Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > InforMMA
Início do conteúdo da página

Notícias

Quinta, 27 Setembro 2012 15:15

Cuidando da Bacia do Prata

Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai definem atribuições e devem apresentar projeto até 2015Rafaela RibeiroO Brasil é referência na America Latina na governança democrática da água com os modelos de comitês de bacias, conselhos municipais, estaduais e nacional de recursos hídricos, entre outros instrumentos que o país utiliza para aproximar gestores, sociedade civil, acadêmicos. A experiência colocou o país, por meio do Ministério do Meio Ambiente, como um dos coordenadores do componente Participação Pública, Comunicação e Educação do Programa Marco da Bacia do Prata, estabelecido pelo Comitê Intergovernamental da Bacia do Prata. “A experiência emblemática do Brasil na questão da governança democrática da água nos conferiu essa responsabilidade e estamos promovendo encontros, com trocas de experiências, que possam nos munir de informações para concluirmos a versão preliminar desse tema, participação pública”, ressalta o gerente de Projeto do Departamento de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente Franklin de Paula Júnior.Outros três países, dos cinco que compõem o grupo também tiveram suas atribuições definidas.A área de Comunicação está sendo coordenada pelo Paraguai, enquanto o tema Educação ficou sob a responsabilidade do Uruguai e da Argentina. Cada nação vai elaborar um documento preliminar sobre o tema que lhe cabe. INTEGRAÇÃOO secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Pedro Wilson, explica que os comitês de bacias são instrumentos democráticos para tratar da gestão da água: “O comitê é uma espécie de parlamento da bacia do rio em que deve ter todas as representações de governo, da sociedade civil, da universidade”. Ele defende que não há como separar as águas, porque os cursos d’água são contínuos, integrados, um compõe o outro e o que acontece em um riacho afeta o rio que recebe suas águas e não há fronteira que impeça que essa corrente siga. “A sujeira aqui do Rio Meia Ponte, em Goiânia, pode afetar o Rio Paraná, em Rosário, na Argentina", explica Wilson. “Quando a gente olha, por exemplo, Águas Lindas, Santo Antônio, Rio Descoberto, esse rio cai no Corumbá e o Corumbá cai no Paranaíba”.O presidente do Comitê de Bacia do Rio Paranaíba, Paulo Salles, ressaltou a importância dos comitês de bacias e dos encontros promovidos para o debate em torno na gestão da água. “Estamos lutando para implantar um novo conceito de gestão no país, que é a gestão por bacias começando, naturalmente, pela gestão das águas”, argumenta. “Esperamos que isso tenha reflexo em todos os outros campos. O rio que passa na minha casa pode compor uma bacia que está dentro de outra bacia maior, que está dentro de outra bacia maior. E a Bacia do Prata inclui muitos dos rios brasileiros, muitas bacias brasileiras importantes como a Bacia do Paranaíba. Essa integração entre as diversas escalas é essencial para qualquer processo de gestão”. DESENVOLVIMENTOO Comitê Intergovernamental da Bacia do Prata é composto por cinco países: Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai e foi criado no final da década de 1960. Seu objetivo principal é promover o desenvolvimento sustentável da Bacia do Prata, além de gerir eventuais conflitos entre os países. Os participantes são representantes técnicos da área de recursos hídricos dos países membros e os representantes políticos (representantes dos Ministérios das Relações Exteriores). “Em 2004 foi criado um programa com maior envergadura para elaborar estudos na área ambiental, na área hídrica, e a partir daí se fazer um planejamento de longo prazo”, relata Franklin de Paula Júnior. “A primeira fase do programa é a análise do diagnóstico trans fronteiriço e, depois disso, gerar um plano estratégico de ação com previsão de ser elaborado até 2015”. A Bacia Platina é a segunda maior bacia hidrográfica do Brasil, com 1.397.905 km². Estende-se pelo Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina.É formada pelas sub-bacias dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai e por seus respectivos afluentes, formando a bacia do Prata ou Platina. No território brasileiro, abrange três regiões hidrográficas nacionais: Região do Paraguai, do Paraná e do Uruguai. Dentro dessas regiões, oito estados e o Distrito Federal - Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Quinta, 27 Setembro 2012 14:40

Cumprindo metas

Brasil apresentará na Índia medidas para proteger os ecossistemas até 2020Lucas TolentinoAs estratégias brasileiras para o alcance dos objetivos mundiais de preservação da natureza serão apresentadas na 11ª Conferência das Partes (COP-11) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), marcada para o período de 1º a 19 de outubro em Hyderabad, na Índia. O objetivo é mostrar como estão sendo adequadas à realidade do país as Metas de Aichi, que consistem em 20 itens para serem atingidas até 2020 com o objetivo de promover a proteção dos ecossistemas em todo o mundo. A decisão foi aprovada, nesta quinta-feira (27/09), pela Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio). Pela deliberação, até 2013, o conjunto de metas nacionais será atualizado com base nas disposições de Aichi e nas necessidades de criação de unidades de conservação. “Vamos mostrar que o processo de internalização das Metas de Aichi está extremamente avançado”, explicou o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Roberto Cavalcanti.DIÁLOGOO diálogo entre governo, empresas e sociedade civil também está entre as medidas para o alcance das Metas de Aichi, que têm como prazo final o ano de 2020. “Elas são factíveis e mostram uma oportunidade de expandir o sistema”, declarou Cavalcanti. “Trata-se de um trabalho em progresso e vamos mostrar que estamos mais avançados do que muitos países”, acrescentou o chefe do Departamento de Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Paulino Carvalho.Apenas uma das 20 metas ainda não foi adaptada, de fato, à realidade brasileira. De acordo com o item de número 11 do documento de Aichi, 17% das áreas terrestres e de águas continentais e 10% das áreas marinhas e costeiras terão de estar amparadas por sistemas de proteção até 2020. O Brasil, no entanto, ainda não definiu qual será o percentual mínimo de unidades de conservação que deverão haver em cada um dos biomas do país.
Quarta, 26 Setembro 2012 15:40

Chile debate agricultura e clima

Reunião discutirá caminhos de diálogo sobre as novas tecnologias em mitigação e adaptação da agricultura às mudanças climáticasSophia GebrimAgricultura, clima e sustentabilidade serão discutidos nesta quinta e sexta-feira (27 e 28), em Santiago (Chile), no 3º Seminário Regional de Agricultura e Mudança Climática. O encontro, promovido pela Divisão de Desenvolvimento Agrícola Produtivo e Empresarial da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) das Nações Unidas, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação no Brasil (FAO) e governo francês irá analisar e criar caminhos de diálogo sobre as novas tecnologias em mitigação e adaptação da agricultura às mudanças climáticas. O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Cabral, representa a ministra da Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na reunião. O secretário adianta parte do que será apresentado no painel “Rio+20 e a necessidade de novas políticas para enfrentar as mudanças climáticas na agricultura”, na manhã desta quinta (27). Segundo ele, o relatório final da Rio+20 traz como urgente a adoção de ações que visem o desenvolvimento sustentável, indicando a necessidade de promover agricultura sustentável de modo a aumentar a segurança alimentar e erradicar a fome, tornando-a economicamente viável ao mesmo tempo em que preserve os recursos ambientais e amplie a resiliência à mudança do clima e aos desastres naturais.MERCADOS“Dessa forma, o relatório propõe fortalecer a agricultura sustentável aprimorando o funcionamento dos mercados e fortalecendo a cooperação internacional, particularmente para países em desenvolvimento, ampliando o financiamento público e privado”, diz o secretário. O relatório propõe, também, ações para melhorar a pesquisa agropecuária, os serviços de extensão, treinamento e educação para aumentar a produtividade agrícola e a sustentabilidade por meio do intercâmbio voluntário de informações e boas práticas. Questionado sobre a sua visão sobre a temática agrícola e mudanças climáticas, Cabral reforça que não há mais espaço para dissociar o desenvolvimento sem a integração da visão econômica com a justiça social e sustentabilidade ambiental. “É urgente a adoção de medidas para a erradicação da pobreza e diminuição das desigualdades, porém com a correção dos padrões insustentáveis de produção e consumo”, salienta. Para ele, nesse contexto, é inadmissível o planejamento econômico e a instituição de qualquer política pública sem considerar as vertentes social e ambiental, como a inclusão social e a valoração das externalidades ambientais. Discussões sobre o potencial da nanotecnologia na produção agrícola e agricultura de precisão (técnica avançada que busca a sustentabilidade no campo), além de casos de sucesso de eficiência energética no modelo agrícola francês também fazem parte da agenda do 3º Seminário Regional de Agricultura e Mudança Climática. ESTAÇÕES Além disso, representantes do governo do México demonstrarão o funcionamento da Rede Nacional de Estações Agroclimáticas, composta por 925 estações distribuídas em 25 estados, com monitoramento do clima e processos agrícolas. Líderes da Colômbia irão abordar, ainda, a Rede de Mudanças Climáticas Colombiana e o governo do Chile a Rede Metereológica Agroclima. Além de experiências e do relatório da Rio+20 o governo brasileiro apresentará políticas públicas de incentivo a práticas agrícolas sustentáveis, como o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade (PNPPS) e o Programa Bolsa Verde, ações essas que buscam a conciliação da preservação com produção por meio do extrativismo sustentável, garantindo alternativas de geração de renda para as comunidades rurais.
Quarta, 26 Setembro 2012 13:06

Ministra em comissão da ONU

Painel de Alto Nível de Pessoas Eminentes para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015 definirá ações que substituirão as Metas do MilênioLucas TolentinoA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, será a única brasileira a integrar o Painel de Alto Nível de Pessoas Eminentes para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015. A nomeação foi feita pelo secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, em meio à Assembleia Geral da entidade, que ocorre nesta semana em Nova York. A promoção do desenvolvimento aliado à sustentabilidade está entre as principais funções do grupo.O painel concentra 26 pessoas notáveis de todo o mundo, entre governantes, empresários, pesquisadores e integrantes da sociedade civil. A equipe discutirá ações para serem seguidas pelos países depois de 2015, quando se encerrerá o prazo estabelecido pelas Metas de Desenvolvimento do Milênio. Os trabalhos serão feitos em parceria com o grupo intergovernamental criado pela Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada, em junho, no Rio de Janeiro. DESAFIOSParalelamente à Assembleia-Geral, Izabella Teixeira e os demais membros se encontraram pela primeira vez para a reunião inaugural do grupo. De acordo com ela, os desafios são estimular a economia verde depois de 2015 e avançar nos resultados da Rio+20. "A Rio+20 reafirmou a visão sobre desenvolvimento sustentável num mundo que precisa caminhar para a paz e fortalecer os ambientes de negociação e diálogo no multilateralismo", defendeu a ministra. A chefia do Painel de Alto Nível será dividida entre os presidentes da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, e da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, e o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron. Izabella foi designada para integrar o grupo no lugar da presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Vanessa Petrelli, que pediu demissão do posto.
Terça, 25 Setembro 2012 14:59

Agenda para a Índia

Conabio faz reunião extraordinária para definir atuação do Brasil em eventos sobre clima e biossegurançaLuciene de AssisOs conselheiros da Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio) realizam, nesta quinta-feira (27/09), a sua 16ª reunião extraordinária, em Brasília. Trata-se de um evento preparatório para a participação de representantes da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministério do Meio Ambiente (MMA) na 11ª Conferência das Partes (COP-11) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e na Sexta Reunião das Partes do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança. A COP-11 se realizar no Centro de Convenções Internacional de Hyderabad, na Índia, de 1º a 19 de outubro.A Conabio é composta por representantes de órgãos governamentais e organizações da sociedade civil e tem um relevante papel na discussão e implementação das políticas sobre a biodiversidade. Os integrantes da Comissão discutiram, exaustivamente, 20 propostas de metas nacionais para a biodiversidade, construídas a partir das Metas de Aichi, estabelecidas durante a Convenção de Nagoya, no Japão, e que balizarão a posição do Brasil na COP-11.
Terça, 25 Setembro 2012 14:56

Políticas agroambientais em debate

Histórias de sucesso em de Brasil, Colômbia, Chile, México e Nicarágua são tema de seminário Sophia Gebrim O Projeto de Fortalecimento de Políticas Agroambientais em Países da América Latina e Caribe, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) do Brasil e Organização das Nações Unidas Para Agricultura e Alimentação (FAO), terá sua primeira reunião de coordenação nesta quarta-feira (26/09), em Santiago. O projeto, lançado durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), identificará experiências de sucesso na área agroambiental no Brasil, Colômbia, Chile, México e Nicarágua para difundir essas ações em países da America Latina e Caribe. O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Paulo Cabral, participa da reunião representando o Brasil e adianta parte da estratégia brasileira que será apresentada durante o encontro. “Mostraremos a nossa experiência em políticas formuladas especificamente sob o conceito agroambiental, como os programas Bolsa Verde e Mais Ambiente e o Plano Nacional das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade”, afirma. Segundo ele, essas ações foram escolhidas pois preconizam a relação agricultura e meio ambiente de forma saudável, rentável e benéfica, dos pontos de vista ambiental, social e econômico. Durante a reunião, representante brasileiro mostrará algumas políticas públicas de desenvolvimento rural que, desde sua formulação, carregam preocupações na dimensão ambiental. Como é o caso do Macroprograma de Transição Agroecológica e Construção Participativa do Conhecimento para a Sustentabilidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Programa de Garantia de Preços de Produtos da Sociobiodiversidade, a Política da Agricultura Orgânica e a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Pnater). CASOS DE SUCESSO Brasil, Colômbia, Chile, México e Nicarágua foram escolhidos pelo Projeto por serem países onde as políticas agroambientais apresentam melhores resultados, segundo avaliação da FAO. Dessa forma, o objetivo da cooperação é mostrar as experiências de sucesso desses países, que conseguiram aliar o crescimento agrícola às práticas sustentáveis, e a importância das políticas públicas no processo. “Assim, esperamos transmitir esse conhecimento aprendido aos países da América Latina e Caribe”, salienta o secretário do MMA. Por fim, Cabral explica que, inicialmente, serão identificadas as experiências de sucesso para posteriormente fazer o intercâmbio de conhecimento e tecnologia. “O Brasil possui experiências exitosas que podem ser compartilhadas com outros países e queremos promover o intercâmbio dessas experiências, fortalecendo as políticas implementadas no Brasil e contribuindo com o processo de discussão que acontece nos demais países no âmbito da agricultura sustentável", argumenta.
Terça, 25 Setembro 2012 14:52

Educação ambiental no DF

MMA participa do II Circuito de Ciências das Escolas Públicas Letícia VerdiOs alunos das escolas públicas do Distrito Federal vão receber material didático sobre meio ambiente, assistir a vídeos do Circuito Tela Verde e tirar dúvidas sobre sustentabilidade durante o II Circuito de Ciências das Escolas Públicas do Distrito Federal. O evento começa às 14h desta quarta-feira (26/09) e termina no final da tarde de quinta-feira (27/09), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, em Brasília. O Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio do Departamento de Educação Ambiental (DEA), terá um estande no evento para divulgar informações a crianças e jovens. “A interdisciplinaridade proposta pelo II Circuito está prevista na Política Nacional de Educação Ambiental – Lei 9795/1999”, lembra o diretor do DEA, Nilo Diniz. “Bem informados, os jovens podem dar a sua contribuição para o desenvolvimento sustentável do país”. Produzido pela Secretaria de Educação do Governo do Distrito Federal o evento é aberto ao público em geral. Os melhores trabalhos de pesquisa serão selecionados com o objetivo de socializar experiências pedagógicas bem sucedidas realizadas nas instituições brasilienses. Além disso, servirá como preparatório para a Semana Nacional de Ciências e Tecnologia, que acontece entre 15 e 21 de outubro, promovida pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Terça, 25 Setembro 2012 14:46

CAR na Amazônia Legal

MMA garante tecnologia e infraestrutura para a realização do cadastro dos imóveis ruraisSophia Gebrim Representantes dos nove estados que fazem parte da Amazônia Legal discutem a partir de hoje (25/09), até a próxima quinta-feira (27/09), em Brasília, o Cadastro Ambiental Rural (CAR). É o segundo encontro que o Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR), promove com os estados para discutir a regularização ambiental de imóveis rurais. Durante a abertura do evento, na manhã desta terça-feira, o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Paulo Cabral, destacou a importância das parcerias estaduais no processo de implantação do CAR. “Apoiaremos com a tecnologia necessária e infraestrutura os órgãos estaduais de meio ambiente para a realização do cadastro junto aos agricultores locais”, afirma. Ele cita, ainda, o trabalho do MMA em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) como forma de fortalecer e acelerar o cadastramento. No caso do Incra, Cabral diz que já foi verificada a possibilidade de integração do Sistema de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR) com o Sistema Nacional de Cadastro Rural (SNCR), ferramenta do Incra que controla assentamentos em todo o país. “Dessa forma, pretendemos fazer essas parcerias e modernizar os sistemas, integrados, utilizando as informações ambientais do MMA e o georreferenciamento do Incra”, explica. AGENDAComo parte da programação do seminário, o Programa de Regularização Ambiental (PRA) será apresentado e discutido com os participantes, que farão sugestões e apontarão as melhores estratégias de implantação do cadastro ambiental nos seus respectivos estados. Também está prevista uma apresentação do Incra sobre regularização ambiental nos assentamentos rurais e do SiCAR, ferramenta do MMA utilizada para efetivar o cadastro. Ao término das discussões, as informações serão sistematizadas em relatório para consolidação junto aos órgãos estaduais de meio ambiente.A região conhecida como Amazônia Legal no Brasil abrange nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. A área corresponde a 61% do território nacional é uma das vegetações mais rica em biodiversidade do mundo. No último dia 18 de setembro, o MMA discutiu o CAR com representantes dos estados do Cerrado. O próximo encontro está previsto para o dia 2 de outubro, com lideranças dos estados da Mata Atlântica e Caatinga.
Terça, 25 Setembro 2012 14:31

Copa mais “verde”

MMA discute a adoção de projetos de redução das emissões de gases poluentes decorrentes das obras do torneioLucas TolentinoMesmo com os inúmeros benefícios para o Brasil, a Copa do Mundo de 2014 pode gerar impactos ambientais nas cidades que sediarão os jogos do torneio. Para evitar consequências negativas ligadas às mudanças climáticas, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) trabalha ações com o objetivo de transformar o torneio em uma Copa Verde, com enfoque na sustentabilidade das obras em andamento nas 12 cidades-sede.O aumento no consumo de energia, a construção de estádios e o deslocamento urbano aparecem como as principais ameaças para o meio ambiente. “A Copa do Mundo tem um grande potencial de transformação e consolidação das tecnologias de baixo carbono”, justifica a gerente Karen Cope, da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ) do MMA. “É importante deixar, após o evento, um legado de economia verde”.GESTÃOA Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade, criada em função da Copa do Mundo, é onde se discute os temas ambientais ligados ao evento. No âmbito das mudanças climáticas, as iniciativas se concentram na gestão das emissões de gases de efeito estufa. Entre elas, está o guia para elaboração de um inventário, com o objetivo de subsidiar a execução de obras sustentáveis nos estados. Uma parceria com a Embaixada Britânica possibilitou a realização de oficinas de capacitação com representantes de várias cidades-sede. A cooperação tem permitido que as orientações e alternativas sigam as diretrizes do Useful Simple Projects, entidade responsável pelo inventário de emissões de gases de efeito estufa das Olímpíadas de Londres, realizadas neste ano. EXEMPLOSKaren Cope defende que as medidas da Copa Verde considerem experiências vividas por outros países que sediaram grandes eventos. Segundo ela, as duas últimas Copas do Mundo, realizadas na África do Sul (2010) e na Alemanha (2006), já levavam em consideração aspectos ambientais. “Em muitos casos, tentam compensar as emissões por meio de reflorestamento”, afirma. Mas o que queremos é não emitir gases de efeito estufa”. O projeto da Copa Verde envolve diversos órgãos do Executivo. O acordo de cooperação celebrado entre o MMA e o Ministério do Esporte determina que haja um esforço conjunto na incorporação da esfera ambiental às obras decorrentes da competição. Firmado em 2010, o pacto tem, ainda, o objetivo de assegurar o envolvimento dos governos estaduais e municipais no processo.
Segunda, 24 Setembro 2012 16:16

Em defesa do pau brasil

Portaria do MMA objetiva promover ações estratégicas destinadas à conservação da espécie e do seu habitat naturalLuciene de AssisO Programa Nacional de Conservação do Pau Brasil, instituído pela Portaria nº 320/2012 e publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (24/09), foi criado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, com o objetivo de promover ações estratégicas destinadas à conservação da espécie e do seu habitat natural. “Tenho o prazer de anunciar, hoje, o lançamento oficial do Programa Nacional de Conservação do Pau Brasil, uma espécie que tem um significado especial para todos os brasileiros, pois deu origem ao nome do nosso país”, disse a ministra, ao abrir a XXI Sessão do Comitê de Florestas (Cofo) da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em Roma, Itália.O programa foi construído a partir dos compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e na Convenção sobre Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (Cites), ambas ratificadas pelo governo brasileiro. De acordo com a portaria, o PNC Pau Brasil tem como metas a reavaliação do estado de conservação da espécie; a identificação de Unidades de Conservação e áreas remanescentes que abrigam populações de pau brasil; a revisão e a implementação do Plano de ação Nacional do Pau Brasil; e a promoção do uso sustentável e de plantios comerciais da espécie em iniciativas e empreendimentos públicos e privados.CONSERVAÇÃOAs ações serão desencadeadas pelo Grupo Executivo do PNC Pau Brasil criado pela portaria e formado por representantes do MMA e de entidades vinculadas, como o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O grupo executivo terá 180 dias para apresentar o plano de trabalho à consideração da Comissão Nacional de Florestas (Conaflor), a partir das metas estabelecidas pela Portaria. A preocupação da ministra Izabella Teixeira em desencadear ações estratégicas voltadas à conservação e ao uso sustentável da espécie se justifica, já que o pau brasil figura, desde 2004, na lista oficial de espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção. Por isso mesmo, o programa visará a conservação dessa árvore, promoverá a recomposição das áreas degradadas e a ampliação da cobertura de florestas compostas por essa espécie de árvore.O pau brasil é espécie típica da Mata Atlântica e já foi abundante entre o Rio Grande do Norte a São Paulo. Sua extração foi favorecida pela localização das florestas junto ao litoral, especialmente na época da colonização do país, quando os portugueses descobriram a vocação do pau brasil (ibirapitanga, em tupi-guarani) para o tingimento de tecidos devido à existência de um corante avermelhado chamado brasilina. A árvore, que tem o tronco e galhos cheios de espinhos e pode atingir 30 metros de altura, chegou a ser considerada extinta da natureza e, por pouco, não desapareceu, depois de 375 anos de exploração. Agora, ela é considerada a árvore nacional, está protegida por lei e não pode mais ser cortada das florestas.
Página 317 de 809
Fim do conteúdo da página