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Construções sustentáveis, consumo de energia e água estão em debate  LUCAS TOLENTINO O governo federal discute medidas de sustentabilidade nos órgãos da administração do país. Entre esta quarta (30/10) e quinta-feira (31/10), ocorre o 1o Diálogo Finanças e Meio Ambiente: Seminário Internacional Gastos Sustentáveis e Eficiência Energética. Realizado em Brasília, o evento tem o objetivo de levantar soluções e debater experiências na aplicação de políticas ligadas ao tema, além de identificar desafios e estratégias para formular programas de eficiência de energia em prédios públicos. Organizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Escola de Administração Fazendária (Esaf), o seminário tem apoio de programas de cooperação internacional com países como Alemanha, França e Estados Unidos. Entre os assuntos que serão discutidos, estão o fomento a construções sustentáveis, as inovações nos prédios pelo mundo afora e a integração do uso da água e dos resíduos nas edificações. Formas de economizar energia e custos também estão em pauta.CLIMAAs medidas de eficiência energética apresentam, entre outras, soluções para a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. O diretor de Mudanças Climáticas do MMA, Adriano Santhiago, destacou a necessidade de evitar a polarização. “Não dá para considerar como uma questão entre ambientalistas e desenvolvimentistas”, afirmou. “As mudanças climáticas fazem parte de um diálogo em que a variável ambiental é determinante, mas não pode ser encarada como a única”. A união de esforços entre os órgãos de caráter ambiental com os destinados à política financeira é essencial para a promoção da sustentabilidade no país. “Fóruns como esse permitem o fluxo de informações, trazem novos proposta para a área econômica e encontram alternativas para que os gastos públicos contemplem a questão ambiental”, afirmou o subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério da Fazenda, Paulo de Tarso Campolina. “É possível almejar um mundo onde floresçam economias mais verdes.”
Serão 85 mil pessoas beneficiadas nesta fase do projetoRAFAELA RIBEIROO secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ney Maranhão, assinou, na manhã desta terça-feira (29/10), convênio do Programa Água Doce com o Estado de Pernambuco. O investimento de R$ 36,9 milhões beneficiará com água potável 85 mil pessoas do Semiárido pernambucano. A assinatura aconteceu na abertura do SemiáridoShow, feira promovida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que mostra as potencialidades do Semiárido, por meio de tecnologias que proporcionam melhor convivência com as características peculiares do solo e clima da região.O convênio tem como meta a implantação e recuperação de 150 sistemas de dessalinização e 20 unidades produtivas em 170 comunidades rurais da região. “É um programa fantástico. Serão 150 unidades de dessalinização e 20 unidades produtivas que, além de oferecer água potável, terão os tanques de tilápias, fonte de proteína e renda para as comunidades, e também os canteiros de erva-sal (atriplex) que serve de alimento para caprinos, ovinos e bovinos”, explicou Maranhão. “Aqui tem uma unidade demonstrativa de 5 mil metros quadrados. Dá pra ver direitinho como funciona. O melhor é que é uma solução permanente para a questão da falta de água potável das comunidades”. O dinheiro será investido no diagnóstico das comunidades, instalação e recuperação dos sistemas de dessalinização e manutenção preventiva dos equipamentos. O diagnóstico é a primeira etapa. A partir desse estudo serão conhecidas as condições socioambientais e informações referentes aos sistemas de abastecimento de água das comunidades rurais da região que sofrem com a falta de água potável. Serão diagnosticadas 510 comunidades. O QUE ÉA unidade é um sistema de produção sustentável integrado por três subsistemas independentes. No primeiro momento, a água é captada pelo poço profundo, enviada a um dessalinizador e em seguida armazenada em um reservatório para distribuição. No segundo, o resíduo do dessalinizador, água muito salina, é utilizado para o cultivo da tilápia. Em seguida, o concentrado dessa criação, rico em matéria orgânica, é aproveitado para a irrigação da erva-sal (Atriplex nummularia), que, por sua vez, é utilizada na produção de feno para a alimentação de ovinos e caprinos da região, fechando, assim, o sistema de produção ambientalmente sustentável. São ações integradas, de forte impacto social, que, além de produzir água potável para as comunidades atendidas, proporciona o aproveitamento econômico dos resíduos do processo. Como resultado, há melhoria da qualidade de vida da população e redução do impacto ambiental.OBJETIVOEm parceria com instituições federais, estaduais, municipais e a sociedade civil, o Programa Água Doce tem por objetivo estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano, com a instalação desses sistemas de dessalinização nas comunidades mais carentes da região.Os municípios com menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), altos percentuais de mortalidade infantil, baixos índices pluviométricos com dificuldades de acesso aos recursos hídricos serão os primeiros a serem contemplados. Assim como o Índice de Condição de Acesso à Água do Semiárido (ICAA), desenvolvido a partir do cruzamento dos indicadores citados acima.Entre os principais parceiros destacam-se Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Petrobrás, Fundação Banco do Brasil, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade Federal de Campina Grande, Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM). Os recursos estão disponíveis desde o ano passado.
Conferência do Meio Ambiente aprova 60 recomendações para aprimorar a leiPAULENIR CONSTÂNCIOA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou neste domingo (27/10), no encerramento da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, em Brasília, a criação de um grupo de trabalho permanente, vinculado ao seu gabinete, com um representante dos catadores de produtos recicláveis, para acompanhar a implantação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). É a primeira medida a ser tomada após o evento, que reuniu quase 3 mil pessoas, de 27 Estados, para elaborar uma pauta prioritária com 60 recomendações que foram encaminhadas ao governo para tornar a política uma realidade. Para a ministra, a 4ª CNMA acelera o processo de implantação da lei. “É uma nova agenda de trabalho, tanto para os  governos, quanto para os cidadãos e as empresas. É isso que muda o Brasil. Vocês estão aqui defendendo o seu país”, disse a ministra ao analisar a os resultados da participação popular. Das etapas estaduais até a conferência nacional, os debates em torno da PNRS já reuniram mais de 200 mil  pessoas. “Isso demonstra que todos querem e estão dispostos a trabalhar para que a política de resíduos sólidos avance”, salientou. RECOMENDAÇÕES As propostas vencedoras do fórum nacional recomendam ao governo que amplie e diversifique suas ações na área de educação ambiental, fortaleça a fiscalização com leis e medidas mais rígidas, estimule com campanhas e recursos financeiros a reciclagem, desonere a logística reversa, valorize a mão de obra dos catadores e elabore leis que proíbam a incineração de resíduos recicláveis. Em três dias de debates e votações, um conjunto de 160 propostas com origem nas etapas estaduais e municipais definiu as 60 prioridades. Izabella lembrou que as conferências anteriores sempre produziram sugestões acatadas e transformadas em política públicas e que essa não será diferente. De acordo com a ministra, o que a 4ª CNMA recomenda é fruto da democracia participativa, em sua forma mais direta.  Os debates contaram com a presença de representantes de governos estaduais, municipais e federal,  pesquisadores, professores universitários e catadores. Na avaliação de muitos dos participantes,  serviu para que as pessoas tomassem consciência da complexidade de implantar a PNRS e para que possam arregaçar as mangas para tornar o país mais sustentável.  “Gente que nunca teve direito a voz nem voto nas decisões ministeriais, agora teve. É uma vitória do povo brasileiro”, avaliou Izabella. Para ela, a ajuda de todos permite com que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) possa fazer políticas públicas mais inclusivas e mais sustentáveis. Na avaliação do diretor do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do MMA, Geraldo Abreu, que coordenou a realização da 4ª. CNMA,  a quantidade de pessoas envolvidas na realização da conferência é uma prova de que está havendo uma renovação da política ambiental no Brasil. “O recado que eles passaram é de que o governo não deve arredar pé de implantar a política de resíduos sólidos.”, afirmou. Uma das propostas aprovadas pede que o governo não adie o prazo para a desativação dos lixões e implantação dos aterros sanitários. Para Abreu, ninguém mais quer ser apenas ouvinte nas questões ambientais. “Todos querem participar. Isso retira as decisões das mãos de alguns”, avalia. Ele conta que a escolha do tema para o evento foi controvertida. “Muitos achavam que não ia dar certo realizar uma conferência com uma política já adotada e sancionada”, disse.  Agora a expectativa dele é de que os bons resultados da  4ª CNMA sejam traduzidos em ações concretas, que melhorem a implantação da política e a consolidação da responsabilidade compartilhada, com governos, empresas e cidadãos fazendo a sua parte. Clique aqui e confira o resultado final da 4ª CNMA.
Pessoas de todas as idades confraternizam durante reunião em Brasília  LUCAS TOLENTINOPessoas de todas as partes do Brasil se reuniram na 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA). Com uma diversidade de culturas, experiências e ideais, 1.352 delegados se deslocaram até a capital do país para participar do ao evento, que teve como tema a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Todos com o mesmo objetivo: discutir medidas de proteção dos recursos naturais e de garantias dos direitos da população. Para os participantes, o saldo foi positivo.Os catadores de materiais recicláveis compareceram em massa à Conferência. O diretor de uma cooperativa de Petrópolis (RJ), Jorge Rocha, 56 anos, elogiou o destaque dado às questões da profissão nos debates e propostas do evento. "Essa lei começa a dignificar o trabalho dos catadores, que tem extrema importância para a sociedade. É preciso contemplar todos que vivem dessa profissão", defendeu. "Uma reunião como essa propicia um grande aprendizado e dá força para a aplicação da Política de Resíduos Sólidos."JUVENTUDEJovens preocupados com as políticas ambientais do país também marcaram presença. Entre as mais novas participantes do encontro, a estudante Jéssica Boniatti, 16 anos, veio de Nova Pádua (RS) com o intuito de se engajar mais no tema. "Comecei a me envolver no assunto participando das conferências municipais e estadual. Foi importante analisar as propostas e discutir a destinação correta dos resíduos sólidos. Esse é um assunto importante e pude perceber que há muita gente interessada no assunto", avaliou. A diversidade cultural propiciou a troca de experiências entre os participantes dentro e fora das plenárias e salas em que foram realizados os painéis temáticos. Pelos corredores, pessoas dos lugares mais distantes puderam conversar e contar a realidade do local onde vivem. "Uma das coisas mais interessantes é poder encontrar gente nova com muita coisa a dizer. Assim, vamos conhecendo um pouco mais do Brasil", observou Júlio Magalhães, 47 anos, da etnia Macuxí, que vive em Conde (PB). O que não falta são bons exemplos pelo país afora. Diretora de uma escola estadual de Carangola (MG), Betty Oliveira, 54 anos, contou que, na escola onde trabalha, não se usam copos descartáveis nem se desperdiça energia. No local, os alunos também são acostumados a separar o lixo. "A educação ambiental é muito importante para o sucesso da Política Nacional de Resíduos Sólidos", avaliou. Betty comemorou que propostas ligadas ao tema forma contempladas na Conferência. "É possível, sim, fazer a lei de resíduos sólidos valer. Os municípios só precisam se organizar", opinou. Diante de tanta riqueza cultural, os participantes encontraram um ponto em comum. O presidente da Associação Empresarial de São Francisco do Sul (SC), Carlos Veiga, 42 anos, concluiu que a conferência serviu como um espaço democrático capaz de reunir as diferenças e semelhanças da população brasileira. "Apesar das peculiaridades de cada local, ficou evidente que as necessidades básicas dos municípios são bem parecidas. Todos estão buscando melhorias", afirmou.  
Comissões plenárias selecionam propostas que irão à deliberação finalPAULENIR CONSTÂNCIOTermina neste domingo (27/10) a 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada para a elaboração de propostas de implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).  Na cerimônia de encerramento, prevista para as 15 horas, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, recebe o documento final, com propostas elaboradas e votadas pelos 1.340 delegados de 27 Estados.  As prioridades foram votadas neste sábado (26/10) em quatro reuniões plenárias temáticas.  São ao todo 160 sugestões, das quais somente 60 estarão na versão final, que subsidiará governo nas ações necessárias tornar a PNRS uma realidade.     COLETA E LIXÕES Em número de participantes, a conferência já é a maior realizada no País,  consideradas as quase 200 mil pessoas que discutiram e aprovaram, nos Estados e municípios, as propostas analisadas em Brasília. Nas votações preliminares, realizadas após discussão em grupos específicos, os temas que dominaram os debates foram  o fim dos lixões,  a obrigatoriedade da coleta seletiva, o calendário de implantação da PNRS e a valorização dos catadores. Temas como a ampliação das políticas públicas de geração de emprego e renda e a consolidação do mercado de reciclagem estão na  mesa das votações, como também o fortalecimento da educação ambiental e a capacitação empresarial dos catadores. A plenária final prevê, ainda, a realização de uma tribuna livre, onde os delegados inscritos vão se manifestar sobre a lei dos resíduos sólidos e espaço para a apresentação de moções, desde que subscritas por um número mínimo de delegados.      
Entre as opções, há exemplos de reciclagem e aproveitamento de resíduosLUCIENE DE ASSISExpositores de diferentes partes do Brasil estão com produtos artesanais expostos em 18 estandes na feira de produtos típicos paralela às atividades da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. Shows de música, vídeos e depoimentos são apresentados entre os intervalos das atividades do evento. Quem circula por aquele espaço dispõe de uma variedade de produtos à venda. São doces, artesanatos diversos, livros, bijuterias e exemplos de reciclagem e aproveitamento de resíduos.É o caso dos produtos expostos pelo engenheiro civil Vitor Hugo Marçal. Ele desenvolveu formas de aproveitar os pedaços pequenos de bambu, confeccionando peças de vários tamanhos, como canetas, porta-trecos, porta-guardanapo, esculturas, recipientes para petiscos e até belas jarras de suco, tudo feito de sobras de bambu e de madeira. “Nós usamos os resíduos desses materiais para fabricar pequenos utensílios e objetos”, diz.Outra possibilidade são os jardins ecológicos, desenvolvidos pela empresa de Walter Leonardo Vasconcelos. Ele faz projetos e ensina a cultivar hortas e jardins em pequenos espaços, como pneus, calhas de material reciclado e vasos e floreiras feitos de fibra de polietileno reciclado.Há expositores de produtos típicos do Crato, no Ceará; da Chapada dos Veadeiros; do Tocantins; e do cerrado do entorno do Distrito Federal. Sabonetes, xampus, óleos naturais, cremes hidratantes, produtos indígenas, objetos de decoração estão entre as opções.
Movimento busca incentivar a educação ambiental e o descarte adequado de resíduos LUCIENE DE ASSISA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou, na manhã deste sábado (26/10), da ação Limpa Brasil - Let´s do it!, no Parque Olhos D´Água, em Brasília. A campanha Let´s do it! (vamos fazê-lo) surgiu na Estônia, em 2008, e já percorreu mais de 140 países. A iniciativa faz parte de movimento mundial destinado a conscientizar e incentivar a educação ambiental e o descarte adequado de resíduos, além de ser considerado o maior movimento mundial de cidadania e cuidado com o meio ambiente.Izabella Teixeira elogiou a beleza do Parque Olhos D´Água, que fica na Asa Norte, em Brasília, e disse que "temos de conviver mais com a natureza, compartilhar espaços". Segundo ela, Brasília é uma cidade privilegiada por dispor de grande concentração de árvores e espaços verdes. “Em todas as cidades, as pessoas têm orgulho dos seus parques e áreas verdes", enfatizou.Para o representante do Limpa Brasil, Tião Santos, o projeto visa conscientizar, sensibilizar e educar os cidadãos sobre a importância da reciclagem e da seleção correta dos resíduos. “Os resíduos são fonte de renda e de inclusão econômica e social de quem trabalha com essa matéria prima, os catadores”, reforçou.AÇÃO INTELIGENTEO evento foi promovido, em Brasília, pela organização Atitude Brasil e resultou na realização de um mutirão em 38 escolas, nove parques e cinco estações de metrô. Os voluntários, entre eles escoteiros e bandeirantes, recolheram material reciclável durante toda a manhã.A ministra Izabella Teixeira, homenageada com uma placa como apoiadora do movimento Limpa Brasil, lembrou que a reciclagem precisa fazer parte da estrutura econômica do país e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) traz inúmeros desafios, como o estímulo ao cooperativismo. Em relação a esse aspecto, a ministra lembrou a necessidade de se avançar e promover a desoneração dos impostos que recaem sobre o processo produtivo da reciclagem, já que as cooperativas são taxadas em duplicidade.CONSCIENTIZAÇÃOO movimento “Let's do it!” foi indicado ao Prêmio 2013 da Organização Nações Unidas (ONU), na categoria Direitos Humanos, pela iniciativa cívica de limpeza global, desencadeada em mais de 100 países com a ajuda de 8 milhões de voluntários. O resultado será divulgado em 10 de dezembro, na sede da ONU, em Nova York.No Distrito Federal, todos os produtos (plástico, papel, vidro) recolhidos serão doados às cooperativas de catadores. Em todo o país, o movimento já percorreu 18 cidades desde 2011 e coletou mais 1,2 mil toneladas de material reciclável, graças à participação de mais de 117 mil voluntários e à capacitação de 18 mil professores e coordenadores de escolas públicas, explicou a diretora da Comunicação da entidade, Márcia Soares.
Ambientalista faz histórico da tramitação do projeto no CongressoTINNA OLIVEIRAA Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é um marco para engajar todos os atores sociais no processo de mudança que o país está passando, desde os catadores até os empresários, disse o ambientalista Fábio Feldman, autor, como deputado, do primeiro projeto de lei que tratou do assunto. Durante o Ciclo de Debates da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), nesta sexta-feira (25/10), em Brasília, Feldman presidiu o painel sobre a Lei 12.305/10, que instituiu a PNRS, discorrendo sobre o histórico que levou a lei de resíduos sólidos ficar mais de 20 anos sendo debatida no Congresso Nacional. Um dos pontos que sofreu resistência, segundo ele, foi a questão da responsabilidade pós-consumo. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou da abertura da mesa e explicou que a propostas do Ciclo de Debates muda a dinâmica tradicional da conferência para que a sociedade possa se envolver nesse diálogo. “Resíduos Sólidos é uma das questões mais sérias do país”, disse. “Por isso precisa de debate para que a sociedade acolha a lei e coloque em prática”. Ela enfatizou que a mudança de comportamento exige o debate social, requer visão estratégica e instrumentos que dialoguem com a população brasileira. “As leis ambientais não são exclusivas dos ambientalistas, as pessoas precisam ser inseridas no debate ambiental”, disse.Para o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas Júlio Pinheiro, a PNRS é uma lei possível de ser aplicada em sua essência, superando os desafios. Ele explica que os tribunais atuam no controle preventivo para evitar o dano ambiental. Durante as auditorias feitas pelo tribunal, o conselheiro observou que foram identificados catadores de material reciclável em situações degradantes, resíduos perigosos junto aos orgânicos, chorume (líquido resultante da decomposição do lixo) e vazamento de gás metano.Wanderley Baptista, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), opinou que a indústria brasileira pode ser tornar mais competitiva, como foco na sustentabilidade, já que os resíduos sólidos têm valor econômico. O representante da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), Carlos Silva, também destacou que o resíduo deve ser transformado em recurso, considerando-o como matéria-prima, minerais ou energia. “Temos que trabalhar a questão dos resíduos na perspectiva de preservação dos recursos naturais, desenvolvimento econômico e mitigação”, afirmou.Silvano Silveiro, da prefeitura de São Paulo, aponta que a lei de resíduos sólidos pegou, tanto que virou tema de conferência nacional. Para ele, dois pontos se destacam: a logística reversa, que propicia o caminho de volta da embalagem do produto consumido, e a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. O secretário de Meio Ambiente do Pernambuco, Hélvio Porto, também acredita que os municípios conseguirão cumprir a lei, superando os desafios. O representante do Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável, Roberto Laureano da Rocha, enfatizou que a PNRS trata de pessoas e os municípios devem fazer planos para inclusão social dos catadores de material reciclável.EDUCAÇÃO AMBIENTALA educação ambiental foi apontada como um tema transversal, que perpassa todos os pontos da lei, e representa uma das oportunidades de mudança cultural. Neste sentido, o diretor do Departamento de Educação Ambiental do MMA, Nilo Diniz, destacou que a educação ambiental ultrapassa o conceito escolar”, pois também trata de comunicação social, capacitação e educação para o consumo sustentável.Na ocasião, apresentou a plataforma Educares que foi criada com o propósito de recolher boas práticas voltadas para a educação ambiental e a comunicação social. “A sociedade encontra suas próprias soluções em suas comunidades e essas experiências devem ser compartilhadas”, frisou. Também será lançado, ainda neste ano, edital que irá chancelar essas boas práticas.
Encontro aconteceu durante 4ª Conferência Nacional TINNA OLIVEIRAOs jovens delegados e participantes da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), que está ocorrendo em Brasília, tiveram a oportunidade de conversar, nesta sexta-feira (25/10), com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Trataram da realidade dos jovens catadores de material reciclável e trabalho decente e sustentável para a juventude. O encontro foi transmitido, ao vivo, pela internet. A ministra contou sua própria experiência de entrar no serviço público ainda jovem e desafiou os participantes a fazerem ainda mais parte da agenda ambiental brasileira. “Ambicionem fazer parte desse novo processo do país, pois vocês estão preparados para as novas demandas”, destacou. Quinze por cento dos delegados da Conferência têm até 29 anos. Jéssica, 16 anos, reforçou a ideia de que os jovens precisam integrar as políticas públicas, inclusive as ambientais. Outra jovem delegada, Paloma de Oliveira Freitas, 22, é catadora e tem orgulho da profissão, mas disse que  apesar do reconhecimento que a categoria conquistou, ainda há muito preconceito.  A ministra defendeu empregos dignos também relacionados às políticas ambientais. “Desenvolvimento que exclui brasileiro não interessa ao Brasil”, declarou. Lea Marques, do Conselho Nacional da Juventude da Central Única dos Trabalhadores, defendeu o trabalho digno aos jovens, sem informalidade, longas jornadas e baixos salários. Segundo Lea, 70% da juventude, entre 15 e 29 anos, estão no mercado de trabalho.PARTICIPAÇÃO JOVEMDiálogos juventudes e meio ambiente” é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com o Participatório, ambiente virtual interativo, voltado à produção do conhecimento para a juventude brasileira e à participação e mobilização social, da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ). Inspirado nas redes sociais, o espaço busca promover discussões com foco nos temas ligados às políticas de juventude. O objetivo do encontro foi permitir um debate sobre temas relevantes ao público, envolvendo os jovens participantes da Conferência, em especial a juventude catadora, o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) e os ministérios envolvidos na elaboração do Programa Nacional de Juventude e Meio Ambiente, que inclui além do MMA e da SNJ, o Ministério da Educação.  
Sociedade, governo e empresários formulam novo conceito SOPHIA GEBRIMO papel da sociedade, governo e empresários na formulação do novo conceito de economia verde foi destacado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, no painel “Política Nacional de Resíduos Sólidos: uma oportunidade de negócios”, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (25/10), no Ciclo de Debates da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), em Brasília. “Estamos mostrando que esses três grupos estão conectados e engajados na implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e na estruturação do novo conceito de economia verde”, disse a ministra.Segundo Izabella, esse painel é particularmente interessante, pois faz parte de um novo ciclo, o da economia verde, resultado das discussões da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), que aconteceu em junho de 2012, no Rio de Janeiro. “A ONU aposta nesse novo caminho para uma agenda de desenvolvimento sustentável”, afirmou. A dimensão desse novo ciclo deve passar por mudanças de comportamento, logística financeira e mercado. “Além do papel determinante da sociedade, o setor privado é estruturante nas questões globais sustentáveis”, observou.MECANISMOSO representante do Instituto Nacional de Resíduos, George Hoccheimer, apresentou as principais linhas de trabalho do Instituto e ressaltou que a PNRS necessita aperfeiçoar os mecanismos econômicos e estimular modelos de gestão para viabilizar a logística reversa dos resíduos eletroeletrônicos que, segundo ele, nas condições atuais, é financeiramente inviável: “É importante que haja desenvolvimento contínuo de inovações, que possam ir além dos clássicos reduzir, reutilizar, reciclar, para incorporar “repensar”, “recusar”, “retornar”. Trata-se de processo que deve incorporar toda a diversidade de atores nessa área.”BANCOSGuilherme Cardoso, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), detalhou as linhas de financiamento do banco para projetos de gestão de resíduos sólidos, reciclagem e logística reversa. “O BNDES financia projetos na área de destinação final, coleta, tratamento e reaproveitamento de resíduos, e que há vários tipos de instrumentos diferentes para apoiar modelos diferentes de negócios, no setor de resíduos e de saneamento”, explicou. Já o representante do Banco Fator, Glenn Peebles, destacou as oportunidades para o Brasil na implantação sustentável da PNRS, e das ações que o Banco Fator apoia nessa área. “A PNRS é um avanço expressivo para o Brasil, mas apenas o início de uma nova fase do País nessa área, visto que ainda estão pendentes regulações e planos específicos nas esferas federal, estaduais e municipais, e entre setores econômicos”, disse. Para ele, o cenário continua evoluindo mundialmente para novos modelos de negócio e tecnologias mais desenvolvidas. “Com a PNRS, o Brasil inicia a modernização na gestão de resíduos sólidos. Estima-se que o potencial de mercado seja de 4 a 5 vezes o atual faturamento de R$ 22 bilhões estimado em 2012”. O gerente-executivo da Unidade de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Brasil, Maurício Messias, mostrou como a instituição financeira vem trabalhando a agenda de economia verde. “Hoje buscamos entender, aprender e aplicar esse conceito na prática para fazer uma modelagem financeira de acordo com a sabedoria de parceiros sociais e governamentais”, argumentou. Para ele, o grande desafio hoje é aprender, dentro do segmento verde, as ações de cada um, sociedade, governo e empresas. “Tem que ser um processo integrado, pois como estamos falando de um mercado em expansão, precisamos unir os saberes de cada um em busca de bons resultados, de resultados sustentáveis.” EMPRESARIADO CONCEITO VERDEA geração de “empregos verdes”, dentro desse novo conceito de economia verde, foi defendida pela diretora do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo. “É um emprego que contribui para a sustentabilidade ambiental mas que é exercido em condições decentes de trabalho”, disse. Para ela, o mundo de hoje precisa dessas carreiras e as empresas necessitam desenvolver essa ideia de mudança. “Além da sustentabilidade, essas carreiras contribuem no processo de geração de riqueza no país”.A coordenadora do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Denise Hamú, afirmou a importância dos debates para a construção desse importante mosaico que está sendo montado na área de economia verde. “Cada um aqui tem papel importante para a construção desse conceito que não deve favorecer uma ou outra pessoa, mas sim a sociedade como um todo”, declarou. Na sua avaliação, a economia verde não pode ser vista como um conceito único, de aplicação universal, mas que deve “atender a peculiaridades específicas de cada grupo, região ou nação, visando prover oportunidades para melhor qualidade de vida”.GOVERNOA Secretária de Articulação Institucional e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Mariana Meirelles, encerrou o painel destacando a necessidade de transformação da sociedade para desafios complexos como o Plano de Produção e Consumo Sustentáveis, que encontra fortes elementos de interface com a PNRS. “A política é um elemento chave para o desenvolvimento de uma economia verde no país, por meio do fomento de novos negócios, da transformação de setores, a partir da gestão de resíduos e da instalação de sistemas de logística reversa, da inclusão dos catadores na cadeia da reciclagem, transformando empregos degradantes em empreendedorismo”, defendeu. Para Mariana, há um grande papel a ser desempenhado por empresas líderes e que deverá incluir pequenas e médias empresas. Há que se dar destaque ao papel da inovação e do ecodesign, bem como o aperfeiçoamento da PNRS de forma a estabelecer uma política de incentivos que inclua: crédito e financiamento, desoneração, com o destaque para o papel de bancos como o do Brasil e o BNDES que possam atuar em sintonia com as políticas governamentais nesse setor.
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