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Ministra afirma que, na Rio+20, será debatido desafio das políticas econômicas em lidar com o bem-estar de todas as populações.Luciene de AssisA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou da abertura do VIII Congresso Mundial do ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade: mudando hábitos para mudar cidades, realizada na noite desta quinta-feira, 14 de junho, no auditório do Sesc Palladium, em Belo Horizonte. E disse que o desenvolvimento sustável, defendido na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), deixa de ser uma questão de idealismo e passa a ser a do pragmatismo políticos das grandes mudanças."O foco é realizar numa hora de enfrentar crises, de reduzir desigualdades entre os países", afirmou a ministra. "Sem isso é impossível transformar". Promotor do evento, o Conselho Internacional para Iniciativas Ambientais Locais (ICLEI, sigla em inglês) é uma associação de governos e organizações governamentais nacionais e regionais que assumiram um compromisso com o desenvolvimento sustentável.Diante de uma plateia de mais de 1.500 pessoas, Izabella Teixeira deixou clara a posição do governo brasileiro em relação à sustentabilidade: "Na Rio+20, estamos discutindo o desafio das políticas econômicas em lidar com o bem-estar de todas as populações e isso é mais do que gerar emprego, mais do que cuidar de saneamento, é mais do que gerar cuidados com a saúde; é lidar com o conceito de bem-estar e que estará presente no crescimento populacional de todo o planeta, uma discussão que acontecerá, principalmente, nos meios urbanos". Para a ministra, uma visão de longo prazo requer um encadeamento da agenda econômica e da agenda social da questão ambiental.DESAFIOSIzabella Teixeira lembrou da urgência de se colocar em prática questões já discutidas há mais de 40 anos. "Temos, hoje, a urgência do presente, mas precisamos olhar para o futuro com o pragmatismo e a vontade política de agir imediatamente, e esse é o espírito com que estamos negociando na Rio+20 e entendemos que deve pautar a agenda dos próximos 20 anos em relação ao desenvolvimento sustentável – a necessidade de agir naquilo que talvez seja um dos maiores ensinamentos que a Rio+20 traz, que é o papel político de reverter a ideia de que o desenvolvimento sustentável seja só um desafio ambiental', salientou. "Não é: são questões inseparáveis – o crescimento econômico, a inclusão social e a proteção do meio ambiente". Segundo ela, esses problemas são explicitados no dia a dia de cada cidadão.Para o presidente do ICLEI, David Cadman, metade dos habitantes do planeta vive hoje em cidades "e seremos 90% de habitantes nas cidades até o final deste século". Cadmam acredita que, sem cuidar da sustentabilidade não será possível ao homem viver bem: "Temos de viver de forma mais inteligente e consumir água de forma mais consciente, consumir menos e reduzir a emissão de carbono", defendeu.Segundo Cadman, este é o maior congresso do ICLEI de todos os tempos, pois reúne mais de 1.500 delegados provenientes de 30 países. O evento se realiza a cada três anos. Na pauta estão oito ações envolvendo economia verde, cidades sustentáveis e eficientes em recursos, biodiversidade e infraestrutura verde, entre outros temas, além dos assuntos tradicionais, como eventos verdes e segurança alimentar.SUSTENTABILIDADENa abertura do evento, o prefeito de Belo Horizonte (cidade que integra a entidade desde 1993), Márcio Lacerda, lembrou que o ICLEI, hoje, congrega na sua associação mais de 1.100 cidades, desenvolvendo e gerenciando campanhas voltadas para a sustentabilidade. Segundo Lacerda, os principais sócios da entidade são as prefeituras, com as quais o ICLEI estabeleceu uma ponte ligando os cidadãos e os governos locais, com as metas e os objetivos das entidades internacionais voltadas ao desenvolvimento sustentável."Precisamos, cada vez mais, olhar com carinho as cidades, espaços urbanos onde os cidadãos constroem suas vidas, criam seus filhos, buscam seu sustento e sua formação como seres humanos", lembrou o prefeito."Por isso mesmo, não podemos tratar a sustentabilidade como algo fora do cotidiano, da realidade do cidadão. Não podemos tratar a sustentabilidade como um tema que diz respeito apenas aos poderes públicos, com competência restrita às academias e grupos de ativistas".
Izabella Teixeira lembra que, na Eco-92, a sociedade emplacou as mulheres em um canal de discussões diferenciadas da ONU.  "A partir daí, o tema não saiu da pauta dos debates globais", disse.Sophia GebrimAs mulheres têm participação especial na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, são mais de 200 eventos oficiais e paralelos que discutirão, durante o evento, temas ligados ao papel da mulher no novo posicionamento mundial em busca pela sustentabilidade. "Esse é o espírito da Rio+20, um espaço onde todas as nações são, de fato, iguais, sem distinção de raça e gênero", disse na manhã desta sexta-feira (15/06), na abertura do Fórum Equidade de Gênero: Pressuposto para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro. O encontro é parte da agenda do Espaço Humanidade 2012, iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).A ministra pontuou, também, historicamente, como se deu a evolução do papel feminino nas grandes conferências pactuadas pela Organização das Nações Unidas (ONU). "Há 20 anos, exatamente na Eco-92, a sociedade emplacou o grupo das mulheres em um canal de discussões diferenciadas da ONU e, a partir daí, o tema não saiu da pauta dos debates globais".Para Izabella, não é possível discutir sustentabilidade, preservação ambiental e mudanças climáticas sem debates, na ponta, sobre o que isso significa, por exemplo, para as quebradeiras de coco do nordeste brasileiro e as milhares de mulheres que vivem da exploração dos produtos da biodiversidade. "É justamente aí que começamos a dar escala às questões ambientais, o que devemos fazer para acessar os produtos dessas mulheres empreendedoras que produzem de maneira sustentável", acrescentou.DESIGUALDADENa abertura do encontro, foi entregue à ministra documento da Fiesp com algumas considerações da entidade patronal sobre a promoção da igualdade social e preservação ambiental. Intitulado de A Desigualdade é Insustentável, o texto mostra a preocupação do empresariado com a desigualdade de oportunidades, direitos entre os seres humanos, combate ao trabalho escravo, entre outros. "É a nossa contribuição ao governo brasileiro que reflete, além de tudo, a disponibilidade e interesse do setor em contribuir com melhorias sociais, ambientais e econômicas", destacou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.Representando o Executivo e o Legislativo federais, mulheres como a ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção Racial, Luiza Helena de Barros, a ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, a senadora Marta Suplicy (PT-SP), a deputada Mara Cristina Gabrilli (PSDB-SP) também participaram do encontro.Segundo a Marta Suplicy, o hoje o papel da mulher torna-se preponderante em qualquer debate. "A partir do momento que a questão de gênero andar mais rápido nas discussões globais, nós teremos mais rapidez nos encaminhamentos das discussões ambientais", assegurou. Para ela, a mulher está inserida fortemente nas questões sobre sustentabilidade para realizar melhorias e tornar o planeta um lugar melhor para se viver.
Sexta, 15 Junho 2012 11:34

Mudança climática: MMA abre consulta

Estão em consulta pública as iniciativas dos setores da Indústria, mineração, saúde e transporte e mobilidade urbana para reduzir o efeito estufa, estabelecer estratégias de adaptação às alterações climáticas e promover uma economia de baixo carbono.Lucas TolentinoO Ministério do Meio Ambiente (MMA), como coordenador executivo da Política Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC), realizará consulta pública eletrônica de quatro Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima. Os documentos integram a PNMC do governo federal e se dividem em projetos para as áreas de indústria, da mineração, da saúde e de transporte e mobilidade urbana. Todos eles serão disponibilizados, entre 15 de junho e 15 de agosto, em meio eletrônico para que os interessados possam oferecer sugestões.A consulta pública eletrônica será lançada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, dia 15 de junho. A abertura ocorrerá no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, durante evento do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC). Ao longo dos dois meses seguintes, as contribuições poderão ser enviadas por meio de formulário disponibilizado no site do MMA. Paralelamente, o FBMC executará a consulta pública presencial por meio de reuniões regionais. As informações sobre os encontros estarão disponíveis na página virtual da entidade.PREJUÍZO MENORO objetivo dos Planos Setoriais é traçar iniciativas para diminuir os efeitos e prejuízos causados pelas emissões antrópicas de gases de efeito estufa, fomentar o estabelecimento de estratégias de adaptação às alterações climáticas naturais e promover o desenvolvimento de uma economia de baixo carbono.Para isso, os planos incluem projeções de emissões de gases de efeito estufa para 2020, potenciais de redução, medidas que deverão ser adotadas e indicadores para avaliar a efetividade das ações. Há ainda meios de regulação e incentivo às ações e indicações de estudos de competitividade.Entre junho de 2011 e abril deste ano, os planos foram elaborados em uma ação interministerial composta pelas pastas de Cidades, Transportes, Saúde, Minas e Energia e Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, sob orientação do Grupo Executivo sobre Mudança do Clima (GEx), coordenado pelo MMA. Indicados pelo FBMC, representantes dos setores produtivos e da sociedade civil também participaram do processo.REDUÇÃOA elaboração e execução dos planos devem contribuir para o alcance da meta nacional de redução entre 36,1% a 38,9% das emissões projetadas para 2020. A partir de 2012, a implantação e o monitoramento dos planos serão acompanhados pelos órgãos setoriais competentes, com a coordenação do GEx. A intenção é readequá-los às demandas da sociedade e, de maneira contínua, incorporar novas ações e metas.O plano setorial da indústria trabalhará, neste ano, os setores de alumínio, cimento, papel e celulose e química e, em 2013, os de ferro e aço, cal e vidro e a incorporação progressiva de outras áreas. O de mineração abrange as atividades de lavra, beneficiamento físico, pelotização e transporte interno.No plano setorial da saúde, o foco serão ações voltadas para adaptação às mudanças climáticas e, em especial, o fortalecimento da capacidade de resposta dos serviços relacionados frente aos impactos trazidos por elas. Por fim, o plano de transportes e mobilidade urbana trabalhará com o transporte de cargas e o transporte público de passageiros.Consulta pública eletrônica: www.mma.gov.br/consultasclimaInformações sobre a consulta presencial: www.forumclima.org.br
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, lançará, nesta sexta-feira, a consulta pública eletrônica dos Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima da Indústria, da Mineração, da Saúde e de Transporte e Mobilidade Urbana. O anúncio ocorrerá na Mesa Redonda "Rio +20: O Brasil no cenário mundial de mitigação das Mudanças Climáticas", promovida pelo Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC).Mediada pela ministra Izabella Teixeira e pelo secretário executivo do FBMC, Luiz Pinguelli Rosa, a Mesa Redonda contará com dois debates. No painel "O Mundo Age e Reage", serão discutidos os movimentos conferidos nos blocos econômicos na construção de proposições a serem levadas para a Rio +20. Em "O Brasil Distinto Diferente", o objetivo é situar o país no ambiente global.Pauta: Abertura de consulta pública eletrônica dos Planos Setoriais de Mitigação e Adaptação à Mudança do ClimaData: Sexta-feira, 15 de junho de 2012Horário: 15 horasLocal: Solar da Imperatriz, Jardim Botânico (RJ) – Acesso pela Rua Pacheco Leão, nº 2.040, HortoTelefone: (61) 9972-3703
Quinta, 14 Junho 2012 19:28

Os caminhos do empreendedorismo

Papel das pequenas empresas é destacado no caminho do desenvolvimento sustentável.  Com isso, está encerrado o Ciclo de Debates para a Rio+20 "Brasil Sustentável – O Caminho para Todos" promovido pelo MMA.Camilla ValadaresA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira,  afirmou que o empreendedorismo é um caminho para enfrentar os desafios do desenvolvimento sustentável. A declaração foi feita na tarde desta quinta-feira (14/06) durante o debate "Empreendedorismo Sustentável" promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) no Rio de Janeiro.Participaram do evento o coordenador de processos internacionais do Instituto Vitae Civilis, Aron Belinky; o presidente do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), Victor Bicca; a presidente da Cooperativa 100 Dimensão, Sônia Maria Silva e o diretor técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, que atuou como moderador.O encontro foi aberto pelo presidente do Sebrae, Luiz Barreto. Ele destacou que não há projeto efetivo e prático de desenvolvimento sustentável que não inclua o diálogo com as micro e pequenas empresas". lembrando que 99% das empresas brasileiras são pequenas. "Quem produz efetivamente as riquezas do Brasil são as pessoas e especialmente as pequenas empresas", reforçou o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani. "Não é possível pensar sustentabilidade sem elas".PRÁTICASEntre os principais pontos levantados no debate destacou-se a questão dos resíduos sólidos e reciclagem. A presidente da Cooperativa 100 Dimensão, Sônia Maria da Silva, falou sobre a importância do incentivo ao empreendedorismo para a multiplicação de práticas sustentáveis. Ela apresentou a experiência vivida pela cooperativa que contou com o apoio técnico do Sebrae para incluir socialmente cidadãos de Riacho Fundo II, no Distrito Federal. "Aprendemos que estávamos perdendo oportunidades com os resíduos sólidos", afirmou, ao contar a história do empreendimento, que hoje emprega mais de 200 pessoas na transformação de materiais descartados em artigos de arte, moda, papelaria e utensílios domésticos.O evento foi o último do Ciclo de Debates para a Rio+20 "Brasil Sustentável – O Caminho para Todos" promovido pelo Ministério do Meio Ambiente durante toda esta semana no Espaço Tom Jobim do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A série teve como objetivo fortalecer os debates da agenda ambiental para subsidiar a construção e implementação de políticas nos diferentes âmbitos de atuação da pasta.
Quinta, 14 Junho 2012 17:41

O potencial da Indústria química

Brasil tem condições de promover uma considerável expansão do setor, sem ferir os princípios da sustentabilidade.Camilla ValadaresO gerenciamento sustentável de produtos químicos desde seu processo de produção até descarte discutido na manhã desta quinta-feira (14/06) no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. "A sustentabilidade necessária ao potencial do Brasil em se tornar o quinto país do mundo na produção de produtos químicos industriais em 2020"  faz parte do Ciclo de Debates para a Rio+20 "Brasil Sustentável – O Caminho para Todos" promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).A iniciativa tem como objetivo fortalecer os debates da agenda ambiental. "Estamos aqui para produzir massa crítica para a agenda permanente das questões ambientais" nesta manhã o secretário- executivo do Ministério do Meio Ambiente, FanciscoGaetani.Participaram do debate Pedro Wongtschowski, representante da Associação Brasileira da Indústria Química; MathewGubb, diretor do Centro Internacional de Tecnologia Ambiental do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); e o ex-ministro do Meio Ambiente Henrique Brandão Cavalcanti.EXPANSÃOO secretário executivo do MMA destacou a importância do avanço tecnológico para a agenda de meio ambiente e sua relação direta com os químicos. O setor é responsável por 3% do PIB nacional, mas de acordo com Pedro Wongtschowski, representante da Associação Brasileira da Indústria Química, há uma grande oportunidade de expansão do mercado. Wongtschowski destacou que a chamada química verde é um dos pilares potenciais do crescimento e o Brasil já possui matérias-primas como cana-de- açúcar e óleos vegetais competitivos a serem utilizados. "Temos a oportunidade de ampliar a produção de origem renovável para fornecer ao mercado" completou.O representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Mathew Gubb lembrou dos compromissos firmados sobre manejo de químicos desde 1972, em Estocolmo, com o Princípio 13 da Declaração daquela conferência. Em 1992, o capítulo 19 da Agenda 21, um dos resultados da Rio92, também contempla a questão da segurança no gerenciamento de químicos.Os compromissos foram reafirmados ainda em 2002, em Joahnesburgo e Gubb acredita que a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) trará avanços consideráveis nessa agenda. "Não importa isoladamente o quão boa são as políticas de governo ou medidas das iniciativas privadas, o aprimoramento do manejo de químicos é um processo contínuo, eles estão presentes no cotidiano das pessoas", finalizou.
Para a ministra Izabella Teixeira, a solução  das questões ambientais desse grupo de nações deve ser pensada regionalmente para ser refletida globalmente.Sophia GebrimOs países emergentes têm um papel estratégico na promoção do desenvolvimento sustentável global. Para discutir as oportunidades e desafios relacionados ao tema, a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, a ex-ministra da Noruega e coordenadora do Relatório Nossa Futuro Comum Gro Brundtland e o economista e professor da Universidade de Harvard Dani Rodrick participaram de painel, que teve como moderador o jornalista William Waack. O debate faz parte da agenda do Encontro da Indústria para a Sustentabilidade, que se realiza quinta e sexta-feira (14 e 15/06), no Hotel Sofitel Copacabana, Rio de JaneiroA ministra Izabella Teixeira salientou que, para a construção da agenda ambiental com os países emergentes, a transparência é um requisito essencial. "Isso significa discussões não para pedir ao governo tal e tal coisa, mas para mostrar um programa de médio e longo prazos para a transformação do que podemos fazer em busca pela sustentabilidade", explicou. Para ela, a solução que os emergentes buscam para a as questões ambientais deve ser pensada regionalmente para ser refletida globalmente. "Por isso que insisto na tese do desafio da governança global e que alguns aspectos deverão ser pactuados globalmente em torno de padrões de competitividade comum, iniciativas que sejam includentes e não excludentes", acrescentou.URGÊNCIAA ex-ministra da Noruega Gro Brundtland disse que a comunidade internacional tem urgência em acelerar o ritmo das discussões sobre sustentabilidade nos países emergentes. "Muitas decisões tomadas irão gerar resultado a médio e longo prazos e o mundo não pode esperar tanto tempo assim", sintetizou. No contexto do encontro com o setor das indústrias brasileiras, Gro destacou que "o compromisso que vemos aqui, com essas instituições envolvidas em parceria, faz toda a diferença".Ela mostrou, ainda, a preocupação com milhões e milhões de pessoas que ainda não tem acesso, em algumas regiões do mundo, aos serviços de energia e saúde pública. "Enquanto falta serviço básico para muitos, outros têm apetite insaciável por combustíveis fósseis, madeira e energia, sem a preocupação com o crescimento dos problemas ambientais que isso gera". lamentou. Dessa forma, estilo de vida não sustentável, crescimento econômico desordenado e recursos poucos eficientes foram apontados pela norueguesa como desafios para os países emergentes na busca pela sustentabilidade.Conhecido como um dos acadêmicos mais respeitados no debate sobre a globalização, o economista Dani Rodrick reforçou a ideia de que a inovação é o caminho para a busca da sustentabilidade, principalmente nas nações emergentes. "Todo o mundo está buscando novas tecnologias para se adequar ao atual modelo ambiental que é referência no planeta". Para o professor, um desafio para os emergentes é mudar a estrutura para, servir não somente os objetivos econômicos, mas também ambientais e sociais.
"Queremos apresentar para a sociedade e representantes do governo as importantes conquistas obtidas pela comunidade industrial nos últimos anos", diz o presidente da CNI, Robson Andrade.Sophia GebrimO Brasil vive um processo inédito de mobilização dos mais diversos setores em prol do desenvolvimento sustentável. A indústria nacional, comprometida com as questões ambientais, busca desenvolver ações sustentáveis e caminhos inovadores de crescimento econômico. Neste contexto, representantes do setor reuniram-se na manhã desta quinta-feira (14/06), no Hotel Sofitel Copacabana, no Rio de Janeiro, para o Encontro da Indústria para a Sustentabilidade. O objetivo do evento, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), é discutir temas em pauta na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e o papel do setor industrial no processo de desenvolvimento de ações sustentáveis.O presidente da CNI, Robson Braga, entregou para cada um dos participantes do evento um documento inédito elaborado pela entidade empresarial com o relato de como o setor inovou nos últimos anos na produção eficiente e na redução do consumo de recursos naturais. "Queremos apresentar para a sociedade e representantes do governo as importantes conquistas obtidas pela comunidade industrial nos últimos anos", salientou. O texto reúne iniciativas de 16 setores e do sistema indústria nos últimos 20 anos, mostra que o setor produtivo mudou a forma de produzir para reduzir o impacto da atividade no meio ambiente, usando recursos de maneira mais sustentável. Como resultado, o Brasil hoje pode contar com fábricas menos poluentes, mais eficientes no consumo de energia e que encorajam soluções melhores para o uso da biodiversidade.Uma das inovações apresentadas e que gera mais sustentabilidade ao setor industrial pode ser constatada no caso do segmento de máquinas e equipamentos. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) mostram que 90% das empresas do setor adotam políticas que visam minimizar o impacto ambiental e mais de 60% das grandes empresas têm certificação ISO 14.001 (certifica o sistema de gestão ambiental de uma companhia). A Abimaq criou, ainda, em 2009, o projeto Carbono Zero, que incentiva a adoção de medidas para reduzir as emissões de gás carbônico.SUSTENTABILIDADEO relato da indústria de cimento reforça o empenho do setor na busca por sustentabilidade. Dados da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) apontam que o setor se destaca em eficiência energética. Por meio de coprocessamento utiliza resíduos (como pneus e biomassa) na produção de energia como combustível alternatico em fornos de cimento. Também foi constatado que, de um total de 870 mil toneladas de resíduos provenientes de diversos setores, 672 mil toneladas são utilizadas como insumos energéticos e 198 mil como substitutos de matérias-primas. Além disso, o setor vem atuando, nos últimos 20 anos, na recuperação de áreas de extração de minérios não-metálicos."É absolutamente importante que a gente possa compreender e conectar-se com a agenda da indústria para a promoção do desenvolvimento sustentável do país", disse a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na abertura do evento. Para ela, não só esse encontro com a indústria mas também a Conferência Rio+20, como um todo, é grande oportunidade e um chamado para que sociedade, governo e organizações desenvolvam ações concretas de sustentabilidade.A ministra também reforça a ideia  de que não são somente mais três pilares: econômico, social e ambiental, mas sim um único pilar reconhecendo que é preciso avançar numa interlocução democrática. Na sua avaliação, nunca se viu tamanha mobilização da sociedade a favor de iniciativas sustentáveis. "Nos últimos 20 anos, no último encontro dessa amplitude (que foi a Eco 92), não tínhamos uma sociedade e setor produtivo tão engajados nas questões ambientais".INOVAÇÃOPor fim, a ministra ressaltou que o grande incentivo para o alcance da sustentabilidade na indústria brasileira foi a inovação. "Como vimos aqui nos exemplos destacados pelo setor, o desenvolvimento de novas práticas reduziu custos, aumentou a renda e gerou novos empregos". São novas práticas que, além de preservar o meio ambiente e a biodiversidade, geram receita e atendem às exigências do mercado consumidor.Também participaram da abertura do encontro  o ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, o senador Luiz Henrique (PMDB-SC), chefe da delegação do Congresso Nacional para a Rio+20, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf e o vice-prefeito do, Carlos Alberto Muniz. Em nome de todos os setores industriais presentes no evento, o presidente da CNI definiu o encontro como "a maior e principal reunião de empresários da indústria brasileira na Rio+20".
Políticas públicas para o setor devem caminhando lado a lado e em parceria com os interesses da sociedade e empresariado, afirma secretário-executivo do MMA.Sophia GebrimEmpresas, sociedade e governo estão cada vez mais preocupados em garantir produtos com padrões de certificação ambiental. Além da redução dos impactos ambientais na produção, as organizações buscam gerar emprego, renda e inclusão social com práticas sustentáveis. Para discutir o tema, mostrar exemplos de atividades que já vêm sendo promovidas por empresas em todo o mundo e relatar como consumidores respondem às questões, o Ministério do Meio Ambiente promoveu, na manhã desta quarta-feira (13/06), no Solar da Imperatriz do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o painel Padrão e Certificação na Economia Verde. O evento faz parte do ciclo de debates Brasil Sustentável – O Caminho para Todos.A reformulação da agenda ambiental brasileira, de forma a garantir que o papel das políticas públicas esteja caminhando lado a lado e em parceria com os interesses da sociedade e empresariado foi ressaltado pelo secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani. "A certificação é um tipo de iniciativa valorizada muito pela atuação de organizações pioneiras que, com resultados positivos alcançados, incentivam as demais a seguirem o mesmo caminho", disse. Ele destacou, ainda, que o setor que está à frente na certificação é hoje chave para o futuro. "Certificação credenciada é da maior importância para o desenvolvimento sustentável, a longo prazo, do país e do mundo", garantiu.VISÃO EMPRESARIALO presidente do Grupo Plantar (atua na área de reflorestamento e siderurgia), Geraldo Moura, apontou alguns dos benefícios da certificação ambiental para o setor produtivo de carvão. "Depois de 14 anos de luta, há dois meses conseguimos registrar o primeiro projeto de créditos florestais do mundo no Banco Mundial". Segundo ele, são mais de R$ 4 milhões de certificados de florestas plantadas para a produção de carvão vegetal para uso na siderurgia em substituição ao carvão mineral. Desta forma, produtores certificados ambientalmente terão acesso facilitado ao crédito, oferecido, ainda, para neutralizar as emissões de gases de efeito estufa.A indústria de carnes também participou do debate. O presidente do Grupo JD, Arnaldo Eijsink, citou a certificação ambiental como "uma semente lançada para garantir aumento da produtividade média brasileira de menos de um animal por hectare para sete por hectare". Assim, espera-se, ainda, reduzir as taxas de desmatamento, com aumento da produtividade não só da carne, mas da fauna e da flora. Para Eijsink, "a gratificação da empresa em oferecer a carne produzida de forma sustentável é o principal benefício da certificação".BONS RESULTADOSUm panorama de como as pequenas empresas estão reagindo à certificação foi mostrado pelo diretor técnico do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Carlos Alberto Santos. "As empresas hoje buscam boas práticas de gestão, de forma sustentável, que sejam factíveis, viáveis e boas para os negócios", explicou. E o setor, que vive da competitividade, está de olho na certificação, que já vem gerando bons frutos para muitas empresas, líderes no processo. "A sustentabilidade, nessa percepção, é a competitividade e inovação que muitas empresas buscam e que as leva à longevidade e sucesso dos negócios", acrescentou.Pesquisas realizadas pela Tetra Pak apontam que a percepção ambiental do consumidor brasileiro e latino-americano é extremamente alta, em grande parte incentivada pelas questões relacionadas à Amazônia e preocupação com o desmatamento da floresta. Foi o que relatou o diretor de Desenvolvimento Ambiental da empresa, Fernando Von Zuben. "Ao percebermos a importância do meio ambiente para o consumidor, a nossa empresa decidiu, em 1996, trabalhar com fornecedores certificados ambientalmente na produção de madeira e celulose, utilizadas para produção das nossas embalagens", assegurou. Para ele, a Tetra Pak, como uma grande corporação, tem o dever de influenciar e o consumidor a valorizar a biodiversidade e preservação do meio ambiente.
Responsabilidade socioambiental do mercado financeiro no centro dos debates do Ciclo de Debates Brasil Sustentável – O Caminho de Todos, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente.Camilla ValadaresO presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, anunciou, nesta quarta-feira (13/06), que será realizada audiência pública para discussão de propostas de regulação das políticas de responsabilidade socioambiental a serem adotadas pelas instituições financeiras brasileiras. A declaração foi feita durante o encontro sobre Finanças Sustentáveis, realizado no Ciclo de Debates Brasil Sustentável – O Caminho de Todos, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Durante a abertura do evento, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, falou sobre a importância da aproximação das diferentes pastas governamentais para construção do desenvolvimento sustentável. "É preciso mudar toda a forma de gerir e manter relações institucionais, estamos diante de uma nova demanda de governança" afirmou.O debate contou uma mesa sobre regulação, autorregulação e o papel das agências multilaterais de financiamento para a sustentabilidade no sistema financeiro com a participação do diretor de Regulação do Sistema Financeiro no Banco Central, Luiz Pereira da Silva; do gerente nacional do International Finance Corporation (IFC) no Brasil, Loy Pires. A IFC tem apoiado políticas de sustentabilidadede instituições financeiras de todo o mundo, nesse sentido já investiu mais de US$ 1,8 bilhão no incentivo de políticas que impactam diretamente na redução das mudanças climáticas. De acordo com Loy Pires, gerente nacional da IFC, "sustentabilidade é desafio e oportunidade de negócio do século XXI, este é o momento de aprender coletivamente como inserir sustentabilidade ambiental e social nas transações financeiras".O diretor do BC apresentou as duas propostas que devem ser levadas para debate em audiência pública. A primeira prevê a obrigatoriedade das instituições financeiras adotarem políticas de responsabilidade socioambiental que promovam adequação de produtos e gerenciamento de riscos socioambientais. O Banco Central propõe, ainda, que as instituições divulguem anualmente relatório contendo informações sobre suas práticas socioambientais, de acordo com as melhores práticas internacionais. Pereira da Silva acredita que essas políticas resultarão em redução de custos e aumento de eficiência para as instituições.Transição para uma Nova EconomiaOs riscos e as oportunidades no financiamento da transição para uma nova economia ambientalmente sustentável e socialmente inclusiva foram tema da segunda mesa realizada durante o debate de Finanças Sustentáveis. O diálogo foi moderado por Roberto Smeraldi, diretor da OSCIP Amigos da Terra – Amazônia Brasileira e teve como convidados Mário Monzoni, pesquisador do Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV, Emilson Caputo Silva, do Georgia Institute of Technology, de Murilo Portugal, presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) e Sérgio Odilon dos Anjos, chefe do Departamento de Normas do Sistema Financeiro no Banco Central.Para o presidente da Febraban, Murilo Portugal, o setor privado tem participação chave na construção do desenvolvimento sustentável e os bancos estão conscientes da importância da convergência das agendas econômica, social e ambiental.Diversos aspectos relacionados à implementação de políticas de responsabilidade socioambiental foram abordados pelo debatedor Emilson Silva, do Georgia Institute of Tecnhology. "Vários aspectos devem ser observados quando pensamos em sustentabilidade. A questão da distribuição de renda é um exemplo, esse é um fator importante na mitigação das mudanças climáticas. Os que mais poluem são os muito ricos e os muito pobres" pontuou.Smeraldi provocou os participantes sobre o impacto do anúncio de hoje do Banco Central. O pesquisador da FGV, Mário Monzoni respondeu avaliando que as propostas são muito bem vindas e com certeza resultarão em desafios tanto para as instituições financeiras quanto para a própria autoridade monetária, uma vez que precisará se capacitar com todo esse novo repertório. Sérgio Odilon, chefe do Departamento de Normas do BC afirmou que "há algum tempo já temos regras que dizem respeito à gestão levando em consideração a questão dos riscos socioambientais, então os bancos não desconhecem esses riscos". Para Sérgio Odilon, o momento é de disseminação de conceitos para ter um padrão nas práticas socioambientais adotadas pelos 19 diferentes tipos de instituições financeiras que a instituição autoriza a funcionar.Confira as palestras: Regulação do Sistema Financeiro - Um Panorama da Responsabilidade Socioambienta: Luiz A. Pereira da Silva Riscos e oportunidades no financiamento da transição para umaNova Economia, ambientalmente sustentável e socialmente inclusiva: Professor Emilson C. D. Silva, GeorgiaTech, EUA Sustainable Finance:Good Practices in the Financial System: Loy A. Pires, Country Head Brazil, IFC 
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