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A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, abre nesta quarta-feira (20), a 109ª reunião do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), em Brasília (DF). Na ocasião, a ministra entregará imagens de satélites do território nacional aos estados, com o objetivo de apoiar a implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Essas imagens permitirão a especialização das informações ambientais e constituirão uma base de dados única da situação dos imóveis rurais.Também será lançada a 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, cuja etapa nacional acontecerá em outubro deste ano. A quarta edição da conferência debaterá a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, com foco na produção e consumo sustentáveis, na redução dos impactos ambientais, na geração de emprego e renda e na educação ambiental.Pauta: Abertura da 109ª reunião ordinária do ConamaData: Quarta-feira, 20 de março de 2013Horário: 10 horasLocal: Auditório nº 1 Edifício sede do IBAMA, Setor de Clubes Esportivos Norte - SCEN Trecho 2, Brasília/DF
Terça, 19 Março 2013 15:33

Reforço nas escolas

Educação ambiental deve ser priorizada, para evitar o risco de formar novas gerações ainda mais consumistas.LUCAS TOLENTINOPoder público, terceiro setor e outros segmentos da sociedade devem dar prioridade a ações de educação ambiental como forma de combater o aquecimento global e os demais prejuízos causados ao meio ambiente. O assunto foi discutido, nesta terça-feira (19/03), durante audiência pública da Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC) do Congresso Nacional. Na sessão, parlamentares e representantes do governo federal e da sociedade civil defenderam a adoção de medidas que ressaltem a importância da sustentabilidade no ambiente escolar.As diversas ações do Ministério do Meio Ambiente (MMA) na área de conscientização contribuem, entre outros, para a redução das emissões de gases de efeito estufa. De acordo com o diretor do Departamento de Educação Ambiental do MMA, Nilo Diniz, haverá, neste ano, uma conferência infanto-juvenil com o objetivo de discutir a preservação ambiental com jovens de todo o país. “Esse assunto também coincide com as mudanças climáticas, porque a questão do desmatamento será abordada”, exemplificou. “Há projetos para tornar a escola um ambiente cada vez mais sustentável.”ATUALIZAÇÃOA revisão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, iniciada na última semana, também surge como instrumento fundamental na adoção de estratégias voltadas para o problema do aquecimento global. “A proposta é fazer uma atualização enxuta do documento e fortalecer tanto a adaptação quanto o diálogo com os governos estaduais e municipais”, explicou Diniz. “A revisão será importante para compatibilizar os objetivos do plano e terá a participação efetiva da sociedade.”O coordenador do Programa Educação para Sociedades Sustentáveis da WWF, Fábio Cedrin, destacou a necessidade de mudança nos padrões impostos pelo mundo moderno e praticados por grande parcela da população. “Estamos caminhando a passos largos para uma sociedade consumista”, sentenciou. “É preciso levar informação de qualidade para as escolas e atentar para o que está sendo ensinado para as nossas crianças.”Conduzida pelo presidente em exercício, deputado Sarney Filho (PV-MA), a audiência da CMMC contou ainda com a participação do secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luiz Pinguelli, e do secretário executivo da Agência de Notícias dos Direitos das Crianças (Andi), Veet Vivarta.
Terça, 19 Março 2013 15:17

Em defesa da água

Principais rios brasileiros se encontram em ótimas condições. Dimensões continentais exigem gestão integrada deste patrimônio.AÍDA CARLA DE ARAÚJOCelebrado mundialmente em 22 de março, o Dia Mundial da Água é uma oportunidade para estimular a reflexão, a conscientização e a elaboração de projetos de cooperação em prol dos recursos hídricos. O saneamento básico, o desmatamento, a perda de nascentes e a gestão dessas fontes são alguns dos desafios para utilização racional desse bem finito. “É um bem tão precioso que deve ser conservado e protegido. É um recurso tão importante que condiciona o desenvolvimento que uma região, país ou sociedade pode alcançar” destaca o gerente do Departamento de Recursos Hídricos (DRH) do Ministério do Meio Ambiente, Franklin de Paula Júnior.O país conta com 170 sistemas aquíferos percorrendo o subsolo brasileiro, e que 73% dos principais rios se encontram em “ótimas” condições. “Mas há problemas entre a oferta e a demanda dos recursos hídricos. Não é uma questão de má distribuição da água, mas, sim, de distribuição da natureza”, analisa Franklin. Outro dado mostra que o Brasil possui mais de 70 rios de águas fronteiriças e transfronteiriças, sendo as bacias Amazônica e do Prata as duas maiores e mais importantes da região.GESTÃO DEMOCRÁTICAPara enfrentar os desafios da gestão racional, integrada e sustentável da água num país de dimensões continentais é necessária a compreensão de que é um bem público e de gestão democrática, garantidos pelas leis brasileiras. ”A participação da sociedade nos colegiados e nos conselhos (nacionais e estaduais) e os Comitê de Bacias Hidrográficas é fundamental para garantir a quantidade e a qualidade de água para as gerações futuras”, afirma Franklin.A Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh), para garantir a utilização de recursos de forma descentralizada entre o poder público e civil. E os Planos de Recursos Hídricos são os instrumentos para a implantação dessa Iniciativa. São desenvolvidos em três níveis: Plano Nacional de Recursos Hídricos; Planos de Recursos Hídricos dos Estados e Planos de Recursos Hídricos de Bacias Hidrográficas.Todos as 26 unidades da Federação possuem as suas leis estaduais e os seus conselhos. Atualmente, existem dez comitês de bacias hidrográficas federais (rios de domínio da União) e 170 núcleos estaduais (rios de domínio dos Estados). O país conta com importantes planos estratégicos de recursos hídricos, destacando-se os da Margem Direita do Amazonas e o do Tocantins-Araguaia. “A meta é estabelecer um pacto nacional para a definição das diretrizes e das políticas públicas de oferta da água“, destaca Franklin.ÁGUA DOCEO MMA, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU), desenvolve ainda outros programas para preservação dos recursos hídricos no país. Entre eles, o Programa Água Doce, que visa o estabelecimento de uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano; o de Revitalização das Bacias Hidrográficas, que recupera, conserva e preserva as bacias hidrográficas em situação de vulnerabilidade ambiental, e o Cultivando Água Boa-Itaipu Binacional, que traça uma estratégia local para o enfrentamento das mudanças climáticas. “A nossa meta é minimizar ameaças e maximizar as oportunidades”, adianta o gerente do DRH.Em comemoração ao Dia Mundial da Água, o MMA, em cooperação com a Agência Nacional das Águas (ANA), a Unesco no Brasil e as Secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e de Cultura do Governo do Distrito Federal, realiza o seminário “Água, Comunicação e Sociedade no Ano Internacional de Cooperação pela Água”, no Museu Nacional, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no dia 22 de março, das 13h às 20h30. O objetivo é divulgar o que está sendo feito em beneficio da gestão dos recursos hídricos no Brasil e garantir a água em quantidade e qualidade a todos. As inscrições podem se feitas até o dia 20, no link http://seminarioagua.ana.gov.br/2013.HISTÓRICOO Dia Mundial da Água foi recomendado pela ONU durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92), realizada no Rio de Janeiro. Então, desde 22 de março de 1993, as celebrações ao redor do globo terrestre acontecem a partir de um tema anual, definido pela própria ONU, com o intuito de abordar os problemas relacionados aos recursos hídricos. Para 2013 a ONU definiu o tema "Cooperação pela Água" para marcar as celebrações e o Brasil, que instituiu seu Dia Nacional da Água em 2003, aderiu à proposta, como forma de incentivar a troca de experiências e a busca por soluções. Em anos anteriores temas como “Água e Segurança Alimentar”, “Água para as cidades: respondendo ao desafio urbano” e “Saneamento” foram alvo de reflexões e boas propostas.
Segunda, 18 Março 2013 18:02

Governo discute extrativismo

Equipe interministerial e sociedade planejam fortalecimento do setorSOPHIA GEBRIM O Grupo de Trabalho Interministerial responsável pela elaboração do Plano Nacional de Fortalecimento do Extrativismo reuniu-se pela primeira vez, nesta segunda-feira (18/03), no Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília. A equipe, integrada por representantes do governo e sociedade civil, é coordenada pelo MMA para discutir a estruturação de propostas de apoio à pauta extrativista, com prioridades, eixos, diretrizes, critérios, metodologia e monitoramento. A partir daí, será elaborado o Plano Nacional de Fortalecimento do Extrativismo, previsto para ser lançado em junho deste ano. Durante a abertura do encontro, o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Paulo Guilherme Cabral, destacou a forte convergência do grupo no que diz respeito aos objetivos do Plano. “Dessa forma, vamos conseguir trabalhar de forma coesa para integrar ações e atividades que possam de fato fortalecer a atividade, especialmente nas unidades de conservação de uso sustentável”, disse. Para o secretário, o resgate de experiências de sucesso desenvolvidas ao longo dos últimos anos também é fundamental para que essas políticas cheguem de forma mais rápida a essas populações. EIXOS Ao longo da reunião foram definidos os quatro eixos prioritários para desenvolvimento da agenda extrativista, que resultará no Plano Nacional de Fortalecimento do Extrativismo: desenvolvimento social, fomento à produção sustentável, acesso a territórios e infraestrutura. Para cada um desses tópicos serão elaboradas políticas públicas específicas. “Com a experiência de cada gestor aqui presente, representando os mais diversos órgãos, conseguiremos contemplar esses quatro eixos, de modo que nenhuma grande área, importante para o desenvolvimento da pauta, fique de fora das discussões”, analisou o secretário. O presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), Joaquim Belo, ressaltou que a proposta de criação de uma estratégia nacional de fortalecimento à atividade está sendo recebida com otimismo por todos os integrantes do conselho. “Essa agenda que começa a ser construída e resultará num plano é uma resposta concreta às demandas hoje apresentadas pela classe extrativista”, salientou. Para ele, a questão territorial é um dos principais pontos, talvez um dos mais relevantes para o CNS, por tratar do fortalecimento das reservas extrativistas e projetos de assentamento, áreas que tem papel crucial na conservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável.PRODUTOS Dentro do eixo fomento à produção sustentável, a responsável pela Gerência de Produtos da Sociobiodiversidade da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Ianelli Sobral, destacou o trabalho que a empresa, que é vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), promove por meio de programas de apoio à comercialização específicos para o público extrativista. “Dentro desse contexto queremos ampliar o acesso dessas comunidades aos programas que a Conab executa na área, como o Plano de Aquisição de Alimentos (PAA) e a PGPM-Bio”, acrescentou. A Política de Garantia de Preços Mínimos dos Produtos da Sociobiodiversidade (PGPM-Bio) é um instrumento criado pela Conab de apoio específico à comercialização dos produtos da sociobidiversidade. O objetivo é proporcionar, por meio de subvenção, que o extrativista receba um bônus ao comprovar que efetuou a venda de seu produto por preço inferior ao mínimo fixado pelo governo federal. Já o PAA é uma política do governo que promove o acesso a alimentos às populações em situação de insegurança alimentar com inclusão social e econômica. Segundo a representante da Conab, a empresa está trabalhando para incluir novos produtos na política de preços mínimos: a palmeira juçara, a semente de andiroba e o cacau extrativista. COMPOSIÇÃO O Grupo de Trabalho Interministerial foi criado oficialmente em fevereiro deste ano. Tem um prazo de 90 dias, a partir da sua criação, para apresentar o plano de ação, que deverá contar as ações com respectivas metas, para o Plano Nacional de Fortalecimento do Extrativismo. Integram o grupo representantes dos ministério do Meio Ambiente (MMA); Desenvolvimento Agrário (MDA), Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); Secretaria de Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS); Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas Costeiras e Marinhas (Confrem), além de convidados e interessados em participar da agenda.
Segunda, 18 Março 2013 16:23

Seminário debate uso racional da água

MMA e ONU promovem evento sobre recursos hídricos, em meio às pressões exercidas pelo aumento da população.AÍDA CARLA DE ARAÚJOO Dia Mundial da Água será celebrado esta semana. A data, 22 de março, vem sendo comemorada há duas décadas, mas os desafios para lidar com a escassez da água acontecem num momento em que as fontes limitadas do planeta estão sob constante pressão exercida pelo crescimento populacional. Por isso, em dezembro de 2010 a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2013 o Ano Internacional das Nações Unidas da Cooperação pela Água.Com o apoio do Ministério do Meio Ambiente, a Agência Nacional de Águas (ANA), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil e as secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e de Cultura do Distrito Federal promovem o seminário Água, Comunicação e Sociedade no Ano Internacional de Cooperação pela Água. O evento será realizado na sexta-feira (22/03) à tarde, no Museu Nacional, na Esplanada dos Ministérios, e reunirá especialistas e comunicadores para debater o tema.GESTÃO DE RECURSOSA meta é divulgar a gestão dos recursos hídricos no Brasil, dar visibilidade a ações de cooperação e mobilização de boa gestão e uso sustentável da água, além de envolver a sociedade nas discussões sobre o crescente desafio para garantir água em quantidade e qualidade para todos.O gerente do Departamento de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente, Franklin de Paula, destaca que o Brasil, como maior potência hídrica do planeta, ainda tem muitos desafios pela frente. “Enquanto mais de 1,2 bilhão de pessoas não tem acesso à quantidade mínima de água estipulada pela Organização das Nações Unidas (ONU), o país detém 12% de toda água doce disponível no mundo. Só na Região Amazônica estão localizados cerca de 70% dessas fontes” afirma. Para o professor Sérgio Koide, do Departamento de Engenharia Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), outro desafio é a ampliação do saneamento básico. “Cerca de 50% dos esgotos são despejados em estado bruto nos lagos e rios brasileiros. Medidas simples para economizar água nas atividades cotidianas, como escovar os dentes, tomar banho, lavar louças, entre outras, ainda necessitam de campanhas educativas para conscientizar e mobilizar a população”, destaca.SETOR PÚBLICODaniel Sant’Ana, professor de Instalações Prediais da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, com tese de doutorado em Oxford (EUA) sobre o consumo residencial de água no Distrito Federal , acredita em medidas simples para mudar esse cenário. “Os prédios residenciais são exemplos do desperdício de água. A utilização de descargas ultrapassadas e o desconhecimento de métodos simples que poderiam ajudar na reutilização das águas das chuvas para afazeres domésticos, entre outros, também aumentam os custos,” avalia. O seminário é uma oportunidade para repensar essas e outras ações e está aberto a todos os interessados. As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de março (quarta-feira) no link http://seminarioagua.ana.gov.br/2013/ . A programação, disponível no site de inscrições, inclui apresentações sobre boas práticas nacionais e internacionais, palestras e atrações culturais.Serviço: Seminário “Água, Comunicação e Sociedade no Ano Internacional de Cooperação pela Água”Dia: 22/03/2013Hora: 13h às 20h30Local: Museu Nacional – Complexo da República, Esplanada dos Ministérios
Segunda, 18 Março 2013 14:00

Ministra visita parques no RS

Izabella Teixeira inicia agenda de visitas às unidades de conservação do país. Objetivo é avaliar estrutura para receber turistas A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esteve neste final de semana nos parques nacionais Aparados da Serra e Serra Geral, no Rio Grande do Sul, para conversar com funcionários e turistas sobre a infraestrutura e recursos humanos dos parques. Juntos, os dois parques somam uma área de 30 mil hectares de terras protegidas e possuem dois dos canyons mais famosos do Sul do Brasil: o Itambezinho e a Fortaleza. Ambos de beleza espetacular, que serviram de cenário para minisséries televisivas. A falta de infraestrutura adequada já fez com que o parque nacional de Aparados da Serra ficasse fechado por dois anos para visitação. Desde sua reabertura, em 1998, o parque recebe a cada ano um número maior de visitantes. Em 2012 foram cerca de 70 mil visitas. Essa foi a primeira de uma série de visitas que a ministra fará às unidades de conservação do Brasil. Izabella Teixeira afirmou que os parques devem ser preparados para receber de maneira mais adequada os turistas brasileiros e estrangeiros. A ministra, no entanto,  quer garantir que o aumento das visitações não resulte de maneira alguma em degradação à natureza.
Mais dois estados recebem orientação do governo federal para elaboração dos planos de recursos hídricosAÍDA CARLA DE ARAÚJOO Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU), concluiu, nesta sexta-feira (15/03), a capacitação dos gestores do Maranhão e de Rondônia para a elaboração dos Planos Estaduais de Recursos Hídricos. Os projetos recebem apoio de até R$ 1,5 milhão do governo federal, com prazo de execução de até 24 meses. A SRHU está preparando estratégias ajudar outros estados que ainda não adotaram providências neste sentido.A elaboração de todos os projetos deve seguir as diretrizes do Plano Nacional de Recursos Hídricos (PNHR), levando em consideração a participação da sociedade e o envolvimento dos  respectivos sistemas estaduais, incluindo estratégias de educação ambiental, comunicação e mobilização social.O financiamento é feito pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente  (FNMA) criado pela lei nº 7.797 de 10 de julho de 1989, com a missão de contribuir, como agente financiador, por meio da participação social, para a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA).Trata-se do mais antigo fundo ligado à área ambiental da América Latina  e é hoje referência pelo processo transparente e democrático na seleção de projetos.
Sexta, 15 Março 2013 14:58

Pauta extrativista é fortalecida

Grupo de trabalho criado pelo MMA tem o objetivo de alinhar o posicionamento do governo federalLUCAS TOLENTINOO Ministério do Meio Ambiente (MMA) unificará propostas para o Plano de Ação Nacional para o Fortalecimento do Extrativismo. Nesta sexta-feira (15/03), foi publicada, no Diário Oficial da União, portaria que cria o Núcleo de Articulação e Monitoramento da Pauta Extrativista. O grupo será formado por representantes do MMA e órgãos vinculados e tem o objetivo de alinhar o posicionamento que será defendido durante o desenvolvimento do plano, previsto para ser lançado em junho de 2013 com alternativas para questões como infraestrutura e inclusão social dessas comunidades. Com o objetivo de fortalecer as comunidades extrativistas no país, a estratégia está sendo elaborada por um grupo integrado por diversos órgãos do governo federal. A partir da instalação do Núcleo de Articulação, no entanto, o MMA conseguirá estabelecer uma proposta conjunta para ser apresentada aos integrantes desse comitê. “A ideia é levar para dentro do plano a visão do MMA, além de qualificar, subsidiar e avaliar a participação do Ministério nesse processo”, explica a secretária-substituta de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Larissa Gaivizzo.RECONHECIMENTOA portaria define, ainda, que o núcleo articule e priorize medidas com foco no reconhecimento do valor social, ambiental e econômico das atividades extrativistas. A Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA será, portanto, a coordenadora do grupo, que terá representantes do gabinete da ministra e das demais secretarias do ministério. Farão parte do comitê, também, integrantes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Agência Nacional de Águas (ANA), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB).Em uma escala maior, um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), criado em novembro de 2012, reúne representantes de diversas esferas do governo federal para discutir e finalizar o Plano de Ação Nacional para o Fortalecimento do Extrativismo. O comitê engloba a sociedade civil e os ministérios do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e do Planejamento. Além disso, há a participação, como convidados permanentes, dos ministérios de Minas e Energia, da Pesca e Aquicultura, da Educação, da Saúde e das Cidades.
Quinta, 14 Março 2013 18:56

Pesca de tubarões é restrita

Brasil lidera aprovação histórica que dá mais proteção internacional para as espécies ameaçadas de extinção. Medida inclui também as arraias.LUCIENE DE ASSISIntegrantes da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (Cites), reunidos em Bangcoc, na Tailândia, votaram, nesta quinta-feira (14/03), pelo controle do comércio internacional de cinco espécies de tubarão e duas de arraias mantas. O empenho e apoio do Brasil na 16ª Reunião da Conferência das Partes (COP-16) contribuíram para o resultado alcançado. A maioria dos 179 representantes dos governos que fazem parte da reunião aprovou a adição de três espécies de tubarões-martelo Sphyrna lewini, S. mokarran e S. zygaena, do tubarão galha-branca oceânico Carcharhinus longimanus, do tubarão-sardo Lamna nasus e das arraias mantas Manta birostris e M. alfredi no Anexo II da Cites pela condição de vulnerabilidade na qual se encontram.As espécies incluídas são aquelas que, embora não se encontrem necessariamente em perigo de extinção, podem chegar a esta situação, “a menos que o comércio de tais espécimes esteja sujeito a regulamentação e controle rigorosos, podendo ser autorizada a sua comercialização, mediante concessão de licença ou emissão de certificado”, explica o coordenador da Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros (GBA) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Roberto Gallucci. Segundo ele, esta iniciativa da Convenção permite controlar o comércio internacional dos animais listados, aumentando o registro, viabilizando a obtenção de dados para subsidiar o controle e garantir que essa atividade comercial não coloque em risco a sobrevivência das espécies.PRAZOSA partir de agora, os estados-membros que integram a Cites têm 18 meses para adotar esse comércio controlado. A proposta para atualizar o status de proteção dessas espécies de tubarões-martelo foi apresentada pelo Brasil, durante os 15 dias da Convenção, tendo como coproponentes a Colômbia, Costa Rica, Dinamarca (representante da União Europeia), Equador, Honduras e México. O país também foi coproponente das demais propostas relacionadas a outras espécies de tubarões e raias mantas.De acordo com a gerente da GBA, Mônica Brick Peres, representante do Ministério do Meio Ambiente em Bangcoc, o governo brasileiro também apoiou proposta da Austrália que coloca no Anexo I a espécie Pristis microdon, um tipo de peixe-serra e uma das espécies mais ameaçadas de extinção no mundo, que pode ser encontrado também em água doce. Os analistas do MMA esclarecem que, em geral, os peixes cartilaginosos têm um ciclo de vida caracterizado pelo crescimento lento, alta longevidade, maturidade sexual tardia e baixa fecundidade. Por isso mesmo, a agregação desses animais, somada ao baixo potencial reprodutivo e à pequena capacidade de crescimento populacional, torna-os presas fáceis de pescadores profissionais, o que reduz drasticamente suas populações. Roberto Gallucci acredita que o maior controle sobre o comércio internacional ajudará a coibir a cadeia produtiva decorrente da pesca ilegal. Para essas espécies, a principal ameaça é o comercio internacional de nadadeiras e, no caso das raias manta, rastros branquiais (estruturas de formações ósseas ou cartilaginosas com função de filtrar e reter alguns alimentos que ficam presos nos arcos branquiais durante o processo de alimentação) utilizados pela medicina e culinária asiática. É nesse ponto, diz ele, que a Cites se apresenta como ferramenta essencial à conservação e ao uso sustentável dessas espécies.MAIS ANTIGOSOs peixes cartilaginosos, que incluem cerca de 400 espécies de tubarões, aproximadamente 600 espécies de arraias, e em torno de 30 espécies quimeras, são um dos grupos mais antigos dentre os animais vertebrados atuais. Historicamente, acredita-se que seus primeiros representantes tenham surgido há pelo menos 420 milhões de anos, 200 milhões de anos antes dos primeiros dinossauros. Esses peixes alimentam-se de outros animais e estão no topo de cadeia alimentar como os principais predadores do ambiente marinho, exercendo importante papel no controle das populações de suas presas, diminuindo as taxas de competição por recursos entre elas e ajudando a regular e manter o equilíbrio dos ecossistemas marinhos. Em função desse controle natural, áreas que abrigam essas espécies apresentam maior biodiversidade e maiores densidades populacionais, por serem locais mais bem conservados e produtivos. EMBARCAÇÕESAnalistas do MMA destacam, ainda, entre os resultados da COP-16 da Cites, a aprovação do relatório do Grupo de Trabalho sobre Introdução pelo Mar, presidido pelo brasileiro Fábio Hazin, pondo fim a um debate que se iniciou em 2000. O problema se referia à definição de qual Estado deveria ser considerado o Estado de introdução, sendo responsável pela emissão da licença Cites (estado de bandeira da embarcação ou estado de porto). A solução encontrada foi tratar o transporte desde a captura até o desembarque como uma atividade de exportação, sendo o estado de bandeira o exportador e o estado de porto o importador.Para o Brasil, que pratica o arrendamento de embarcações, a decisão adotada foi positiva, pois permite que as regras sejam estabelecidas por meio de acordo entre o país da bandeira da embarcação e a nação arrendatária, desde que tal acordo seja consistente com arranjos regionais de manejo pesqueiro, e que o Secretariado da Cites seja devidamente informado.Participaram das negociações, além Mônica Brick Peres, e o assessor de Assuntos Internacionais, Carlos Roberto de Carvalho Fonseca, ambos do Ministério do Meio Ambiente, representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Ministério das Relações Exteriores (MRE).Brasil proíbe pesca do “galha-branca”Desde a última quarta-feira (13/03) está proibida a pesca e a comercialização de tubarão da espécie galha-branca oceânico (Carcharhinus longimanus) em águas de jurisdição brasileira e em todo o território nacional, por tempo indeterminado. A proibição consta da Instrução Normativa Interministerial nº 1, publicada no Diário Oficial da União, assinada pelos ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella.Com esta decisão, o Brasil atende à recomendação da Comissão Internacional para Conservação dos Atuns do Atlântico (ICCAT, na sigla em inglês), responsável pela conservação dos atuns e afins do oceano Atlântico e mares adjacentes, criada em 1966 e ratificada pelo Brasil em 1969. A recomendação, aprovada em 2010, defende que se proíba a pesca e comercialização do tubarão galha-branca com base nos resultados da análise de risco ecológico, que identificaram sua vulnerabilidade à pesca.PESO E TAMANHOO tubarão galha-branca está na lista de espécies aquáticas ameaçadas de extinção, elaborada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O animal vive nas águas quentes das zonas tropicais, pode chegar a quatro metros de cumprimento e pesar até 168 quilos. E, a partir dessas novas regras, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) determina que os animais capturados, mesmo de forma incidental, sejam, obrigatoriamente, devolvidos inteiros ao mar, inclusive se estiverem mortos.As embarcações pesqueiras deverão, ainda, registrar, nos mapas de bordo, todos os animais capturados e devolvidos ao mar. A Instrução Normativa estabelece que a captura dessa espécie de tubarão para fins de pesquisa científica dependerá de autorização do órgão ambiental competente. Analistas do MMA confirmam que as barbatanas do tubarão galha-branca estão entre as mais valiosas do mercado internacional. Mas em águas protegidas pelo Brasil a espécie já está resguardada. A partir de agora, as embarcações, os pescadores profissionais ou amadores e as indústrias de pesca que desobedecerem ao novo regramento ficam sujeitos a sanções legais, além de terem cancelados os cadastros, autorizações, inscrições, licenças, permissões ou registros de atividade pesqueira. FECUNDIDADEO galha-branca apresenta características encontradas na maioria das outras espécies de tubarões, como baixa fecundidade (de um a 15 filhotes por ninhada e gestação de 12 meses) e maturidade tardia (4 a 7 anos de idade, tamanho de 175 a 198 centímetros para machos e de 180 a 200 centímetros para fêmeas), crescimento lento e grande massa corpórea (mais de 160 quilos), podendo viver até 22 anos e atingir de 350a 395 centímetros, o que os torna muito vulneráveis à mortalidade pela pesca. Originalmente, a espécie foi muito abundante próximo à superfície de águas oceânicas. Mas, atualmente, é registrada apenas ocasionalmente, sofrendo intensa pressão pesqueira em toda a sua área de distribuição, o que representa maior risco ecológico de diminuição ou de desaparecimento de suas populações em certas áreas.Em novembro do ano passado, o governo brasileiro proibiu, também, a pesca de tubarões e arraias para a simples retirada de barbatanas e nadadeiras, prática conhecida como finning, que é a pesca ilegal desses animais visando apenas as barbatanas e as nadadeiras, devolvendo-os ao mar ainda vivos e sangrando.
Quinta, 14 Março 2013 18:31

Arraias mantas ganham proteção

Portaria interministerial proíbe pesca destes animais, ameaçados de extinção, em todo o território nacional.LUCIENE DE ASSISO governo brasileiro proibiu, a partir desta quinta-feira (14/03), a pesca de arraias mantas da família Mobulidae em águas jurisdicionais brasileiras em todo o território nacional. A proibição consta da Instrução Normativa Interministerial nº 2, publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, assinada pelos ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella.A instrução também proíbe a retenção a bordo de embarcações, transbordo (transferência direta de carga de um meio de transporte para outro), desembarque, armazenamento, transporte e a comercialização das espécies, produtos e subprodutos da arraia manta em águas protegidas pelo Brasil. Com esta decisão, o país atende à recomendação dos especialistas que participaram da II Oficina de Avaliação do Estado da Conservação das Espécies de Chondrichthyes Brasileiros, organizada pela Coordenação de Avaliação do Estado de Conservação da Biodiversidade (Coabio) do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). “A partir dessa avaliação, todas as seis espécies brasileiras de arraias Mobulidae foram classificadas como vulneráveis à extinção”, explica o coordenador da Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros (GBA) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Roberto Gallucci. Ele explica que o Brasil é um dos líderes em iniciativas internacionais de proteção a esse grupo de animais, que acaba de ganhar maior proteção internacional dos países que integram a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Silvestres (Cites), reunidos em Bangcoc, na Tailândia, nos últimos 15 dias, quando duas espécies de tubarão manta foram inseridas no anexo II da Convenção. CARACTERÍSTICASAs arraias mobulidae, no Brasil, apresentam características encontradas na maioria das outras espécies de peixes cartilaginosos, com baixa fecundidade (um filhote por gestação, a cada dois a três anos), maturidade tardia, crescimento lento, grande massa corpórea, elevada longevidade e comportamento que envolve migrações e agregações. Suas populações são fragmentadas e distribuídas, de forma esparsa, em águas tropicais e temperadas.Nas águas brasileiras, segundo Roberto Gallucci, ocorrem seis espécies da família Mobulidae. Uma das espécies é do gênero Manta, que ocorre ao longo da costa nacional, com maior concentração no Sudete e Sul do país. As outras cinco espécies são do gênero Mobula (Mobula cf. hypostoma, M. japanica, M. tarapacana, M. rochebrunei e M. thurstoni), conhecidas como Raia-diabo, Manta-diabo, Jamanta-Mirim ou Diabo-do-Mar. Três dessas espécies de Mobula são de grande porte (têm mais de dois metros), de ocorrência costeira-oceânica, e duas outras são de pequeno porte (menos de 1,5 metro), ocorrendo na região costeira. Gallucci explica que o Brasil é uma das regiões mais representativas do mundo no que se refere à riqueza de raias da família Mobulidae, “já que em nossas águas ocorrem seis das 11 espécies descritas”, confirma ele.
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