissionais, potenciais multiplicadores do conteúdo, envolvidos com pesquisas e trabalhos relacionados à elaboração dos planos estaduais ou municipais.TEXTOS E VÍDEOSO treinamento terá início no próximo dia 23 e tem duração de 30 dias corridos. O curso é dividido em módulos, onde são sugeridos textos e vídeos complementares, bem como atividades e fóruns de discussão para que o aluno conheça e se aprofunde nos principais conceitos para elaboração de qualificado um plano de gestão. Os participantes devem se dedicar, em média, dez horas semanais durante o mês. O curso é oferecido por meio de plataforma com acesso restrito aos alunos, onde os módulos ficam disponíveis. Cada participante acessa a plataforma e cursa as aulas nos horários que lhe for mais conveniente. O curso foi traçado com base na estrutura e no conteúdo do Manual de Orientação.
Quarta, 10 Outubro 2012 15:15

Turismo sustentável na Copa

Passaporte Verde é um guia com orientações sobre o turismo sustentável, respeito ao meio ambiente e apoio ao desenvolvimento social e econômico das comunidades.Sophia Gebrim (*)Sede da Copa do Mundo de 2014, o Brasil adotará o conceito de turismo sustentável para receber milhares de turistas estrangeiros que virão ao país em função do evento. Representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) reuniram-se, na tarde desta terça-feira (09/10), em Brasília, para definir uma lista de cooperação com ações estratégicas que serão desenvolvidas por meio de parceria entre os órgãos. E uma dessas ações é o fortalecimento da campanha Passaporte Verde durante a Copa.O Passaporte Verde é um guia, disponível na maioria dos pontos turísticos e na rede hoteleira, com detalhes, informações e orientações sobre o turismo sustentável, atividade que respeita o meio ambiente, favorece a economia local e o desenvolvimento social e econômico das comunidades. A publicação é resultado da força-tarefa internacional para o desenvolvimento do turismo sustentável. No Brasil, a campanha é coordenada pelos ministérios do Meio Ambiente e do Turismo, em parceria com o Pnuma. As práticas do turista sustentável vão desde o planejamento até o meio de transporte utilizado na viagem. Ao escolher seu destino, o turista deve certificar-se que o local oferece meios de transporte, acomodações e tratamento de lixo e esgoto adequados. Para isso, deve preferir acomodações que tenham equipamentos eficientes e que permitam o uso racional da energia e da água e priorize o serviço de guias e condutores integrantes das comunidades locais. ESTÍMULO O governo brasileiro pretende que o Passaporte Verde funcione como estímulo para que os torcedores adotem práticas sustentáveis previstas para as cidades-sede brasileiras. “Estamos pensando em inovações consideráveis para comunicar - relacionar locais e ações sustentáveis nas cidades e, também, atrair a adesão das pessoas para que adotem estas ações durante o evento”, explicou coordenador da Câmara Temática Nacional de Meio Ambiente e Sustentabilidade para a Copa do Mundo de 2014. Cláudio Langone.Sem adiantar detalhes, Langone explicou que a expectativa é rastrear a adesão das pessoas às práticas sustentáveis previstas para os dias do evento, como as instalações dos estádios. “Nossa prova de fogo será no final da Copa do Mundo, se tiver uma pesquisa aleatória questionando se as pessoas perceberam iniciativas de sustentabilidade durante o evento”, disse. Ele acrescentou, ainda, que o Passaporte Verde e as Compras e Contratações Sustentáveis são temas que o Pnuma pode dar uma contribuição importante e devem ser definidos como prioridade.A lista de cooperação com ações estratégicas que serão desenvolvidas por meio de parceria entre MMA e Pnuma, preparatórias para a Copa do Mundo de 2014, será divulgada posteriormente pelo organismo internacional. (Com Carolina Gonçalves, da Agência Brasil)
Quarta, 10 Outubro 2012 13:32

A vez da pecuária sustentável

Poder público, setor privado e sociedade querem que a atividade utilize práticas socialmente justas, ambientalmente corretas e economicamente viáveis Sophia GebrimO conceito de pecuária sustentável vem sendo amplamente discutido entre poder público, setor privado e sociedade. A atividade, que prevê práticas socialmente justas, ambientalmente corretas e economicamente viáveis, conta com apoio do governo federal, colaborador do Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável (GTPS). O grupo é formado por representantes de diferentes segmentos que integram a cadeia de valor da pecuária bovina no Brasil, entre representantes das indústrias e de organizações do setor, associações de pecuaristas, varejistas, bancos, organizações da sociedade civil, centros de pesquisa e universidades. No mês do consumo consciente, celebrado no próximo dia 15 de outubro, o Ministério do Meio Ambiente fomenta a prática da pecuária sustentável, de forma que a atividade contribua para a regularização ambiental e manejo adequado de pastagens e áreas pastoris. INTERLOCUÇÃO“A nossa relação no GTPS é um importante espaço de interlocução com o setor produtivo tanto no sentido de levantar demandas da área ambiental quanto propor ações conjuntas com o setor privado”, destaca o gerente de Sustentabilidade Ambiental do Agronegócio da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Moisés Savian.Para dar escala às iniciativas de pecuária sustentável, Mato Grosso irá receber projeto piloto do GTPS. O projeto prevê ações de recuperação de áreas degradadas e capacitação técnica. Dessa forma, pretende-se aumentar a produção de carne bovina na região com a redução de áreas desmatadas com o avanço da pecuária. O projeto piloto faz parte de protocolo de intenções assinado, no último mês de maio, pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em parceria com o GTPS. O protocolo busca, entre outras coisas, reduzir a emissão de gases de efeito estufa por meio de recuperação de pastagens degradadas. Para isso, a ação contará com fomento de 300 mil euros da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e Governo da Holanda. “O protocolo de intenções é uma grande experiência que pretende desenvolver a atividade e, a partir dela, gerar outras ações no que se refere à recuperação de pastagens, o que vai gerar o incremento da produção sem necessidade de gerar novos desmatamentos”, finaliza o gerente da SEDR, Moisés Savian.
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