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Notícias

Quinta, 06 Dezembro 2012 17:49

ZEE do Cerrado é apresentado

Versão preliminar define ações prioritárias em defesa do biomaSOPHIA GEBRIM Representantes do Departamento de Zoneamento Territorial do Ministério do Meio Ambiente (MMA) apresentaram, na tarde desta quinta-feira (06/12), à Comissão Coordenadora do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do Território Nacional, durante reunião ordinária, em Brasília, a versão preliminar do Macro ZEE do Cerrado. O estudo, de planejamento e ordenamento territorial do bioma, mapeia as informações provenientes das características básicas do território, além de gerar o planejamento e conhecimento das inúmeras realidades territoriais presentes na região. Sua área engloba os estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal, além de parte do Amapá, Roraima e Amazonas. “Durante a elaboração do decreto, que indicou ações prioritárias para o Cerrado, foi colocado como prioridade a elaboração de um zoneamento para o bioma, o que resultou nesse importante trabalho que estamos apresentando hoje à Comissão”, explica o diretor do Departamento de Zoneamento Territorial da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) do MMA, Adalberto Eberhard. O ministério contratou empresa de consultoria para elaboração do estudo que, após a apresentação à Comissão do ZEE, instância superior de deliberação da área, será apreciado por todos os departamentos da SEDR, secretarias do MMA, estados e municípios, Consórcio do ZEE (braço técnico) e sociedade, conselhos e órgãos representativos dos estados do bioma, respectivamente. Por fim, o trabalho retornará à Comissão para consolidação em parceria com o MMA. DESAFIOS E PERSPECTIVAS Durante a reunião, o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Paulo Guilherme Cabral, destacou a importância da interlocução entre os órgãos que integram a comissão para expandir o tema e colaborar com o trabalho de cada um desses ministérios que integram o grupo. “Dessa forma, como prioridade para 2013, devemos ver o que precisa ser melhorado e aprimorado para consolidar o trabalho realizado por nós de forma participativa”, disse. Para ele, o diálogo com os estados também é ferramenta fundamental para a consolidação dos trabalhos que estão em construção, como o ZEE do Cerrado, prioridade para a Comissão em 2013. Já o assessor de Políticas Públicas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), André Lima, convidado à participar da reunião, pontuou os fundamentos jurídicos que fundamentam do zoneamento, conceitos e desafios a partir da aprovação da nova Lei Florestal. “Todo o fundamento jurídico dessa ferramenta de ordenamento territorial está na própria Constituição Federal, que determina ao poder público a gestão do território”, ressalta. Ele finaliza com o desafio para o ZEE não só no Cerrado, mas em todo o país. “Devemos troná-lo cada vez menos um instrumento de consolidação e mais um instrumento de transformação do Estado e da realidade local”, acrescentou. A Comissão Coordenadora do ZEE do Território Nacional é integrada por representantes de diversos ministérios envolvidos com o tema e coordenada pelo MMA. São membros da comissão representantes dos seguintes ministérios: Defesa; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Minas e Energia; Transportes; Desenvolvimento Agrário; Planejamento, Orçamento e Gestão; Justiça; Cidades; Integração Nacional; e Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Quarta, 05 Dezembro 2012 16:48

CAR beneficiará BR-163

MMA tenta fortalecer de políticas públicas na região, como o Cadastro Ambiental Rural.SOPHIA GEBRIM Representantes do governo federal participam, nesta quarta-feira (05/12), no município paraense de Itaituba (1.626 km de Belém) de reunião com lideranças ligadas às entidades e movimentos sociais para discutir metas e objetivos do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável para a Área de Influência da Rodovia BR-163. “O governo irá ouvir a pauta de reivindicações dos movimentos sociais da região e apresentar pontos de fortalecimento de políticas públicas, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR)”, destaca o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral, que participa do encontro. O CAR surge como oportunidade de legalização para milhares de propriedades rurais da região que lutam hoje pela regularização fundiária e ambiental. “Além de pacificar essa área que historicamente sofre com o desordenamento territorial, o Cadastro Ambiental Rural irá orientar e capacitar pequenos produtores e assentados da reforma agrária ao manejo florestal adequado”, destaca o secretário. Dessa forma, além de contribuir para a recuperação de áreas degradadas e redução do desmatamento, a regularização de imóveis rurais também possibilitará a identificação do proprietário da terra e a comprovação de posse do imóvel. RODOVIA SUSTENTÁVEL “O Projeto BR-163 nasceu com o intuito de valorizar a floresta e as cadeias produtivas locais com a participação das comunidades tradicionais que vivem nessa área de influência”, diz Cabral. Para ele, agendas bilaterais com governo e movimentos sociais como esta fortalecem o diálogo e desenvolvimento do plano. Além do representante do MMA, participam da reunião representantes da Casa Civil da Presidência da República e demais órgãos envolvidos na agenda, como os ministérios do Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e Cidades. O Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável para a Área de Influência da Rodovia BR-163 foi lançado pelo governo em 2006 e busca apoiar iniciativas de produção sustentável, fortalecimento da sociedade civil e manejo das florestas públicas na região, que abrange uma área de 1,2 milhão de km2 e inclui 79 municípios do Pará, Mato Grosso e Amazonas. A região de influência da BR-163 abriga um grande mosaico de áreas de áreas naturais protegidas, onde são priorizadas políticas públicas que estimulam o desenvolvimento integrado com atividades de base florestal. É uma das regiões mais importantes da Amazônia do ponto de vista do potencial econômico, diversidade biológica, riquezas naturais e diversidade étnica e cultural.
Quarta, 05 Dezembro 2012 11:57

Doha: por um esforço global

Izabella Teixeira defende, em Doha (Qatar), a adoção do segundo período do Protocolo de Kyoto como garantia para um regime sólido de mudança do climaLUCAS TOLENTINOA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, reforçou, nesta quarta-feira, a importância de um comprometimento mundial com a redução das emissões de gases de efeito estufa.  Em pronunciamento no plenário da 18ª Conferência das Partes (COP 18) da Organização das Nações Unidas, em Doha, no Qatar, a ministra defendeu a adoção do segundo período do Protocolo de Kyoto como forma de “garantir um regime sólido de mudança do clima”.Izabella Teixeira destacou, ainda, que a instituição de um novo pacto de redução de emissões, entre outras ações, demonstra que o mundo entra em uma nova fase, marcada pelo “princípio de equidade e responsabilidades comuns, mas diferenciadas”. O avanço das negociações permitirá maiores níveis de comprometimento e deveres da comunidade internacional.A política brasileira de combate ao desmatamento e o desenvolvimento sustentável do país também foram destacados pela ministra. Nesta quinta-feira (6), às 13h30 (horário de Brasília), a delegação brasileira apresentará estratégias, projetos e resultados nacionais na Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+) no side event (evento paralelo) do Brasil, dentro da programação oficial da COP 18.Leia a íntegra do pronunciamento: português / inglês
Terça, 04 Dezembro 2012 19:04

Palmeira Juçara: emprego e renda

SOPHIA GEBRIM A conservação do bioma Mata Atlântica e geração de emprego e renda a partir do uso sustentável da Palmeira Juçara são temas da Oficina de Elaboração do Plano de Melhoria da Cadeia de Valor da Polpa dos Frutos da Palmeira Juçara, que acontece até amanhã (05/12), em Porto Alegre (RS). A atividade é uma promoção da Rede Juçara - conjunto de organizações e produtores que trabalham com o uso sustentável da espécie nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro -, e conta com o apoio do Programa Projetos Demonstrativos (PDA) do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Agência de Cooperação Internacional Alemã (GIZ). “Queremos aprofundar o diálogo do Ministério do Meio Ambiente com os vários atores da sociedade, iniciativa privada e instituições de pesquisa de modo que seja aprimorada toda a cadeia produtiva da Palmeira Juçara, produto da sociobiodiversidade desse importante bioma que é a Mata Atlântica”, destaca a assessora da Gerência de Agroextrativismo da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA , Cláudia Souza, que representa o ministério no encontro. Conforme ela detalha, o objetivo da oficina é elaborar um plano de melhoria para a cadeia produtiva da palmeira, com a análise das oportunidades, gargalos e prioridades de ações. Os produtos da sociobiodiversidade são resultado de atividades locais com agregação de valor e conservação do meio ambiente. ESTRATÉGIAS Ainda segundo assessora da Gerência de Agroextrativismo, a elaboração do plano de melhoria da cadeia produtiva da espécie tem como base um conjunto de ações já efetivadas, como o mapeamento individual da cadeia em cada Estado, identificação e definição de territórios estratégicos, definição de potencialidades e elaboração de diretrizes técnicas para boas práticas de manejo da espécie. “Estas ações foram efetivadas a partir de um processo de articulação e construção participativa com a realização de duas oficinas interestaduais”, aponta Cláudia Souza. Dessa forma, ela espera que esse fruto da sociobio seja melhor trabalhado pelos agricultores familiares, com a conservação do meio ambiente e agregação de valor aos subprodutos da planta. Participam da oficina organizações de agricultores familiares, comunidades, empresas e cooperativas envolvidas com a produção, beneficiamento e comercialização da polpa de juçara. Além de organizações de apoio à cadeia de valor (assessoria técnica, extensão e pesquisa), gestores e técnicos públicos estaduais e federais, representantes do Plano Nacional da Sociobiodiversidade e lideranças representativas de outras cadeias da sociobiodiversidade. USOS DIVERSOS Espécie nativa da Mata Atlântica, a palmeira é historicamente explorada para produção de palmito em conserva. Porém, com a crescente demanda pelo consumo do palmito, a planta surge como espécie ameaçada de extinção em florestas nativas do bioma. “Há uns 50 anos o principal uso da palmeira era para a produção de palmito porém, há algum tempo, vem sendo trabalhada a polpa da palmeira para diversos usos já que, ao ser retirada, preserva a espécie nativa nas florestas e não destrói a planta como acontece quando é retirada a matéria-prima para o palmito”, explica Cláudia. Hoje, a polpa vem sendo amplamente utilizada para alimentação e culinária. Dessa forma surge nova alternativa aos pequenos produtores e comunidades rurais para a exploração da espécie, que muito se assemelha ao açaí, com a extração e da polpa e dos frutos para reaproveitamento. “Tudo isso levou a região à uma nova visão da espécie, ao invés de matar a planta, usa-se a polpa, alternativa mais viável”, finaliza a representante do MMA. “Sem contar no potencial da espécie como ferramenta estratégica para a conservação do bioma Mata Atlântica e para o desenvolvimento social de diversas regiões”.
Terça, 04 Dezembro 2012 17:07

Crueldade desnecessária

Documento interministerial regulamenta pesca de tubarões e arraias. Proíbe, inclusive, a devolução ao mar de animais ainda vivos, mas mutilados.LUCIENE DE ASSIS A partir de agora, o Brasil passa a exigir de pescadores o desembarque, no litoral brasileiro, de tubarões e arraias (ou raias) com todas as nadadeiras naturalmente aderidas ao corpo. É o que estabelece a Instrução Normativa Interministerial nº 14, publicada no Diário Oficial da União, que também dispõe sobre normas e procedimentos para o desembarque, transporte, armazenamento e comercialização de tubarões e raias capturados nas águas jurisdicionais brasileiras e em alto mar por embarcações nacionais e estrangeiras arrendadas no Brasil.A exigência coloca o Brasil à frente das iniciativas de conservação, já que esta é considerada, hoje, a melhor medida de controle do “finning” (pesca de nadadeiras). Sabe-se que, a cada ano, são caçados, no mundo, cerca de 100 milhões de tubarões, sendo que 70% destinam-se ao preparo de sopa de barbatana, feita a partir de cartilagem das nadadeiras desses animais.PRÁTICA CRUELO “finning” consiste na retirada das barbatanas do tubarão, descartando-se o restante do corpo e aproveitando-se, apenas, 2% a 5% do animal para comercialização e consumo. As barbatanas são vendidas para produção de sopa, principalmente em países asiáticos, e atingem preços muito mais elevados do que os da carne do animal. O “finning” é uma prática antiga e de difícil monitoramento, admitem especialistas no assunto.Nas águas jurisdicionais brasileiras, são capturados de 1.500 a 2 mil toneladas de tubarão azul, de 10 mil a 12 mil toneladas das demais espécies de tubarões e sete mil toneladas de arraias marinhas, segundo dados referentes ao período 2008-2010. As modalidades de pescaria que mais incidem sobre tubarões e arraias são as que utilizam o espinhel pelágio horizontal de superfície (que é o uso de vários anzóis pendurados na superfície, com iscas, e presos a boias), a pesca de emalhe (feita com uso de rede) e a pesca de arrasto de fundo (consiste no arrastamento de gigantescas redes, ao longo do fundo do mar, sustentadas por grandes placas metálicas e rodas de borracha presas a essas redes, que se movem ao no fundo e esmagam praticamente tudo no seu caminho). VULNERABILIDADE“Por isso mesmo, a norma é de grande importância para a conservação desse grupo de animais porque melhora o controle do “finning”, uma prática cruel que consiste em cortar as nadadeiras do animal e devolvê-lo ao mar, muitas vezes ainda vivo, agonizando”, comemora a gerente de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros (GBA) da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, Mônica Brick Peres. Os procedimentos necessários para fiscalizar o desembarque, armazenamento, conservação, beneficiamento, transporte e comercialização de barbatanas e nadadeiras serão definidos em norma específica, a ser editada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) num prazo de 90 dias.A pesca de nadadeiras (denominada “finning” em inglês) tem sido criticada mundialmente pela crueldade. Porém, o Brasil foi um dos primeiros países a proibir a prática já em 1998. Mônica Peres explica que a maior parte das espécies de tubarões e arraias é muito vulnerável por serem animais de grande porte, viverem muito, crescerem lentamente, terem pequeno número de filhotes, serem predadores do topo da cadeia e que costumam formar cardumes numerosos, tornando-se alvos fáceis de todas as modalidades de pesca.Por causa disso, o grupo tem recebido atenção internacional diferenciada com vistas a garantir sua sobrevivência. “Por sua vulnerabilidade intrínseca, as presenças de tubarões e arraias são indicadores da saúde dos oceanos e da pesca bem manejada”, afirma Mônica. NA DIANTEIRADados mostram que o “finning” potencializa os efeitos destrutivos da pesca sobre as populações das espécies-alvo de tubarões, muitas das quais consideradas raras ou vulneráveis. Essa prática também afeta, diretamente, a integridade dos ecossistemas marinhos e de populações de outras espécies de interesse comercial, por potencializar a remoção de predadores de topo (que estão no alto da cadeia alimentar). Dificulta, inclusive, a obtenção de informações específicas essenciais ao monitoramento da atividade pesqueira e à implantação de políticas de manejo sustentável.O desembarque das barbatanas naturalmente aderidas ao corpo dos tubarões resolve o problema das espécies que possuem barbatanas com peso superior a 5% do peso da carcaça, excluindo a possibilidade de embarcações contendo essas espécies ficarem em situação irregular na hora da pesagem no porto. Também soluciona a questão de diferentes tipos de cortes para a remoção das barbatanas e de distintos processamentos aplicados a bordo (barbatanas congeladas, frescas ou secas), que podem alterar seu peso relativo.A medida pode, ainda, maximizar a qualidade e o preço das barbatanas e carcaças, facilitando a identificação das espécies e permitindo a melhor obtenção de dados científicos para políticas de gestão pesqueira, como informa a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), além de facilitar o trabalho de fiscalização e de controle efetivos. “Essa norma é um indicador do amadurecimento da sociedad e brasileira, pois não só o MMA, através do IBAMA e ICMBio, e o MPA, mas muitas outras pessoas e instituições trabalharam, por anos, para qu e isso fosse possível, ou aceitável no Brasil”, explica Mônica Peres.
Terça, 04 Dezembro 2012 17:01

Pesquisa em agrobiodiversidade

Política nacional será lançada até março próximo. MMA ouve diversos setores para estruturá-la. SOPHIA GEBRIM Promover o debate de pesquisas em agrobiodiversidade e agroecologia é o objetivo da Reunião Técnica sobre Agrobiodiversidade, realizada terça e quarta-feira (04 e 05/12), no auditório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Brasília. Participam das discussões pesquisadores da empresa, do Ministério do Meio Ambiente (MMA), instituições de pesquisa e universidades. A agrobiodiversidade e a agroecologia são conceitos que refletem o uso do solo com a biodiversidade das populações locais e relação sustentável com o meio ambiente, respectivamente. “Ressaltamos a importância do papel da Embrapa como instituição geradora de conhecimento e experiência em pesquisa e desenvolvimento – P&D, como base certificadora de políticas públicas em desenvolvimento pelo governo federal, como o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica”, destacou o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Paulo Guilherme Cabral, durante a abertura da reunião. Ele também mostrou a amplitude da empresa, presente em todas as regiões do país. “Exemplo da diversidade de opiniões nesse debate está representada no papel da Embrapa, com pesquisadores atuando em todos os cinco biomas brasileiros”, acrescentou. INTEGRAÇÃO O secretário lembrou, ainda, que o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica será lançado até março de 2013 e é fundamental para a sua formulação a participação dos pesquisadores da Embrapa, além da integração entre o trabalho desenvolvido por ministérios envolvidos diretamente na ação, como Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário, Agricultura e Saúde. “Para rompermos com esse paradigma de maiores consumidores de agrotóxicos do mundo é necessário fortalecer o sistema produtivo em bases orgânicas, e esse é o objetivo do plano, que contará com a atuação das mais diversas esferas e órgãos do governo federal”, salientou Cabral. Como parte da programação da reunião estão previstas apresentações sobre projetos em agrobiodiversidade, agroecologia e agricultura familiar, além de políticas públicas que envolvem diretamente essas áreas. Ao término das atividades, serão realizados trabalhos em grupo regionais para formatar uma estratégia de arranjos de projetos com enfoque na agrobiodiversidade e agroecologia, descrevendo objetivos, planos de ação, estratégias para execução, parcerias potenciais, cronograma de execução, outros. Por fim, serão definidas estratégias de trabalho e elaboração de um cronograma de atividades futuras.
Terça, 04 Dezembro 2012 14:52

Educação ambiental na Bahia

Oficina tem como meta definir agenda para desenvolver o Programa de Educação Ambiental e Agricultura FamiliarTINNA OLIVEIRADefinir o cenário e as prioridades da educação ambiental na agricultura familiar no estado da Bahia é o objetivo da oficina que será realizada em Salvador, nos dias 6 e 7 de dezembro. Instituições públicas federais, estaduais, municipais e organizações da sociedade civil que trabalham com a temática educacional e socioambiental no meio rural, debaterão as estratégias para implantar o Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (PEAAF) no estado, de forma articulada. O Programa de Educação Ambiental e Agricultura Familiar (PEAAF) consiste na educação ambiental voltada ao público envolvido com a agricultura familiar, utilizando ações educativas para o enfrentamento da problemática socioambiental rural. “O objetivo é que, ao final do evento, seja traçado um plano de ação que vai reunir a parceria das instituições públicas com as organizações não governamentais, assim como as lideranças da agricultura familiar, para incentivar, dentre outros pontos, a agricultura familiar sustentável”, destaca o diretor do Departamento de Educação Ambiental (DEA), da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC), do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Nilo Diniz. PIONEIRISMOA oficina estadual é organizada pelo Departamento de Educação Ambiental (DEA), da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC), do Ministério do Meio Ambiente, em conjunto com o governo do estado da Bahia, representado pela Diretoria de Educação Ambiental e Sustentabilidade (DIEAS), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA). A Bahia foi o primeiro estado a assinar o Acordo de Cooperação Técnica entre a SAIC e a SEMA.“Estamos começando na Bahia a primeira oficina e o objetivo é estender para todo o país”, explica Nilo Diniz. O diretor também destaca que a realização desta oficina acontece graças à parceria com a Bahia, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente que completa 10 anos de existência neste mês. O governo local realizará no dia cinco um ato de comemoração aos dez anos de criação da secretaria. CINCO OBJETIVOSO PEAAF está estruturado em cinco linhas de ação: articulação com órgãos, políticas, planos e programas federais; apoio à elaboração e implantação de ações nos estados; educação a distância e semipresencial; fomento de projetos de educação ambiental com agricultura familiar e comunicação em educação ambiental para a agricultura familiar.A oficina estadual corresponde à segunda fase do PEAAF, pois diz respeito à articulação para execução das ações do programa nos estados. Os públicos prioritários da oficina incluem as instituições que tenham atuação com as temáticas de desenvolvimento rural, agricultura familiar, meio ambiente e educação.
Segunda, 03 Dezembro 2012 18:54

De olho no futuro

Representantes de vários ministérios elaboram um plano de médio prazo para conservação da biodiversidade LUCIENE DE ASSISSerá realizada em Brasília, no auditório da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), nesta terça-feira (03/12), a sequência da oficina interministerial destinada a elaborar o Plano de Ação Governamental para Biodiversidade para a próxima década. Nesta segunda reunião serão indicadas as ações (orçamentárias ou não) do Plano Plurianual 2012-2015 relacionadas às causas de perda da biodiversidade apontadas pelos diferentes ministérios, bem como outras ações ou atividades em desenvolvimento em cada ministério e que guardem relação com as causas de perda de biodiversidade. Os representantes de cada setor do governo federal poderão indicar parcerias em andamento ou aquelas que seriam necessárias à solução das causas de perda de biodiversidade. O evento é iniciativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA), com apoio do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG) e do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), e visa ampliar a percepção do governo federal sobre o tema, garantindo que os diversos setores envolvidos no plano de ação sintam-se contemplados e sejam envolvidos na sua implantação.PERSPECTIVASDurante a primeiro dia de reunião, realizada no último dia 27, fez-se uma contextualização do processo de elaboração do Plano de Ação Governamental e foi apresentada a árvore de problemas, metodologia da administração em que se define um problema e as acusas a ele relacionadas, construída pelo MMA e suas vinculadas, a partir de reuniões coordenadas pelo MPOG. Os representantes dos diversos ministérios dividiram-se em três grupos para debater o modelo de produção e de consumo incompatíveis com a conservação; a perda, degradação e fragmentação de habitats; e a baixa valorização da biodiversidade e do conhecimento tradicional associado.Cada grupo analisou e discutiu as causas da perda de biodiversidade consideradas em cada um dos eixos da árvore. A partir dos debates, os representantes ministeriais fizeram os ajustes necessários, com vistas a contemplar e harmonizar o Plano de Ação aos interesses e políticas defendidas pelos diferentes setores do governo federal.CONSERVAÇÃOA elaboração do Plano de Ação Governamental, conduzida no âmbito do governo federal, visa integrar esforços direcionados à conservação da biodiversidade. “Trata-se de uma temática ampla que envolve diferentes interesses e políticas ministeriais”, explica o gerente de Recursos Genéticos da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, Lídio Coradin. Este, segundo ele, é um esforço conjunto destinado a ampliar o dialogo, no âmbito do governo, com o objetivo de promover o uso e a conservação da biodiversidade.É consenso entre os participantes das Oficinas que esse processo de organização de um Plano de Ação Governamental será fundamental para a elaboração de um diagnóstico das perdas de biodiversidade e das ações/atividades que poderão contribuir para minimizar essas perdas. O resultado desse trabalho contribuirá para a internalização e alcance das Metas de Aichi. SUSTENTABILIDADEÉ que, durante a realização da 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-10), realizada em outubro de 2010, em Nagoia, Japão, os países aprovaram o Plano Estratégico de Biodiversidade para o período 2011-2020 que inclui as Metas de Aichi. Desde então, o Brasil tem realizado um grande esforço no sentido de ampliar o diálogo entre os diferentes setores da sociedade civil para a discussão e internalização das metas aprovadas em Nagoia. E o Plano de Ação Governamental para Biodiversidade deverá contemplar a conservação da biodiversidade, a utilização sustentável de seus componentes, a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos, e a transferência adequada de tecnologias pertinentes, levando-se em conta os direitos sobre tais recursos e tecnologias, e mediante financiamento adequado.
Segunda, 03 Dezembro 2012 18:20

Capacitação em São Félix

Objetivo é fortalecer a gestão ambiental local para o monitoramento e o controle do desmatamento no municípioCÉLIA CHAVESDa SEDRTécnicos de instituições públicas e de organizações da sociedade civil participam, a partir de hoje (03/12) no município paraense de São Félix do Xingu, da segunda fase do curso de capacitação em geoprocessamento, com utilização do software ArcGIS. Trata-se do quarto do ciclo promovido no município pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), no âmbito do Projeto Pacto para a Redução do Desmatamento, coordenado pelo MMA e executado com o envolvimento da comunidade local e o apoio técnico e financeiro da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e a Comissão Européia (CE). Segundo a coordenadora nacional do projeto, Nazaré Soares, o objetivo é fortalecer a gestão ambiental local para o monitoramento e o controle do desmatamento no município. O treinamento começou em novembro passado, abordando temas estratégicos para o controle do desmatamento tais como boas práticas agropecuárias, licenciamento ambiental e promoção de cadeias de valor. Com duração de 40 horas, o curso conta com a participação, dentre outras, das seguintes instituições e organizações: Secretaria Estadual e Meio Ambiente (Sema), Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Saneamento (Semmas), Banco da Amazônia (Basa), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Secretaria Municipal de Agricultura (Sagri), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Instituto de Terras do Pará (Iterpa), Sindicatos dos Produtores Rurais, Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), Associação para o Desenvolvimento da Agricultura Familiar no Alto Xingu (Adafax), Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), The Nature Conservancy (TNC) e Delta Nobre.
Segunda, 03 Dezembro 2012 17:33

Compras públicas de qualidade

Vinte e cinco estados mandam representantes para aprender a considerar também questões ligadas à sustentabilidadeISABEL FREITASPara a criação de novos paradigmas nas compras públicas brasileiras, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) realizam, até a próxima quarta-feira (05/12), o Curso de Contratações Públicas Sustentáveis, em Brasília. A capacitação começou no início da semana passada e mais de mil pessoas assistiram às aulas. A diretora do Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis (DPCS) do MMA, Ana Maria Vieira Neto, explicou que o curso está sendo ministrado para representantes de 25 estados e que o aproveitamento está sendo acima do esperado. “Nós estamos com um retorno excelente. Percebemos que a iniciativa ajudará na mudança dos padrões das compras públicas. Os estados estão percebendo que é possível mudar os editais sem deixar de lado as questões ligadas à sustentabilidade”, complementou.O curso é dividido em cinco módulos. O primeiro abordou conceitos de consumo consciente, o que para Ana Maria, é o ponto principal da iniciativa. “Antes de serem gestores públicos, os alunos são consumidores. Mais importante do que fazer contratos de compras é a mudança de valores e os hábitos de consumo do cidadão, porque a partir dai a consciência ecológica influenciará também a vida profissional”, argumentou. OUTROS TEMASEvolução das compras públicas na lei 8.666, ciclo de compras e consumo estatal foram os outros temas abordados na capacitação. A ideia é promover o curso também em 2013. “Nós aprendemos muito e percebemos que há muitas regiões no país carentes de informação. A proposta é envolver outros órgãos e ampliar o número de capacitados”, disse a diretora. Todo o curso está sendo gravado para ser oferecido também como vídeo-aula. O tema ganhou destaque ao ser regulamentado pelo Decreto 7.746, assinado no dia 5 de junho de 2012, Dia Mundial do Meio Ambiente, pela presidenta Dilma Rousseff. O decreto estabelece critérios, práticas e diretrizes gerais para a promoção do desenvolvimento nacional sustentável por meio das contratações e visa diminuir o impacto sobre recursos naturais (flora, fauna, ar, solo e água), dar preferência a materiais, tecnologias e matérias-primas de origem local, e optar por inovações tecnológicas que reduzam a pressão sobre os recursos naturais.O decreto impõe, também, aos órgãos da administração pública federal direta, autárquica e fundacional e às empresas estatais a elaboração e implantação de Planos de Gestão de Logística Sustentável. Nesse sentido, foi publicada, no último 12 de novembro, a Instrução Normativa nº 10, da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, elaborada pela Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração Pública (CISAP). "A SAIC acredita que este primeiro curso em rede inaugurará um formato e uma metodologia que permitirão ter escala nas capacitações, de modo a atingir os servidores federais, estaduais e municipais, e acelerar a implantação da política pública para o uso racional do poder de compra do Estado - um dos eixos do Plano de Produção e Consumo Sustentáveis do MMA", concluiu Ana Maria Vieira Neto.
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