Notícias
Quinta, 12 Julho 2012 16:35
Não dá para jogar no lixo
MMA abre espaço para o setor privado apresentar propostas que estabeleçam os caminhos de volta de lâmpadas fluorescentes e embalagens em geral para reciclagem, garantindo o armazenamento adequado em todo o processo.Rafaela RibeiroO Ministério do Meio Ambiente (MMA) publicou dois editais de chamamento com o objetivo de elaborar acordos setoriais para implantação de sistemas de logística reversa. O primeiro trata das lâmpadas fluorescentes, de vapor sódio e mercúrio e de luz mista. O segundo abrange embalagens em geral, envolvendo, produtos nelas comercializados. Os editais convocam fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes a apresentar propostas para estabelecer o caminho de retorno das lâmpadas e das embalagens, em geral aos seus fabricantes, e, em seguida, a destinação desses resíduos.As propostas a serem apresentadas deverão conter a obrigatoriedade de destinação ambientalmente adequada dos resíduos sólidos, por meio de reciclagem, recuperação, ou demais meios de destinação, e disposição final apenas de rejeitos em aterros. Deve ser definido como responsabilidade de todos os setores da cadeia produtiva envolvidos a implantação de um sistema de recolhimento dos produtos após o uso pelo consumidor, independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos.De acordo com o responsável pela Diretoria de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) do MMA, Silvano da Costa, com a publicação dos editais, foi dado um passo muito importante para a viabilização da logística reversa dessas duas cadeias. "Espera-se que o setor privado consiga apresentar propostas de acordos setoriais que viabilizem, ao mesmo tempo, o aumento da reciclagem, a redução dos impactos ambientais e a geração de emprego e renda", disse. Costa também acredita ser fundamental que o setor privado se articule para a apresentação das propostas.COMPARTILHAMENTOA proposta deve reforçar a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, um dos principais conceitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos. O caminho de volta sugerido deve dividir a responsabilidade entre fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores. Nessa linha, cada um deve ter seu papel bem estabelecido, de forma individualizada e encadeada. A proposta também tem que contemplar todas as etapas do ciclo de vida do produto.Por meio de suas entidades representativas de âmbito nacional, fabricantes, importadores, comerciantes e distribuidores poderão apresentar proposta de acordo setorial de abrangência nacional. Os interessados terão prazo de 120 dias a contar da data de publicação do edital (09/07) para apresentar suas propostas.Os editais estão disponíveis na página do Ministério do Meio Ambiente nos links:http://www.mma.gov.br/images/editais_e_chamadas/SRHU/mma_edital_de_chamamento_lampadas.pdfhttp://www.mma.gov.br/images/editais_e_chamadas/SRHU/mma_edital_de_chamamento_embalagens.pdf
Terça, 17 Abril 2012 01:00
Ministra defende revisão da governança ambiental
Durante evento Rumo à Rio+20, no Rio de Janeiro, Izabella Teixeira afirmou que repensar a governança ambiental na Organização das Nações Unidas (ONU) estimula a revisão do setor no Brasil, intervindo em uma estrutura que tem mais de 40 anosCamilla ValladaresA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que repensar a governança ambiental no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) estimula a revisão do setor no Brasil, intervindo em uma estrutura que tem mais de 40 anos. A declaração foi feita nesta segunda-feira (16/04) durante o evento Rumo à Rio+20: Debate sobre Governança Ambiental, organizado pelo Ministério do Meio Ambiente no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.O evento é o segundo de uma série que ainda contará com um debate com a mídia previsto para maio. A edição anterior abordou o tema da economia verde que, juntamente com governança para o desenvolvimento sustentável, é um dos principais temas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).Para o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner, presente à reunião, a capacidade de gerir as ações de meio ambiente nos países de maneira sustentável e a necessidade de fortalecimento dos órgãos que cuidam do setor em todo o mundo são razões pelas quais a Rio+20 será um sucesso.Governança para o desenvolvimento sustentável é um dos principais temas da Rio+20. Entre as propostas já em discussão está a criação de um conselho de desenvolvimento sustentável da ONU. As sugestões giram em torno do fortalecimento do PNUMA enquanto programa ou transformando-o em agência da ONU.AUTONOMIASteiner afirmou que independente do formato que tenha a mudança a ser feita no PNUMA o importante é que se constitua uma instância com autonomia e mandato. Lembrou ainda que países que investiram em políticas sociais e de meio ambiente, ao mesmo tempo em que se desenvolviam, estão hoje entre os mais desenvolvidos economicamente.Representantes de governos de mais de 100 países já confirmaram presença na Rio+20 acontece na capital fluminense de 20 a 22 de junho. Entre os pontos que serão abordados estão deliberações construídas pela sociedade civil em eventos que começam dia 13 de junho, também no Rio de Janeiro.
Quinta, 12 Julho 2012 15:49
Opiniões sobre o clima
MMA ouve a população sobre medidas que devem ser adotadas para reduzir os problemas causados pelas emissões atrópicas de gases de efeito estufa.Lucas TolentinoO secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Carlos Klink, participa, nesta quinta-feira (12/07), da consulta pública presencial à população da Região Sul referente aos quatro Planos Setoriais de Mitigação e de Adaptação em Mudanças do Clima. O encontro é realizado em Curitiba e se divide em pacotes de medidas para as áreas de indústria, da mineração, da saúde e de transporte e mobilidade urbana.A consulta integra a Política Nacional sobre Mudanças do Clima (PNMC) e pretende estabelecer políticas para o alcance de objetivos como a redução dos problemas causados pelas emissões atrópicas de gases de efeito estufa. No evento, estão sendo discutidos os pontos focais dos planos setoriais e as possíveis mudanças propostas pelos participantes.Serão realizadas consultas presenciais nas cinco regiões do país. Na última semana, o evento ocorreu no Rio de Janeiro. Na próxima quarta-feira (18/07), será a vez de ouvir as contribuições de representantes do Nordeste, em encontro que ocorrerá no Recife. Em seguida, serão feitas consultas em Palmas, Manaus e Brasília.CONSULTA ELETRÔNICAOs quatro planos setoriais também ficarão disponíveis para consulta eletrônica até o dia 15 de agosto, na página virtual do MMA. Depois disso, as sugestões e propostas enviadas pela população serão compiladas e submetidas a processo de aprovação para passarem a integrar o conteúdo dos documentos. O objetivo é readequá-los às demandas da sociedade e incorporar novas ações.Com a conclusão dos planos, a intenção é que a execução das medidas contribuam para o alcance da meta nacional de redução entre 36,1% a 38,9% das emissões projetadas para 2020. A implantação e o monitoramento dos documentos serão conduzidos pelos respectivos órgãos setoriais, com a coordenação do Grupo Executivo sobre Mudança do Clima (Gex).
Quarta, 11 Julho 2012 18:37
Senado debate Lei Florestal
Secretário defende mudanças propostas pelo executivo. MMA também comemora redução do desmatamento na amazônia.Luciene de AssisO fundamento central da nova Lei Florestal tem por base a proteção e o uso sustentável das florestas e demais formas de vegetação nativa em harmonia com a promoção do desenvolvimento econômico. Com este argumento o secretário de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Roberto Brandão Cavalcanti, abriu sua apresentação sobre a Lei nº 12.651/2012 e os impactos de médio e longo prazo em relação às metas da Política Nacional sobre Mudanças Climáticas.O assunto foi um dos temas dos debates da tarde desta quarta-feira (11/07), na Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas (CMMC), pauta que incluiu, também, o desmatamento na amazônia. Neste caso, as informações foram apresentadas pelo diretor de Políticas de Combate ao Desmatamento do MMA, Francisco José Barbosa Oliveira Filho. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram uma redução 76,9% nos índices de desmatamento de 2004 a 2011.USO DA TERRAPara o secretário Roberto Cavalcanti, cerca de 70% das emissões nacionais de gás de efeito estufa, em termos de CO2, provêm do setor mudança de uso da terra e florestas. "A disciplina jurídica das florestas brasileiras [e outras formas de vegetação] é fundamental na estratégia nacional de mitigação da mudança do clima", afirma. "Até que ponto as modificações na nova Lei Florestal brasileira interferem no cumprimento dos compromissos assumidos pelo Brasil no âmbito do regime de combate à mudança do clima?".Os problemas ambientais dos outros países são semelhantes aos dos brasileiros e os princípios da Lei Florestal também são quase universais, argumentou. Cavalcanti ressaltou o fato de a nova lei, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, admitir para a pequena propriedade ou posse rural familiar o plantio de culturas temporárias e sazonais de vazante, desde que não implique na supressão de novas áreas de vegetação nativa nas áreas de proteção permanente (APPs).
Quarta, 11 Julho 2012 18:19
Curso capacita 431 gestores
Nove estados e 145 municípios foram envolvidos no projeto. Alunos estarão aptos a orientar tecnicamente agricultores de todo o país sobre o uso do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR)Sophia GebrimO Curso de Capacitação sobre Regularização Ambiental em Propriedades Rurais (PNC Rural III) teve a sua 3ª edição encerrada nesta quarta-feira (11/07), em Rondônia, com a formação de 431 gestores estaduais e municipais. As edições anteriores do curso ocorreram em 2011 e 2010, respectivamente, com a formação de cerca de 300 alunos, representantes dos setores ambiental e rural.O treinamento, promovido pelo Departamento de Coordenação do Sisnama (Sistema Nacional do Meio Ambiente) da Secretaria Executiva do Ministério do Meio Ambiente, teve duração de três meses, com aulas semipresenciais (ensino a distância), além de módulos presenciais em nove estados: Alagoas, Goiás, Maranhão, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e Sergipe.PÚBLICO ALVOParticiparam do curso alunos de 145 municípios. Eles estarão aptos a orientar tecnicamente agricultores de todo o país sobre o uso do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR), ferramenta eletrônica utilizada no processo de adequação e regularização ambiental das propriedades rurais.Como parte do cronograma da capacitação, a temática do curso foi definida com base em diretrizes, desafios e políticas públicas do Ministério do Meio Ambiente. Também foram ouvidas as demandas identificadas e apresentadas pelos estados e municípios ao Departamento de Coordenação do Sisnama, o que gerou a elaboração de módulos específicos sobre noções de georreferenciamento, introdução à regularização ambiental rural, Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o Programa Mais Ambiente.
Quarta, 11 Julho 2012 17:10
Cerrado apresenta propostas de ZEE
Ministério do Meio Ambiente seleciona e apoia propostas de elaboração de Zoneamento Ecológico Econômico em dez estados e no Distrito FederalSophia GebrimA partir desta quarta-feira (11/07) representantes de dez estados e do Distrito Federal podem apresentar propostas ao Edital de Chamamento Público 003/2012, da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (SEDR/MMA). O edital busca apoiar as unidades federadas do bioma cerrado na elaboração de seus respectivos Zoneamentos Ecológicos Econômicos (ZEEs). Poderão apresentar propostas Bahia, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Piauí, Paraná, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal."Em atenção à Política Nacional de Mudança do Clima (PNMC) e ao Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no bioma cerrado (PPCerrado), o objetivo do edital é fortalecer a gestão e o ordenamento ambiental territorial do bioma Cerrado", destaca o gerente de Zoneamento Ecológico Econômico da SEDR/MMA, Bruno Abe Saber Miguel. Ele explica que o cerrado atualmente apresenta índices de desmatamento superiores aos observados na Amazônia e necessita de instrumentos que agreguem a base ambiental ao planejamento do uso e da ocupação de seu território.Cada proposta pode atingir o valor de até R$ 400 mil e deve ser apresentada até o dia 31 de agosto no Sistema de Convênios do Governo Federal - Siconv (www.convenios.gov.br), por meio do código de programa 4400020120123. "Os estados irão apresentar as propostas de acordo com as demandas locais", orienta o gerente. A partir daí, serão classificadas e efetivadas à medida que o recurso de apoio ao edital for liberado. Podem participar do edital representantes do poder executivo das unidades da federação abrangidas pelo bioma cerrado.Confira o Edital de Chamamento Público 003/2012.
Quarta, 11 Julho 2012 16:53
Resíduos sólidos: prazo final
Estados e municípios que pretendem ter acesso a recursos federais precisam elaborar seus planos de gestão até agosto. Data foi estabelecida em 2010.Rafaela RibeiroO próximo dia 2 de agosto é a data-limite para que estados e municípios concluam planos, estaduais ou municipais, de gestão de resíduos sólidos, caso pretendam pleitear recursos federais para investir no setor. A determinação foi instituída pela Lei nº 12.305, sancionada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "É essencial que estes dois entes federados tenham planos de ação específicos ajustados às suas realidades, proporcionando às populações modelos eficientes de gerenciamento de resíduos", afirma o gerente de Projetos da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Saburo Takahashi.Estados e municípios tiveram dois anos para elaborarem seus projetos regionalizados. Para isso, contaram com o apoio do Ministério do Meio Ambiente, que elaborou um manual de orientação para a elaboração dos planos, que está disponível no site do MMA. Além disso, o MMA tem oferecido cursos de ensino a distância para orientar gestores e consultores. O treinamento tem duração de 30 dias e oferece flexibilidade total de horário – cada participante acessa a plataforma e cursa as aulas nos horários que lhe for mais conveniente.Takahashi explica que as prefeituras que fazem parte de consórcios intermunicipais, podem, em conjunto, elaborar um plano intermunicipal de gestão de resíduos sólidos, que valerá para as cidades que compõem o consórcio. "Isso reduz custo e otimiza a elaboração do plano", disse. Pela lei, até 2014, todos os lixões estarão desativados e os rejeitos de todo o país devem ser encaminhados para aterros sanitários.
Quarta, 11 Julho 2012 16:44
MMA no combate à seca
Governo intensifica ações de apoio aos atingidos pela estiagem. Ministério do Meio Ambiente utiliza recursos dos fundos setoriais com esta finalidade.Rafaela RibeiroO governo federal inicia, a partir desta semana, ações de comunicação para divulgar e orientar as populações e autoridades de 1.063 municípios brasileiros atingidos pela seca a aproveitarem os investimentos federais para auxilia-los no enfrentamento da estiagem. Considerando a gravidade do problema para a população afetada e, de forma a ampliar o conhecimento das medidas e dar as orientações necessárias, está sendo realizada uma campanha de publicidade e outras ações de divulgação nesses municípios.O governo vem, desde abril, implementando um conjunto abrangente de medidas que reforçam a rede de proteção social no semiárido. O total dos investimentos em ações emergenciais para reduzir os impactos da maior estiagem dos últimos anos é de R$ 2,7 bilhões.LINHAS DE CRÉDITOAs medidas envolvem ações como a implantação de cisternas, reforço da distribuição de água por carro-pipa, recuperação de poços, auxílio financeiro emergencial (Bolsa Estiagem), antecipação dos pagamentos do Programa Garantia-Safra, apoio à atividade econômica por meio de linha especial de crédito e a venda de milho para alimentação animal a preços subsidiados.Além disso, segundo o analista do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Jaime Saiz Askasua, ações estruturantes estão sendo realizadas por meio da articulação pelo Ministério do Meio Ambiente dos instrumentos governamentais de fomento envolvendo o Fundo do Clima, o Fundo do Serviço Florestal, o Fundo Nacional do Meio Ambiente, e o Fundo Socioambiental da Caixa, para o estímulo às boas práticas para a convivência com a semiaridez. "Nos municípios com áreas suceptíveis aos processos de desertificação estão sendo trabalhados os eixos da segurança alimentar, da segurança hídrica e segurança energética", explica o analista.Clique aqui e veja o que está sendo feito nessa direção
Quarta, 11 Julho 2012 16:29
Férias sustentáveis
MMA faz campanha para reforçar a relação entre consumo e meio ambiente, alertando para os danos que o modo de vida da população já causou ao planeta. Alvo são as crianças e os adolescentes.Letícia VerdiComo divertir as crianças sem ter que comprar um brinquedo novo ou levá-las a um parque de diversões ou a um shopping? Para muitos pais, trata-se de um dilema. O Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com o Instituto Alana, tem dicas para fugir de programas caros para o bolso e para o meio ambiente. A parceira do MMA neste projeto é uma organização sem fins lucrativos que, entre outras atribuições, desenvolve atividades em prol da defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes relacionadas a relações de consumo em geral.Neste mês de férias,quando as crianças têm mais tempo livre e os pais precisam entretê-las, cabe uma reflexão sobre o tema. O esforço de ambos resultará em um exemplar da série Cadernos de Consumo Sustentável, sobre a importância de proteger a infância dos apelos da publicidade e do consumo de massa, a ser lançado ainda este ano. "A educação deve estar não só nas escolas, também na mídia e nas ruas", afirmou a gerente de projetos da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Fernanda Daltro.OBESIDADESegundo estudos da ONG parceira do MMA, o consumo exacerbado, da forma como está hoje, gera aumento de resíduos no meio ambiente, por um lado, e obesidade infantil, por outro. Além disso, diminui as brincadeiras criativas, leva a uma erotização antes da hora e à "adultização" da infância e incentiva o consumo precoce de álcool e tabaco, o que gera violência e estresse familiar.Para o MMA, as crianças devem ser orientadas desde pequenas para os valores da sustentabilidade, que representam a preocupação da humanidade com a qualidade de vida no planeta. Os atuais modelos de produção e consumo em massa exaurem os recursos naturais, poluem o ar e água e geram montanhas de lixo."Se as crianças aprenderem a consumir de maneira sustentável, serão importantes transformadores sociais", destaca Fernanda Daltro. A publicação também aborda a publicidade dos alimentos direcionados ao público infantil. As propagandas vendem esses alimentos de forma divertida, com personagens de TV estampados nas embalagens, mas pouco ou nada nutritivos, ricos em açúcar, gordura hidrogenada e conservantes.As embalagens jogadas no lixo geram um acúmulo de plástico que impactam o meio ambiente. Segundo alertam o Instituto Alana e o MMA, não temos garantias de que o brinquedo distribuído junto com o lanche infantil nos fast foods tenha sido produzido com respeito às legislações ambiental e do trabalho.COMO PROCEDER
Ocupar espaços públicos como praças e parques: estar ao ar livre, ter espaço para correr livremente, tudo isso é fundamental para a saúde física e mental da criança. Incentiva a socialização e o cuidado pelo bem que é de todos.
Trocar ao invés de comprar: economiza e desenvolve o senso de comunidade. Um brinquedo que não tem mais graça para uma criança pode ter para outra. Essa atitude gera menos resíduo e gasta menos energia.
"Ganhou um, doou outro": para cada coisa nova que a criança ganha, ela doa uma que já tenha. As férias são um ótimo momento para fazer uma "limpa" no armário e nas estantes. A semana do aniversário da criança também é uma boa data. Estimula o desapego e o não materialismo, além de educar para a solidariedade.
Estar em contato com a natureza: tudo no meio natural desperta a curiosidade das crianças, desde o caminho das formigas até o desabrochar de uma flor, as frutas nas árvores, o curso de um rio caindo pela cachoeira. O contato com a natureza é e sempre foi prazeroso e fundamental para o espírito humano.
NÚMEROS
4, 5 horas por dia é a média de tempo que as crianças brasileiras passam tempo em frente à televisão. Esse hábito consome energia elétrica, aumenta o sedentarismo e contribui para o consumismo.
64% dos anúncios televisivos às vésperas do Dia das Crianças de 2011 eram direcionados às crianças (fontes: Universidade Federal do Espírito Santo e Instituto Alana)
15% da população infantil estão obesos, segundo o IBGE. De 1977 para cá, esse percentual dobrou. O motivo: aumento do consumo dos alimentos industrializados, saborosos mas pobres em nutrientes.
62% dos adolescentes brasileiros são expostos todos os dias à publicidade de bebidas alcoólicas. Entre 12 e 14, os adolescentes começam a consumir bebidas alcoólicas no Brasil (fonte: Unifesp, 2009)
Terça, 10 Julho 2012 17:14
Sob nova orientação
Política de gestão de florestas públicas, em implantação pelo MMA, procura complementar o manejo florestal sustentável na amazônia e estimular a silvicultura com espécies nativas promissoras nas demais regiões.Luciene de AssisO Brasil possui a maior floresta tropical do mundo, mas tem uma economia florestal muito aquém de seu potencial e com grande volume de negócios baseados na exploração clandestina. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o setor florestal é responsável por uma produção primária superior a R$ 14 bilhões. Contudo, a menor parte deste valor é oriunda de espécies nativas. Além disso, este ramo da economia ainda carece de uma política nacional específica, o que acaba afastando os investidores, principalmente no que se refere ao manejo sustentável da floresta amazônica e da silvicultura com espécies nativas nas demais regiões do país.Essa foi uma das conclusões a que chegaram os debatedores do tema Olhares sobre uma economia florestal, organizado pelo Departamento de Florestas (DFlor) da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministério do Meio Ambiente (MMA) durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). Entre as estratégias capazes de reverter o atual estado da economia florestal no Brasil, está em curso a implementação da política de gestão de florestas públicas, implementada pelo Serviço Florestal Brasileiro, conforme prevê a Lei de Gestão de Florestas Públicas nº 11.284/2006, explica o diretor do DFlor/SBF/MMA, Fernando Tatagiba.INVESTIMENTOSÉ essencial, insiste Tatagiba, complementar ao manejo florestal sustentável, que tem grande potencial para ganho de escala na região amazônica; e estimular a silvicultura com espécies nativas, atividade que se mostra promissora nas demais regiões, como na Mata Atlântica e Cerrado. Um exemplo interessante foi apresentado pela Symbiosis Investimentos, responsável pelo cultivo de 30 espécies florestais nativas, em mil hectares no sul da Bahia.Segundo seu proprietário, que participou do debate no Rio de Janeiro, a atividade consiste em promissor investimento financeiro de longo prazo. Para que o empreendimento tenha viabilidade, a empresa está fazendo fortes investimentos na identificação de matrizes de excelente qualidade e no desenvolvimento de tratos silviculturais adequados a cada espécie.Para o diretor do DFlor, é necessário, também, ampliar o estímulo a investimentos voltados a produtos florestais não madeireiros, que desempenham papel importante na economia do país, como a castanha-do-brasil, o açaí, entre outros. Apesar de movimentar menos de R$ 1 bilhão, atividades relacionadas ao extrativismo de produtos florestais são realizadas por cerca de quatro milhões de pessoas em todo o país.Esta possibilidade, explica Tatagiba, está sendo trabalhada no Plano Nacional para a Promoção dos Produtos da Sociobiodiversidade. O foco do plano é dar escala ao uso sustentável da diversidade biológica, garantindo-se alternativas de geração de renda às populações rurais e comunidades tradicionais, por meio do acesso às políticas de crédito, assistência técnica e extensão rural, a mercados, a instrumentos de comercialização e à garantia de preços mínimos.DIVERSIFICAÇÃONo que se refere à economia florestal, uma preocupação compartilhada por técnicos do MMA, da Fundação Odebrecht e da Symbiosis Investimentos, durante os debates na Rio+20, diz respeito a estimular os investidores que se proponham a recuperar áreas degradadas. A proposta é desencadear processos de recuperação numa perspectiva produtiva, onde espaços como as reservas legais sejam áreas que contribuam para a diversificação e ampliação da renda das propriedades rurais."É importante adequar e dar visibilidade aos instrumentos de crédito que permitam conciliar recuperação e produção florestal baseada em espécies nativas", diz Tatagiba. "Acreditamos que são complementares os desafios de ampliar a escala da economia baseada em espécies florestais nativas e a necessidade de recuperar vastas áreas degradadas no Brasil".