
Gestão Territorial (202)
Terça, 08 Maio 2012 16:48
Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha do Brasil
INTRODUÇÃO O Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha (Macro) é uma ferramenta para gestão do território que reúne informações em escala nacional sobre as características físico-naturais e socioeconômicas da costa e parte do espaço marítimo. Um dos maiores benefícios do projeto é oferecer informação georreferenciadas que é um subsídio à análise de políticas públicas e respostas aos desafios propostos para gestão territorial, especialmente em um cenário de mudanças do clima, que poderá implicar sérios danos à estabilidade ambiental e socioeconômica da Zona Costeira e Marinha do Brasil.
2º Macrodiagnóstico da ZC
1º Macrodiagnóstico da ZC
2º Macrodiagnóstico da ZCO Macrodiagnóstico é apresentado sob a forma de um atlas, constituído por cartas-síntese e relatórios técnicos, abrangendo os tópicos:Óleo e GásBiodiversidade GeomorfologiaDinâmica Populacional Risco SocialRisco NaturalRisco TecnológicoGestão Costeira
1º Macrodiagnóstico da ZCO Macrodiagnóstico de 1996 foi o pioneiro no estudo e análise sobre gestão integrada de zonas costeiras no Brasil. Apresentado sob a forma de um atlas é constituído por cartas temáticas de escala 1:1.000.000 e relatórios técnicos, estruturado de acordo com os seguintes capítulos:
INTRODUÇÃO
RELATÓRIO TÉCNICO DE ELABORAÇÃO DAS CARTAS
CAPÍTULO 1 – Tendências de ocupação da Zona Costeira do Brasil
CAPÍTULO 2 – Caracterização físico-natural da Zona Costeira do Brasil
CAPÍTULO 3 – Potencial de risco ambiental na Zona Costeira
CAPÍTULO 4 – Unidades de conservação e legislação Incidente na Zona Costeira
CAPÍTULO 5 – Níveis de criticidade de gestão ambiental no Litoral BrasileiroHISTÓRICO O Capítulo 17 da Agenda 21 – documento básico emanado em 1992 da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (ECO-92) - propõe que todos os países implementem programas de gestão integrada da zona costeira e marinha, visando a utilização desses espaços de forma sustentável. Na busca de proporcionar elementos concretos para esse trabalho, em 1996 foi publicada a primeira versão do Macro intitulada o Macrodiagnóstico da Zona Costeira do Brasil na escala da União. Tal versão fez uma análise da dinâmica dos vetores de comprometimento ambiental da zona costeira, delineando um panorama da questão e ressaltando as dificuldades da gestão ambiental/territorial. Em 2004, conforme artigo 7º do Decreto 5.300/04, o Macrodiagnóstico da Zona Costeira foi estipulado como instrumento para a gestão da zona costeira. Ambos apresentados sob a forma de atlas, constituído por cartas-síntese e relatórios técnicos apenas o conteúdo do segundo macro abaixo. PROJETOS A nova versão planejada para ser entregue ao final de 2018 será entregue em plataforma digital. A ideia dessa versão é que ela atue como uma nova versão do Sistema de Informações do Gerenciamento Costeiro (SIGERCO), também previsto no Dec.5300/04, que além de integrar informações sobre a zona costeira e ser gerada com a participação de outros ministérios, instituições, etc, possa fornecer a quem tiver interesse em acesso direto e online das informações.
Terça, 08 Maio 2012 16:05
Pontos Focais
O Ponto Focal Nacional da UNCCD é responsável direto pela implementação da Convenção no país. Indicado oficialmente pelo Governo, assume o papel de articulador e promotor do processo de elaboração e revisão do PAN-Brasil e, subseqüentemente, pelo seu processo de implementação.
O Ponto Focal Estadual governamental é o interlocutor direto com o Ponto Focal Nacional na relação institucional sobre as questões de desertificação, centralizando as atividades governamentais nos estados, incluindo o contato com executores de programas e projetos, carteira de programas, acompanhamento e participação em ações executadas por ONGs, apreciação das demandas da comunidade de base, diagnóstico e avaliação da situação da desertificação no estado, desenvolvimento de sistemas de informação para fazer parte de uma rede mais ampla, elaboração e implementação das políticas estaduais, revisão dos informes estaduais, além de participação ativa nas reuniões dos GTs para elaboração e implementação do PAN.
O Ponto Focal Nacional e Estaduais da sociedade civil foi indicado pela Articulação do Semi-Árido (ASA), de forma democrática e participativa, por meio de seu grupo de trabalho de Combate à Desertificação. Sua atribuição mobilizadora e estimuladora da participação popular é similar à do Ponto Focal Nacional, porém no âmbito dos atores relevantes da sociedade civil.
As suas principais funções são: manter comunicações proativas com as organizações dos estados; resgatar e difundir informações e documentações relevantes na escala local; facilitar o diálogo sobre as políticas vinculadas à aplicação da UNCCD com órgãos governamentais e ONGs; contribuir para a compreensão dos grupos comunitários que serão afetados por tais proposições, no sentido de garantir a participação destas na construção das propostas do PAN e garantir a participação ativa das organizações da sociedade civil na elaboração, execução, avaliação e monitoramento do PAN.
Terça, 08 Maio 2012 16:04
Parcerias
Fundação Esquel
As atividades de combate à desertificação realizadas pelo MMA foram apoiadas pela Fundação Grupo Esquel Brasil (FGEB), que já vinha atuando nessa área desde a realização da Conferência Internacional sobre Impactos de Variações Climáticas e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semi-Áridas (ICID), em 1992, e da Conferência Internacional e Seminário Latino-Americano da Desertificação (Conslad), em 1994.A Fundação Esquel tem colaborado, inclusive, na execução de iniciativas de recuperação de áreas degradadas, como fez em relação ao Grupo de Estudos de Desertificação do Seridó (GEDS). Esse Grupo foi criado em 1997, tendo por objetivos estudar, propor e colocar em prática medidas para o controle do processo de desertificação que afeta a região do Seridó do Rio Grande do Norte. O GEDS foi formado a partir de reflexão sobre as questões da seca e das alternativas para a convivência com os efeitos provocados por esse fenômeno. A agenda de discussões do grupo inclui matérias relacionadas ao estudo da viabilidade econômica do combate direto aos processos desencadeadores da desertificação.Considerando que o ano de 2006 foi definido pela Organização das Nações Unidas como o Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação, o Brasil, por meio da antiga Secretaria de Recursos Hídricos do MMA (hoje Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano), elaborou agenda própria comemorativa, apoiou e participou de iniciativas dos estados inseridos nas Áreas Suscetíveis à Desertificação, da UNCCD e dos demais Países Partes da Convenção.Em função dos eventos internacionais, nacionais e estaduais comemorativos ao Ano Internacional dos Desertos e da Desertificação e da intensificação das ações pertinentes à implementação do PAN-Brasil, fez-se necessário a contratação de uma consultoria especializada para fortalecer e subsidiar tecnicamente o MMA na preparação, participação e no desenvolvimento dessas atividades e a Fundação Grupo Esquel Brasil (FGEB) foi selecionada devido ao relevante histórico dos trabalhos desenvolvidos pela FGEB ao longo dos últimos anos no Brasil e, em especial, no tema combate à desertificação e seus efeitos, sua experiência e reconhecidas contribuições tanto no âmbito de políticas públicas quanto no de mobilização dos atores sociais.
Articulação do Semi-Árido (ASA)
A permanente interlocução com os diversos segmentos da sociedade civil e dos setores representativos das organizações de classe permitiram a consolidação do processo participativo. Em especial, destaca-se, entre outros parceiros de igual importância, o apoio às atividades do GTCD/ASA e da Resab (Rede de Educação do Semi-Árido Brasileiro).A Resab é um espaço de articulação política regional da sociedade organizada, congregando educadores e educadoras e instituições Governamentais e Não-Governamentais, que atuam na área de Educação no Semi-Árido Brasileiro. Visa desenvolver ações que contribuam, de forma geral, com a melhoria da qualidade do ensino e do sistema educacional público do Semi-Árido. Sua função primordial é consolidar uma proposta político-pedagógica de educação para o SAB (Semi-árido brasileiro) através do diálogo dos diversos sujeitos individuais e coletivos e suas experiências com a educação para a convivência com o SAB.As atividades desenvolvidas no âmbito da ASA e Resab foram:
VII Reunião do Grupo de Trabalho em Combate à Desertificação da Articulação no Semi-Árido Brasileiro (GTCD/ASA) (janeiro de 2006). Debates e construção de propostas, em relação aos temas de gestão e coordenação, avaliação de atividades do GTCD/ASA no ano 2005; avaliação de desempenho do GTCD/ASA; eleição dos membros da nova Coordenação do GTCD/ASA e do Ponto Focal Nacional da Sociedade Civil, e definição de novas estratégias de ação.
Reunião de Planejamento da Coordenação do Grupo de Trabalho em Combate à Desertificação da Articulação no Semi-Árido Brasileiro GTCD/ASA (maio de 2006, em Brasília-DF).
Treinamento para a Qualificação de Atores da Sociedade Civil em Estratégias de Combate à Desertificação do Grupo de Trabalho de Combate à Desertificação e discussão do Relatório Nacional - GTCD/ASA (junho de 2006, em Natal/RN).
1ª Conferência Nacional de Educação para Convivência com o Semi-Árido (1ª Conesa), organizado pela Resab (maio de 2006, em Juazeiro/BA).
Trabalho de apoio e participação realizado em parceria com a GTZ e o IICA. Elaboração de diretrizes para a Educação Contextualizada no SAB.
Módulo de Capacitação da 1ª Conesa. Parceria com a GTZ.
A coordenação da participação de diversos atores, incentivo à organização da sociedade civil e apoio à realização de eventos favoreceu a ampliação da discussão do tema combate à desertificação junto à sociedade brasileira, em especial do conjunto de cidadãos e instituições nas ASD. Dessa forma, estimula-se a formulação de agendas comuns de trabalho visando a ampliar a capacidade nacional e regional para o enfrentamento dos problemas diagnosticados nas ASD.
A ASA, a Resab e outros parceiros, quando realizam iniciativas de sensibilização, mobilização e capacitação, contribuem para a formação de agentes multiplicadores, que podem interagir com as populações locais para geração e difusão de informações, na perspectiva do processo de elaboração e implementação dos Programas de Ação Estaduais de Combate à Desertificação (PAEs).
A metodologia participativa é aplicada também na fase de planejamento das ações. Os parceiros são informados e, quando possível, convidados a participar dessa fase. O planejamento das atividades e ações é realizado de forma processual, que é consolidado em seminário ou oficina de trabalho, do qual participam representantes de órgãos e ministérios atuantes nas ASD, da cooperação internacional, de Governos estaduais e da sociedade civil.Desde a preparação do PAN-Brasil, a ASA, por meio do seu GTCD, tem sido parceira fundamental do Governo. Ao reunir, em quase todos os municípios das ASD, mais de 1mil organizações da sociedade civil, a ASA qualifica-se como rede de grande representatividade.
Terça, 08 Maio 2012 16:03
Panoramas de Desertificação
Alagoas
Bahia
Ceará
Espírito Santo
Maranhão
Paraíba
Piauí
Rio Grande do Norte
Sergipe
Terça, 08 Maio 2012 16:02
Objetivos
O Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PAN-Brasil) configura-se como instrumento norteador para a implementação de ações articuladas no controle e no combate à desertificação, bem como para a ampliação dos acordos sociais envolvendo os mais diversos segmentos da sociedade.O objetivo maior do PAN-Brasil éestabelecer diretrizes e instrumentos legais e institucionais que permitam otimizar a formulação e execução de políticas públicas e investimentos privados nas Áreas Suscetíveis à Desertificação, no âmbito do combate à desertificação, da mitigação dos efeitos da seca e da promoção do desenvolvimento sustentável. Os objetivos específicos PAN-Brasil são:
i. Criar os mecanismos institucionais de coordenação, participação e ação entre o setor público, a sociedade civil e o setor privado;
ii. Aprimorar o conhecimento sobre os processos de desertificação e a ocorrência de secas no Brasil, a ser atualizado sistematicamente;
iii. Formular diretrizes para a concepção, formulação e revisão de políticas e ações de apoio ao desenvolvimento sustentável das áreas susceptíveis ou afetadas por processos de desertificação;
iv. Colaborar com os estados e municípios na formulação e implementação de estratégias de combate à desertificação;
v. Criar institucionalidades e fortalecer a atuação das instituições responsáveis pelo combate à desertificação;
vi. Implementar ações pactuadas que levem ao desenvolvimento sustentável de áreas afetadas e sujeitas a processos de desertificação, segundo os princípios e orientações da UNCCD;
vii. Instituir processos participativos de planejamento e pactuação entre os diferentes atores eviii. Criar instrumentos de apoio ao desenvolvimento de atividades produtivas compatíveis com a preservação, conservação e manejo sustentável dos recursos naturais.
Terça, 08 Maio 2012 15:54
Grupos de Trabalho
As bases institucionais para a construção e a implementação do PAN foram estabelecidas visando desenvolver um processo de internalização das questões relativas ao combate à desertificação no âmbito das instituições governamentais, na sociedade civil e nas esferas políticas nacional e locais. Durante a construção do PAN-Brasil surgiu a necessidade de melhor integrar os esforços pré-existentes da sociedade civil (centralizados na ASA por meio de seu Grupo de Trabalho de Combate à Desertificação) com as iniciativas parlamentares e do Governo Federal. Desta forma, foram criados grupos de trabalho cujo relacionamento foi intermediado pela Coordenação de Combate à Desertificação do MMA.Grupo de trabalho parlamentarEsse grupo foi criado no âmbito da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Federal, tendo por objetivo básico acompanhar o processo de elaboração de propostas, bem como apoiar e negociar iniciativas, segundo suas atribuições constitucionais, destinadas à elaboração de suporte legal para a implementação do PAN-Brasil. A constituição desse GT foi de grande importância, principalmente em relação à continuidade do processo de pactuação de políticas para o combate à desertificação. O Grupo de Trabalho Parlamentar caracterizou-se como o principal interlocutor e articulador do PAN-Brasil junto aos Pontos Focais Parlamentares Estaduais, para que a questão do combate à desertificação fosse internalizada nas políticas estaduais e municipais.
Grupo de trabalho interministerial (GTIM)
Com o objetivo de fortalecer a institucionalidade necessária para a elaboração e, principalmente, para a implementação do PAN-Brasil, foi criado, pela Portaria no 265 do MMA, de 23 de junho de 2003, o Grupo de Trabalho Interministerial (GTIM). O GTIM teve como objetivo propor mecanismos para a elaboração e implementação do PAN-Brasil.
Sob a coordenação da antiga Secretaria de Recursos Hídricos (SRH/MMA), atualmente rebatizada de Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU), esse grupo de trabalho teve como missão envolver, de forma orgânica, os diversos segmentos governamentais (federal e estaduais), assim como a sociedade civil, na busca da harmonização de políticas públicas de combate à desertificação e de convivência com o semi-árido. O GTIM foi constituído por representantes de sete ministérios, de seis instituições públicas federais, de quatro instituições de governos estaduais e de quatro instâncias da sociedade civil, todos com atuação direta nas ASD, assim especificados:
Ministério do Meio Ambiente (MMA) (Coordenação)
Ministério da Integração Nacional (MI)
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS)
Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA)
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT)
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG)
Estados da Bahia, Ceará, Paraíba e Pernambuco (como titulares) e de Sergipe, Rio Grande do Norte, Alagoas e Piauí (como suplentes daqueles, respectivamente)
Rede Internacional de ONGs sobre Desertificação (RIOD), representada pela Aspan
Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA), representada pela Associação Maranhense para a Conservação da Natureza (Amavida)
Fundação Grupo Esquel Brasil (FGEB)
Rede de Educação do Semi-Árido Brasileiro (RESAB), representada pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa)
Agência Nacional de Águas (ANA)
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf)
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs)
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
e Banco do Nordeste do Brasil S. A. (BNB)
Considerando a amplitude dos temas e os problemas a serem enfrentados para a elaboração do PAN-Brasil foi decidido, em uma das reuniões do GTIM, que as ações do Programa deveriam ser organizadas segundo grandes áreas temáticas, tendo como parâmetro as Orientações Estratégica do Governo.
Para tanto, foram formadas comissões temáticas, estruturadas com a cooperação de órgãos federais e estaduais, além de centros de pesquisa, com o propósito de sistematizar e harmonizar as propostas já existentes no Plano Plurianual de Investimentos (PPA 2004-2007) com as oriundas do processo participativo de elaboração do PAN-Brasil. As comissões, que trabalharam sob a coordenação da antiga SRH/MMA, foram organizadas pelo GTIM em quatro áreas temáticas, tal como especificado a seguir:
a) Redução da Pobreza e da Desigualdade, com os subtemas: Seguridade Social, Agricultura Familiar/Segurança Alimentar, Saneamento Ambiental e Educação
b) Ampliação Sustentável da Capacidade Produtiva, com os subtemas Desenvolvimento Econômico, Questão Fundiária, Questão Energética, Agricultura Irrigada/Salinização e Recursos Hídricos
c) Preservação, Conservação e Manejo Sustentável dos Recursos Naturais, com os subtemas: Áreas Protegidas, Recursos Florestais, Zoneamento Ecológico- Econômico e Políticas Ambientais; e d) Gestão Democrática e Fortalecimento Institucional.
Grupo de Trabalho da ASA (GTCD)
O Grupo de Trabalho de Combate à Desertificação da ASA (GTCD) foi instituído em fevereiro de 2000, com a missão de articular a rede de organizações sociais nas ASD, voltado para integrar ações, disseminar informações e negociar com os poderes públicos as ações efetivas para o combate à desertificação.
As ações do GTCD têm sido importantes no que se refere à ampliação do grau de participação da sociedade civil, com atuação nas ASD, na elaboração e implementação do PAN-Brasil. Suas iniciativas também têm contribuído positivamente para o fortalecimento das relações com os governos estaduais, de sorte que as demandas da sociedade reflitam-se nas políticas regionais, e que as ações dos governos locais sejam concatenadas com as da sociedade civil. Neste grupo, o Ponto Focal Nacional da SociedadeCivil e a Coordenação do GTCD atuam como facilitadores dos Pontos Focais Estaduais da ASA.
Terça, 08 Maio 2012 15:40
Combate à Desertificação
A situação dramática da população de diversos países africanos, assolada pela seca, fome e guerra, vem mobilizando a Organização das Nações Unidas (ONU) desde a década 60. O mundo inteiro começava a acompanhar as imagens do deslocamento de milhares de refugiados africanos, exibidas pela mídia, em busca de terra, alimentos e paz.Na década de 70, intensificaram-se os grandes movimentos migratórios e intensos processos de devastação ambiental começaram a ser detectados em toda a África, especialmente na região semiárida, ao sul do deserto do Sahara, conhecida como Sahel. A situação se caracterizava pela pobreza, fome e destruição de recursos naturais vitais (água, vegetação e solo).Esse processo destrutivo passou, então, a ser chamada de desertificação. Constatou-se, logo em seguida, que tal fenômeno não ocorria exclusivamente na África, mas se estendia a todos os outros continentes (com exceção da Antártica), principalmente em países com clima árido e semiárido.Era o início do entendimento, por parte da comunidade internacional, de que a desertificação deveria ser encarada como um problema em escala mundial e, portanto, necessitava de ações de caráter global.Foi, então, convocada, no âmbito das Nações Unidas, uma Conferência Internacional sobre o Meio Ambiente Humano, que foi realizada em Estocolmo, Suécia, em 1972. Nesta Conferência foram discutidos inúmeros temas relativos ao meio ambiente, incluindo a catástrofe africana, representada pela grande seca do Sahel (1967-1970) e os decorrentes problemas de desertificação. Durante a Conferência de Estocolmo (onde se instituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho) foi constatada a necessidade de um evento específico que discutisse a desertificação mais profundamente.Como resultado, foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Desertificação, realizada em 1977, na cidade de Nairóbi, Quênia. Esta conferência teve um papel fundamental em todo o processo de luta contra a desertificação no mundo, pois resultou na consolidação mundial do tema, levando muitos países a começarem a dar maior importância a seus problemas ambientais em geral. Além da introdução das regiões com climas áridos e semiáridos no cenário das discussões, mostrando que os recorrentes problemas de pobreza e meio ambiente necessitavam de um enfrentamento direto pela comunidade internacional e na criação do Plano de Ação Mundial contra a Desertificação.A despeito desses fatos, foram bastante modestos resultados concretos em termos de investimentos de recursos e reversão dos processos de degradação. Isto foi constatado em 1991, quando o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), fez uma avaliação das ações empreendidas no âmbito do Plano de Ação Mundial, constatando o seu fraco desempenho.Com estes resultados, vários países com problemas de desertificação, especialmente na África, decidiram propor a elaboração de uma convenção sobre o assunto durante a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, em 1992, no Rio de Janeiro, conhecida por Rio 92. Uma convenção é um instrumento jurídico mais forte, pois obriga os países que a assinam a assumir uma série de compromissos, ao contrário de uma conferência, onde a adesão é voluntária.Um dos principais resultados da Rio 92 foi o início do processo de negociação para a elaboração de três convenções: a Convenção Quadro sobre Mudança Climática, a Convenção sobre Diversidade Biológica e a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação nos Países Afetados por Seca Grave e/ou Desertificação, particularmente na África (UNCCD).A UNCCD entrou em vigor em 26 de dezembro de 1996. O Brasil tornou-se parte dela em 25 de junho de 1997 e, hoje, 191 países são Partes da Convenção. A principal obrigação desses países Partes é elaborar um Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação, conhecido por PAN.O Brasil e a DesertificaçãoO Brasil tem uma variedade de climas que impõe desafios proporcionais ao tamanho da nossa nação - definidos pelas diversidades de solos e altitudes e também pelo arco de latitudes, desde o Equador até regiões meridionais . Parte do território brasileiro apresenta uma condição climática caracterizada por períodos de seca prolongada e chuvas concentradas, onde predominam os climas semiárido e subúmido seco.Ao longo dos anos, a ocupação humana e a exploração dos recursos naturais vêm impactando as regiões secas do país, provocando a degradação da terra, a perda da cobertura vegetal nativa e a redução da disponibilidade de água. A intensificação de tais processos levou crescentes frações dessas regiões à condição de áreas degradas segundo um fenômeno conhecido como desertificação.
Terça, 08 Maio 2012 15:33
Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca
Junto com outros 192 países, o Brasil é signatário da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos das Secas - UNCCD (sigla em Inglês). Esse compromisso estabelece padrões de trabalho e metas internacionais convergentes em ações coordenadas na busca de soluções qualitativas que atendam às demandas socioambientais nos espaços áridos, semiáridos e subúmidos secos, particularmente onde residem as populações mais pobres do planeta.A UNCCD é reconhecida como o instrumento fundamental para erradicar a pobreza e promover o desenvolvimento sustentável nas áreas rurais das terras secas, que incluem as ASD brasileiras. O tema da desertificação no país encontra-se no centro da formulação política, seja pelo marco legal, por ser o objeto de Projeto de Lei, em tramitação, seja pelo significado estratégico, por ser reflexo do novo enfoque de qualificação do uso sustentável dos recursos naturais como elemento transformador da relação sociedade e meio ambiente.A histórica existência de práticas locais embasadas em conhecimentos étnicos e tradicionais das populações nas zonas semiáridas do Brasil, aliadas às intervenções oficiais do Estado que remontam à época do império, produziram as condições e a massa crítica necessárias à base da organização cultural e social no sentido de possibilitar a convivência com as secas, fenômenos que são mais comuns às certas áreas do que a outras dependendo de diversos fatores ambientais, e de vetores quase sempre antrópicos.Neste contexto, o Brasil é tido como um dos Países-Parte com maior liderança global no processo e atua a nível internacional construindo parcerias bi e multilaterais, a exemplo da cooperação realizada dentre a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e no Grupo dos Países Latino-americanos e do Caribe (GRULAC).A desertificação é definida como um processo de degradação ambiental causada pelo manejo inadequado dos recursos naturais nos espaços áridos, semiáridos e subúmidos secos, que compromete os sistemas produtivos das áreas susceptíveis, os serviços ambientais e a conservação da biodiversidade. No Brasil são 1.480 municípios susceptíveis a esse processo que pode ser causado pelo homem ou pela própria natureza e agravados pelas questões climáticas. Atinge, particularmente, os estados do Nordeste, além de Minas Gerais e Espírito Santo. Os estudos realizados pelo MMA em parceria com os governos dos 11 Estados demonstram que as áreas suscetíveis a desertificação representam 16% do território brasileiro e 27% do total de municípios envolvendo uma população de 31.663.671 habitantes, onde se concentra 85% da pobreza do país. Logo, representa um contexto que demanda políticas públicas específicas importantes para o combate à pobreza e a melhoria das condições de vida de parte significativa da população brasileira.Com a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Rio 92, foi definida a necessidade de uma convenção específica para o tema que estabelecesse diretrizes e compromissos para os países. Um dos principais resultados da Rio 92 foi o início do processo de negociação para a elaboração de três convenções: a Convenção Quadro sobre Mudança Climática, a Convenção sobre Diversidade Biológica e a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação nos Países Afetados por Seca Grave e/ou Desertificação, particularmente na África (UNCCD).No Brasil, o processo de desertificação é consequência do uso inadequado dos recursos florestais principalmente da Caatinga e Cerrado para o fornecimento de biomassa florestal no atendimento de considerável percentual da matriz energética do Nordeste e de outras regiões, por meio de desmatamentos; pelas praticas agropecuárias sem manejo adequado dos solos, provocando os processo erosivos e esgotando os solos; pelo sobrepastejo na pecuária extensiva comprometendo a textura dos solos e com isso a regeneração da vegetação; e pelo manejo inadequado dos sistemas de irrigação, com a consequente salinização da terra.
Conferência das Partes
Etapas de Elaboração
Histórico
Princípios
Terça, 08 Maio 2012 15:18
Relatórios de Gestão
2008
2007
Relatório de Avaliação 2003-2006
2005
2004
Atividades 2000-2003
Terça, 08 Maio 2012 14:31
Principais Iniciativas
1. Apoio aos Estados2. Bacia Hidrográfica do Parnaíba3. Bacia Hidrográfica do São Francisco4. MacroZEE da Amazônia Legal5. Região Integrada do Distrito Federal