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Quinta, 08 Agosto 2013 18:47
Setor de medicamentos terá acordo para logística reversa
Proposta aprovada por consenso ainda pode receber ajustes durante 120 diasSOPHIA GEBRIMO Comitê Orientador para Implantação dos Sistemas de Logística Reversa (CORI) aprovou, na tarde desta quinta-feira (08/08), o edital para elaboração de acordo setorial para implantação de sistema de logística reversa de resíduos de medicamentos. O documento, discutido e elaborado com a participação da indústria e dos ministérios membros do CORI – Meio Ambiente, Saúde, Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Agricultura e Abastecimento e Fazenda – receberá sugestões por um período de 120 dias, de propostas para sistema de logística reversa que contemple todas as etapas do ciclo de vida dos medicamentos. O objetivo é garantir a destinação ambientalmente correta de medicamentos e suas respectivas embalagens, após o uso pelo consumidor.Logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento e reciclagem, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Acordo setorial é um ato contratual, firmado entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. ENVOLVIDOSSegundo o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, o edital para posterior acordo setorial passa, imprescindivelmente, por discussões entre indústria, governo federal e municípios. “A partir de um debate conjunto, o CORI ouvirá as necessidades e prioridades de todos os envolvidos no processo, com amplo diálogo e inclusão das entidades representativas do segmento”, disse. Para o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), José Gerardo Fontelles, o ganho das propostas previstas no edital é muito grande, tanto para a saúde da população brasileira quanto para o meio ambiente.O edital estabelece algumas metas a serem cumpridas. A ideia é atingir, até o quinto ano após a assinatura do acordo setorial, 100% dos municípios com população superior a 100 mil habitantes, no qual a destinação final ambientalmente correta adequada deverá abranger 100% dos resíduos recebidos. Outra meta é alcançar até o quinto ano, também após a assinatura do documento, 5.522 pontos de coleta de medicamentos em todo o país. Nesse mesmo período, outro objetivo é recolher 3.79 kg de resíduos por mês, por ponto de coleta.Para a secretária-executiva do Conselho Consultivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Márcia Amaral, como o acordo é bilateral, deve retratar a vontade de todos os envolvidos no processo. “Dessa forma, ouvimos a proposta da indústria que foi a base para a elaboração dessas metas, porém, mais pra frente queremos colocar maiores desafios nessas metas, de modo que seja garantido um maior conforto tanto para indústria quanto para a sociedade”, acrescentou.O edital para elaboração de acordo setorial aprovado pelo CORI segue para publicação, nos próximos dias, no Diário Oficial da União (DOU). Por prazo de 120 dias, ficará aberto à sugestões de fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de medicamentos. SAIBA MAISO CORI, instituído pelo Decreto 7.404, de 2010, tem como competência estabelecer a orientação estratégica da implementação de sistemas de logística reversa instituídos nos termos da Lei nº 12.305 de 2010. Cada ministério integrante do CORI indica representante para condução dos grupos de trabalho responsáveis pelas discussões dos sistemas de logística reversa de embalagens de óleos lubrificantes, produtos eletroeletrônicos, lâmpadas fluorescentes, embalagens em geral e de medicamentos.
Quinta, 08 Agosto 2013 18:45
Ministra solidariza-se com ambientalistas agredidos
Izabella Teixeira telefona para governador catarinense e pede rigor na apuração do fatoDA REDAÇÃOA ministra do Meio Ambiente. Izabella Teixeira, telefonou para o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM), pedindo rigor na apuração do atentado sofrido pelo casal de ambientalistas Wigold B. Schaffer e Miriam Prochnow, conselheiros e fundadores da Associação de Preservação do Meio Ambiente e da Vida (Apremavi). Os dois foram surpreendidos por um caçador armado enquanto passeavam, em companha da filha, na mata de propriedade deles, em Atalanta, no Vale do Itajaí. Foram mantidos reféns por por aproximadamente 30 minutos. O agressor chegou a acertar a mão do ambientalista com um tiro, além de agredí-lo fisicamente.Na conversa com o governador, Izabella Teixeira informou que o casal trabalhou durante muitos anos no Ministério do Meio Ambiente e que os conhecia pessoalmente. Miriam Prochnow tirou fotos do caçador e revelou trata-se de um morador das proximidades, que teria ficado irritado por ser flagrado caçando em local proibido.
Quinta, 08 Agosto 2013 16:48
Educação ambiental realiza teleconferência nacional sexta
Objetivo é ampliar a participação de gestores e educadores na formulação e execução de uma educação que fortaleça a agenda do setorTINNA OLIVEIRA Acontece nesta sexta-feira (09/08) a 17ª Reunião do Comitê Assessor do Órgão Gestor da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA). O encontro será realizado por meio de teleconferência nacional, apoiada pelo Interlegis, programa do Senado, de 9h às 12h. O órgão é integrado pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Educação (MEC). O objetivo da reunião é tratar de iniciativas da política nacional de educação ambiental, assim como de dois eventos nacionais que estão acontecendo: a 4a. Conferência Nacional do Meio Ambiente e a 4a Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente. Para o diretor de Educação Ambiental do MMA, Nilo Diniz, esta reunião semipresencial e a distância tem como meta ampliar a participação de gestores e educadores em todo o país na formulação e execução de uma educação que fortaleça a agenda ambiental, no contexto das mudanças que a sociedade reivindica. COMISSÕES LOCAIS O encontro contará com a participação de representantes de 25 unidades da federação que possuem comissões locais sobre o tema, além de São Paulo e Paraná, que estão em processo de organização. Participam também a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Mariana Meirelles, o coordenador geral de Educação Ambiental do MEC, José Vicente Freitas, o assessor do ministro da Educação Marcos Sorrentino e a gerente de Educação Ambiental do MMA, Renata Maranhão. Integrantes do Comitê Assessor, em Brasília, e membros da Comissão Interinstitucional Estadual de Educação Ambiental (CIEA) do Distrito Federal, além do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), também estarão na teleconferência. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná, que não estão com o Sistema Interlegis funcionando atualmente, assim como as pessoas interessadas em participar do debate, que não poderão estar presentes nas assembleias, podem acompanhar a reunião por aqui. A teleconferência será transmitida do auditório do Interlegis, no anexo do Senado, em Brasília, que também estará aberto à participação dos interessados. Comentários e perguntas podem ser enviadas para: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
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Quarta, 07 Agosto 2013 18:54
Prefeituras discutem em Brasília logística reversa de embalagens
Entidades municipais pedem condições técnicas, ambientais e financeiras para tocar o projeto.SOPHIA GEBRIMRepresentantes de entidades municipais de meio ambiente e saneamento ambiental apresentaram, na tarde desta quarta-feira (07/08), no Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília, proposta de acordo setorial para implantação de sistema de logística reversa de embalagens em geral, com uma série de pontos que mostram a visão do setor. O documento, recebido pelo secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Ney Maranhão, será avaliado em conjunto pelo ministério e associações proponentes.“A proposta é bem-vinda e retrata a posição do setor com relação à agenda da logística reserva”, disse Maranhão. Para ele, o esforço das entidades em produzir esse documento com características e necessidades do setor contribui, ainda, para o debate do tema a nível nacional, e são fundamentais para avançar nas discussões. “Em todos os aspectos da logística reversa, o Ministério do Meio Ambiente busca ouvir o setor e os estados e municípios, fundamentais para a formulação das propostas governamentais”, acrescentou.CONDIÇÕESO presidente da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (ASSEMAE), Silvio Marques, uma das entidades que em conjunto apresentaram a proposta, reforçou a necessidade de condições técnicas, ambientais e financeiras, para tornar viável a implantação de sistemas de coletas seletivas. “Além disso, a participação adequada dos responsáveis pela logística reversa contribuirá para a efetividade do processo”, salientou. Marques também destacou que, segundo a proposta, para a cadeia produtiva de embalagens em geral é impossível estabelecimento da logística reversa sem a participação dos municípios.Participaram ainda do encontro a diretora do Departamento de Ambiente Urbano do MMA, Zilda Veloso, o gerente de projeto Ronaldo Hipólito e representantes da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), Associação Brasileira de Municípios (ABM), Confederação Nacional dos Municípios (CNM), ASSEMAE, Associação Nacional de Órgãos Municipais de Meio Ambiente (ANAMMA) e Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES).
Quarta, 07 Agosto 2013 18:31
Proposta de lei sobre patrimônio genético segue em discussão
MMA coordena debate com todas as partes envolvidas em busca de solução consensualLUCIENE DE ASSISO Ministério do Meio Ambiente (MMA) deve encaminhar à Casa Civil da Presidência da República, até o final de agosto, proposta de construção do novo marco regulatório para uso do patrimônio genético e repartição de benefícios. Representantes de diversos setores da sociedade, pesquisadores e comunidades tradicionais estão reunidos em Brasília para alinhavar os pontos de consenso que deve constar do novo instrumento jurídico. Problemas foram identificados e soluções apresentadas, durante os dois dias de entrevistas, no Seminário Internacional sobre Análise de Regimes Regulatórios de Gestão do Patrimônio Genético com a colaboração da União Europeia. De acordo com o secretário-executivo do MMA, Francisco Gaetani, este processo está em final de negociação e decorre do diálogo estabelecido entre governo, empresas, povos indígenas, comunidades tradicionais e academia. O secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, Roberto Cavalcanti, acredita que o estabelecimento de uma norma sólida e objetiva favorecerá o debate internacional e o compartilhamento das informações sobre a biodiversidade brasileira com outros países. RECOMENDAÇÕESDesde a segunda-feira, o processo de discussões ficou sob a coordenação dos cientistas Kai Wegrich, da Alemanha, e Martin Lodge, da Inglaterra, que elaboraram uma lista dos problemas identificados pelos representantes dos diferentes setores da sociedade brasileira. As insatisfações recaíram sobre a burocracia excessiva; a insegurança jurídica; a falta de confiança e de regras claras; a necessidade de se fortalecer o diálogo com os atores de todo o processo de repartição de benefícios com os detentores do conhecimento relativo ao patrimônio genético e a inconsistência do regime atual de fiscalização, insuficiente para evitar a biopirataria.Entre as recomendações apresentadas pelos dois cientistas estão a construção da confiança; a geração de capacidades entre os parceiros, que não devem ser vistos como adversários; a disseminação do conhecimento; o aproveitamento dos pequenos sucessos por todos os setores envolvidos; e o estabelecimento de regras claras, apesar da complexidade do tema.
Terça, 06 Agosto 2013 20:22
Gestores do Mosaico Lagamar fazem reunião em Quatro Barras
Promovido pelo ICMBio, encontro pretende fortalecer gestão participativa e integrada das unidades de conservação.Luciene de AssisRepresentantes de 44 Unidades de Conservação que integram o Mosaico Lagamar, localizado no litoral sul de São Paulo e do Paraná, estão reunidos de hoje (06/08) a quinta-feira (08/08), no município paranaense de Quatro Barras, para o I Encontro de Gestores do Mosaico Lagamar. O evento é promovido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) e visa fortalecer a gestão participativa e integrada das unidades de conservação abrangidas pelo mosaico, por meio da mobilização, capacitação e articulação dos gestores e demais pessoas que atuam no território. Os organizadores querem estimular a interação entre os gestores e a articulação interinstitucional, com ênfase na implementação de ações conjuntas voltadas a melhorar o custo e a efetividade da conservação no Lagamar. De acordo com secretário substituto de Biodiversidade e Florestas do MMA, Fernando Tatagiba, que participa do seminário, também é objetivo da instituição identificar áreas e ações prioritárias para a continuidade do processo de gestão integrada no mosaico, principalmente a partir de uma análise estratégica que privilegie a conexão entre potenciais do ambiente interno e oportunidades no ambiente externo, facilitando o trabalho dos gestores por meio da gestão compartilhada.
Terça, 06 Agosto 2013 19:59
Comunidades tradicionais pedem patrimônio com marco legal justo
Seminário discutre reforma da legislação. Objetivo é obter apoio de todos os setores envolvidos.LUCIENE DE ASSIS Representantes dos povos indígenas e das comunidades tradicionais querem que o novo marco regulatório sobre uso do patrimônio genético e repartição de benefícios seja construído a partir do consenso, garantindo-se a conservação dos seus territórios, transparência na comunicação das informações e reconhecimento dos direitos desses povos sobre os recursos genéticos e os conhecimentos tradicionais. As propostas foram apresentadas na tarde desta terça-feira (06/08), em Brasília, durante o Seminário Internacional sobre Análise de Regimes Regulatórios de Gestão do Patrimônio Genético, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Entre os anseios dessas comunidades estão, ainda, a participação igualitária, ampla, efetiva e qualificada nos fóruns de decisão; regularização fundiária; publicidade para os contratos celebrados entre os povos e a indústria que usa os conhecimentos tradicionais; investimentos em educação, treinamento e capacitação de integrantes dessas populações, que atuarão como multiplicadores, como enumerou o representante do Conselho Nacional de Populações Extrativistas, Joaquim Correa Belo. Todos os debatedores responderam às perguntas dos cientistas políticos Kai Wegrich, da Alemanha, e Martin Lodge, da Inglaterra, encarregados de elaborar um relatório com um diagnóstico sobre o conjunto legal já existente e as propostas dos setores da agricultura, da indústria, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais e da academia sobre a elaboração de um novo marco legal sobre gestão do patrimônio genético, conhecimentos tradicionais associados e repartição de benefícios.PREOCUPAÇÕESCientistas de universidades e de institutos de pesquisa também mostraram preocupações em relação às dificuldades de se fazer pesquisa com material proveniente das comunidades tradicionais, alegando falta de segurança e de apoio das instituições que representam quando surgem problemas. Reclamaram, ainda, da burocracia imposta pela legislação atual, da desconfiança por parte das comunidades e da falta de reconhecimento pelo trabalho realizado quando se obtém uma patente pública. Os resultados das entrevistas com representantes dos grupos setoriais, realizadas nos últimos dois dias, serão apresentados nesta quarta e quinta-feiras (07 e 08/08), durante o Workshop sobre Governança Regulatória de Acesso e Repartição de Benefícios, que ocorre na sede do MMA, das 14h às 20h. Participam da abertura do evento o secretário executivo Francisco Gaetani, e o secretário de Biodiversidade e Florestas, Roberto Cavalcanti, também presidente do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN).
Segunda, 05 Agosto 2013 19:41
Legislação sobre repartição de benefícios é complexa
Dois cientistas políticos de universidades europeias farão diagnóstico dos problemas do marco regulatório brasileiroLUCIENE DE ASSIS O conjunto regulatório vigente no Brasil sobre gestão do patrimônio genético, conhecimentos tradicionais associados e repartição de benefícios é muito complexo, com interpretações divergentes por parte dos órgãos fiscalizadores governamentais. Esta constatação foi colocada no debate da tarde desta segunda-feira (05/08), durante o Seminário Internacional sobre Análise de Regimes Regulatórios de Gestão do Patrimônio Genético, em Brasília, realizado no Ministério do Meio Ambiente (MMA). Os cientistas políticos Kai Wegrich, da Alemanha, e Martin Lodge, da Inglaterra, fazem o levantamento das expectativas comuns a todos os setores da economia do país e dos impasses gerados pelo complexo legal relacionado ao uso e repartição de benefícios relativos ao patrimônio genético brasileiro. Os objetivos das entrevistas com representantes dos setores de agricultura, indústria, governo, povos e comunidades tradicionais e academia são explicitar os objetivos e restrições de cada área, reunir contribuições de todos os setores para ajudar na elaboração de nova proposta de marco legal. Na tarde desta terça-feira, serão entrevistados os representantes dos povos e comunidades tradicionais e do setor acadêmico. Os dois pesquisadores da União Europeia apresentarão um relatório sobre as entrevistas realizadas nesta segunda-feira e terça-feira, a ser debatido no Workshop sobre Governança Regulatória de Acesso e Repartição de Benefícios, que ocorre dias 7 e 8 de agosto, na sede do MMA, das 14h às 20h. Participam da abertura do evento o secretário executivo Francisco Gaetani, e o secretário de Biodiversidade e Florestas Roberto Cavalcanti, também presidente do Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN).
Segunda, 05 Agosto 2013 16:26
FNMA prorroga prazo de editais para educação ambiental e São Francisco
Propostas também tiveram alterações, que precisam ser conferidasTINNA OLIVEIRAO Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) prorrogou o prazo para envio de projetos de dois editais do Ministério do Meio Ambiente (MMA) lançados em junho. O primeiro edital 01/2013, Formação de Agentes Populares de Educação Ambiental na Agricultura Familiar e Implementação de Projetos Comunitários de Educação Ambiental, recebeu o novo prazo de 24. O segundo edital 02/2013, Apoio ao Cumprimento da Nova Lei Florestal nº 12.651, foi prorrogado para 31 deste mês.O edital de educação ambiental destina-se a selecionar projetos para a formação de agentes de educação ambiental que terão o papel de identificar os problemas socioambientais existentes no meio rural, bem como fomentar a reflexão e promover a mobilização comunitária necessária à intervenção sobre estes problemas. Serão selecionados até sete projetos, onde serão investidos R$ 5 milhões. Os resultados serão divulgados dia 16 de outubro.SÃO FRANCISCOJá o edital da nova lei florestal busca seleção e apoio a projetos que visem fortalecer a produção e oferta de sementes e mudas nativas, recuperar áreas de preservação permanente hídricas e a revitalização paisagística de vales fluviais urbanos na Bacia do Rio São Francisco. É uma parceria entre o FNMA, o Fundo Nacional sobre Mudanças do Clima e o Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal. A primeira chamada destinará R$ 10,5 milhões para a qualificação da oferta de sementes e mudas nativas e recuperação de áreas de preservação permanente. A segunda selecionará projetos de criação e implantação de parques fluviais urbanos em quatro municípios localizados na Bacia do São Francisco. Cada prefeitura receberá até R$ 3,3 milhões.Os dois editais também tiveram alterações. As novas versões estão disponíveis no site do FNMA e no Sistema de Convênios do Governo Federal - Siconv. Em julho foi realizada um curso para capacitar os candidatos.
Segunda, 05 Agosto 2013 15:26
Governo quer tornar perenes os benefícios do Mutirão Bolsa Verde
Para 2014, haverá o fortalecimento das compras governamentais dos produtos da sociobiodiversidade
SOPHIA GEBRIMA ampliação da área de cobertura do Programa Bolsa Verde na Amazônia, que está ocorrendo desde o último dia 17 de julho com o Mutirão Bolsa Verde, será complementada com ações que garantam a sustentabilidade dessas famílias a médio o longo prazos. Para o início de 2014 está previsto o lançamento de um edital do programa Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) voltado especialmente para os amazônidas beneficiados, além de ações de fortalecimento das compras governamentais dos produtos da sociobiodiversidade.“Essas medidas em conjunto com o Mutirão garantirão que as famílias que vivem em áreas de preservação ambiental dêem continuidade à sustentabilidade usada na produção de frutas nativas das suas regiões, como castanha, andiroba, açaí, entre outros”, explica a diretora de Extrativismo da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Larisa Gaivizo. Segundo ela, essa produção tem importância determinante para a sobrevivência desses povos, além de contribuir, de forma significativa, para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável da biodiversidade.MAIS PRODUÇÃO Por meio da Ater Extrativista, as famílias serão capacitadas e receberão todo o acompanhamento necessário de técnicos do governo federal para que possam aumentar a sua produção de forma sustentável. São cursos e treinamentos, formulados de acordo com as especificidades e particularidades de cada região. Já o fomento das compras governamentais dos produtos da sociobiodiversidade impulsionará a comercialização de cadeias historicamente manejados por essas comunidades, assumindo papel de destaque na economia formal e contribuindo para o desenvolvimento de mercados sustentáveis.Desde o último dia 17 de julho, está sendo realizado no Pará, o 1º Mutirão Bolsa Verde. A iniciativa, liderada pelos Ministérios do Meio Ambiente (MMA) e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Secretaria de Patrimônio da União (SPU) e parceiros locais, pretende ampliar a cobertura do programa na Amazônia. A expectativa é incluir mais de 30 mil famílias por meio do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), mecanismo que busca beneficiários de programas sociais diretamente em suas comunidades.O Programa Bolsa Verde remunera com R$ 300, pago a cada três meses, famílias que vivem em áreas de preservação ambiental, como Unidades de Conservação de Uso Sustentável geridas pelo ICMBio, Projetos de Assentamento Federais geridos pelo Incra e áreas ocupadas por comunidades ribeirinhas sob a gestão da Secretaria do Patrimônio da União do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (SPU/MPA). O Pará foi escolhido para o mutirão por se trer o maior número de beneficiários em potencial para serem incluídos no programa. Em 15 dias de ação, já foram assinados 8 mil termos de adesão ao programa. A expectativa é que a ação dure três meses, percorrendo as regiões de Santarém, Marajó, Salgado Paraense, Porto de Moz, Gurupá, Afuá, Baixo Tocantins e Soure. A duração será a seguinte: Santarém fase A (30 dias), Santarém fase B (34 dias), Marajó fase Portel (20 dias), Marajó fase São Sebastião da Boa Vista (20 dias), Marajó fase Breves (20 dias) e Marajó fase Curralinho (20 dias).BIODIVERSIDADEEm algumas reservas extrativistas já visitadas pelo mutirão, como a Resex Tapajós-Arapiuns e Terra Grande Pracuúba, é clara a relação dos extrativistas com a produção sustentável de produtos como borracha, palmito, açaí, entre outros. A renda dessas comunidades gira em torno da produção e comercialização desses produtos da sociobiodiversidade local.O gestor da Resex Tapajós-Arapiuns, localizada nas proximidades do município de Santarém, Maurício Santa Maria, explica que hoje na reserva são mais de 1,3 mil beneficiários. Mas, a falta de informação e a dificuldade de acesso às comunidades, fazem com que famílias com potencial não recebam o benefício. “Acreditamos que temos na nossa comunidade quase 5 mil famílias possam participar do programa”, diz. Para ele, as iniciativas de Ater Extrativista de fortalecimento da comercialização de produtos da sociobiodiversidade local podem impulsionar a produção de borracha, principal atividade da Resex.O acesso à Política de Pagamento de Preço Mínimo (PGPM) para produtos da sociobiodiversidade, ação do governo federal que permite ao extrativista receber um bônus caso efetue a venda do seu produto por preço inferior ao fixado pelo governo federal, também é outra expectativa do gestor da Resex Tapajós-Arapiuns. “Com esse incentivo, a nossa produção local pode ganhar força e alcançar mercados promissores”, diz. Seu orgulho é saber que os extrativistas da comunidade produzem de forma sustentável, sem agredir o meio ambiente, garante que a produção seja consciente e social e ambientalmente correta e inclusiva. Já na Resex Terra Grande Pracuúba, todo o açaí produzido é vendido para compradores de Belém e Santarém. Segundo os extrativistas, cada cesta grande da fruta é comercializada por R$ 24. Ana Silva, extrativista da região, vive do açaí e consegue o sustento de toda a família com a produção de açaí e confecção de cestas para transporte da fruta, além da pequena roça onde planta alimentos para subsistência. Para ela, todo o cuidado e conhecimento passado de geração em geração é reforçado por meio do benefício, que garante o uso e exploração sustentável da terra que garante a sua sobrevivência.