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Terça, 10 Julho 2012 16:52

Ministra pede mais diálogo

Na posse dos novos membros do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, Izabella Teixeira propõe mais integração com o Conama e Conaflor e entre gestão das águas e meio ambiente.Paulenir ConstâncioTomaram posse na manhã desta terça-feira (10/07) os novos membros do Conselho Nacional de Recursos Hídricos, presidido pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. São 57 conselheiros representantes de órgãos públicos federais e estaduais, pequenos e grandes usuários da água, pescadores e organizações da sociedade civil. O mandato é de três anos e o CNRH, em conjunto com a Agência Nacional de Águas, é o responsável pela implementação da gestão das bacias brasileiras que cortam mais de um estado e das águas subterrâneas. O Brasil é referência mundial na área e já presta apoio técnico a várias outras nações."O maior desafio desse colegiado é integrar as políticas de meio ambiente às de recursos hídricos", destacou a ministra durante a posse. Ela lembrou que, até 2015, uma comissão formada por 30 países deverá definir uma agência de objetivos para o desenvolvimento sustentável focada na segurança energética, segurança alimentar, mas também na segurança hídrica.GESTÃO ESTRATÉGICAIzabella anunciou que o CNRH terá mudanças na sua condução política, que passa a ser atribuição da Secretaria Executiva, "como os demais colegiados". Segundo ela, o diálogo entre os conselhos, Conama, Conaflor e CNRH, é imprescindível e a mudança poderá reforçá-lo. Para a ministra, a questão da água é estratégica e não pode ser vista fora do contexto das demais políticas de meio ambiente. "Temos que reconhecer o legado [do CNRH], mas tenho a convicção de que podemos fazer muito mais", destacou. Segundo ela o caminho para isso é a busca de "excelência técnica e política" com diálogo com a sociedade e o Congresso.Para a ministra, além de reformular o modelo interno de governança, o Brasil precisa ampliar o diálogo com os países da América do Sul e, especial, os parceiros do Mercosul. Ela entende que é necessário buscar uma agenda comum com essas nações, tanto no que diz respeito às bacias comuns como a gestão das águas subterrâneas. "Depois da Rio+20 [Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada no mês passado no Rio] temos que pensar numa agenda global sobre a água", salientou. Lembrou que essa posição ficou bem clara em Marselha, na França, no fórum mundial sobre o assunto e que "exige um novo modelo de governança.".
Terça, 10 Julho 2012 16:12

Aposta no turismo sustentável

Novo perfil de viajante em férias ganha espaço em todo o mundo: respeita o meio ambiente, favorece a economia local e o desenvolvimento social e econômico das comunidades.Sophia GebrimO turista que viajar pelo Brasil no mês de julho já pode levar na mala o Passaporte Verde, lançado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Iniciativa da força-tarefa internacional para o desenvolvimento do turismo sustentável, no Brasil a campanha é coordenada pelos ministérios do Meio Ambiente e do Turismo, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). O passaporte traz orientações e dicas para um novo tipo de turismo que vem ganhando espaço em todo o mundo, que respeita o meio ambiente, favorece a economia local e o desenvolvimento social e econômico das comunidades.As práticas do turista sustentável vão desde o planejamento até o meio de transporte utilizado na viagem. "Ao escolher seu destino, ele deve certificar-se que o local oferece meios de transporte, acomodações e tratamento de lixo e esgoto adequados", destaca o coordenador da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) do Ministério do Meio Ambiente, Allan Milhomens. Para isso, deve preferir acomodações que tenham equipamentos eficientes e que permitam o uso racional da energia e da água e priorize o serviço de guias e condutores integrantes das comunidades locais. Além de preocupe-se com as emissões de gás carbônico dos meios de transporte que utiliza.CULTURA E TRADIÇÃOApós escolher o destino, o turista deve buscar informações sobre a região a ser visitada, cultura e tradição do seu povo, o que garantirá uma melhor convivência durante a sua permanência no local. Outra dica é buscar conhecer as Unidades de Conservação que permitem visitação, como parques, áreas de proteção ambiental, reservas de desenvolvimento sustentável, reservas particulares, entre outras. Conforme destaca o coordenador da SEDR, o interesse pelo contato com ambientes naturais favorece o trabalho de conservação desses espaços.Ao fazer a mala, o viajante deve pensar no que deve levar na bagagem, já que a quantidade de itens aumenta o impacto da viagem, devido às emissões de gás carbônico e lixo que gera. Uma alternativa é tentar não levar de casa nada que possa encontrar no destino final ou comprar produtos de higiene ou alimentos nos mercados locais. "Sem contar que ao tomar essas atitudes, o turista estará contribuindo com a geração de empregos e aumentando a renda dos moradores", destaca o representante do MMA. Ele alerta, ainda, para o turista ter cuidado com pilhas, baterias e lâmpadas, pequenos objetos que contêm materiais tóxicos que contaminam a água e o solo quando descartados de forma inadequada. A dica é jamais jogar esse material no lixo comum e depositar esses itens em coletores específicos. Caso o turista não encontrar lugar adequado para depositá-los, traga-os de volta.MENOS LIXOEmbalagens são um problema para o meio ambiente em qualquer ocasião, inclusive em viagens. A orientação é retirar as mercadorias das embalagens antes de viajar. Além de produzir menos lixo, o turista irá deixar sua bagagem mais leve, evitar emissões durante o transporte e poupar fôlego durante caminhadas com mochila. "Caso queira levar uma embalagem cheia, traga-a vazia na volta", orienta. Xampus e sabonetes líquidos ecologicamente corretos (biodegradáveis) já estão disponíveis. Uma alternativa é utilizá-los nas viagens e usar a menor quantidade possível. "Isso mantém as fontes de água potável, rios e mares livres de poluição". Além disso, o viajante pode dar uma finalidade cultural às revistas e aos livros que terminou de ler, deixando-os na própria comunidade ou na escola local.Tanto para um fim de semana como para uma viagem mais longa, o turista sustentável deve escolher a acomodação que segue as mesmas práticas verdes que você deveria ter na sua casa. Esses cuidados vão desde o tipo de construção até o modo como o empreendimento se relaciona com seus colaboradores e com a comunidade. No Brasil, além da rede hoteleira e das pousadas, temos a opção de nos hospedar nas casas dos moradores locais em algumas regiões. Prefira instalações que se preocupem com a sustentabilidade nos seus serviços.Dicas de práticas verdes para quem hospeda: Incorporar os princípios socioambientais à administração e ao treinamento das pessoas, que devem ser capacitadas para exercerem atividades de modo responsável; Reduzir o consumo indireto de energia, aquele embutido na fabricação dos itens de consumo, buscando oferecer produtos naturais, especialmente vegetais, feitos na região; Reduzir o impacto ambiental de novos projetos e construções, visando a preservação do cenário natural, fauna e flora, levando em consideração a cultura local na arquitetura. Materiais naturais, técnicas construtivas de baixo impacto e baixo consumo energético merecem atenção; Controlar e diminuir o uso de produtos agressivos ao ambiente, como amianto, CFCs, pesticidas e materiais tóxicos, corrosivos ou inflamáveis; Utilizar energias alternativas, como a solar e eólica, sempre que possível no planejamento das novas construções e instalações; Consumir água com racionalidade e eficiência, por exemplo, coletar e utilizar a água da chuva quando possível; Não permitir que haja qualquer vazamento de esgoto ou dejetos poluidores. Atitudes que o turista sustentável deve ter: Evitar o uso desnecessário de água e de produtos químicos, utilizando por mais de um dia suas toalhas de banho e rosto; Ligar o ar condicionado, sempre com portas e janelas fechadas, e ventiladores apenas quando necessário; Recolher todo o lixo produzido e separar materiais recicláveis de restos orgânicos; Utilizar sacolas reutilizáveis de pano ou papel ao invés dos saquinhos plásticos nas compras; Na praia, utilizar protetor solar resistente à água para não poluir o mar e prejudicar a fauna marinha; Apagar as luzes e desligar os equipamentos do ambiente ao sair; Fechar a torneira enquanto escova os dentes. Assim, é possível gastar apenas dois litros de água ao invés de 60; Não retirar plantas, nem levar "lembranças" do ambiente natural para casa. Deixar pedras, flores, frutos, sementes e conchas onde foram encontradas para que outros também possam apreciá-los; Não comprar animais silvestres; Ajudar na educação de outros visitantes, transmitindo os princípios de mínimo impacto sempre que houver oportunidade de disseminar essa atitude responsável.
Terça, 10 Julho 2012 16:02

Simpósio debate degradação

Serão apresentadas experiências de sucesso desenvolvidas nas mais diversas condições de degradação ambiental, visando a recuperação ambiental, social e econômica.Luciene de AssisComeça, nesta quarta-feira (11/07), no Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Cenpes) da Petrobras, no Rio de Janeiro, o IX Simpósio Nacional sobre Recuperação de Áreas Degradadas (Sinrad) - recriando ambientes sustentáveis. Com duração de dois dias, o evento acontecerá na Ilha do Fundão, e é organizado pela Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas Degradadas (Sobrade).A solenidade de abertura do Sinrad terá a participação do diretor do Departamento de Florestas (DFlor) da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Fernando Coutinho Tatagiba. De acordo com os organizadores, o simpósio é maior do gênero no Brasil e sua finalidade é levar conhecimento e experiências de sucesso desenvolvidas nas mais diversas condições de degradação ambiental, visando a recuperação ambiental, social e econômica. Saiba mais sobre o evento no site www.sobrade.com.br
Terça, 10 Julho 2012 15:56

Mercosul e sustentabilidade

Países do bloco discutem contrato para intervenção ambiental em pequenas e médias empresas e a realização de oficinas sobre práticas na área de gestão ambiental e produção sustentável.Lucas TolentinoAs ações de sustentabilidade ambiental contarão com o apoio de países do Mercosul e da União Europeia. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) realiza, durante esta semana, reuniões com representantes de nações como Uruguai e Argentina para discutir as medidas que serão implantadas. Os encontros fazem parte do Programa de Apoio ao Aprofundamento do Processo de Integração Econômica e Desenvolvimento Sustentável do Mercosul (Econormas).O projeto garantirá o investimento de 18 milhões de euros (R$ 44,9 milhões). Do total, 6 milhões de euros (R$ 14,9 milhões) são provenientes dos integrantes do Mercosul e o restante é assegurado pela União Europeia. O objetivo é garantir a melhoria da qualidade e da segurança de produtos do Mercosul, promover o crescimento econômico aliado à gestão sustentável de recursos e estimular as ações de proteção ambiental.INTERVENÇÃOEntre as medidas que serão discutidas durante esta semana, estão o contrato para intervenção ambiental em pequenas e médias empresas, a definição da campanha de divulgação e as diretrizes para realização de oficinas sobre práticas na área de gestão ambiental e produção sustentável.Os resultados das reuniões técnicas serão apresentados no fim do ano. O acordo entre o Mercosul e a União Europeia que criou o Econormas foi firmado em dezembro de 2009 e tem cinco anos de duração. O programa é realizado pelos países integrantes do Mercosul e é operado pelo Laboratório Tecnológico do Uruguai.A cooperação viabilizará medidas em quatro frentes de atuação: promoção da produção e consumo sustentáveis; luta contra a desertificação e os efeitos da seca; avanços para a implantação do Sistema Global Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS) e convergência da base normativa e regulamentária de produtos em áreas específicas selecionadas e criação de capacidades regionais de avaliação de conformidade
Segunda, 09 Julho 2012 19:08

Em defesa dos tubarões

ICMBio admite estudar moratória na costa brasileira para inibir a pesca predatória. Ação ilegal também ameaça as arraias, num mercado que movimenta US$ 17 bilhões do ano.Sandra TavaresDo ICMBioO presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Ricardo Vizentin, participou na manhã desta segunda-feira (09/07) de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, no Senado. O objetivo foi debater, na perspectiva do desenvolvimento sustentável, a proteção à fauna marinha, ao meio ambiente aquático, a perseguição a ativistas ambientais e a defesa dos oceanos após as decisões da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).Os palestrantes mostraram que o Brasil vem sofrendo com a caça de diversas espécies marinhas, em especial de tubarões e arraias, a exemplo do finning - prática ilegal de caça a tubarões e outras espécies com a finalidade exclusiva de retirada de suas barbatanas com foco na exportação para países da Ásia. Segundo o diretor geral do Instituto Guardiões do Mar, Wendell Stoll, a atividade ilegal do finning já rende US$ 17 bilhões por ano. "E a carne desses pescados ilegais nem chega à mesa do brasileiro" disse. "Algumas quadrilhas já foram desbaratadas pela Polícia Federal, mas temos que ampliar isso". Propôs, como alternativa, o Brasil estipular uma moratória proibindo a caça de tubarões em águas brasileiras por pelo menos 20 anos.POLARIZAÇÃOVizentin, por sua vez, admitiu que a moratória pode ser uma alternativa a ser construída pelo corpo técnico do Instituto Chico Mendes. Ele destacou que é preciso avançar na discussão do que o Brasil quer para a sua política ambiental e deixar de lado as polarizações governo versus sociedade. "Essa tem que ser uma construção conjunta e responsável" explicou. O ICMBio está para entregar à ministra [do Meio Ambiente], Isabella Teixeira dois importantes planos – um detalhando o passivo da regularização fundiária das unidades de conservação federais e outro intitulado de geografia dos conflitos existentes dentro dessas áreas protegidas".Para o presidente do ICMBio, no campo socioambiental o país vive um momento de fragmentação e rebaixamento dessa discussão, não apenas no seio da sociedade mas dentro também dos partidos políticos." Daí termos que enfrentar os desafios de forma consciente", acrescentou. O deputado Sarney Filho (PV-MA), ex-ministro do Meio Ambiente, destacou a importância de se construírem alternativas, a exemplo do Projeto de Lei 35/2012 de sua autoria que visa a declarar os recifes de coral como área de preservação permanente proibida de pesca.
Objetivo é divulgar as boas práticas de manejo não madeireiro e três espécies, além de servir de base para a capacitação de produtores, comunidades e técnicos de extensão rural.Luciene de AssisO Departamento de Conservação da Biodiversidade (DCBio) da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministério do Meio Ambiente (MMA) abre, nesta terça-feira (10/07), consulta pública eletrônica destinada a receber contribuições sobre as práticas de manejo de três espécies da caatinga (umburana de cambão, imburana de cheiro e angico de caroço). O objetivo é acrescentar as contribuições aos guias já elaborados para cada uma dessas espécies contendo as "Boas práticas de manejo não madeireiro em três espécies da caatinga". As contribuições aos textos dos guias devem ser enviadas de 10 a 23 de julho, por meio dos formulários eletrônicos. Mas, antes de encaminhar os comentários, é necessário ler as orientações para o preenchimento do formulário.A construção dos guias foi feita pela Associação Plantas do Nordeste, sob a coordenação do DCBio/SBF/MMA. Visa divulgar as boas práticas de manejo não madeireiro dessas espécies, além de servir de base para a capacitação de produtores, comunidades e técnicos de extensão rural, inserindo essas práticas nas políticas públicas de uso sustentável da caatinga.PARCERIAO projeto faz parte de uma parceria firmada entre os departamentos de Florestas e o de Conservação da Biodiversidade da SBF, além da Coordenação de Agroextrativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a promoção de boas práticas de manejo não madeireiro de espécies nativas brasileiras. Esse trabalho está inserido no âmbito do Projeto de Ações Integradas Público-Privadas para a Biodiversidade (Probio II) e abrange, ao todo, 30 espécies nativas, sendo oito da caatinga.A consulta pública tem o objetivo de coletar subsídios para a elaboração do texto final dos documentos: Guia sobre boas práticas de extrativismo sustentável de angico de caroço; Guia sobre boas práticas de extrativismo sustentável de umburana de cambão; e Guia sobre boas práticas de extrativismo sustentável de imburana de cheiro. Abaixo, os links de acesso aos formulários de cada guia: Formulário sobre boas práticas de extrativismo sustentável de Angico de Caroço Formulário sobre boas práticas de extrativismo sustentável de Umburana de Cambão Formulário sobre boas práticas de extrativismo sustentável de Imburana de Cheiro
Brasil elabora guia com 120 iniciativas concretas de economia verde inclusiva em andamento nos biomas brasileiros. Cinquenta dessas experiências demonstram, na prática, as lições aprendidas por estados e municípios.Luciene de AssisA Conferência as Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) deixou um importante legado para sustentabilidade de estados e municípios. Trata-se de um guia com quase 120 iniciativas concretas para economia verde inclusiva e em andamento nos biomas brasileiros. Cerca de 50 dessas experiências demonstram, na prática, as lições aprendidas pelos vários estados e municípios do Brasil.As experiências, sistematizadas num acordo de cooperação entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), foram apresentadas e debatidas nos encontros dos Diálogos Federativos e resultaram no documento "Iniciativas de Economia Verde no Brasil: experiências das unidades federativas em promover uma economia verde inclusiva", já disponível para consulta. A coletânea foi divulgada no quarto encontro dos Diálogos Federativos, dia 22 de junho, no Parque dos Atletas, durante a Rio+20.LEGADO"Agora temos um legado fomentando a agenda pós-Rio+20, que reúne uma gama enorme de contribuições destinadas a alavancar o desenvolvimento nacional sustentável", comemora o professor Eduardo Mattedi Werneck, coordenador-geral do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama). Lembra que, pela primeira vez, reuniram-se as áreas de Planejamento, Fazenda, Meio Ambiente e Desenvolvimento Social de todos os estados, e destaca a participação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), do Conselho das Cidades e dos bancos públicos, contribuições decisivas para se chegar a esses resultadosEstados e municípios de todas as regiões apresentaram propostas levadas à Rio+20, fortalecendo ainda mais o processo de diálogo federativo. O Nordeste realizou as Conferências da Caatinga; do Centro-Oeste saiu a Carta do Cerrado; e do Norte veio a Carta dos Governadores da Amazônia, para citar alguns exemplos de contribuições à agenda de desenvolvimento sustentável pós Rio+20.Um dos fatores mais importantes dos Diálogos Federativos, segundo declarou, durante o evento na Rio+20, o secretário-executivo do MMA, Francisco Gaetani é o aumento da capacidade de articulação. "O elemento mais raro e mais necessário à gestão é a coordenação", enfatizou Gaetani na ocasião.DESDOBRAMENTOSOutra questão sempre presente foi o necessário aperfeiçoamento dos instrumentos de medição da riqueza e do desenvolvimento, como o Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). "Os dirigentes e gestores já percebem que os instrumentos de que dispomos para medir o desenvolvimento humano e a riqueza não são adequados para a percepção do que é produzido num contexto de sustentabilidade, com a valorização dos ativos ambientais", salientou Eduardo Mattedi Werneck.Além do documento divulgado no quarto encontro dos Diálogos Federativos, produziu-se, também, de acordo com Mattedi, "um movimento nacional, em todos os níveis de governo, que precisa ser potencializado, gerando desdobramentos, resultados concretos e maior capacidade de articulação entre entes federados, com troca de experiências de sucesso entre governos locais". Para o coordenador-geral do Sisnama, o maior legado da Rio+20 é que o desenvolvimento sustentável deixou, definitivamente, de ser preocupação exclusiva da área de meio ambiente e, agora, é, de fato, matéria de interesse dos setores sociais, desenvolvimentistas e financeiros.
Quinta, 05 Julho 2012 15:25

Água, o problema do século

Seminário realizado pelo Instituto Brasileiro de Ação Responsável, em parceria com o Congresso Nacional, promove debate de extrema relevância entre sociedade civil, deputados, representantes do executivo, ONGs e cooperativas.Rafaela Ribeiro"O grande tema do século XXI não é o petróleo, mas a água". A declaração, do secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério de Meio Ambiente, Pedro Wilson, ocorreu no Seminário de Gestão de Resíduos e Recursos Hídricos no Brasil, promovido pelo Instituto Brasileiro de Ação Responsável, em parceria com o Congresso Nacional, realizado na manhã desta quinta-feira (o5/07), em Brasília. O secretário lembrou que todos os, cidadãos, têm ingerência na gestão dos resíduos e do uso da água no ambiente doméstico. "Todos podemos contribuir", afirmou.Wilson destacou que, pela primeira vez, o catador está sendo considerado e até priorizado no desenvolvimento da Política de Resíduos Sólidos: "A presidenta Dilma e a ministra do Meio Ambiente tratam do tema olhando para o lado humano, olhando para o catador que depende do resíduo para sobreviver", disse. "Temos no Brasil cerca de 2 milhões de catadores".DESIGUALDADEJohnny Ferreira dos Santos, diretor de Água e Esgotos da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, explicou que, diante da distribuição desigual dos recursos hídricos no Brasil, o governo federal intensificou ações para corrigir essas distorções.Segundo ele, muitos dos aterros sanitários implantados nos últimos anos já se tornaram lixões pela ausência de estrutura e manutenção adequada, que exige investimento de recursos razoáveis. Municípios, de forma isolada, acabam tendo dificuldades em manter os aterros, atendendo a todas as necessidades. Assim, a alternativa ideal é priorizar parcerias entre municípios localizados em uma mesma região, utilizando o mesmo aterro e dividindo os gastos de a manutenção. Na sua avaliação, a solução do problema dos resíduos é intermunicipal.O auditório, lotado de representantes do governo, do setor privado, profissionais de saúde, centros de pesquisas, universidades e terceiro setor, entre outros, demonstra o interesse social nos dois temas que se tornam cada vez mais urgentes. O seminário é uma oportunidade de conhecer novas ideias e experiências e de debater esses assuntos de extrema importância para o desenvolvimento sustentável do nosso país.
Quarta, 04 Julho 2012 18:55

Projeto Terra do Meio avança

Doação de 6,9 milhões de euros da União Européia e mais 3,9 milhões do governo brasileiro serão destinados a 11 unidades de conservação. Oficina com gestores definiu o destino das quantias.Letícia VerdiDurante a oficina com os gestores das Unidades de Conservação (UCs) que compõem o Projeto Terra do Meio, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), foram definidas as quantias que serão aplicadas em cada UC, de um total de 10,8 milhões de euros (R$ 27,4 milhões). Desse recurso, 6,9 milhões de euros (R$ 17,5 milhões) são doações da Comunidade Européia e o restante é contrapartida do governo brasileiro. A oficina foi realizada de 25 a 28 de junho, em Altamira (PA)."Aplicamos a ferramenta de avaliação de Unidades de Conservação e fizemos um planejamento estratégico plurianual, que permitem avaliar a efetividade da gestão de UCs, monitorar o Projeto Terra do Meio e definir as metas para os próximos anos", explicou o coordenador do Terra do Meio e do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), Trajano Quinhões. As ferramentas utilizadas permitem, ainda, acompanhar o avanço dos processos de consolidação das UCs e orientar o trabalho dos gestores e órgãos executores.Após definir as metas, os gestores negociaram os valores e elaboraram um Plano de Trabalho com a definição das atividades e tarefas por semestre. O Projeto Terra do Meio inclui as Reservas Extrativistas Verde para Sempre, Riozinho do Anfrísio, Iriri e do Xingu, os Parques Nacionais Serra do Pardo e do Jamanxim, a Estação Ecológica Terra do Meio, as Florestas Nacionais Trairão e Altamira, a Floresta Estadual do Iriri e a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu.Confira abaixo como ficou a repartição do recurso:Estação Ecológica Terra do Meio Recurso alocado: R$ 1.243.000,00 Processos apoiados: Plano de Manejo, Sinalização; Compra de equipamentos; Termos de compromissos, Levantamento socioeconômico e da cadeia da dominialidade; Construção de infra estrutura; Demarcação, Pesquisa, Reunião de conselho e atividades de proteção. Parque Nacional do Jamanxim Recurso alocado: R$ 1.135.000,00 Processos apoiados: Plano de Manejo, Formação do Conselho; Sinalização; Compra de equipamentos; Termos de compromissos, Levantamento socioeconômico e da cadeia da dominialidade; Demarcação, Reunião de conselho e atividades de proteção. Parque Nacional Serra do Pardo Recurso alocado: R$ 1.264.000,00 Processos apoiados: Plano de Manejo, Formação do Conselho; Sinalização; Compra de equipamentos; Termos de compromissos, Levantamento socioeconômico e da cadeia da dominialidade; Reforma da base operacional; Demarcação, Reunião de conselho e atividades de proteção. Reserva Extrativista do Rio Xingu Recurso alocado: R$ 495.000,00 Processos apoiados: Sinalização; Compra de equipamentos; Termos de compromissos, Levantamento socioeconômico e da cadeia da dominialidade; Reunião de conselho e atividades de proteção. Reserva Extrativista do Rio Iriri Recurso alocado: R$ 423.000,00 Processos apoiados: Sinalização; Compra de equipamentos; Termos de compromissos, Levantamento socioeconômico e da cadeia da dominialidade; Reunião de conselho e atividades de proteção. Reserva Extrativista do Riozinho do Anfrísio Recurso alocado: R$ 861.000,00 Processos apoiados: Sinalização; Compra de equipamentos; Construção da base administrativa; Demarcação estratégica; Reunião de conselho e atividades de proteção. Reserva Extrativista Verde para Sempre Recurso alocado: R$ 1.406.000,00 Processos apoiados: Plano de Manejo, Sinalização; Compra de equipamentos; Termos de compromissos, Levantamento socioeconômico e da cadeia da dominialidade; Reforma da base operacional; Demarcação, Reunião de conselho e atividades de proteção. Floresta Nacional de Altamira Recurso alocado: R$ 802.000,00 Processos apoiados: Sinalização; Compra de equipamentos; Termos de compromissos, Levantamento da cadeia da dominialidade; Demarcação, Reunião de conselho e atividades de proteção. Floresta Nacional do Trairão Recurso alocado: R$ 1.167.000,00 Processos apoiados: Sinalização; Compra de equipamentos; Termos de compromissos, Levantamento da cadeia da dominialidade; Reforma da base operacional; Demarcação, Reunião de conselho e atividades de proteção. Floresta Estadual do Iriri Recurso alocado: R$ 1.396.000,00 Processos apoiados: Plano de Manejo, Formação do Conselho; Sinalização; Compra de equipamentos; Termos de compromissos, Levantamento socioeconômico e da cadeia da dominialidade; Reunião de conselho e atividades de proteção. Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu Recurso alocado: R$ 1.868.000,00 Processos apoiados: Plano de Manejo, Sinalização; Compra de equipamentos; Levantamento socioeconômico e da cadeia da dominialidade; Reunião de conselho e atividades de proteção. O valor do recurso financeiro planejado por processos apoiados é: Plano de Manejo: R$ 2.420.000,00 Formação do Conselho: R$ 226.000,00 Sinalização: R$ 1.076.000,00 Equipamentos: R$ 2.544.000,00 Termo de Compromisso: R$ 666.000,00 Levantamento Fundiário: R$ 810.000,00 Construção/reforma da infra estrutura: R$ 618.000,00 Demarcação estratégica: R$ 816.000,00 Pesquisa: R$ 60.000,00 Reunião de Conselho Gestor das UCs: R$ 1.119.000,00 Atividades de Proteção: R$ 1.007.000,00 Despesas administrativas: R$ 693.000,00
Quarta, 04 Julho 2012 17:43

Cartazes para um mundo sustentável

Camilla ValadaresConcebida e coordenada pelo designer gráfico Felipe Taborda a exposição "Glob-All Mix - 30 cartazes para um mundo sustentável - uma celebração visual mundial para a Rio+20" estará aberta ao público até o dia 15 de julho no Galpão das Artes do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, visitou nesta terça-feira (03/07)a mostra . Dela participam cinco brasileiros: André Stolarski, Bárbara Szaniecki, Christiano Menezes, Fábio Arruda e Kiko Farkas.Há, ainda, trabalhos de artistas da França, México, Paraguai, Israel, Colômbia, Equador, China, Uruguai, Dinamarca, Alemanha, Argentina, Espanha, Índia, Inglaterra, Portugal, Austrália, Irã, Polônia, Estados Unidos, Finlândia, Cuba, Zimbabue, Guatemala, Japão e Rússia. Há 20 anos, durante a Rio-92, Felipe Taborda também organizou mostra semelhante.
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