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Notícias

Quinta, 09 Maio 2013 19:29

Água doce em nova etapa

Documento orienta instalação de dessalinizadores no SemiáridoAÍDA CARLA DE ARAÚJODocumento com todas as informações sobre os procedimentos para a instalação do sistema de dessalinização nas áreas rurais foi distribuído nesta quinta-feira (09/05), ao final de dois dias da reunião semestral dos coordenadores estaduais e técnicos do Programa Água Doce (PAD), realizada em Brasília. “Esses encontros são fundamentais para que possamos seguir adiante”, destacou o coordenador nacional do PAD, Renato Saraiva Ferreira. O sistema empregado no Semiárido utiliza a técnica de osmose reversa, capaz de retirar os sais da água proveniente dos lençóis freáticos, tonando-a própria para o consumo humano. Na Paraíba, o coordenador estadual Isnaldo Cândido da Costa informou que, das 148 comunidades diagnosticadas, 47 já foram selecionadas. “Quando o sistema de dessalinização entrar em operação, deveremos beneficiar mais de 100 pessoas (20 famílias)”, disse. “A expectativa é que esteja pronto ainda este ano, em setembro ou outubro”.ABRANGÊNCIAO secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU), Ney Maranhão, afirmou que a iniciativa do governo federal é mais abrangente do que se possa imaginar: “O Programa Água Doce criou uma rede que não servirá somente à concepção do programa, mas a outras iniciativas futuras, uma vez que se criou uma cadeia de confiabilidade, de decisões e de participação”. O documento foi elaborado com o apoio da Embrapa Meio Ambiente, a Embrapa Semiárido e a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM).Formulado em 2003, o PAD tem por meta beneficiar 2,5 milhões de moradores do Semiárido brasileiro até 2019. Até o momento, cerca de 100 mil pessoas de 152 comunidades já tiveram acesso garantido à água potável. O programa também assumiu o compromisso de aplicar a metodologia na recuperação, implantação e gestão de 1,2 mil sistemas de dessalinização, com investimentos de R$ 168 milhões, beneficiando 480 mil pessoas até 2014.
Quinta, 09 Maio 2013 16:01

Clima: plano sai até julho

Documento servirá para fomentar ações voltadas para o combate ao efeito estufaLUCAS TOLENTINOA primeira versão da revisão do Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) deverá ser apresentada em julho. A previsão é que, em dois meses, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) coloque o documento em consulta pública, com o objetivo de viabilizar a participação da sociedade civil e demais interessados no processo. O assunto foi discutido, nesta quinta-feira (09/05), em audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados. Com as contribuições da população, a estimativa é que a revisão seja concluída até o fim do ano. A diretora Karen Cope, da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ) do MMA, afirmou que o documento deverá fomentar ações voltadas para o combate ao efeito estufa. “A nova versão vai trazer um grande avanço em relação ao que já está proposto com o plano anterior”, afirmou. “Os planos setoriais também estão em fase avançada de implantação.” O Plano Nacional sobre Mudança do Clima foi apresentado em 2008 e tem o objetivo de incentivar medidas de mitigação no Brasil e contribuir com o esforço mundial na redução das emissões de gases de efeito estufa. Agora, o MMA está trabalhando a atualização do PNMC. Atualmente, o documento é dividido em quatro partes: oportunidades; pesquisa e desenvolvimento; educação, capacitação e comunicação; e impactos, vulnerabilidades e adaptação.
Quarta, 08 Maio 2013 19:07

Coleções biológicas em debate

Universidades e instituições de pesquisa do Brasil e da União Europeia fazem evento científicoLUCIENE DE ASSISEspecialistas de universidades e instituições de pesquisa do Brasil e da União Europeia (UE) reúnem-se, nestas quinta e sexta-feira (09 e 10/05), para avaliar o papel das coleções biológicas brasileiras - conjuntos de organismos, ou partes destes, organizados de modo a fornecer informações sobre procedência, coleta e identificação de cada um de seus espécimes - diante do novo cenário desenhado pelo Protocolo de Nagoia, no que se refere ao acesso e repartição de benefícios. O evento, realizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) e União Europeia, está inserido no Projeto Diálogos Setoriais Brasil-UE e acontece na Sala de Conferência I da Finatec, na Universidade de Brasília.Cientistas que integram diferentes instituições de pesquisa querem definir como serão administradas as coleções nacionais a partir da entrada em vigor do Protocolo de Nagoia. De acordo com a diretora do Departamento de Patrimônio Genético (DPG) do MMA, Eliana Gouveia Fontes, as definições contidas no acordo internacional darão maior visibilidade às coleções, com destaque para o papel dos cientistas e pesquisadores que realizam o trabalho de campo: “Eles podem certificar o material das coleções e das espécies, convenientemente identificadas e com origem definida, dando confiabilidade aos dados utilizados pelo setor produtivo, que dificilmente vai a campo fazer as coletas”, explica.RECONHECIMENTOA pesquisadora e professora da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Luciane Marinoni, curadora da coleção de entomologia, garante que as coletâneas brasileiras têm grande importância no cenário internacional para o intercâmbio de conhecimentos sobre a biodiversidade nacional em comparação com as armazenadas na Europa, por exemplo. “Precisamos do reconhecimento das espécies brasileiras para termos acesso às coleções europeias”, argumenta.O papel das coleções biológicas no cenário do Protocolo de Nagoia” é considerado pelos especialistas“de exterma relevância, pois essas coleções promovem a manutenção, fora do habitat natural, de uma parcela representativa da biodiversidade, de importância científica, econômica e social. Além do mais, muitos dos acessos a componentes de recursos genéticos são realizados a partir de coleções mantidas fora do campo ou da floresta. Os organizadores do evento esperam estimular o cadastramento das coleções que ainda não foram registradas no Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN) que, até agora, contabiliza pouco mais de 350.Confira a programação
Quarta, 08 Maio 2013 15:20

O Brasil contra o lixo

Ministra convida população para 4ª Conferência Nacional de Meio AmbienteTINNA OLIVEIRAA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, gravou vídeo convidando os brasileiros para a mobilização nacional em torno da 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente (CNMA), que acontece de 24 a 27 de outubro, em Brasília. O tema da quarta edição é a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com foco em quatro eixos prioritários: produção e consumo sustentáveis; redução de impactos ambientais; geração de trabalho, emprego e renda e educação ambiental.“É absolutamente essencial que todo brasileiro discuta a implementação da PNRS. Ela traz elementos importantes que discutem não só a qualidade de vida nas cidades, mas também os direitos de cidadania e os deveres de cada cidadão, em torno da solução de um dos problemas ambientais mais graves que o Brasil tem: a destinação inadequada dos resíduos sólidos, ou o chamado lixo, que é gerado por todos nós”, enfatiza a ministra no vídeo de mobilização da conferência (veja aqui).SUSTENTABILIDADE Segundo Izabella Teixeira, é necessário buscar soluções permanentes, do ponto de vista ambiental, que assegurem a sustentabilidade ao desenvolvimento. “É importante discutir os aspectos tecnológicos dessas soluções, além de sabermos quais os impactos sociais e econômicos para os municípios, estados e todo Brasil”, acrescentou. A PNRS prevê a responsabilidade compartilhada e a gestão integrada em torno dos resíduos gerados. Também discorre sobre a logística reversa, que tem como meta viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento e reciclagem, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. ETAPASA conferência começa pelas etapas locais municipal e regional. Nesta fase, os participantes debatem as questões locais e elegem os delegados para a etapa estadual. Já nos estados, discutem questões locais e nacionais e elegem delegados para a etapa nacional. A etapa nacional é o ponto alto do debate. É quando os resultados de todas as conferências locais são discutidos pelos representantes eleitos.Além disso, nesta edição, foram inseridas duas novas modalidades de participação: as conferências livres e a conferência virtual. As livres podem ser convocadas por associações comunitárias, síndicos ou moradores interessados. Ou seja, qualquer grupo de pessoas ou representações governamentais interessadas no debate. Essas conferências livres já começaram. Também haverá uma conferência virtual, realizada por meio da internet, em data a confirmar.CALENDÁRIOPara que toda população participe ativamente, os estados já estão preparando as discussões locais. Só neste mês, estão previstas 28 reuniões regionais, divididas entre os estados do Ceará, Amazonas, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Maranhão e Piauí. Em junho acontecem mais 18 conferências regionais nos estados do Ceará, Minas Gerais, Amazonas, Tocantins e Goiás. No mês de julho, serão mais cinco etapas, em Sergipe e Minas Gerais. E em agosto acontecerão outras seis regionais em Sergipe, Goiás e Tocantins.Confira aqui o calendário prévio completo.
Terça, 07 Maio 2013 18:31

Amazônia: degradação em queda

Áreas devastadas por ação do homem diminuíram de agosto de 2012 a abril deste ano, mantendo a tendência de quedaLUCIENE DE ASSISAções coordenadas entre Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e órgãos estaduais e municipais de fiscalização, realizadas anualmente, estão acelerando a redução das taxas de desmatamento nos estados que integram a região Amazônica. Especialistas do MMA e do Ibama defenderam, em audiência pública realizada na tarde dasta terça-feira (07/05), na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, a necessidade de se melhorar a produtividade e dar apoio aos produtores da região como forma de reduzir o desmatamento.De acordo com dados apresentados pelo diretor de Políticas e Combate ao Desmatamento do MMA, Francisco Oliveira, o problema, hoje, concentra-se, em especial, em 46 municípios amazônicos, classificados como prioritários por ainda apresentarem elevados índices de degradação. “Verificamos que o problema ocorre, principalmente, nas áreas não inscritas no Cadastro Ambiental Rural (CAR)”, afirmou.SATÉLITEAs ações definidas no Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAM), adotado a partir de 2004, permitem ao pessoal especializado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) monitorar com efetividade os 5 milhões de quilômetros quadrados da região e enviar os dados ao Ibama a cada dois dias. As informações de satélite mostram as áreas degradadas e as regiões atingidas por queimadas para que o Ibama possa executar, com precisão, as ações de fiscalização, priorizando as áreas críticas, esclareceu o coordenador do Programa Amazônia do Instituto, Dalton de Morrison Valeriano.Para o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano de Meneses Evaristo, o combate à degradação é realizado a partir dos dados recebidos do Inpe mostrando os polígonos georreferenciados que indicam os locais onde pode estar ocorrendo desmatamento. Segundo Evaristo, o sucesso das operações deve-se à deflagração de diligências imediatas envolvendo 206 equipes de fiscais do Ibama e 55 equipes do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com apoio de 31 equipes de policiais militares, 58 da Força Nacional de Segurança e 11 Órgãos Estaduais de Meio Ambiente (Oema).Entre agosto de 2012 e abril de 2013, os fiscais do Ibama emitiram 3.547 autos de infração, representando R$ 1,5 bilhão em multas e abrangendo mais de 213,8 mil hectares de terras embargadas. “Nosso foco é proteger a floresta em pé, significando que não fiscalizamos serrarias nem caminhões em estradas”, disse Evaristo.
Terça, 07 Maio 2013 16:50

Água Doce faz avaliação

Programa que está levando água para o Semiárido tem reunião em BrasíliaAÍDA CARLA DE ARAÚJOO Ministério do Meio Ambiente realiza, a partir desta quarta-feira (08/05), em Brasília, reunião com representantes de estados do Semiárido para discutir o uso sustentável da água, por meio de sistemas de dessalinização. “A cada seis meses realizamos essa oficina com os coordenadores regionais para acompanhar a execução dos convênios”, destaca o coordenador nacional do Programa Água Doce (PAD), Renato Saraiva Ferreira. Trata-se de uma das iniciativas que compõem o Programa Água para Todos, no âmbito do Plano Brasil sem Miséria, que visa a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros.A reunião será aberta pelo secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Ney Maranhão, e encerrada quinta-feira (09/05) pelo coordenador do PAD. Na ocasião, serão apresentados os diagnósticos socioambientais das comunidades, assim como o cronograma e o relatório financeiro do andamento dos projetos, além da entrega de documentos para a liberação da segunda parcela do convênio para os estados - Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Minas Gerais, Ceará, Bahia e Alagoas.EXPANSÃOO PAD tem como meta levar água de boa qualidade e em quantidade suficiente para as comunidades mais carentes da área rural, com adoção de sistemas de dessalinização. Formulado em 2003, pretende beneficiar 2,5 milhões de moradores do Semiárido até 2019. Até o momento, 100 mil pessoas de 152 comunidades já tiveram acesso garantido à água potável. O programa também assumiu o compromisso de aplicar a metodologia na recuperação, implantação e gestão de 1,2 mil sistemas de dessalinização, com investimentos de R$ 168 milhões, beneficiando 480 mil pessoas até 2014. Entre os principais parceiros destacam-se o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Petrobrás, Fundação Banco do Brasil, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM).
Terça, 07 Maio 2013 15:42

Referência internacional em botânica

Idéia é transformar um dos maiores patrimônios do Rio de Janeiro em referência internacional de botânicaSOPHIA GEBRIMA ideia de tranformar o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) em centro de referência internacional em botânica foi defendida pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na manhã desta terça-feira (07/05), durante anúncio do novo perímetro da instituição. O projeto cumpre determinação do Tribunal de Contas da União (TCU) e tem como prioridade a preservação do meio ambiente, o patrimônio histórico tombado e a eliminação das situações de risco na área do parque. Para atingir estes objetivos, segundo a ministra, são necessárias iniciativas de fortalecimento ao parque, que vão desde o cuidado com a realocação das 620 famílias que hoje habitam a área até melhorias educacionais, culturais e estruturais. Essas medidas foram consolidadas em estudo realizado por grupo do governo federal, com representantes da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Ministério do Meio Ambiente (MMA). JUSTIÇA SOCIAL“A partir desse estudo definimos o novo perímetro do JBRJ, que ficaria com área de 132,5 hectares e como será a interlocução com os moradores que hoje habitam o local”, explicou Izabella. O cuidado com essas pessoas e a visão do governo em buscar soluções para cada uma das famílias, seguindo suas particularidades e nos termos da legislação, fazem parte de todo o processo de transformação do Jardim Botânico. “O nosso objetivo com essas iniciativas é preservar o meio ambiente e cuidar das pessoas, de forma igualitária e socialmente justa”, acrescentou. A ministra informou, ainda, que será feito o recadastramento das famílias nos próximos 30 dias, com atendimento pessoal a cada um dos moradores, por meio de um escritório de apoio, montado dentro do próprio Jardim Botânico. “Todos os órgãos federais envolvidos participarão desse apoio e, no escritório, cada família poderá se informar sobre sua situação, caso a caso, e técnicos explicarão as etapas do processo e soluções propostas para cada caso”, salientou. O objetivo é assegurar o atendimento de todos, considerando a situação socioeconômica e as possibilidades previstas em lei. FORTALECIMENTOComo parte das medidas de fortalecimento ao JBRJ, foi identificada nos estudos uma área adicional de Mata Atlântica que se busca ampliar dentro do parque. “Vamos conversar com os proprietários dessa área para verificar se é possível a doação”, afirmou Izabella. “Assim, nós estariamos ampliando com quase 3,5% a área além da definida no perímetro”. Além disso, ela também citou a necessidade da expansão da coleção de plantas brasileiras de Mata Atlântica, incentivos à Escola Nacional de Botânica Tropical, expansão na área de biotecnologia, estruturação de laboratório para sequenciamento molecular, expansão de viveiros de espécies nativas e consolidação do complexo sociocultural do parque. O ministro-chefe da Advocacia Geral da União, Luis Inácio Adams, reforçou que o novo perímetro do JBRJ é o reconhecimento de uma área do século passado e que é patrimônio histórico. “Estamos apenas reconhecendo o que está consolidado historicamente, o que nos levará a inúmeras negociações”. Já a secretária nacional do Patrimônio da União, Cassandra Nunes, destacou o cuidado por parte do governo dessas pessoas que vivem na área do parque há anos. “Precisamos ter um compromisso com cada família, dialogar e buscar soluções para todos”, explicou. Segundo ela, ainda não foram definidas quais as possibilidades de solução para as famílias, mas ela garante que serão adequadas às necessidades econômicas e culturais.Também participaram do anúncio o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, e a presidenta do Jardim Botânico, Samyra Crespo.
Segunda, 06 Maio 2013 18:45

Amazônia: cai alerta de desmate

Uso de satélites torna mais ágil proteção da Floresta Amazônica contra ação predatória do homemLUCAS TOLENTINOA degradação da Floresta Amazônica continua a apresentar tendência de queda. Em abril, o Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) contabilizou 147 km2 de alertas de desmatamento, o que representa uma diminuição de 37% em relação ao mesmo mês do ano passado. A redução foi ainda mais expressiva em março, quando foram registrados 28 km2 de devastação, 53% a menos do que os 60 km2 registrados no período anterior. O Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é um levantamento com base em imagens capturadas por satélite todos os dias. O dado funciona como análise da mudança de paisagem da Amazônia Legal, que pode ocorrer por motivos que vão desde o desmatamento até as queimadas. O sistema funciona, portanto, como um suporte para a fiscalização. As áreas degradadas menores que 25 hectares, porém, não são observadas pelo Deter.CONTROLEO acumulado dos últimos nove meses ainda apresenta ligeiro aumento por conta de um pico isolado verificado em um único mês do ano passado. Entre agosto último e abril deste ano, houve um aumento de 15% nos alertas de desmatamento em relação ao mesmo período anterior. Isso ocorreu porque, somente em agosto de 2012, houve uma taxa de desmatamento expressiva que vem interferindo no somatório dos demais meses analisados.As operações nos pontos críticos da Amazônia, porém, têm se mostrado capazes de frear o desmatamento. “Houve um pico em agosto, que já está sob controle e vem sendo descontado mês a mês por conta das constantes ações de fiscalização”, explicou o diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano Evaristo de Menezes.Assim que o Deter emite um alerta de desmatamento, as equipes de fiscalização se dirigem ao local para verificar a situação. Além disso, bases autônomas e móveis se espalham pelos pontos mais críticos da Amazônia. Dos 2.268 polígonos detectados pelo sistema entre agosto de 2012 e o início de maio deste ano, 1.217 foram qualificados em campo, o que mostrou que 65% se referiam, de fato, a desmatamento. O restante dos alertas qualificados foram emitidos por conta de eventos como queimadas.Entre agosto do ano passado e abril de 2013, o Ibama emitiu 3.547 autos de infração e um valor total de R$ 1,5 bilhão em multas. Ao todo, 213 mil hectares de terras foram embargadas e 65 mil m3 de madeiras em toras, apreendidas. “O método de combate ao desmatamento tem evoluído e se aperfeiçoado. Temos várias ferramentas e cada vez mais a inteligência vem se tornando fundamental no processo”, avaliou o presidente do Ibama, Volney Zanardi.
Segunda, 06 Maio 2013 18:17

Pnuma promove evento inédito

Reunião conjunta discutre produtos químicos, resíduos perigosos e poluentes orgânicosLUCIENE DE ASSISRepresentantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), que funciona como Centro da América Latina e do Caribe para a Convenção de Estocolmo, participam em Genebra, Suíça, até dia 10 de maio, de reunião conjunta sobre produtos químicos, resíduos perigosos e poluentes orgânicos. De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), é a primeira vez que três convenções internacionais realizam, juntas, um evento, com discussões de questões em comum.O encontro começou em 28 de abril, com a participação de 2 mil especialistas e representantes de mais de 160 países, visando propor ações que permitam uma melhor integração entre os tratatos de Basiléia, de Roterdã e de Estocolmo. Serão definidos, também, um orçamento e uma agenda para as atividades conjuntas, a serem realizadas entre 2014 e 2015, e discutida uma proposta de financiamento para eventos relacionados a produtos químicos e resíduos perigosos que representam riscos à saúde humana e ao meio ambiente.MENOS IMPACTOOs cientistas esperam encontrar formas de reduzir os impactos perigosos, conforme o estabelecido nos tratados que regulam o uso de químicos em âmbito global. A Convenção de Basiléia regulamenta a exportação e importação de resíduos perigosos. O Tratado de Roterdã regula o comércio internacional de 43 substâncias químicos perigosas, incluindo pesticidas e substâncias industriais. E a Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos trata da eliminação e redução de 22 substâncias tóxicas, poluentes orgânicos persistentes. Outros temas estão sendo abordados na reunião, como a sinergia das convenções e estrutura do secretariado conjunto, assistência técnica, planos de implementação, avaliação da efetividade das convenções, recursos financeiros e mecanismos de não-cumprimento. Ainda como peça importante para compor este conjunto regulatório global de químicos, será aberta para assinatura, em outubro de 2013, a Convenção de Minamata sobre o Mercúrio, que buscará alternativas e substitutos ao uso do metal, amplamente utilizado na mineração, na indústria e em equipamentos de saúde, além de amálgamas dentárias. Nos dias 9 e 10 de maio haverá um debate com a participação de ministros dos países signatários, além do diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, e do chefe da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), José Graziano da Silva. O Brasil é signatário dos três tratados e apoiará propostas destinadas a reduzir e eliminar os riscos relacionados ao uso de substâncias perigosas e à destinação de seus resíduos. Em nome do MMA, participam do evento a diretora do Departamento de Qualidade Ambiental, Letícia Reis de Carvalho, e a diretora de Ambiente Urbano, Zilda Maria Faria Veloso.PROPOSTASA delegação brasileira apresenta proposta de adição do hexabromociclododecano (HBCD) ao Anexo A da Convenção Estocolmo, com exceções específicas para uso em poliestireno expandido e poliestireno extrudido. Há a possibilidade de o Brasil ser convidado a realizar estudos, incluindo projetos pilotos para obter informações sobre a viabilidade do uso de alternativas ao ácido perfluorooctanessulfônico (PFOS), seus sais, ao perfluorooctane sulphonyl fluoride (PFOSF), grupo de substâncias incluído no Anexo B da Convenção de Estocolmo, em 2009. Isto porque o país produz e utiliza iscas formicidas à base de sulfluramida (produzida à partir do PFOSF), para o controle das formigas cortadeiras.No âmbito da Convenção de Roterdã, será discutida, pela quarta vez em COPs, se o amianto crisotila deve ser incluído no Anexo III e submetido ao Procedimento de Consentimento Prévio Informado (PIC) de importação. Com relação à Convenção de Basiléia, serão tratados, especialmente, a parceria, coordenação e cooperação internacional para desmonte ambientalmente correto de navios; cooperação com a organização marítima internacional; legislações dos países visando ao combate das movimentações ilegais de resíduos; e caracterização e classificação de resíduos perigosos.
Segunda, 06 Maio 2013 18:10

Sob nova direção

Ex-secretária do MMA assume presidência do Jardim Botânico do Rio de Janeiro  LUCIENE DE ASSIS A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, empossou, na manhã desta segunda-feira (06/05), a cientista social Samyra Brollo de Serpa Crespo como presidenta do Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ). Doutora em História Social da Educação pela Universidade de São Paulo (USP), ela atua na área ambiental há mais de 20 anos. Substitui o professor Liszt Benjamin Vieira,que esteve à frente da instituição por uma década. Samyra Crespo deixou a Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília, órgão que comandou a partir de agosto de 2008. A nova presidenta é pesquisadora titular de História da Ciência do Museu de Astronomia e Ciências Afins, coordena a pesquisa de opinião nacional do MMA "O que os Brasileiros Pensam do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável" desde a primeira edição, em 1992. É autora de vários livros e escreve para periódicos nacionais e estrangeiros sobre meio ambiente, sustentabilidade e temas correlatos, foi tinker professor no Institute of Latin American Studies da Columbia University (NY), uma das mais renomadas cátedras para professores estrangeiros e, entre outras atividades, ocupa também o posto de vice-presidente do Conselho do Greenpeace Brasil e de presidente da Rede de Informação do Terceiro Setor (RITS). O Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, localizado no bairro do Jardim Botânico, zona sul do município do Rio, abriga uma das mais belas e bem preservadas áreas verdes da cidade, exemplo da diversidade das floras brasileira e estrangeira. Nele podem ser observadas cerca de 6.500 espécies (algumas ameaçadas de extinção), distribuídas por uma área de 54 hectares. A instituição abriga, ainda, a mais completa biblioteca do país especializada em botânica, reunindo um acervo com mais de 32 mil volumes.
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