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Movimento busca incentivar a educação ambiental e o descarte adequado de resíduos LUCIENE DE ASSISA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou, na manhã deste sábado (26/10), da ação Limpa Brasil - Let´s do it!, no Parque Olhos D´Água, em Brasília. A campanha Let´s do it! (vamos fazê-lo) surgiu na Estônia, em 2008, e já percorreu mais de 140 países. A iniciativa faz parte de movimento mundial destinado a conscientizar e incentivar a educação ambiental e o descarte adequado de resíduos, além de ser considerado o maior movimento mundial de cidadania e cuidado com o meio ambiente.Izabella Teixeira elogiou a beleza do Parque Olhos D´Água, que fica na Asa Norte, em Brasília, e disse que "temos de conviver mais com a natureza, compartilhar espaços". Segundo ela, Brasília é uma cidade privilegiada por dispor de grande concentração de árvores e espaços verdes. “Em todas as cidades, as pessoas têm orgulho dos seus parques e áreas verdes", enfatizou.Para o representante do Limpa Brasil, Tião Santos, o projeto visa conscientizar, sensibilizar e educar os cidadãos sobre a importância da reciclagem e da seleção correta dos resíduos. “Os resíduos são fonte de renda e de inclusão econômica e social de quem trabalha com essa matéria prima, os catadores”, reforçou.AÇÃO INTELIGENTEO evento foi promovido, em Brasília, pela organização Atitude Brasil e resultou na realização de um mutirão em 38 escolas, nove parques e cinco estações de metrô. Os voluntários, entre eles escoteiros e bandeirantes, recolheram material reciclável durante toda a manhã.A ministra Izabella Teixeira, homenageada com uma placa como apoiadora do movimento Limpa Brasil, lembrou que a reciclagem precisa fazer parte da estrutura econômica do país e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) traz inúmeros desafios, como o estímulo ao cooperativismo. Em relação a esse aspecto, a ministra lembrou a necessidade de se avançar e promover a desoneração dos impostos que recaem sobre o processo produtivo da reciclagem, já que as cooperativas são taxadas em duplicidade.CONSCIENTIZAÇÃOO movimento “Let's do it!” foi indicado ao Prêmio 2013 da Organização Nações Unidas (ONU), na categoria Direitos Humanos, pela iniciativa cívica de limpeza global, desencadeada em mais de 100 países com a ajuda de 8 milhões de voluntários. O resultado será divulgado em 10 de dezembro, na sede da ONU, em Nova York.No Distrito Federal, todos os produtos (plástico, papel, vidro) recolhidos serão doados às cooperativas de catadores. Em todo o país, o movimento já percorreu 18 cidades desde 2011 e coletou mais 1,2 mil toneladas de material reciclável, graças à participação de mais de 117 mil voluntários e à capacitação de 18 mil professores e coordenadores de escolas públicas, explicou a diretora da Comunicação da entidade, Márcia Soares.
Ambientalista faz histórico da tramitação do projeto no CongressoTINNA OLIVEIRAA Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é um marco para engajar todos os atores sociais no processo de mudança que o país está passando, desde os catadores até os empresários, disse o ambientalista Fábio Feldman, autor, como deputado, do primeiro projeto de lei que tratou do assunto. Durante o Ciclo de Debates da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), nesta sexta-feira (25/10), em Brasília, Feldman presidiu o painel sobre a Lei 12.305/10, que instituiu a PNRS, discorrendo sobre o histórico que levou a lei de resíduos sólidos ficar mais de 20 anos sendo debatida no Congresso Nacional. Um dos pontos que sofreu resistência, segundo ele, foi a questão da responsabilidade pós-consumo. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou da abertura da mesa e explicou que a propostas do Ciclo de Debates muda a dinâmica tradicional da conferência para que a sociedade possa se envolver nesse diálogo. “Resíduos Sólidos é uma das questões mais sérias do país”, disse. “Por isso precisa de debate para que a sociedade acolha a lei e coloque em prática”. Ela enfatizou que a mudança de comportamento exige o debate social, requer visão estratégica e instrumentos que dialoguem com a população brasileira. “As leis ambientais não são exclusivas dos ambientalistas, as pessoas precisam ser inseridas no debate ambiental”, disse.Para o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas Júlio Pinheiro, a PNRS é uma lei possível de ser aplicada em sua essência, superando os desafios. Ele explica que os tribunais atuam no controle preventivo para evitar o dano ambiental. Durante as auditorias feitas pelo tribunal, o conselheiro observou que foram identificados catadores de material reciclável em situações degradantes, resíduos perigosos junto aos orgânicos, chorume (líquido resultante da decomposição do lixo) e vazamento de gás metano.Wanderley Baptista, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), opinou que a indústria brasileira pode ser tornar mais competitiva, como foco na sustentabilidade, já que os resíduos sólidos têm valor econômico. O representante da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), Carlos Silva, também destacou que o resíduo deve ser transformado em recurso, considerando-o como matéria-prima, minerais ou energia. “Temos que trabalhar a questão dos resíduos na perspectiva de preservação dos recursos naturais, desenvolvimento econômico e mitigação”, afirmou.Silvano Silveiro, da prefeitura de São Paulo, aponta que a lei de resíduos sólidos pegou, tanto que virou tema de conferência nacional. Para ele, dois pontos se destacam: a logística reversa, que propicia o caminho de volta da embalagem do produto consumido, e a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos. O secretário de Meio Ambiente do Pernambuco, Hélvio Porto, também acredita que os municípios conseguirão cumprir a lei, superando os desafios. O representante do Movimento Nacional dos Catadores de Material Reciclável, Roberto Laureano da Rocha, enfatizou que a PNRS trata de pessoas e os municípios devem fazer planos para inclusão social dos catadores de material reciclável.EDUCAÇÃO AMBIENTALA educação ambiental foi apontada como um tema transversal, que perpassa todos os pontos da lei, e representa uma das oportunidades de mudança cultural. Neste sentido, o diretor do Departamento de Educação Ambiental do MMA, Nilo Diniz, destacou que a educação ambiental ultrapassa o conceito escolar”, pois também trata de comunicação social, capacitação e educação para o consumo sustentável.Na ocasião, apresentou a plataforma Educares que foi criada com o propósito de recolher boas práticas voltadas para a educação ambiental e a comunicação social. “A sociedade encontra suas próprias soluções em suas comunidades e essas experiências devem ser compartilhadas”, frisou. Também será lançado, ainda neste ano, edital que irá chancelar essas boas práticas.
Encontro aconteceu durante 4ª Conferência Nacional TINNA OLIVEIRAOs jovens delegados e participantes da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), que está ocorrendo em Brasília, tiveram a oportunidade de conversar, nesta sexta-feira (25/10), com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Trataram da realidade dos jovens catadores de material reciclável e trabalho decente e sustentável para a juventude. O encontro foi transmitido, ao vivo, pela internet. A ministra contou sua própria experiência de entrar no serviço público ainda jovem e desafiou os participantes a fazerem ainda mais parte da agenda ambiental brasileira. “Ambicionem fazer parte desse novo processo do país, pois vocês estão preparados para as novas demandas”, destacou. Quinze por cento dos delegados da Conferência têm até 29 anos. Jéssica, 16 anos, reforçou a ideia de que os jovens precisam integrar as políticas públicas, inclusive as ambientais. Outra jovem delegada, Paloma de Oliveira Freitas, 22, é catadora e tem orgulho da profissão, mas disse que  apesar do reconhecimento que a categoria conquistou, ainda há muito preconceito.  A ministra defendeu empregos dignos também relacionados às políticas ambientais. “Desenvolvimento que exclui brasileiro não interessa ao Brasil”, declarou. Lea Marques, do Conselho Nacional da Juventude da Central Única dos Trabalhadores, defendeu o trabalho digno aos jovens, sem informalidade, longas jornadas e baixos salários. Segundo Lea, 70% da juventude, entre 15 e 29 anos, estão no mercado de trabalho.PARTICIPAÇÃO JOVEMDiálogos juventudes e meio ambiente” é uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA) em parceria com o Participatório, ambiente virtual interativo, voltado à produção do conhecimento para a juventude brasileira e à participação e mobilização social, da Secretaria Nacional da Juventude (SNJ). Inspirado nas redes sociais, o espaço busca promover discussões com foco nos temas ligados às políticas de juventude. O objetivo do encontro foi permitir um debate sobre temas relevantes ao público, envolvendo os jovens participantes da Conferência, em especial a juventude catadora, o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) e os ministérios envolvidos na elaboração do Programa Nacional de Juventude e Meio Ambiente, que inclui além do MMA e da SNJ, o Ministério da Educação.  
Sociedade, governo e empresários formulam novo conceito SOPHIA GEBRIMO papel da sociedade, governo e empresários na formulação do novo conceito de economia verde foi destacado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, no painel “Política Nacional de Resíduos Sólidos: uma oportunidade de negócios”, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (25/10), no Ciclo de Debates da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), em Brasília. “Estamos mostrando que esses três grupos estão conectados e engajados na implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e na estruturação do novo conceito de economia verde”, disse a ministra.Segundo Izabella, esse painel é particularmente interessante, pois faz parte de um novo ciclo, o da economia verde, resultado das discussões da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), que aconteceu em junho de 2012, no Rio de Janeiro. “A ONU aposta nesse novo caminho para uma agenda de desenvolvimento sustentável”, afirmou. A dimensão desse novo ciclo deve passar por mudanças de comportamento, logística financeira e mercado. “Além do papel determinante da sociedade, o setor privado é estruturante nas questões globais sustentáveis”, observou.MECANISMOSO representante do Instituto Nacional de Resíduos, George Hoccheimer, apresentou as principais linhas de trabalho do Instituto e ressaltou que a PNRS necessita aperfeiçoar os mecanismos econômicos e estimular modelos de gestão para viabilizar a logística reversa dos resíduos eletroeletrônicos que, segundo ele, nas condições atuais, é financeiramente inviável: “É importante que haja desenvolvimento contínuo de inovações, que possam ir além dos clássicos reduzir, reutilizar, reciclar, para incorporar “repensar”, “recusar”, “retornar”. Trata-se de processo que deve incorporar toda a diversidade de atores nessa área.”BANCOSGuilherme Cardoso, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), detalhou as linhas de financiamento do banco para projetos de gestão de resíduos sólidos, reciclagem e logística reversa. “O BNDES financia projetos na área de destinação final, coleta, tratamento e reaproveitamento de resíduos, e que há vários tipos de instrumentos diferentes para apoiar modelos diferentes de negócios, no setor de resíduos e de saneamento”, explicou. Já o representante do Banco Fator, Glenn Peebles, destacou as oportunidades para o Brasil na implantação sustentável da PNRS, e das ações que o Banco Fator apoia nessa área. “A PNRS é um avanço expressivo para o Brasil, mas apenas o início de uma nova fase do País nessa área, visto que ainda estão pendentes regulações e planos específicos nas esferas federal, estaduais e municipais, e entre setores econômicos”, disse. Para ele, o cenário continua evoluindo mundialmente para novos modelos de negócio e tecnologias mais desenvolvidas. “Com a PNRS, o Brasil inicia a modernização na gestão de resíduos sólidos. Estima-se que o potencial de mercado seja de 4 a 5 vezes o atual faturamento de R$ 22 bilhões estimado em 2012”. O gerente-executivo da Unidade de Desenvolvimento Sustentável do Banco do Brasil, Maurício Messias, mostrou como a instituição financeira vem trabalhando a agenda de economia verde. “Hoje buscamos entender, aprender e aplicar esse conceito na prática para fazer uma modelagem financeira de acordo com a sabedoria de parceiros sociais e governamentais”, argumentou. Para ele, o grande desafio hoje é aprender, dentro do segmento verde, as ações de cada um, sociedade, governo e empresas. “Tem que ser um processo integrado, pois como estamos falando de um mercado em expansão, precisamos unir os saberes de cada um em busca de bons resultados, de resultados sustentáveis.” EMPRESARIADO CONCEITO VERDEA geração de “empregos verdes”, dentro desse novo conceito de economia verde, foi defendida pela diretora do Escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, Laís Abramo. “É um emprego que contribui para a sustentabilidade ambiental mas que é exercido em condições decentes de trabalho”, disse. Para ela, o mundo de hoje precisa dessas carreiras e as empresas necessitam desenvolver essa ideia de mudança. “Além da sustentabilidade, essas carreiras contribuem no processo de geração de riqueza no país”.A coordenadora do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Denise Hamú, afirmou a importância dos debates para a construção desse importante mosaico que está sendo montado na área de economia verde. “Cada um aqui tem papel importante para a construção desse conceito que não deve favorecer uma ou outra pessoa, mas sim a sociedade como um todo”, declarou. Na sua avaliação, a economia verde não pode ser vista como um conceito único, de aplicação universal, mas que deve “atender a peculiaridades específicas de cada grupo, região ou nação, visando prover oportunidades para melhor qualidade de vida”.GOVERNOA Secretária de Articulação Institucional e Cidadania do Ministério do Meio Ambiente, Mariana Meirelles, encerrou o painel destacando a necessidade de transformação da sociedade para desafios complexos como o Plano de Produção e Consumo Sustentáveis, que encontra fortes elementos de interface com a PNRS. “A política é um elemento chave para o desenvolvimento de uma economia verde no país, por meio do fomento de novos negócios, da transformação de setores, a partir da gestão de resíduos e da instalação de sistemas de logística reversa, da inclusão dos catadores na cadeia da reciclagem, transformando empregos degradantes em empreendedorismo”, defendeu. Para Mariana, há um grande papel a ser desempenhado por empresas líderes e que deverá incluir pequenas e médias empresas. Há que se dar destaque ao papel da inovação e do ecodesign, bem como o aperfeiçoamento da PNRS de forma a estabelecer uma política de incentivos que inclua: crédito e financiamento, desoneração, com o destaque para o papel de bancos como o do Brasil e o BNDES que possam atuar em sintonia com as políticas governamentais nesse setor.
Municípios têm que construir equipamento até agosto. Falta de recursos é debatidaLUCAS TOLENTINOA conscientização e a seguridade dos direitos da população devem integrar a lista de prioridades no processo de erradicação dos lixões do país. A importância da educação ambiental foi o ponto central do debate sobre assunto realizado nesta sexta-feira (25/10), em Brasília, na 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA). As dificuldades financeiras e institucionais para a implantação de aterros sanitários também fizeram parte das discussões.A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece que, a partir de agosto do próximo ano, todos os lixões do Brasil estejam desativados. Ou seja, daqui a menos de um ano, todos os municípios precisarão destinar os rejeitos de forma adequada. A ideia é criar os chamados aterros sanitários, depósitos destinados aos resíduos sólidos não recicláveis. Nesses espaços, deverá haver controle da quantidade e tipo de lixo, sistemas de proteção ao meio ambiente e monitoramento ambiental.Além das obrigações dos governos federal, estaduais e municipais e do próprio setor produtivo envolvido no processo, o sucesso da iniciativa depende, segundo os participantes do debate, da participação social. "É difícil atingir essas metas, se não houver uma mudança no comportamento das pessoas", analisou o professor da Faculdade de Engenharia e Fundação Mineira de Educação e Cultura (Fumec) e da Escola Superior Dom Hélder Câmara, José Cláudio Junqueira. Entre as alternativas, foram citadas a implantação de programas de educação ambiental e coleta seletiva nas cidades. "O morador precisa entender que as embalagens não são lixo", exemplificou Junqueira. "O resíduo tem valor e o grande elo dessa cadeia é o lar. É fundamental dar atenção diferenciada aos lares que reciclam e fazem a sua parte", acrescentou o secretário de Meio Ambiente e Recurso Hídricos do Paraná, Luiz Eduardo Cheida. ENGAJAMENTOO processo passa, em algumas partes do país, por entraves financeiros. De acordo com Sérgio Cotrim, da Secretaria Nacional de Saneamento Básico do Ministério das Cidades, há avanços nos maiores centros urbanos, mas os municípios de menor porte encontram dificuldades. "Existe um problema orçamentário", afirmou Cotrim. "É necessário resolver a sustentabilidade econômica e as fontes orçamentárias desses municípios".Os participantes do debate, no entanto, destacaram o engajamentos dos gestores público na implantação dos aterros sanitários. "Não há falta de vontade, ocorrem dificuldades financeiras e institucionais em questões como o quadro de servidores para a implantação da política", avaliou o secretário executivo da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae), Francisco Lopes. "É preciso reforçar a responsabilidade compartilhada no tratamento do lixo."  
Diálogo com prefeituras, sociedade civil e movimentos organizados é fundamental PAULENIR CONSTÂNCIO As unidades de conservação (UCs) têm um papel central na gestão dos resíduos sólidos nos municípios em seu entorno. É o que revelou o ciclo de debates sobre a implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) nas áreas protegidas. “São espaços fundamentais na articulação institucional envolvendo o poder público e a sociedade”, disse o presidente do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), Roberto Vizentin.  Ele destacou, também, a importância dos comitês de bacia na formulação dos planos de gestão, já que parte dos resíduos vêm pelos rios que interligam os territórios intermunicipais e áreas de preservação. O debate sobre os desafios para a redução de resíduos presentes nas UCs reuniu experiências de Unidades de Proteção Integral e de Uso Sustentável, com relatos que apontam como solução a gestão integrada e parceria com os municípios. O debate colocou lado a lado casos como o de Fernando de Noronha, em Pernambuco, Foz do Iguaçu, no Paraná,  Chapada Limpa no Maranhão,  Reservas Extrativistas no Pará, Delta do Parnaíba e reservas biológicas marinhas. SOLUÇÕES Com problemas semelhantes, as UCs apresentam soluções distintas, na avaliação do presidente do ICMBio, responsável pelas gestão das 316 Unidades de Conservação do país. Somente um amplo diálogo com prefeituras, sociedade civil e movimentos organizados pode desatar o nó da redução do acúmulo de lixo em unidades muito próximas ou dentro de centros urbanos. Ele acredita que a 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente cumpre seu papel como canal para abrir o entendimento e compreensão da natureza e interesse social da Unidades de Conservação. “Mesmo com opiniões as vezes conflitantes, estamos aqui para discutir com todos  o papel de cada um na redução e destinação adequada dos resíduos na unidades de conservação”, concluiu.
Painel discute a situação de homens e mulheres e as dificuldades enfrentadas por eles  RAFAELA RIBEIRO “O Brasil não pode levar 21 anos para implantar a Política Nacional de Resíduos Sólidos, como levou para aprovar a lei no Congresso”, destacou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante debate na 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que se realiza em Brasília até domingo (27/09). Ela chamou a atenção para a necessidade de um debate amplo, envolvendo opiniões diversas, na busca de soluções para os problemas enfrentados. “A conferencia tem que ser marcada pela oportunidade de todos mostrarem seus pontos de vista. É importante que nós possamos ouvir a todos. Que todos possam se pronunciar, que todos possam falar e oferecer soluções para os resíduos”, acrescentou. Segundo a ministra, esta é a maior conferência já realizada pelo setor. São 200 mil pessoas envolvidas diretamente, de todas as unidades da federação. E fez questão e destacar a participação dos catadores: “Havia, e ainda há, é importante que se diga, preconceito. Mas por outro lado, a sociedade começa a ver nos catadores como mais do que um agente social de transformação, mas um agente que resolve muitos dos problemas que nós, sociedade, causamos no nosso dia a dia”. O painel “Os catadores na gestão de resíduos sólidos – de excluídos da sociedade a empreendedores da reciclagem”, tratou da situação da categoria no Brasil e contou a apresentação de pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Economia Aplicada  (IPEA) sobre o setor, apresentada pela pesquisadora Fernanda Góes. 
Setor produtivo apresenta exemplos de avanços registrados no PaísTINNA OLIVEIRADialogar as divergências. Essa foi a proposta levantada pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante o Ciclo de Debates que aconteceu nesta sexta-feira (25/10), na 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), em Brasília (DF).  Um dos temas foi a logística reversa: o caminho de volta que o produto percorre após ser vendido e descartado. A ministra destacou que, se um produto é vendido para qualquer lugar do país, ele também deve ser recolhido após o consumo. “Temos que criar várias alternativas para construir um novo caminho para a logística reversa se concretizar”, disse. “Esse desafio é urgente”. A ministra enfatizou o papel do Ministério do Meio Ambiente (MMA) como protagonista no diálogo para construir uma estratégia de logística reversa e inclusão social. O vice-prefeito de Niterói (RJ), Axel Grael, reforça a ideia de quem fornece tem a responsabilidade de retirar. “Assumir as responsabilidades é fundamental para que a gente avance nos acordos setoriais”, destacou. Também enfatiza a importância de todos os segmentos participarem desse processo, incluindo o cidadão.RETORNO“A logística reversa acontece mediante retorno”, afirmou o diretor da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), André Luis Saraiva. Por isso, a importância da mobilização social e a participação do consumidor. Uma das ações apresentada durante o painel foi a do Instituto Jogue Limpo, que está implantando a logística reversa de embalagens plásticas de óleos lubrificantes, primeira cadeia a ser estabelecida já na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Ezio Camillo, representante do instituto, aponta que o programa já recolheu 229 mil embalagens. Outra experiência apresentada foi a do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), que recolhe embalagens de agrotóxicos. Atuação que já acontece antes da lei da PNRS, destaca o representante João Cesar Rando. André Vilhena, do Compromisso Empresarial com a Reciclagem (Cempre), disse que o modelo brasileiro tem um contexto inovador, que é o social, com a inclusão dos catadores de material reciclável. “Desenvolvimento sustentável é pensar em longo prazo”, concluiu. “Todos os setores que compõem a sociedade - consumidores, fabricantes, distribuidores, comerciantes, importadores e governo – são responsáveis pelos produtos desde a sua produção até o descarte do resíduo”.  
Setor privado passa a seguir decisão do Conama. Parte dos rejeitos já é reutilizadaLUCIENE DE ASSISO crescimento acelerado dos resíduos produzidos em obras de engenharia, especialmente nos grandes centros urbanos, foi alvo de debates e propostas de solução no painel “A construção civil e seu papel na Política Nacional de Resíduos Sólidos”, na manhã desta sexta-feira, durante a 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que acontece até domingo (27/10), em Brasília. A representante da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Lilian Sarrouf, falou que, a partir de agora, a gestão dos resíduos Do setor será feita de forma diferenciada, tendo por base a Resolução 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 2002.  Lilian Sarrouf afirmou que a medida abriu o debate sobre a questão ambiental para o setor da construção civil. “Agora o objetivo principal é buscar a não geração de resíduos, reduzir e reutilizar”, disse. Entre as diretrizes estratégicas propostas pelo setor estão a eliminação de 100% das áreas de disposição irregular até 2014, implantar aterros classe A em todos os 5.565 municípios; reutilizar e reciclar a totalidade dos resíduos de construção; elaborar planos de gerenciamento de resíduos e de diagnóstico quantitativo e qualitativo de geração, coleta e destinação dos resíduos até 2015. CONSÓRCIOO representante do Consórcio Público de Saneamento Básico da Bacia Hidrográfica do Vale dos Sinos (Pró-Sinos), Maurício Prass, apresentou a experiência dos 27 municípios que se uniram em parceria e montaram uma usina de reciclagem para dar destinação aos resíduos da construção civil. O debate foi enriquecido com as informações apresentadas pelo professor da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), Valdir Schalch, que desenvolve trabalhos de gerenciamento de resíduos sólidos.Schalch disse que é preciso dar tratamento ambientalmente adequado a esses resíduos de construção. “Estes resíduos não são tão inertes e podem poluir o meio ambiente, como ocorre com os rejeitos do gesso”. Seu colega e professor da Escola Politécnica da USP, Sérgio Ângulo, lembrou que usinas de reciclagem estão surgindo em cidades de médio e grande porte. Segundo ele, é possível implantar estruturas semelhantes e de baixo custo para atender às necessidades das pequenas cidades brasileiras, que somam mais de 90% dos 5.565 municípios do país. O vice-prefeito de Belo Horizonte e secretário municipal de Meio Ambiente, Délio Malheiros, declarou que a capital mineira tem um programa de reciclagem e coleta de entulhos da construção civil funcionando desde 1993. Foram construídas, na região, três usinas de reciclagem de entulho, que retiram material em 31 unidades de recolhimento. Em 2012, foram processadas 104 mil toneladas de resíduos, sendo que 90% do material selecionado e triturado foram reaproveitados.
Desperdício de alimentos é mais do que suficiente para acabar com o flagelo globalLUCIENE DE ASSIS Quase um bilhão de pessoas, em várias partes do planeta, passam fome diariamente. E o problema maior nem é a escassez de alimentos, alerta o pesquisador e diretor técnico do Projeto Fome, Fábio Vitta. A questão está no desperdício, diz ele, que apresentou, nesta sexta-feira (25/10) dados no painel “Resíduos de alimentos, desperdício e combate à fome” no segundo dia da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, que vai até domingo (27/10), em Brasília, sob a organização do Ministério do Meio Ambiente (MMA).De acordo com o relatório do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado dia 16 de outubro, de 30% a 50% de tudo o que o mundo produz em alimentos vão parar em lixões e aterros sanitários, são incinerados ou servem de alimento a animais. Para Fábio Vitta, o debate é uma oportunidade para mobilizar governo e entes sociais pela responsabilidade social e zelo ao meio ambiente. Ele acredita que a união de forças e o estabelecimento de objetivos comuns podem gerar soluções ambientais e sociais economicamente viáveis, envolvendo a indústria de alimentos e supermercados.DIGNIDADENa plateia, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, confirmou a seriedade do problema e a urgência de se propor soluções de curto prazo: “Há uma relação injusta na proporção da produção de alimentos e do quanto a gente desperdiça, por isso precisamos compartilhar experiências exitosas, pois a fome é um problema que a gente pode solucionar, situação que os catadores conhecem bem”, disse. “O desafio é monumental e colocar fim à fome é uma questão de dignidade e cidadania”.De acordo com a representante da Plataforma Sinergia, Rosana Perroti, é urgente reduzir o desperdício de comida, pois tem muita gente passando fome no mundo e uma pessoa com fome não estuda, não gera renda nem consome. “Precisamos compor forças e gerar soluções”, afirmou. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo gasta, por ano, cerca de R$ 534 bilhões na tentativa de amenizar o problema da fome. E a perda de alimentos chega à casa dos R$ 1,5 trilhão. A falta de nutrição, lembra Rosana Perroti, gera um prejuízo cerebral irreversível. “A solução é levar os 50% de alimentos que vão para o lixo para o prato de quem tem fome, tendo por base um modelo capaz de atender à demanda ambiental e social”, salientou. Ela lembrou que alimentar os famintos reduz custos públicos e privados associados, elimina impactos ambientais, gera renda para as cooperativas e evita o desperdício de recursos naturais”.SEM CORO presidente da Associação Brasileira de Embalagens (Abre), Maurício Groke, lembrou: “Estamos falando de resíduo alimentar”. Nesse sentido, a indústria conta com a ajuda da ciência química, explicou o presidente regional da empresa Novozymes América Latina, Pedro Luiz Fernandes. Ele acredita que, no Brasil, o desperdício é uma questão cultural e depende de educação. O sócio da Deloitte Touche e Tohmatsu, empresa de origem inglesa, Ives Muller, chamou a atenção para um detalhe: “Fome não tem cor, raça, religião nem nacionalidade”, com o endosso do diretor geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi. “Estamos todos sujeitos à fome em situação de catástrofe ou guerra”, insistiu o presidente da Confederação Nacional do Turismo (CNTUR), Nelson de Abreu Pinto.  
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