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Região Norte recebe, de segunda a quinta-feira, representantes do governo e da sociedade civilLETíCIA VERDI O Encontro de Povos e Comunidades Tradicionais da Região Norte, em Belém, começa nesta segunda-feira (02/06) e segue até quinta (05/06), no Hotel Gold Mar, no centro da cidade. O objetivo do encontro é avaliar e aprimorar a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT), com ênfase no acesso aos territórios e na regularização fundiária. Fazem parte do eixo da PNPCT também o acesso a recursos naturais, à infraestrutura, à inclusão social e ao fomento à produção sustentável.O encontro é promovido pela Comissão Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT), formada por representantes do governo e da sociedade civil. A entidade é presidida por representante do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e secretariada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). São considerados povos e comunidades tradicionais grupos culturalmente diferenciados que possuem formas próprias de organização, ocupam e usam seus territórios e recursos naturais como condição para a reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, utilizando conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição.Esses grupos são: indígenas, quilombolas, extrativistas, pescadores, seringueiros, castanheiros, quebradeiras de coco-de-babaçu, fundo e fecho de pasto, povos de terreiro, ciganos, faxinalenses, ribeirinhos, caiçaras, praieiros, sertanejos, jangadeiros, açorianos, campeiros, varjeiros, pantaneiros, geraizeiros, veredeiros, caatingueiros e barranqueiros.Ao todo, cinco encontros regionais e um nacional. O primeiro foi no Nordeste, em dezembro de 2013, em Salvador (BA). Os próximos regionais serão em Cuiabá (MT), de 21 a 24/07, Curitiba (PR), de 25 a 28/08, e Vitória (ES), de 15 a 18/09. O evento nacional acontecerá em Brasília, de 24 a 27 /11.
Nova campanha aproveita a Copa do Mundo 2014 para mobilizar turistas e empresários TINNA OLIVEIRA“Eu cuido do meu destino” é a proposta da nova campanha do programa Passaporte Verde, que aproveita o período da Copa do Mundo no Brasil, procurando mobilizar turistas e empresários para a adoção de comportamentos mais sustentáveis. A campanha oferece um portal interativo, aplicativo móvel e estratégias de mobilização nas redes sociais. O objetivo da iniciativa é sensibilizar os viajantes quanto ao seu potencial de contribuir com o desenvolvimento sustentável local por meio de escolhas responsáveis durante o seu período de férias, lazer, ou até mesmo viagens a trabalho. Passaporte Verde é uma iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em parceria com os ministérios do Meio Ambiente, Esportes, Turismo e Desenvolvimento Social e Combate à Fome.A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou, durante coletiva de lançamento da nova campanha, que o Passaporte Verde lança essa edição especial com um olhar para o turista. “São 60 roteiros turísticos com uma visão de trabalhar a questão da sustentabilidade na agenda de turismo”, enfatizou.ROTEIROS SUSTENTÁVEISOs viajantes interessados em conhecer roteiros turísticos sustentáveis, encontrarão no novo site uma série de opções de passeios que estimulam práticas responsáveis nas doze cidades-sede. São atividades que respeitam o meio ambiente e a cultura local e, ao mesmo tempo, promovem o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais.Em Curitiba, por exemplo, os turistas podem conhecer parques e praças da cidade a pé ou de bicicleta durante metade de um dia. Os visitantes terão oportunidade de conhecer natureza preservada, a cultura tradicional e participar de uma experiência autêntica na região. Já em Natal, a sugestão é para curtir a noite. Existem boas atrações que permitem aos visitantes conhecer através dos ritmos e letras das músicas um pouco da identidade local e dos costumes regionais.Em Manaus, uma boa opção é fazer um passeio de um dia por Anavilhanas, o segundo maior arquipélago fluvial no mundo. O passeio é feito de canoa, além da oportunidade de mergulhar com botos e alimentá-los na comunidade Santo Antônio.Outras sugestões valem para os turistas antes da viagem. O portal indica o que levar na mala e como deixar sua casa, retirando aparelhos eletrônicos das tomadas para economia de energia, por exemplo. E, na hora de comer, a dica é optar por alimentos saudáveis, aproveitando as frutas da estação e evitando o desperdício.ENGAJAMENTOPara engajar hotéis, bares e restaurantes em práticas ecoeficientes, começou, nesta semana, as Jornadas de Sustentabilidade, que são workshops realizados nas cidades-sede, com o objetivo de estimular o setor de turismo brasileiro a adotar práticas sustentáveis de produção e serviços. Durante o seminário, especialistas em consumo e produção sustentável do PNUMA abordam como boas práticas de produção e gestão de negócios podem trazer resultados efetivos para a empresa.Passaporte Verde é um dos assuntos prioritários definidos no âmbito da Câmara Temática Nacional de Meio Ambiente e Sustentabilidade (CTMAS), instalada em maio de 2010, com representantes do governo federal, dos estados e dos municípios e coordenada pelos Ministérios do Meio Ambiente e do Esporte.Saiba mais: www.passaporteverde.org.br
Programação será em Brasília e inclui especialidades da AmazôniaLUCIENE DE ASSIS O Ministério do Meio Ambiente (MMA) estará no Espaço da Pedra do Ceasa e na Associação dos Produtores do Lago Oeste, neste sábado, a partir das 8h, em Brasília, para promover a degustação de doces, salgados e sucos produzidos a partir dos frutos e castanhas do cerrado brasileiro. No domingo, das 8h às 13h, a degustação será oferecida no Parque da Cidade, próximo ao Quiosque do Atleta, para apresentar as diferentes opções de uso das espécies da biodiversidade nativa deste bioma típico da região Centro-Oeste e de parte da Amazônia, como o baru, pequi, cagaita, araticum, guariroba, pupunha e buriti.No estado de Goiás existe um ditado segundo o qual durante o ano, em parte do tempo o Cerrado é um jardim, em outra época é um pomar, mas o tempo todo ele é uma farmácia, tal a riqueza da sua biodiversidade, refletida na flora e fauna nativas. As tendas da degustação, organizadas pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, oferecem uma pequena amostra das enormes possibilidades do bioma e fazem parte das atividades da Semana dos Alimentos Orgânicos, promovida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).SABORES E AROMASDe acordo com o gerente de Recursos Genéticos da SBF, Lídio Coradin, o objetivo é oferecer informações aos consumidores quanto aos produtos do Cerrado e mostrar a importância da biodiversidade nativa, chamando atenção para outras espécies, que também podem ser usadas na nossa culinária, mas, em geral, são negligenciadas, esquecidas. O que se pretende, segundo Coradin, é valorizar mais a biodiversidade da região e estimular a sua conservação, conscientizando a sociedade”.Do mato ao prato, as receitas dos produtos oferecidos à degustação estarão disponíveis para os interessados e serão apresentados como uma solução para uma dieta saudável e barata. Os sabores, texturas e aromas da diversidade da flora do Cerrado já são utilizados pela indústria cosmética, além das opções da culinária. Dados do Mapa mostram que, na Chapada dos Guimarães, em Goiás, 3,6 mil famílias de agroextrativistas exploram, com êxito, há 14 anos, os produtos derivados da região.Nas atividades deste final de semana, a expectativa é de alcançar mais de 2 mil pessoas no Ceasa, no Lago Oeste e no Parque da Cidade. Em todos os lugares, haverá distribuição de receitas dos produtos ofertados e de material informativo sobre produtos orgânicos, cuja produção se baseia nos princípios da agroecologia, da valorização da cultura e do desenvolvimento local.
Prêmio A3P reconhece ações socioambientais na administração públicaLUCAS TOLENTINOTINNA OLIVEIRAA Semana do Meio Ambiente, comemorada entre 2 e 6 de junho, terá programação especial. Nas próximas segunda (02/06) e terça-feira (03/06), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) promoverá, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), debates sobre proteção da biodiversidade e mitigação e adaptação às mudanças do clima. O espaço também será palco da entrega do Selo Baixo Carbono, iniciativa ligada à Copa do Mundo, e da assinatura de acordo de cooperação para a promoção de dados do JBRJ. Em Brasília, haverá o 5º Prêmio Melhores Práticas da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) e o 8º fórum sobre o tema, além da assinatura de contratos de concessão florestal.Às 14h de terça-feira (03/06), será realizado o debate “Produção e Proteção: Os desafios da Transição para uma Produção Agropecuária Sustentável e uma Economia de Baixo Carbono no Brasil” no mesmo local. Autoridades e representantes do terceiro setor e da iniciativa privada discutirão as propostas e a organização de escolhas que o MMA deverá depreender para dar executar planejamento estratégico de 2014 a 2022.COOPERAÇÃOO Jardim Botânico e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) assinarão um acordo de cooperação para dar visibilidade global ao herbário e aos conjuntos de dados da instituição de pesquisa. A ação será desenvolvida no âmbito do Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr) (Link: www.sibbr.gov.br), plataforma que reúne informações de diversas instituições brasileiras de pesquisa para divulgação e compartilhamento.Em prosseguimento à Chamada Pública lançada, em abril, pelo MMA, será entregue o Selo Baixo Carbono às empresas que doaram créditos de carbono para compensação das emissões de gases de efeito estufa geradas pela realização da Copa do Mundo no Brasil. O edital continua aberto e a adesão das companhias não envolve qualquer transação financeira.PREMIAÇÃOO Ministério do Meio Ambiente (MMA) realiza, nos dias 3 e 4 de junho, o 8º Fórum da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), em Brasília. Esta edição terá como tema os 15 anos do programa A3P e seus destaques. Serão debatidos os avanços na implantação de políticas públicas de gestão ambiental na administração pública.Na ocasião também acontecerá a cerimônia de entrega do 5º Prêmio Melhores Práticas da A3P. O objetivo é dar visibilidade às iniciativas de responsabilidade socioambiental da administração pública, reconhecer o mérito das atividades promovidas pelos órgãos públicos na prática da A3P e estimular a replicação das ações bem-sucedidas.Confira aqui a programação completa.
Todo o material recolhido no entorno dos estádios e nas fan fests será destinado às cooperativas de reciclagemRAFAELA RIBEIROO Ministério do Meio Ambiente (MMA) abriu linha de apoio às cidades-sede da Copa do Mundo para a inclusão de catadores de material reciclável e seis localidades foram contempladas com R$ 2,3 milhões. Com o investimento, estes pequenos empreendedores realizarão a coleta seletiva no entorno das arenas onde serão disputados os jogos e em festas oficiais para as torcidas. Todo o material recolhido será destinado às cooperativas de reciclagem.Nas seis cidades com projetos aprovados, Belo Horizonte, São Paulo, Fortaleza, Curitiba, Manaus e Natal, os catadores estão sendo capacitados e serão remunerados pelo trabalho. “É uma inovação porque habitualmente o catador não recebe pelo serviço de coleta e sim pelo material vendido”, explica o gerente de Projeto do Ministério do Meio Ambiente, Eduardo Rocha. “Agora ele vai ter duas fontes de renda: será remunerado pelo serviço prestado e também pela venda do material recolhido que será levado para as cooperativas”.PROJETO PRÓPRIOCada cidade elaborou seu projeto de acordo com as suas necessidades, seguindo as diretrizes do MMA. “Os gestores ficaram bem livres para elaborar os projetos”, acrescenta Rocha. “Cada um colocou o que realmente quis, o que realmente é adequado para aquela localidade e todos foram atendidos plenamente”. Os recursos serão utilizados para a capacitação, aquisição de uniformes e equipamentos de proteção individual, logística do material coletado, além da comunicação e divulgação das ações de coleta seletiva. “Esperamos que todo esse trabalho de coleta seletiva realizado na Copa, tanto dentro das arenas quanto no entorno e nas fan fests, possa deixar bons frutos e despertar na população a percepção de que esse é o momento de mudarmos os nossos hábitos com relação aos resíduos sólidos”, salienta.
MMA promove encontro com especialistas para troca de experiências TINNA OLIVEIRAO Ministério do Meio Ambiente (MMA) reúne, nesta sexta-feira (30/05), em Brasília, especialistas que discutirão e avaliarão as políticas públicas federais, estaduais e municipais que utilizam instrumentos econômicos de gestão ambiental. O seminário “Instrumentos Econômicos nas Políticas Ambientais: Experiências Brasileiras” é uma oportunidade de debater o sistema de incentivos econômicos e os limites e desafios de cada tipo de modalidade de instrumentos, tanto coercitivos, quanto voluntários.Promovido pelo MMA, por meio do Programa Nacional de Meio Ambiente (PNMA) e do Departamento de Produção e Consumo Sustentável (DPCS), o encontro reunirá especialistas, formuladores de políticas públicas, representantes da sociedade civil e o público envolvido nas iniciativas debatidas. O seminário acontecerá no Parlamundi (LBV), Auditório Austregésilo de Athayde, das 8h às 18h.O coordenador-geral do PNMA, Renato Rosenberg, explica que esse é o segundo seminário com o propósito de avaliar as políticas ambientais que estão fazendo uso de instrumentos econômicos. Está em andamento estudo que trará um diagnóstico de 15 iniciativas neste sentido. Quando o diagnóstico estiver concluído, haverá novo encontro para debater os resultados. “A expectativa é que o governo use mais instrumentos econômicos na temática ambiental, complementar aos tradicionais mecanismos de comando e controle”, esclarece. Por isso, a importância de se conhecer e debater experiências que já estão em vigor.SAIBA MAISInstrumentos econômicos são iniciativas de proteção à integridade do sistema ambiental global. Tais instrumentos podem envolver pagamento, compensação ou concessão de benefícios fiscais. São considerados uma alternativa eficiente em termos econômicos e ambientais, complementar aos tradicionais mecanismos já existentes, que busca aperfeiçoar o desempenho da gestão e sustentabilidade ambiental, influenciando o comportamento dos agentes econômicos e corrigindo as falhas de mercado.O objetivo principal desses instrumentos é incentivar aqueles que ajudam a conservar ou produzir serviços ambientais a conduzirem práticas cada vez mais adequadas que assegurem a conservação e a restauração dos ecossistemas, atribuindo à conservação obtida um valor monetário.Mais informações aqui.
Como conciliar desenvolvimento econômico, redução da pobreza e respeito ao meio ambiente? Quatro países procuram responderLETÍCIA VERDIComeçou nesta quarta-feira (28/05), em Brasília, o seminário internacional Dinâmica Populacional, Pobreza e Meio Ambiente, promovido por uma parceria entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). O encontro segue até sexta-feira (30/05) e está sendo transmitido em tempo real. Reúne especialistas do Brasil, Índia, China e África do Sul – o grupo de países emergentes denominado BRICS, que inclui também a Rússia, ausente do evento – com o objetivo de debater formas possíveis de crescimento econômico com redução da pobreza e preservação do meio ambiente.Durante a abertura, o secretário executivo do MMA, Francisco Gaetani, destacou a importância do alinhamento dos países presentes ao evento ao definir as políticas de desenvolvimento sustentável. “Os modelos de desenvolvimento em que a questão social tem uma posição diferenciada devem ser prioridade”, afirmou, lembrando programas como o Bolsa Verde (pessoas que vivem em áreas de preservação ambiental recebem um incentivo monetário para não destruir e preservar). Segundo ele, a agenda ambiental contemporânea reúne vários aspectos, como a sustentabilidade das cidades, a economia de baixo carbono e a produção e o consumo sustentáveis.POPULAÇÃOO diretor executivo do UNFPA, Babatunde Osotimehin, em mensagem lida pelo assessor técnico Micheal Hermmann, ressaltou a ideia de que o desenvolvimento sustentável está diretamente ligado às dinâmicas populacionais. “Cada membro dos BRICS tem experiência própria nesse tema para ser compartilhada com os demais”, disse. “As melhores práticas de um são soluções para outros países”. Estavam à mesa de abertura também o coordenador da Agenda Pós-2015, Carlos Cuenca, do Ministério das Relações Exteriores (MRE), e o chefe da assessoria de assuntos Internacionais do MMA, Fernando Coimbra.O seminário resultará em um sumário de recomendações de uma agenda comum para as potências emergentes, com exemplos de boas práticas e sugestões de sustentabilidade de cada um dos países envolvidos. O documento servirá de subsídio para a reunião em julho, no Brasil, com BRICS.
É preciso diferenciar tratamento das áreas protegidas urbanas e territórios remotosPAULENIR CONSTÂNCIOUm novo modelo de gestão para os 70 milhões de hectares de unidades de conservação do país foi defendido, nesta quarta-feira (28/05), pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na 114ª. Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Meio Ambiente, em Brasília. Segundo ela, as avaliações feitas sobre a efetividade das áreas protegidas apontam a dimensão do desafio na gestão que precisam ser enfrentados. “É inquestionável rever os modelos de gestão”, avaliou Izabella. Ela lembrou que o Brasil possui a maior extensão territorial em áreas protegidas no mundo. A gestão delas, explica, requer um tratamento específico. O ministério vem trabalhando em torno de reformas na gestão ambiental, particularmente em áreas protegidas, mais intensamente nos últimos quatro anos. TERRITÓRIOS REMOTOSPara ela, é necessário gerenciar de forma diferente áreas protegidas urbanas e territórios remotos, que podem chegar a 3,5 milhões de hectares. A integração da gestão entre unidades de conservação estaduais e o Governo Federal foi citada como um dos desafios maiores. “Temos que ter uma visão de médio e longo prazo, de onde nos queremos chegar com estas áreas protegidas”, salientou.As mudanças já começaram. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) está finalizando entendimentos com os governos de Pernambuco e do Paraná para integrar os sistemas de conservação federal e estaduais. “Estamos buscando não só dialogar com a efetividade das unidades, mas também com os resultados de proteção”, disse a ministra.Outra mudança prevista diz respeito aos recursos humanos. A lotação dos servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do ICMBio estão sendo reavaliada, sem engessar a mobilidade territorial. As vagas para o concurso público, já aprovado no Congresso, para a contratação de 1.400 analistas ambientais serão oferecidas onde elas se fizerem necessárias. A lotação deve obedecer a critérios definidos territorialmente.
Neutralização colocará o Brasil na liderança no cenário internacionalLUCAS TOLENTINOO Brasil compensou aproximadamente o dobro das emissões diretas de gases de efeito estufa geradas durante os preparativos visando a Copa do Mundo de 2014. Ao todo, foram compensadas 115 mil toneladas de gás carbônico equivalente (tCO2eq), unidade usada para medir as substâncias capazes de agravar o aquecimento global. O índice superou em quase duas vezes as 60 mil tCO2eq resultantes de atividades programadas, como obras, consumo energético e deslocamentos de veículos oficiais.A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que os números reforçam o compromisso ambiental com o torneio de futebol. “No início do primeiro jogo, já estarão compensadas 100% das emissões diretas, que é o nosso compromisso formal de compensação”, comemorou. “Nenhuma Copa anterior tratou a mitigação dessa maneira, com a nossa metodologia. O que está no domínio do governo, como as construções e a estrutura de segurança, foi compensado.””O objetivo é ir além. Realizada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), a Chamada Pública que possibilitou a compensação ficará aberta até o fim do ano e, com isso, mais empresas poderão doar créditos de carbono. Até agora, quatro empresas já aderiram ao edital de doação de mecanismos que neutralizam os gases de efeito estufa. A operação não envolveu recursos financeiros e as companhias participantes serão certificadas com o selo Baixo Carbono.VOOSO deslocamento de espectadores será o principal responsável pela pegada de carbono da Copa. O inventário coordenado pelo MMA prevê que as emissões totais do Mundial cheguem a 1,406 milhão de tCO2eq. Do total, 87,1% vêm do transporte aéreo internacional (emissões indiretas). Outros 9,2% correspondem aos voos domésticos. O restante se divide entre hospedagem (1,8%), obras (0,5%) e operações (1,4%).A neutralização das emissões diretas alavancará a posição brasileira de liderança no cenário internacional. De acordo com Izabella, a metodologia usada pelo país foi reconhecida pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC, na sigla em inglês). “Os resultados facilitarão a negociação global na questão climática”, avaliou a ministra. “Isso mostra, por exemplo, que é preciso haver uma discussão maior sobre o setor aéreo.””Com o fim da Copa, será concluído um inventário definitivo com a consolidação das emissões de gases de efeito estufa geradas pelo evento. Além disso, estão em curso ações desenvolvidas pelos estados e pelas cidades-sede na mitigação das emissões. Entre elas, estão a certificação ambiental das arenas, as iniciativas de mobilidade urbana, o uso de combustíveis menos poluentes como biodiesel e etanol e os projetos de ciclovias e de compartilhamento de bicicletas.SAIBA MAISO Protocolo de Kyoto, acordo internacional com metas de redução de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos, criou um mercado voltado para a criação de projetos de redução da emissão desses gases na atmosfera. Os projetos desenvolvidos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) geram Reduções Certificadas de Emissões (RCEs), também conhecidas como créditos de carbono.A chamada pública do MMA busca, portanto, empresas que queiram doar RCEs provenientes de projetos brasileiros aprovados pelo MDL. O montante de RCEs doadas deverá ter sido cancelado das contas dos participantes de projetos, garantindo que elas não sejam usadas futuramente para outros fins. O cancelamento poderá ser monitorado através do sistema de registro do Comitê Executivo do MDL, o que garante transparência para o processo.Apesar de ser considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sido intensificado nas últimas décadas acarretando mudanças climáticas. Essas mudanças decorrem do aumento descontrolado das emissões de gases de efeito estufa, entre eles o dióxido de carbono e o metano. A emissão desses gases na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e consumo de energia.
Brasil busca reafirmar parceria em defesa da AmazôniaLUCIENE DE ASSISO secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, recebeu, da diretora executiva e presidente do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF, na sigla em inglês), Naoko Ishii, o memorando de entendimento assinado onde a entidade declara sua intenção de empenhar recursos de até R$ 66,3 milhões para contribuir com o Fundo de Transição do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). O encontro aconteceu durante a 46ª Reunião e 5ª Assembléia do Conselho do GEF, que vai até a próxima sexta-feira (30/05) em Cancun, México. No evento, o Brasil comunicou que aumentou a sua contribuição em 30%, totalizando mais de R$ 35 milhões com a mesma finalidade.“Nosso objetivo foi o de reafirmar a parceria Brasil-GEF, tendo em vista a importância do país para as iniciativas de conservação ambiental e das iniciativas inovadoras do fundo”, disse Gaetani.” Na semana passada, o documento foi subscrito pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e por representantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério para a Cooperação e Desenvolvimento Alemão (BMZ), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), Fundação Gordon e Betty Moore, WWF-Brasil e do WWF-Estados Unidos. Faltava apenas a confirmação da diretora executiva do GEF.O ato formalizou uma nova estratégia financeira para o Arpa. O programa receberá R$ 477 milhões (US$ 215 milhões), a serem depositados em um fundo de transição que garantirá, pelos próximos 25 anos, o financiamento dos 60 milhões de hectares de Unidades de Conservação (UCs) apoiadas pelo Arpa. Durante este período, o governo brasileiro assumirá, gradualmente, a reposição dos recursos do Arpa até atingir 100% de seu financiamento.O PROGRAMALançado em 2002, o Programa é considerado, hoje, um dos mais importantes na conservação de florestas tropicais em todo o mundo, ligado à temática das unidades de conservação no Brasil. O Arpa foi criado com o objetivo de expandir e fortalecer o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) na Amazônia, proteger 60 milhões de hectares, assegurar recursos financeiros para a gestão destas áreas, a curto e longo prazos, e promover o desenvolvimento sustentável da região.O Arpa é um programa do governo federal, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), gerenciado financeiramente pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e cuja Fase II (2010-2015) é financiada com recursos do GEF, por meio do Banco Mundial; do governo da Alemanha, através do Banco de Desenvolvimento Alemão (KfW); da Rede WWF, a partir do WWF Brasil; e do Fundo Amazônia, gerenciado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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