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Os países emergentes e a sustentabilidade

Publicado: Quinta, 14 Junho 2012 17:27 Última modificação: Quinta, 14 Junho 2012 19:24
Para a ministra Izabella Teixeira, a solução  das questões ambientais desse grupo de nações deve ser pensada regionalmente para ser refletida globalmente.

Sophia Gebrim

Os países emergentes têm um papel estratégico na promoção do desenvolvimento sustentável global. Para discutir as oportunidades e desafios relacionados ao tema, a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, a ex-ministra da Noruega e coordenadora do Relatório Nossa Futuro Comum Gro Brundtland e o economista e professor da Universidade de Harvard Dani Rodrick participaram de painel, que teve como moderador o jornalista William Waack. O debate faz parte da agenda do Encontro da Indústria para a Sustentabilidade, que se realiza quinta e sexta-feira (14 e 15/06), no Hotel Sofitel Copacabana, Rio de Janeiro

A ministra Izabella Teixeira salientou que, para a construção da agenda ambiental com os países emergentes, a transparência é um requisito essencial. "Isso significa discussões não para pedir ao governo tal e tal coisa, mas para mostrar um programa de médio e longo prazos para a transformação do que podemos fazer em busca pela sustentabilidade", explicou. Para ela, a solução que os emergentes buscam para a as questões ambientais deve ser pensada regionalmente para ser refletida globalmente. "Por isso que insisto na tese do desafio da governança global e que alguns aspectos deverão ser pactuados globalmente em torno de padrões de competitividade comum, iniciativas que sejam includentes e não excludentes", acrescentou.

URGÊNCIA

A ex-ministra da Noruega Gro Brundtland disse que a comunidade internacional tem urgência em acelerar o ritmo das discussões sobre sustentabilidade nos países emergentes. "Muitas decisões tomadas irão gerar resultado a médio e longo prazos e o mundo não pode esperar tanto tempo assim", sintetizou. No contexto do encontro com o setor das indústrias brasileiras, Gro destacou que "o compromisso que vemos aqui, com essas instituições envolvidas em parceria, faz toda a diferença".

Ela mostrou, ainda, a preocupação com milhões e milhões de pessoas que ainda não tem acesso, em algumas regiões do mundo, aos serviços de energia e saúde pública. "Enquanto falta serviço básico para muitos, outros têm apetite insaciável por combustíveis fósseis, madeira e energia, sem a preocupação com o crescimento dos problemas ambientais que isso gera". lamentou. Dessa forma, estilo de vida não sustentável, crescimento econômico desordenado e recursos poucos eficientes foram apontados pela norueguesa como desafios para os países emergentes na busca pela sustentabilidade.

Conhecido como um dos acadêmicos mais respeitados no debate sobre a globalização, o economista Dani Rodrick reforçou a ideia de que a inovação é o caminho para a busca da sustentabilidade, principalmente nas nações emergentes. "Todo o mundo está buscando novas tecnologias para se adequar ao atual modelo ambiental que é referência no planeta". Para o professor, um desafio para os emergentes é mudar a estrutura para, servir não somente os objetivos econômicos, mas também ambientais e sociais.
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