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Notícias

Sexta, 08 Fevereiro 2013 16:15

Biodiversidade na alimentação

Noventa por cento da flora nativa do Brasil não fazem parte da dieta da populaçãoTINNA OLIVEIRAUsar produtos nativos brasileiros para a alimentação e nutrição adequada é o que vem sendo discutido na primeira reunião do comitê nacional que trata da biodiversidade para alimentação e nutrição, realizado nesta sexta-feira (08/02), em Brasília. O secretário de Biodiversidade e Florestas, do Ministério do Meio Ambiente, Roberto Cavalcanti, que abriu o encontro, destacou que o uso sustentável da biodiversidade para a alimentação e nutrição é uma solução que permite o aumento da qualidade de vida, sem danificar o meio ambiente. Ele citou que 90% da flora nativa do país não fazem parte da alimentação dos brasileiros, lembrando que muitas espécies nativas se reproduzem gratuitamente. “O uso da biodiversidade para alimentação e nutrição tem grande potencial que ainda não é usado”, afirmou.O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Paulo Guilherme Cabral, reforçou a importância do uso biodiversidade, ressaltando iniciativas convergentes com o assunto, como o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), que propõe o uso sustentável dos recursos naturais e a oferta e consumo de alimentos saudáveis. Cabral também enfatizou o valor da parceria de tantas instituições em favor de um tema tão relevante. “Essa atuação integrada é necessária e reforça a importância do uso da biodiversidade para a alimentação”, disse. MUDANÇA DE HÁBITO“Queremos chamar a atenção para a riqueza da biodiversidade brasileira, para que a dieta simplificada seja trocada pela dieta diversificada”, sugeriu o gerente de Recursos Genéticos do Departamento de Conservação da Biodiversidade, Lídio Coradin. Ele também é diretor do Comitê Nacional de Coordenação do Projeto Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade para a Melhoria da Nutrição e do Bem Estar Humano, também conhecido como Biodiversidade para Alimentação e Nutrição (BFN, sigla em inglês). “A alimentação saudável tem que fazer parte da rotina das pessoas, por isso é necessário uma recuperação cultural, quando se usava muito mais produtos naturais do que alimentos processados”, enfatiza Coradin. Lembrou que o arroz, a batata, o trigo e o milho fazem parte dos alimentos básicos. PARCERIASDurante a reunião, foi instalado o Comitê Nacional de Coordenação do Projeto e discutido o plano operacional. A coordenadora, Deborah Bastos, da Universidade de São Paulo (USP), apresentou os objetivos e o histórico do projeto, assim como o papel de cada parceiro. O objetivo é mostrar a ligação existente entre a biodiversidade, a alimentação e a nutrição. Para isso, está previsto o desenvolvimento de atividades em âmbito nacional, envolvendo parcerias com uma série de iniciativas do governo federal: Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade (PNPSB), além da ação voltada ao Desenvolvimento da Agricultura Orgânica (Pró-Orgânico).Participam do Comitê representantes dos ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Saúde e Educação, além do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Federação Nacional dos Nutricionistas (FNN), do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).HISTÓRICOO desafio de assegurar ao ser humano uma alimentação adequada e saudável, sem comprometer a sustentabilidade do planeta, vem sendo discutida em todo o mundo desde 2006, quando o projeto foi criado nos Estados Unidos. A ação é coordenada pelo Bioversity International (Instituto Internacional de Recursos Genéticos Vegetais - IPGRI, sigla em inglês), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).Para promover as ações de desenvolvimento na área estudada pelo projeto - Biodiversidade para Alimentação e Nutrição, Bioversity International e PNUMA decidiram convidar alguns países para integrarem a ação. Dessa forma, hoje fazem parte da iniciativa Brasil, Quênia, Sri Lanka e Turquia. O objetivo é promover a conservação e a promoção do uso sustentável da biodiversidade em programas que contribuam para melhorar a segurança alimentar e a nutrição humana, além de valorizar a importância alimentícia e nutricional das espécies relacionadas à biodiversidade agrícola e resgatar o valor cultural desempenhado no passado por muitas dessas espécies.
Quinta, 07 Fevereiro 2013 18:47

A busca da sustentabilidade

Debate sobre educação ambiental levanta os principais desafios do tema no paísTINNA OLIVEIRAAmpliar a temática ambiental na educação formal, sensibilizar gestores responsáveis por políticas públicas produtoras de grande impacto ambiental e ampliar alianças e parcerias com a sociedade civil foram alguns dos desafios da educação Ambiental levantados durante debate realizado na tarde desta quinta-feira (07/02), em Brasília. O encontro, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), reuniu especialistas que refletiram sobre as políticas públicas de educação ambiental e mobilização social.O diretor do Departamento de Educação Ambiental (DEA), da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) do MMA, Nilo Diniz, ressaltou que o encontro serviu para refletir sobre como é possível fortalecer o processo educativo, para que ele se torne cada vez mais eficiente no país.PESQUISAA professora da Universidade de Brasília (UnB), Leila Chalub, falou sobre as perspectivas e os desafios do tema no âmbito das universidades. “Não há como trabalhar a educação ambiental, se não for por meio da possibilidade da pesquisa”, afirmou, reforçando a importância da integração de saberes e da abordagem interdisciplinar neste processo educativo.A ação do estado foi o foco da palestra de José Quintas, ex-coordenador-geral de Educação Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Enfatizou que não adianta difundir conhecimento de modo meramente instrumental. “É necessário disseminar concepções e práticas de educação ambiental comprometidas com o desenvolvimento da nossa problemática socioambiental e com o protagonismo transformador da sociedade”, enfatizou.Para Marcos Sorrentino, assessor especial do Ministro da Educação e livre docente da Universidade de São Paulo (USP), é preciso fortalecer a educação ambiental como instrumento transformador do modelo social atual. “Precisamos apresentar caminhos que materializem a mudança que a educação é capaz de realizar”, destacou. Reforçou, ainda, a necessidade de se desenvolver a Educação Ambiental de forma permanente e articulada.FERRAMENTAA professora Vera Catalão, da UnB, também chamou a atenção para o poder da Educação Ambiental como ferramenta crítica, transformadora e reflexiva. Ela salientou que devem existir autores e coautores envolvidos com o tema ambiental. “Para que as ações sejam realizadas em parceria e de forma compartilhada. A Educação Ambiental demanda a união de saberes”, finalizou.O painel reuniu, além dos especialistas, servidores do MMA e das unidades vinculadas, estudantes e acadêmicos envolvidos com o tema, que também contribuíram para a discussão. Nilo Diniz esclareceu, ainda, que o grande desafio será consolidar tudo que foi debatido em dois importantes eventos que acontecerão neste ano - a 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente e Conferência Infanto- Juvenil pelo Meio Ambiente. “Será uma oportunidade de levar o tema a todos os brasileiros e debater com a sociedade a importância da Educação Ambiental”, afirmou.
Quinta, 07 Fevereiro 2013 16:01

Comer bem

Projeto é mostrar ligação existente entre biodiversidade, alimentação e nutrição.SOPHIA GEBRIM O uso de produtos originários da biodiversidade para alimentação e nutrição humana será discutido nesta sexta-feira (08/02) na primeira reunião do Comitê Nacional de Coordenação do Projeto Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade para a Melhoria da Nutrição e do Bem Estar Humano, também conhecido como Biodiversidade para Alimentação e Nutrição (BFN, sigla em inglês). O encontro acontece de 9 às 18 horas na sala de reuniões do 1º andar do Ministério do Meio Ambiente, unidade da 505 Norte, em Brasília. O objetivo do projeto é mostrar a ligação existente entre a biodiversidade, a alimentação e a nutrição. Para isso, está previsto o desenvolvimento de atividades em âmbito nacional, envolvendo parcerias com uma série de iniciativas do governo federal: Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade (PNPSB), além da ação voltada ao Desenvolvimento da Agricultura Orgânica (Pró-Orgânico). HISTÓRICO O desafio de assegurar ao ser humano uma alimentação adequada e saudável, sem comprometer a sustentabilidade do planeta, vem sendo discutida em todo o mundo desde 2006, quando o projeto foi criado nos Estados Unidos. A ação é coordenada pelo Bioversity International (Instituto Internacional de Recursos Genéticos Vegetais - IPGRI, sigla em inglês), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Para promover as ações de desenvolvimento na área estudada pelo projeto - Biodiversidade para Alimentação e Nutrição, Bioversity International e PNUMA decidiram convidar alguns países para integrarem a ação. Dessa forma, hoje fazem parte da iniciativa Brasil, Quênia, Sri Lanka e Turquia. O objetivo é promover a conservação e a promoção do uso sustentável da biodiversidade em programas que contribuam para melhorar a segurança alimentar e a nutrição humana, além de valorizar a importância alimentícia e nutricional das espécies relacionadas à biodiversidade agrícola e resgatar o valor cultural desempenhado no passado por muitas dessas espécies. INTEGRANTES Fazem parte do comitê nacional do projeto, responsável pela coordenação geral das ações, representantes dos ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Saúde e Educação. Além do apoio de instituições de ensino superior, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Federação Nacional dos Nutricionistas. As prioridades do comitê são identificar as necessidades do projeto e a discussão do orçamento e do plano de trabalho anual. Como parte das atividades, será discutida a instalação do Comitê Nacional de Coordenação do Projeto e elaboração participativa do plano operacional do projeto. Serão apresentados os objetivos e histórico do projeto, papel de cada parceiro e da dinâmica que será utilizada para definição do plano operacional. Também será apresentado o orçamento previsto para execução do projeto e qual dinâmica será usada para a definição do plano operacional. Ao término, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) fará uma breve apresentação sobre a gestão do projeto.
Quarta, 06 Fevereiro 2013 18:15

A união faz a força

Distrito Federal e Goiás prosseguem entendimentos para formar consórcio interfederativoAÍDA CARLA DE ARAÚJOO Brasil perde quase R$ 10 bilhões por ano porque não lida bem com o seu lixo. A afirmação é do secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Pedro Wilson Guimarães, que, nesta quarta-feira (06/02), promoveu reunião para incentivar a formação de consórcio envolvendo prefeitos de 20 municípios de Goiás e representantes do Governo do Distrito Federal para a construção de aterros sanitários. “É o primeiro consórcio interfederativo do país, que será fundamental para a viabilização da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que prevê a extinção dos lixões até agosto de 2014”, afirmou o secretário.O consórcio Brasil ia vem sendo discutido desde 2007. Iniciativas como esta, recentes no país, são parcerias formadas por dois ou mais entes da Federação para a realização de objetivos de interesse comum, em qualquer área. Os consórcios podem discutir formas de promover o desenvolvimento regional, gerir o tratamento de lixo, água e esgoto da região ou construir novos hospitais, casas e escolas. Têm origem nas associações dos municípios. Hoje, centenas deles já funcionam no país.“O Brasil tem 5.642 municípios, não precisamos do mesmo número de aterros”, disse o secretário. “Por isso estamos incentivando a realização desses consórcios interfederativos”. Os maiores desafios são a obtenção de recursos e a capacidade de conscientização da união de todos. A responsabilidade é dos municípios, mas sem a ajuda do Estado e da União esses municípios vão ter mais dificuldades de transformar os seus lixões em aterros controlados, acrescenta Pedro Wilson.
Quarta, 06 Fevereiro 2013 15:11

Educação ambiental em debate

Especialistas reúnem-se para discutir as políticas públicas do setor e mobilização social.TINNA OLIVEIRAQuais são os atuais desafios da educação ambiental no cenário nacional? Para responder essa questão, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) reúne especialistas em um painel de debates que vai discutir os temas que envolvem as políticas públicas de educação ambiental e mobilização social. O encontro acontece nesta quinta-feira (07/02), a partir das 14h30, no auditório do MMA da unidade 505 Norte.O painel contará com palestras dos educadores José Quintas, ex-coordenador geral de Educação Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Marcos Sorrentino, assessor especial do Ministro da Educação e livre docente da Universidade de São Paulo (USP); Leila Chalub e Vera Catalão, professoras da Universidade de Brasília (UnB). O encontro também terá com o debatedor o coordenador-geral de Educação Ambiental do Ministério da Educação (MEC), José Vicente Freitas, além de representantes do Ibama, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Agência Nacional de Águas (ANA), que integram a Comissão Intersetorial de Educação Ambiental do MMA.AÇÃO CONJUNTAO encontro é organizado pelo Departamento de Educação Ambiental (DEA), da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC), do MMA. O diretor do departamento, Nilo Diniz, destaca que o encontro servirá para pautar e fortalecer a ação conjunta em prol da Educação Ambiental. "Este painel de debates encerra um mês de autoformação da equipe do DEA, com o objetivo de fortalecer conceitualmente as ações conjuntas de toda a área ambiental, no que concerne à formação de educadores ambientais. Neste momento de grandes desafios sociais e  econômicos, é preciso que a agenda da sustentabilidade socioambiental, por meio de processos educativos, de comunicação e mobilização social, preste a sua colaboração", enfatiza Diniz.O DEA está elaborando ações de educação ambiental, projetos e programas para este ano, com base na política e no programa Nacional de Educação Ambiental. As ações destinam-se a garantir, no âmbito educativo e a nível nacional, a integração da sustentabilidade ambiental, social, ética, cultural, econômica, e política ao desenvolvimento do país. Servidores do ministério, assim como do IBAMA, ICMBio, Serviço Florestal Brasileiro e Jardim Botânico do Rio também participarão do painel de debates.SERVIÇO:Painel de Debates sobre Educação AmbientalData: 7 de fevereiro de 2013Horário: 14h30 às 18hLocal: Auditório do MMA – subsolo do Edifício Marie Prendi Cruz (505 Norte)
Terça, 05 Fevereiro 2013 18:49

De volta à Antártica

Brasil reconstrói Estação Comandante Ferraz. Maior preocupação é evitar possíveis danos ambientaisLUCIENE DE ASSIS O governo brasileiro está preparando a reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), destruída num incêndio ocorrido em fevereiro de 2012. O desmonte e a remoção dos escombros são acompanhados pelos cientistas do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para evitar contaminações e prejuízos ao bioma local. Concurso de arquitetura, lançado pelo Ministério da Defesa, selecionará projetos de profissionais brasileiros e/ou estrangeiros para reconstruir o complexo de laboratórios, localizado na Península Keller, interior da Baía do Almirantado, na Ilha Rei George.Em parceria com a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas da Universidade de São Paulo da Universidade de São Paulo (IPT/USP) e a comunidade científica do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), o MMA desenvolve na EACF diversas ações e preparou planos ambientais para orientar as operações de desmonte da antiga estação. O ministério é o responsável pelo segmento ambiental do Proantar e pelo cumprimento do Protocolo de Proteção Ambiental do Tratado da Antártica (também conhecido como Protocolo de Madri), que entrou em vigor em 1998 para assegurar a proteção do meio ambiente antártico e regular as atividades humanas no continente até 2048.A avaliação dos impactos sobre o meio ambiente antártico e os ecossistemas dependentes e associados às atividades de pesquisa científica, entre outras, é feita pela equipe que integra o Grupo de Avaliação Ambiental (GAAm), coordenado pela Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros (GBA) do MMA. O Grupo acompanha todo o processo de desmobilização da estrutura queimada, remediação da área degradada e avaliação preliminar de impacto da reconstrução da nova Estação Antártica Brasileira. APOIO CHILENODe acordo com previsões do Ministério da Defesa, a nova estação deve ficar pronta em 2015. Enquanto isso, os pesquisadores brasileiros poderão utilizar as instalações chilenas. Há poucos dias, a presidenta Dilma Rousseff assinou acordo com o governo do Chile para facilitar o embarque e desembarque de pessoas e equipamentos. Em função do incêndio, os especialistas do GAAm, como a analista ambiental da GBA/MMA Bianca Chaim Mattos, que retorna esta semana da base brasileira, depois de 32 dias de trabalho, estão encarregados de identificar e remover os passivos ambientais a fim de minimizar o impacto local das atividades ali desenvolvidas. A preocupação do governo brasileiro é cumprir o compromisso assumido, ao ratificar o Tratado da Antártica, que inclui preservar o meio ambiente local. INSPEÇÃO INTERNACIONALPor causa das responsabilidades brasileiras e das consequências resultantes do incêndio, a Estação Comandante Ferraz foi inspecionada em dezembro por representantes da Grã Bretanha, Nova Zelândia e Espanha. O trabalho de recuperação deve cumprir o Protocolo de Madri e, principalmente, reforçar as parcerias técnicas com o Ibama, Cetesb, IPT/USP e comunidade científica do Proantar, haja vista que a execução deste trabalho somente foi possível pela parceria institucional, diz a analista ambiental Jaqueline Leal Madruga. Para que o Brasil cumpra os compromissos internacionais assumidos, preparou-se uma proposta de trabalho integrada entre o MMA, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SeCIRM) com o objetivo de avaliar as mudanças ambientais na Antártica e seus impactos global e local. “Estudos já realizados no continente podem contribuir para a compreensão das mudanças climáticas no Brasil e no continente sul-americano, pois a Antártica é o mais perfeito laboratório natural do Planeta para estudos de mudanças ambientais e, por ser o ecossistema mais frágil do Planeta, reage imediatamente às mudanças globais”, afirma Jaqueline Madruga.RETIRADA DE ENTULHOSOs especialistas são unânimes em afirmar que nenhuma previsão meteorológica de longo prazo pode ser feita sem dados da Antártica, nem é possível ignorar sua influência no resto do planeta. “Fenômenos como o El Niño não podem ser completamente estudados, a intensidade de estações chuvosas ou secas nas regiões tropicais não pode ser apropriadamente compreendida sem levar a Antártica em consideração”, ilustra Jaqueline Madruga. Por isso, o governo brasileiro está realizando uma operação cuidadosa para a retirada dos destroços da base incendiada e minimizar o impacto para o meio ambiente. A queima de plásticos, resinas, combustíveis, equipamentos, ferragens e madeira pode transferir para o terreno uma carga tóxica poluente, que tende a escorrer para o mar com o degelo, após o inverno. E a retirada de todo o material queimado segue as recomendações do plano de desmonte, elaborado pelas equipes do Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT), da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e do Ibama por solicitação do MMA, coordenador do Grupo de Avaliação Ambiental (GAAm) do Programa Antártico Brasileiro.PATRIMÔNIO DE TODOSAlém do Brasil, países como Polônia, Estados Unidos, Peru e Equador, na Baía do Almirantado; e Argentina, Chile, Uruguai, Rússia, China e Coréia do Sul, na Baía Fildes possuem programas de pesquisa na ilha Rei George. A região Antártica é 1,6 vezes maior que o Brasil, um território com 78% de puro gelo e onde estão concentrados 80% de toda água doce do planeta.O continente antártico, com mais de 13.661.000 quilômetros quadrados, é um patrimônio da humanidade e a vida na região está ligada ao mar e sua diversidade ímpar. O acesso somente é possível por avião ou navio. E a base Comandante Ferraz fica a 5.207 quilômetros de distância de Brasília, a uma temperatura média anual de -2,8°C, com máxima absoluta, registrada em 1998, de até 14,4°C no verão. Durante o inverno, o acúmulo de neve na área da estação pode chegar a três metros de altura.
Terça, 05 Fevereiro 2013 17:41

CAR além fronteiras

Governo da Rússia manda representantes ao Brasil para conhecer cadastro ruralLUCAS TOLENTINOA regularização ambiental dos terrenos do país começa a se tornar exemplo internacional. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) recebeu, na manhã desta terça-feira (05/02), representantes do governo da Rússia para apresentar o modelo brasileiro que garante a recuperação da vegetação nativa e a preservação dos recursos naturais. A delegação conheceu o sistema usado para o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e elogiou o mecanismo que vai colocar os 5,2 milhões de imóveis na legalidade.O CAR foi instituído após a aprovação da Nova Lei Florestal e, ao lado do Programa de Regularização Ambiental (PRA), estabelece as regras gerais e garante os instrumentos de integração das informações de planejamento do uso das terras do país. “O Cadastro tem um papel fundamental tanto para a produção florestal quanto para o controle das áreas do Brasil”, explicou o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Paulo Guilherme Cabral.APOIOA comitiva russa classificou como positivo o método de cadastramento que será colocado em prática por meio formulários e plataformas virtuais auxiliadas por imagens de satélite. Para Andrey Zhilin, representante da Agência Federal de Florestas da Rússia, a legislação brasileira prevê medidas efetivas para conter o desmatamento. “Damos todo o apoio a essa iniciativa do governo brasileiro”, declarou Zhilin. “Há tempo para recuperar e essa será um experiência boa”, acrescentou. O secretário Paulo Guilherme Cabral destacou que a troca de experiências com a delegação russa é representativa para a implantação do CAR. “Isso mostra a importância que o cadastro já está começando a ter no cenário internacional”, afirmou.
Terça, 05 Fevereiro 2013 17:29

Ambientalistas no Conama

Eleição de representantes do setor no Conselho Nacional do Meio Ambiente é concluída, mas há prazo para recursoTINNA OLIVEIRA A apuração dos votos para as entidades ambientalistas que ocuparão as vagas destinadas ao Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas (CNEA), no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), aconteceu nesta segunda-feira (04;02), com transmissão pela internet. Foram eleitas 11 entidades ambientalistas, sendo duas para cada região do país e uma de âmbito nacional, para o mandato de dois anos (2013/2015). O prazo para apresentação de recursos à Comissão Eleitoral segue até sexta-feira (08/02). O resultado final das eleições será divulgado no dia 18 de fevereiro. A votação via postal foi encerrada no dia 25 de janeiro e a via eletrônica no dia três de fevereiro.A entidade de âmbito nacional mais votada foi o Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (PROAM), de São Paulo. As entidades mais votadas para representar as regiões do país foram: Instituto Guaicuy - SOS Rio das Velhas e Sociedade para Defesa do Meio Ambiente de Piracicaba - Sodemap (Sudeste); ONG Sócios da Natureza e Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte - APROMAC (Sul); Sociedade Nordestina de Ecologia e Fundação de Proteção ao Meio Ambiente e Ecoturismo do Estado do Piauí (Nordeste); SOS Amazônia e Associação Andiroba (Norte); e, Fundação de Apoio à Vida nos Trópicos - Ecotrópica e Instituto Brasil Central - Ibrace (Centro-Oeste).A presença destas entidades no Conama representa uma importante função na defesa da agenda ambiental, em diálogo e negociação com os demais segmentos do conselho. As entidades ambientalistas sempre tiveram assento no plenário do Conama. Desde 1989, o CNEA mantém o registro das entidades ambientalistas não governamentais atuantes no país. ATUAÇÃO O Conama é o mais antigo Conselho da República, criado com poder deliberativo e participação social, foi instituído pela lei nº 6.938 de 1981. Essa mesma lei estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e o Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA).No plenário do Conselho, são 21 entidades da sociedade civil reunidas entre as 108 instituições das esferas federal, estadual e municipal, além de empresários. Representantes do Ministério Público e da Câmara dos Deputados também são convidados, mas sem direito a voto. SERVIÇOClique aqui e confira o resultado provisório.Mais informações pelos telefones (61) 2028-1706/1207 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. document.getElementById('cloak4b6b4b6ff29b37411a9b9deefca69939').innerHTML = ''; var prefix = 'ma' + 'il' + 'to'; var path = 'hr' + 'ef' + '='; var addy4b6b4b6ff29b37411a9b9deefca69939 = 'cnea' + '@'; addy4b6b4b6ff29b37411a9b9deefca69939 = addy4b6b4b6ff29b37411a9b9deefca69939 + 'mma' + '.' + 'gov' + '.' + 'br'; var addy_text4b6b4b6ff29b37411a9b9deefca69939 = 'cnea' + '@' + 'mma' + '.' + 'gov' + '.' + 'br';document.getElementById('cloak4b6b4b6ff29b37411a9b9deefca69939').innerHTML += ''+addy_text4b6b4b6ff29b37411a9b9deefca69939+''; .
Segunda, 04 Fevereiro 2013 20:19

Indústria apoia regularização

Mercado internacional já exige cadastro rural na compra de carne e soja brasileirasSOPHIA GEBRIM A compra de carne e soja de propriedades com Cadastro Ambiental Rural (CAR) já é uma exigência do mercado internacional. Para fortalecer e dar amplitude ao processo de cadastramento dos imóveis rurais, representantes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) reuniram-se, na tarde desta segunda-feira (04/02), com o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral. O objetivo é traçar uma cooperação entre os órgãos, de forma que o produtor rural brasileir o garanta a regularização ambiental. “A nossa estratégia no CAR é trabalhar com aquelas entidades e associações que agregam produtores, como é o caso da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e outros órgãos que firmamos acordos de cooperação técnica no final do ano passado”, disse o secretário. Para ele, novas parcerias com a Abiec e Abiove, além de garantir a regularidade ambiental aos seus associados, serão de grande importância para dar amplitude ao CAR e adequar o mercado brasileiro às exigências internacionais. “O cadastro surge como um novo sistema de gestão ambiental onde todos saem vitoriosos”. O diretor-executivo da Abiec, Fernando Sampaio, e o diretor de Sustentabilidade de Abiove, Bernardo Pires, mostraram o que suas empresas já vem fazendo para divulgar o CAR entre seus fornecedores e associados. “Além de incluir o tema em palestras e workshops, já estamos mostrando para a nossa indústria como o cadastro pode contribuir na redução das taxas de desmatamento e garantir a recuperação de áreas degradadas”, afirmou. Já o diretor-executivo da Abiec apontou como o CAR vem tornando-se exigência. “Assim como já não compramos de produtores de áreas desmatadas, também já não aceitamos como fornecedores propriedades sem CAR”, acrescentou. Ao término do encontro, o secretário do Ministério do Meio Ambiente formalizou a criação de um grupo de trabalho para formulação de Acordo de Cooperação Técnica com as duas associações. A ideia é que, em breve, ambas sejam parcerias do MMA no processo de divulgação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) entre seus associados, assim como auxiliá-los em todo o processo de cadastramento. “Unindo esforços podemos criar um plano de trabalho adequado às especificidades do mercado e do produtor”, finalizou.
Sexta, 01 Fevereiro 2013 18:23

Água e desigualdades

Dia Mundial das Zonas Úmidas pretende chamar a atenção para o manejo adequado de um recurso natural finitoLUCIENE DE ASSIS“As zonas úmidas e o manejo da água” é o tema do Dia Mundial das Zonas Úmidas, comemorado neste sábado (02/02). O assunto é prioritário para a Organização das Nações Unidas (ONU), pois envolve as poucas reservas de água potável existentes, já que, em todo o planeta, existe apenas 0,3% de água doce distribuída em rios e lagos. O problema é que 97.5% do total são água salgada, e a pouca água própria para o consumo humano disponível não está distribuída de maneira igual para as populações de todos os continentes.Existem 42 tipos diferentes de zonas úmidas. Elas formadas por complexos ecossistemas, que englobam desde as áreas marinhas e costeiras até as continentais, as naturais e as artificiais, como lagos, manguezais, pântanos, charcos, rios e também áreas irrigadas para agricultura e reservatórios de hidrelétricas, entre outros. Tais áreas, permanentes ou temporárias, normalmente abrigam grande biodiversidade, tanto de plantas como de animais aquáticos. Por isso mesmo, é preciso demonstra que existe um vínculo necessário entre o manejo da água e o uso racional das zonas úmidas. CONFORTONo Brasil, apesar da situação confortável, de acordo com os padrões da ONU, a distribuição hídrica é desigual, já que a região Amazônica concentra 80% da disponibilidade de água do país, segundo dados de 2012 da Agência Nacional de Águas (ANA). Estados do Nordeste sofrem com a escassez. No Oriente Médio, países como Kuwait, Emirados Árabes, Bahamas e Faixa de Gaza, entre outros, praticamente não têm mais água doce. Além disso, quase 24% de toda a população da África sofrem com o estresse hídrico. O problema é preocupante também em grande parte do Peru e em algumas áreas do México e da América Central. Na China, Índia e Tailândia a situação é igualmente crítica, revela o Manual de Uso da Água, editado em 2008 pela Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA).A finalidade de se instituir o Dia Mundial das Zonas Úmidas é estimular governos, organizações da sociedade civil e grupos de cidadãos com ações e atividades que chamem a atenção para a importância das zonas úmidas, a necessidade de sua proteção e os benefícios que o cumprimento dos objetivos da Convenção de Ramsar. Trata-se da cidade iraniana onde se realizou, em 1971, se realizou a primeira convenção sobre o tema. De acordo com o analista ambiental da Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros do MMA, Henry Philippe de Novion, as zonas úmidas representam um grande valor socioeconômico, cultural e científico, e sua perda seria irreparável. Segundo Henry de Novion, “a gestão da água deve ser tratada sob a perspectiva ecossistêmica, o que passa, necessariamente, pela gestão e uso sustentável das zonas úmidas”. Uma vez que tais ecossistemas atuam como infraestrutura natural, garantindo, entre outros serviços ambientais, a provisão de água em quantidade e qualidade, “investir na conservação e no uso sustentável das zonas úmidas é investir em uma estratégia eficiente da gestão dos recursos hídricos”, explica ele.SAÚDE E BEM ESTARO problema é tão sério que, em dezembro de 2010, a ONU declarou 2013 como o Ano Internacional para Cooperação pela Água, reconhecendo esse recurso como fundamental tanto para o desenvolvimento sustentável como para a saúde e o bem estar humanos. “Ocorre que a relação entre a água, as pessoas e as zonas úmidas é uma preocupação central da Convenção de Ramsar”, esclarece Henry de Novion. Ele explica que, por sua função de mediação e abastecimento de água, as zonas úmidas proporcionam serviços ecossistêmicos essenciais, que são os benefícios fornecidos às pessoas pela natureza. O objetivo fundamental do Dia Mundial das Zonas Úmidas de 2013 é despertar a sensibilidade das pessoas para a interdependência da água e das zonas úmidas, indicar meios adequados para que os diferentes grupos de atores chaves compartilhem a água de uma maneira equitativa e fazer com que se compreenda que sem as zonas úmidas não haverá água. A água desempenha uma função fundamental de conexão, pois, desde as nascentes até o mar, e através de seu ciclo incessante, a água conecta todos os rincões da Terra.                                           Praia no Litoral Sul da Bahia: água salgada representa 97,5% do total globalNesse sentido, a Convenção de Ramsar reconhece que as zonas úmidas desempenham função essencial nessa interconexão e seu uso racional possibilitará o manejo sustentável da água. Com base nessa realidade, a Convenção lançou o folheto “As Zonas Úmidas e o Manejo da Água”, que descreve a sua situação hidrológica geral, com foco nos atores que administram a água e os vários desafios que enfrentam, da governança aos problemas de gestão das águas transfronteiriças, agrícolas e urbanas, passando pelo armazenamento e a transposição dos recursos hídricos. O material explica por que se deve preservar as zonas úmidas, mostrando que elas fornecem serviços ecológicos fundamentais às espécies da fauna e da flora e ao bem estar de populações humanas. Além de regular o regime hídrico de vastas regiões, essas áreas funcionam como fonte de biodiversidade em todos os níveis, cumprindo, ainda, papel relevante de caráter econômico, cultural e recreativo, ao mesmo tempo em que atendem às necessidades de água e alimentação de uma ampla variedade de espécies e das comunidades humanas, rurais e urbanas.MUDANÇAS CLIMÁTICASAs áreas úmidas são social e economicamente insubstituíveis por conter inundações, permitir a recarga de aquíferos subterrâneos, reter nutrientes, purificar a água e estabilizar zonas costeiras. O colapso desses serviços, decorrente da destruição das zonas úmidas, pode resultar em desastres ambientais com elevados custos em termos de vidas humanas e econômicos. Novion garante que os ambientes úmidos também cumprem um papel vital no processo de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, já que muitos desses ambientes são grandes reservatórios de carbono.Como a água é um recurso natural fundamental de que dependem todas as atividades socioeconômicas e ambientais, tanto os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas como a Convenção de Ramsar, entre outras iniciativas internacionais e nacionais, destacam a importância de se reconhecer a necessidade urgente da adoção de um enfoque integrado, holístico e de cooperação para resolver os problemas relacionados ao manejo da água. Da parte do Brasil, o Comitê Nacional de Zonas Úmidas (CNZU), coordenado pelo MMA e integrado por órgãos de governo e da sociedade civil, foi criado para programar as diretrizes assumidas pelo país perante a Convenção, defende ações de aproximação com os atores que integram a agenda de zonas úmidas e manejo de água.
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