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Notícias

Quinta, 18 Outubro 2012 15:10

Bons resultados no Xingu

Curso voltado para a pecuária de corte orienta maneira correta de desenvolver a atividade, respeitando o meio ambienteSophia Gebrim Mais de 40 produtores rurais e técnicos de assistência rural participaram do encerramento do curso Boas Práticas Agropecuárias para Bovinos de Corte, no município São Félix do Xingu (localizado a 1050 km de Belém). Durante os três dias de atividades, os multiplicadores tiveram aulas teóricas e práticas sobre manejo adequado das pastagens, conforto do animal na propriedade rural e relações trabalhistas. “O curso foi muito bem recebido, tanto produtores quanto técnicos, que sentem falta de capacitações como esta no dia a dia e solução de conflitos nas propriedades e nos órgãos de meio ambiente”, destaca o especialista em Recuperação de Áreas Degradadas e consultor do Ministério do Meio Ambiente no Projeto Pacto Xingu para Redução do Desmatamento, Marco Aurélio Silva. Segundo ele relata, temas polêmicos como gestão das propriedades rurais e regularização fundiária de imóveis foram os assuntos que mais geraram discussões.MANEJOOs multiplicadores conheceram, ainda, mais detalhes sobre manejo adequado de pastagens e rotação do gado em diferentes áreas, modo correto de armazenamento e aplicação de vacinas, tratamento do couro bovino para venda e suplementação animal com sal e silagem (similar à ração) no verão, período que o capim fica mais seco. O conforto animal na propriedade com áreas de sombra para os períodos mais quentes do dia e relações trabalhistas de proprietários com funcionários do imóvel também foram debatidos com os participantes. “O nosso próximo passo será trabalhar com grupos menores, com no máximo cinco participantes, para implantar aulas demonstrativas e práticas nos imóveis rurais da região”, explica Silva. Como parte das ações do projeto, ainda este ano estão previstos cursos sobre cadeias de valor, licenciamento ambiental para técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a fase intermediária do curso de geoprocessamento.
Quinta, 18 Outubro 2012 13:25

Curso analisa gestão da água

Gestores e técnicos que atuam com o planejamento e a gestão de recursos hídricos podem se inscrever até dia 21Rafaela RibeiroO Ministério do Meio Ambiente, com o apoio da Agência Nacional de Águas (ANA), coordena a 6ª edição do Curso de Planejamento, Manejo e Gestão de Águas, que será realizado em Brasília, entre os dias 19 e 23 de novembro. O evento integra o Programa Iberoamericano de Formação em Matéria de Águas da Conferência de Diretores Gerais de Água da Iberoamérica (CODIA). As inscrições estão abertas até o próximo dia 21. Destinado especialmente a gestores, técnicos e interessados dos 22 países iberoamericanos que atuam com o planejamento e a gestão de recursos hídricos, o curso objetiva a atualização de conhecimentos, o intercâmbio de experiências, a disponibilização de ferramentas, a cooperação e o fortalecimento institucional das áreas hídricas e ambientais dos respectivos países participantes. A Secretaria Técnica Permanente (STP) da CODIA concederá 25 bolsas, que consistem na cobertura de custos de alojamento e manutenção para os participantes selecionados. A última edição do curso foi realizada em maio de 2011, em Montevidéu, da qual participaram 27 pessoas de 16 países da Iberoamérica. Para mais informações e realização de inscrições on line, clique aqui.
Quinta, 18 Outubro 2012 08:14

Nova Lei Florestal é sancionada com vetos

Ministra Izabella Teixeira explica que o fundamento dos vetos é não estimular desmatamentos ilegais e assegurar justiça social no campo Paulenir ConstancioNove artigos da nova Lei Florestal aprovada no Congresso Nacional foram vetados pela presidenta Dilma Rousseff.  Os vetos, anunciados pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na noite de terça-feira (17), no Palácio do Planalto, resgatam os princípios defendidos pela pasta nas negociações com os parlamentares. “Será preservado o equilíbrio entre o social e o ambiental”, garantiu Izabella Teixeira. O fundamento dos vetos foi, segundo esclareceu Izabella Teixeira, “não anistiar, não estimular desmatamentos ilegais e assegurar a justiça social e a inclusão social no campo em torno dos pequenos produtores e agricultores familiares. O Congresso poderá se manifestar e sempre estaremos abertos ao diálogo”. Foi vetada a parte do texto que implicava em desequilíbrio entre a proteção ambiental e a inclusão social. A íntegra do documento está publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (18).  Os principais vetos asseguram o retorno da chamada “escadinha”, que estabeleceu os limites mínimos diferenciados para a recuperação de áreas de preservação permanente às margens de rios.   A medida  restabelece o direito dos pequenos  agricultores, sem retirar a obrigatoriedade dos médios e grandes de recuperar áreas proporcionais a extensão de suas propriedades. Será garantido, ainda, que as áreas degradadas sejam recuperadas com um percentual  expressivo de mata nativa. Como foi aprovada, a lei autoriza a recuperação integral com espécies frutíferas, o que contraria os princípios de preservação dos cursos d’água.Foi vetada, também, por imprecisão técnica, a questão de rios intermitentes até dois metros, o que significaria uma nova faixa, fora da escadinha.  “Essa discussão não aconteceu no Congresso, apareceu no último momento”, lembrou a ministra.  O que estava previsto era a limitação em cinco metros em rios com comprimento inferior a 10 metros para as pequenas propriedades. E assegura que os médios e grandes proprietários recuperem entre 30 e 100 metros. Vídeo da entrevista da ministra Izabella Teixeira Apresentação sobre Código Florestal
Quarta, 17 Outubro 2012 15:11

Arpa entra em nova fase

Maior programa de conservação de florestas tropicais do mundo tem como objetivo proteger 60 milhões de hectares da Amazônia brasileira Da Redação O Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) começa uma nova etapa com a captação de recursos por meio de parcerias público-privadas para garantir sua viabilidade até 2050. O anúncio foi feito hoje no evento realizado pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com o WWF e o Fundo Brasileiro para Biodiversidade (Funbio) na 11a Conferência das Partes da Biodiversidade, em Hyderabad, Índia. Lançado em 2002, o Arpa é o maior programa de conservação de florestas tropicais do mundo e tem como objetivo proteger 60 milhões de hectares da Amazônia brasileira. “Devemos trabalhar para uma estratégia de gestão ambiciosa que combina gerenciamento de médio e longo prazo, bem como ter compromissos políticos e financeiros para a conservação da biodiversidade na Amazônia. Nesta perspectiva, a captação de recursos é um elemento chave”, afirmou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, por meio de discurso lido pelo secretario executivo do ministério, Francisco Gaetani. Segundo a ministra, o Arpa começou como resultado de circunstâncias políticas específicas e foi baseado em um quadro institucional que não é mais compatível com os modelos mais contemporâneos de gestão ambiental pública. Para ela, esta nova fase é uma oportunidade para inovar a gestão da biodiversidade e a modernização da governança ambiental no bioma amazônico. VISÃO ESTRATÉGICA Na opinião da ministra, o primeiro desafio a ser enfrentado pelo Arpa é assegurar uma visão estratégica do território, que reconheça a ocupação histórica e suas características econômicas, sociais, ambientais e políticas. Identificar a conservação da biodiversidade como um dos alicerces para o desenvolvimento regional da Amazônia brasileira, e esclarecer as possíveis vantagens e benefícios de ativos ambientais na Amazônia, quando comparada com a realidade e as perspectivas de outros biomas brasileiros, foi outro desafio apontado por Izabella, que voltou a ressaltar a importância do Brasil implementar as áreas de conservação já criadas. Já a coordenadora do Funbio, Rosa Lemos, destacou que o Arpa tem sido essencial para que o Brasil consiga cumprir os compromissos internacionais em torno do clima e da biodiversidade, uma vez que ele proporciona a redução significativa do desmatamento na Amazônia e a redução de emissão de CO2. O secretário executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica, Braulio Dias, afirmou que o Arpa é um dos maiores e melhores projetos de conservação do mundo. Atualmente, o programa proporciona a preservação de uma área maior do que a Alemanha, ou o equivalente ao Sistema Nacional de Parques dos Estados Unidos. Da meta de 60 milhões de hectares de preservação, 24 milhões de hectares de áreas protegidas já foram criadas.
Terça, 16 Outubro 2012 14:57

Mudança de hábito

Separação do lixo doméstico não exige muito tempo das pessoas. E ajuda na sobrevivência de muita genteRafaela RibeiroMudar alguns hábitos incorporando pequenas atitudes que envolvem consciência ambiental pode ter um grande impacto na preservação do meio ambiente. Um exemplo disso é a separação do lixo doméstico. No começo, pode parecer trabalhoso, pois envolve uma mudança de postura e um cuidado diferencial com os resíduos, como enxaguar as caixinhas de suco e leite, por exemplo. Mas depois do primeiro passo essa ação passa a ser automática. “Passa a fazer parte da rotina e não leva mais do que 30 segundos”, explica Vera Lúcia de Oliveira, dona de casa que separa o lixo doméstico há alguns anos.O Dia do Consumo Consciente, comemorado em 15 de outubro, é um incentivo para a sociedade começar essa e outras pequenas mudanças que podem ter grandes resultados: separar o lixo, economizar água, minimizar as emissões de poluentes na atmosfera, comprar apenas o que realmente é necessário e escolher empresas que tenham responsabilidade social e ambiental.Apesar da coleta seletiva ainda não estar implantada em todos os municípios do país, há, em muitos locais, cooperativas que recolhem os resíduos que são separados nas residências e dão a eles a destinação adequada: a reciclagem. No processo, o lixo é tratado como matéria-prima que será reaproveitada para fazer novos produtos. Além de diminuir a quantidade de lixo que vai para os aterros sanitários, os recursos naturais são poupados, reduz a poluição, além de gerar empregos e renda.SEM VIDROS E PNEUSEm Ceilândia, cidade satélite de Brasília, a Associação Recicle a Vida, recebe, em média, 25 toneladas de resíduos por mês. Lá, só não são recolhidos vidros e pneus. Vários catadores da Ceilândia entregam os resíduos coletados nesta associação. Vinte e quatro pessoas trabalham dentro do prédio da associação, recebendo, separando e preparando os resíduos que são prensados e armazenados em fardos e são vendidos para a indústria. Além do lixo doméstico, a Recicle a Vida recebe o lixo de oito escolas, públicas e particulares, de Ceilândia. “Já chegamos a recolher lixo de 14 escolas, mas quando muda a direção algumas pessoas não priorizam a coleta seletiva e abandonam o projeto”, relatou a presidente da Associação Recicle a Vida, Cláudia Maria Alves de Moraes. Os catadores e a própria presidente da associação visitam casas da região e orientam os moradores na coleta seletiva do lixo, mostrando a importância dessa prática para o meio ambiente e também para essas pessoas que vivem dessa renda. “Muitas casas que nós visitamos passam a entregar os resíduos sempre para a gente, ficam fixas”. Cláudia já viu a vida de muitas pessoas mudarem graças à coleta desses resíduos: “Aqui tem muito ex-morador de rua, muita gente que não tinha renda, não tinha como se sustentar e agora recebe uma quantia boa, da forma que melhor lhe convier, semanalmente, quinzenalmente ou por mês”. Segundo ela, os catadores recebem, em média, um salário mínimo e meio. “Depende do mês. Tem mês que eles tiram bem mais que isso”. O QUE É RECICLÁVELPode ser reciclado todo o resíduo descartado que constitui interesse de transformação de partes ou o seu todo. Esses materiais poderão retornar à cadeia produtiva para virar o mesmo produto ou produtos diferentes dos originais. Por exemplo: folhas e aparas de papel, jornais, revistas, caixas, papelão, PET, recipientes de limpeza, latas de cerveja e refrigerante, canos, esquadrias, arame, todos os produtos eletroeletrônicos e seus componentes, embalagens em geral e outros.Como separar o lixo doméstico?Não misture recicláveis com orgânicos - sobras de alimentos, cascas de frutas e legumes. Coloque plásticos, vidros, metais e papéis em sacos separados.Lave as embalagens do tipo longa vida, latas, garrafas e frascos de vidro e plástico. Seque-os antes de depositar nos coletores.Papéis devem estar secos. Podem ser dobrados, mas não amassados.Embrulhe vidros quebrados e outros materiais cortantes em papel grosso (do tipo jornal) ou colocados em uma caixa para evitar acidentes. Garrafas e frascos não devem ser misturados com os vidros planos.O que não vai para o lixo reciclável?Papel-carbono, etiqueta adesiva, fita crepe, guardanapos, fotografias, filtro de cigarros, papéis sujos, papéis sanitários, copos de papel. Cabos de panela e tomadas. Clipes, grampos, esponjas de aço, canos. Espelhos, cristais, cerâmicas, porcelana. Pilhas e baterias de celular devem ser devolvidas aos fabricantes ou depositadas em coletores específicos.Outras dicas:Papéis: todos os tipos são recicláveis, inclusive caixas do tipo longa-vida e de papelão. Não recicle papel com material orgânico, como caixas de pizza cheias de gordura, pontas de cigarro, fitas adesivas, fotografias, papéis sanitários e papel-carbono.Plásticos: 90% do lixo produzido no mundo são à base de plástico. Por isso, esse material merece uma atenção especial. Recicle sacos de supermercados, garrafas de refrigerante (PET), tampinhas e até brinquedos quebrados.Vidros: quando limpos e secos, todos são recicláveis, exceto lâmpadas, cristais, espelhos, vidros de automóveis ou temperados, cerâmica e porcelana.Metais: além de todos os tipos de latas de alumínio, é possível reciclar tampinhas, pregos e parafusos. Atenção: clipes, grampos, canos e esponjas de aço devem ficar de fora.Isopor: Ao contrário do que muita gente pensa, o isopor é reciclável. No entanto, esse processo não é economicamente viável. Por isso, é importante usar o isopor de diversas formas e evitar ao máximo o seu desperdício. Quando tiver que jogar fora, coloque na lata de plásticos. Algumas empresas transformam em matéria-prima para blocos de construção civil.
Terça, 16 Outubro 2012 12:36

Três países, uma posição

Brasil, Índia e África do Sul tentam unificar discurso na Convenção sobre Diversidade BiológicaMinistros e representantes das pastas de Meio Ambiente do Brasil, da Índia e da África do Sul se reuniram, nesta terça-feira (16/09), na 11ª Conferência das Partes (COP 11) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), na cidade indiana de Hyderabad. O encontro do chamado grupo IBSA teve o objetivo de alinhar o posicionamento dos três países nas negociações em andamento até sexta-feira. Com a participação de governantes de 193 países, a COP 11 definirá o futuro da CDB e do Protocolo de Nagoya, firmado em 2010 com o objetivo de criar, entre outras coisas, unidades de conservação em todo o planeta. Além disso, a conferência determinará os rumos do Plano Estratégico de Biodiversidade, incluindo as Metas de Aichi para 2020, com 20 itens para promover a proteção dos ecossistemas mundiais. ESFORÇOChefe da delegação brasileira na COP 11, o secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, defendeu a integração para o alcance de bons resultados. "O Brasil apoia o esforço da Índia no cumprimento do acordo de Nagoya, em 2010, especialmente no que diz respeito às estratégias de financiamento que devem ser definidas e aprovadas na COP 11", afirmou.O encontro ministerial do IBSA enfatizou que o estabelecimento de decisões definitivas na COP 11 é fundamental para o futuro da CDB. "Sem um objetivo claro e documentado, será difícil fazer com que os países continuem implantando o Plano Estratégico para a Biodiversidade. Isso poderá afetar drasticamente nossas oportunidades de atingir as Metas de Aichi para 2020", acrescentou Gaetani.CONVERGÊNCIAFormado em junho de 2003, o Fórum de Diálogos do IBSA é um mecanismo de coordenação para promover a articulação conjunta entre os três países emergentes. A intenção é estabelecer opiniões e posicionamentos convergentes do Brasil, da Índia e da África do Sul em discussões globais em diferentes áreas. O grupo também promove o surgimento de projetos de cooperação com nações menos desenvolvidas. (Da Secom)
Segunda, 15 Outubro 2012 16:45

Pecuária sustentável no Xingu

Objetivo é reduzir os índices de desmatamento na regiãoSophia Gebrim Tornar as propriedades rurais mais rentáveis e competitivas, além de garantir a produção de alimentos seguros, a partir de sistemas de produção sustentáveis, são os objetivos do curso Boas Práticas Agropecuárias para Bovinos de Corte, que acontece de hoje (16/10) até a próxima quinta-feira (18/10), no município São Félix do Xingu (localizado a 1050 km da capital Belém). Resultado de parceria entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o curso irá formar 40 multiplicadores, entre técnicos de instituições de pesquisa e produtores, que atuarão na região com ações que vão desde a prevenção ao desmatamento até a gestão de propriedades rurais. “O curso faz parte do pacto pela redução do desmatamento no município de São Félix do Xingu, que possui o maior rebanho municipal do país e é uma das regiões que mais desmatam também”, destaca a gerente de Projetos do Departamento de Zoneamento Territorial da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Nazaré Soares. Segundo ela, boas práticas agropecuárias com sustentabilidade geram redução nos índices de desmatamento e o avanço da produção pecuária sem precisar avançar em novas áreas. AGENDAO manejo correto no pré-abate e bons tratos, controle sanitário e identificação animal, controle reprodutivo, gestão de recursos humanos e formação e manejo de pastagens serão assuntos discutidos com os multiplicadores durante o curso. Além disso, temas como gestão ambiental, gestão e instalação de propriedades rurais serão apresentados. No último dia do encontro as aulas serão práticas, com aplicação das técnicas de boas práticas diretamente, de forma exemplar, em uma propriedade rural da região. O mundo hoje busca um tipo de pecuária de corte que tenha qualidade e sustentabilidade. O conceito de boas práticas agropecuárias surge para atender essa demanda, o que garante alimentos seguros e com atributos de qualidade que vão ao encontro dos interesses dos consumidores. Para o produtor, a atividade irá permitir a identificação e controle dos diversos fatores que atuam no sistema de produção, possibilitando, assim, aumentos significativos do rebanho mediante o uso adequado e racional das tecnologias disponíveis. Para o consumidor, o consumo de alimentos saudáveis e sustentáveis. E para o meio ambiente, a garantia da preservação e conservação de recursos naturais.
Segunda, 15 Outubro 2012 16:27

Ação “Ganhou, Doou” avança

No Mês do Consumo Consciente, ação voltada para as crianças incentiva o desapego e estimula a consciência ambiental.Letícia VerdiA ação “Ganhou, Doou”, promovida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) no Dia das Crianças, continua até o final do mês. O objetivo da ação é estimular o desapego, o não acúmulo e o não consumismo. A criança que ganha um brinquedo novo doa um antigo. "É uma forma de sensibilizar os pais sobre a importância de educar seus filhos para que sejam consumidores conscientes no futuro", explica a gerente de Projetos da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA, Fernanda Daltro. Quem não conseguiu ir até o Parque da Cidade ou o Zoológico no feriado pode entregar os brinquedos usados no edifício sede do MMA, bloco B da Esplanada dos Ministérios. Na sexta-feira (12/10) e sábado (13/10), foram arrecadados aproximadamente 100 brinquedos nos estandes do MMA no Parque da Cidade e no Zoológico de Brasília. Voluntários se revezaram para orientar as famílias em relação aos princípios de sustentabilidade e distribuir revistinhas da Turma da Mônica sobre o tema. As doações serão levadas até crianças carentes no Distrito Federal e Minas Gerais pelas organizações não governamentais (ONGs) Voluntários do Caminho, Grupo Renascer e Casa de Cultura Natália.DESDE CEDOOs gibis da Turma da Mônica, encomendados à Editora Maurício de Sousa pelo ministério, contextualizam a situação de calamidades ambientais (poluição, degelo das calotas polares, enchentes, desmatamento, etc) e ajudam a orientar as crianças sobre como ter atitudes positivas para o meio ambiente. Separar o lixo seco do úmido, saber o destino possível de cada lixo, economizar água e energia elétrica são algumas das dicas para os pequenos leitores. “Estamos tentando conscientizar nosso filho desde já”, contou Gilson de Souza, 46 anos, pai de Pedro Cecy de Souza, quatro anos. Os dois passaram a manhã do Dia das Crianças no Parque Ana Lídia, no Parque da Cidade, e Gilson leu a revistinha para o filho, que “adorou”. Segundo o pai, Pedro começa a entender que não necessita de tantos brinquedos e já demonstra preocupação com a separação do lixo. “Eles acabam ensinando a mim e ao pai como jogar fora o lixo de forma correta”, disse Alessandra Nery Fernandes, mãe de Eduardo Felipe Fernandes, 12 anos, e Guilherme Nery Fernandes, sete. “Eu sempre explico para eles que tem que doar os brinquedos que não estão usando”, comenta a mãe. Segundo ela, a maior preocupação dos filhos é com as águas de rios e lagos. “Daqui a pouco não vamos ter mais água”, alertam os meninos.Confira a galeria de imagens.
Segunda, 15 Outubro 2012 13:51

Agrotóxicos na berlinda

Consumo de produtos orgânicos cresce 40% em um ano no Brasil. Bom para o homem e para o meio ambienteSophia GebrimA busca por uma alimentação saudável faz com que aumente cada vez mais o consumo de produtos orgânicos no país. Números do Projeto Organics Brasil apontam que o consumo no setor cresceu 40% no último ano. Resultado de uma produção sem uso de agrotóxicos e que respeita os aspectos ambientais, sociais e culturais, os orgânicos ganham espaço na mesa dos brasileiros. Hoje já são frutas, verduras, mel, cereais, cosméticos e tecidos produzidos a partir de matérias-primas sem o uso de produtos químicos. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) apoia a prática, por meio da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO), instituída pelo governo federal no último mês de agosto. “Estamos também apoiando a formação da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica e o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) na elaboração de um edital para assistência técnica e extensão rural, a partir de 2013, para atender a 50 mil famílias para a produção de bases agroecológicas”, detalha o coordenador da Gerência de Agroextrativismo da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA João D’Angelis.RESÍDUOS E destaca, ainda, os benefícios do consumo de orgânicos: “Esse tipo de alimento faz bem para a saúde, para a natureza e para a economia local, o que garante a sustentabilidade da produção”. Segundo D’Angelis, são alarmantes os dados de contaminação de alimentos por resíduos de agrotóxicos. “Estudos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que, em 2010, 75% das amostras de 18 alimentos apresentaram resíduos de agrotóxicos”. Um dos objetivos da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, lançada no último mês de agosto, é ampliar o número atual de 200 mil para 300 mil famílias envolvidas com produção orgânica e em bases agroecológicas até 2014. Além disso, o governo busca incentivar o consumo desses produtos pela população.  A PNAPO pretende, ainda, integrar, articular e adequar políticas públicas, programas e ações indutoras da transição agroecológica e da produção orgânica, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população, por meio do uso sustentável dos recursos naturais e da oferta e consumo de alimentos saudáveis.Dessa forma, com essas ações, o Ministério do Meio Ambiente espera reduzir o uso de agrotóxicos e aumentar os índices de conservação da agrobiodiversidade, além de tratar-se de mais um instrumento público que busca construir agenda sustentável para a sociedade brasileira.  EM DOMICÍLIOReginaldo Silva, produtor de orgânicos no assentamento Monte Alto (localizado no município de Padre Bernardo, em Goiás), vive da atividade. “Há anos trabalhamos na produção de alimentos puros, sem agrotóxicos, nas quatro chácaras que constituem a nossa produção”, afirma. Além de participar de feiras específicas de produtos orgânicos, a pequena empresa do produtor, que trabalha com o pai, também faz entregas em domicílio da região de Brasília e entorno.Questionado quanto à qualidade das frutas e verduras que ele vende, Silva mostra-se bastante firme no conceito de sustentabilidade e bem-estar. “São produtos mais saudáveis, sabemos isso, só de tirar os agrotóxicos e os produtos químicos que são um veneno para a saúde do homem, vemos a diferença”, diz o produtor. Ele acrescenta, ainda, que o consumo vem crescendo visivelmente nos últimos anos, o que fez com que a família aumentasse o número da produção para atender À nova e crescente demanda. No mês do consumo consciente, o Ministério do Meio Ambiente, que fomenta a prática, destaca alguns pontos para incentivar o consumo de orgânicos. Confira dez motivos para consumir produtos orgânicos (fonte: Portal Ambiente Brasil): 1. Evitam problemas de saúde causados pela ingestão de substâncias químicas tóxicas; 2. São mais nutritivos. Solos ricos e balanceados com adubos naturais produzem alimentos com maior valor nutritivo; 3. São mais saborosos. Sabor e aroma são mais intensos – em sua produção não há agrotóxicos ou produtos químicos que possam alterá-los; 4. Protegem futuras gerações de contaminação química. A agricultura orgânica exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico e tem como base de seu trabalho a preservação dos recursos naturais; 5. Evitam a erosão do solo. Através das técnicas orgânicas tais como rotação de culturas, plantio consorciado, compostagem, etc., o solo se mantém fértil e permanece produtivo ano após ano; 6. Protegem a qualidade da água. Os agrotóxicos utilizados nas plantações atravessam o solo, alcançam os lençóis d’água e poluem rios e lagos; 7. Restauram a biodiversidade, protegendo a vida animal e vegetal. A agricultura orgânica respeita o equilíbrio da natureza, criando ecossistemas saudáveis; 8. Ajudam os pequenos agricultores. Em sua maioria, a produção orgânica provém de pequenos núcleos familiares que tem na terra a sua única forma de sustento. Mantendo o solo fértil por muitos anos, o cultivo orgânico prende o homem à terra e revitaliza as comunidades rurais; 9. Economizam energia. O cultivo orgânico dispensa os agrotóxicos e adubos químicos, utilizando intensamente a cobertura morta, a incorporação de matéria orgânica ao solo e o trato manual dos canteiros. É o procedimento contrário da agricultura convencional que se apoia no petróleo como insumo de agrotóxicos e fertilizantes e é a base para a intensa mecanização que a caracteriza; 10. O produto orgânico é certificado. A qualidade do produto orgânico é assegurada por um Selo de Certificação emitido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e garante ao consumidor estar adquirindo produtos mais saudáveis e isentos de qualquer resíduo tóxico.
Segunda, 15 Outubro 2012 13:29

Biodiversidade e negócios

Para o Brasil, iniciativa privada tem papel fundamental em atividades preservacionistasLuciana AbadeA valorização dos serviços ecossistêmicos e a relação da biodiversidade com os negócios foram tema do evento organizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) nesta segunda-feira (15/09), na 11ª Conferência das Partes (COP 11) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). O encontro reúne, até o fim desta semana, chefes de estado e representantes de 193 países em Hyderabad, na Índia, com a finalidade de estabelecer medidas para a preservação da biodiversidade. O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, que ocupa no momento a chefia da delegação brasileira na COP 11, abriu o debate enfatizando que, sem a iniciativa privada, o Brasil não será capaz de superar os desafios para a preservação da biodiversidade. “Quando falamos de inovação, estamos falando sobre o setor privado. Quando falamos de flexibilidade, estamos falando sobre o setor privado”, destacou.Gaetani reconheceu que as grandes empresas brasileiras enfrentam problemas com a burocracia para acessar recursos genéticos, mas ressaltou que governo e empresários têm cada vez mais buscado soluções baseadas em um diálogo franco, objetivo e construtivo. “Estamos lidando com um assunto complexo porque estamos lidando com o desconhecido. Dependemos muito da pesquisa e do desenvolvimento. A legislação pode ser aprimorada, mas estamos trabalhando num esforço coordenado de governo”, afirmou.IMPASSEO Brasil, ao lado da Indonésia e do Congo, detém a maior diversidade biológica do planeta. Na opinião do secretário, é preciso criar condições para tirar vantagem disso. Além disso, David Steurman, do Secretariado da CDB, ressaltou a importância de governos, empresas, organizações não-governamentais e a Organização das Nações Unidas (ONU) trabalharem juntos para resolverem os impasses em torno do uso dos recursos genéticos. O painel contou com as empresas parceiras do CEBDS, como Monsanto, Syngenta e Votorantim que, juntas, abordaram como as empresas podem trabalhar com o governo para a reforma política ambiental, os desafios e incógnitas que as empresas enfrentam em equilibrar as necessidades de negócios com a preservação da biodiversidade, e como as empresas podem participar de campanhas de educação para conscientizar funcionários e comunidade local.
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