Cristina Ávila
O secretário de Mudanças Climáticas, Eduardo Assad, esteve nesta terça-feira (28/06) em reunião da Câmara do Plano de Recursos Hídricos do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), onde falou sobre as ações necessárias para a melhoria de gestão do uso do solo no País, relacionada com a qualidade das águas de rios e córregos.
Assad enfatizou que cerca de 60% das emissões de gases de efeito estufa estão vinculadas ao uso do solo. Ele se referiu especialmente aos desmatamentos, que ao mesmo tempo em que degradam os rios também influenciam na alteração de temperatura da Terra.
"Precisamos dar especial atenção aos recursos hídricos, em um momento em que estudos da Agência Nacional de Águas (ANA) indicam que 50% das cidades podem ter problemas de abastecimento até 2015", comentou o secretário.
Os danos ambientais são como um ciclo vicioso. Se o uso incorreto dos solos pode levar às mudanças climáticas, essas alterações de temperatura provocam desastres naturais, como as inundações.
E esse é um dos focos do CNRH, que está em fase de revisão do Plano Nacional de Recursos Hídricos. "Os estados reivindicam a avaliação e o mapeamento das áreas vulneráveis a secas e cheias", enfatiza o gerente de Políticas e Planejamento de Recursos Hídricos do MMA, Franklin de Paula Júnior.
Ele explica que a reivindicação vem das consultas públicas realizadas nas 12 regiões hidrográficas brasileiras, com a coordenação do MMA, das quais participaram cerca de 20 mil representantes de governos, usuários da água e instituições públicas, privadas e da sociedade civil.
Entre as ações prioritárias que fazem parte da revisão do PNRH, estão o zoneamento das áreas sujeitas a eventos hidrológicos extremos até 2012, a avaliação de vulnerabilidade de cada uma delas e o fornecimento de informações para planos preventivos de defesa civil e de alerta para municípios e estados até 2014.
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