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Documento definirá metas de redução do desmatamento e queimadas a serem alcançadas até 2020LUCIENE DE ASSISRepresentantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), de outros dez ministérios, incluindo o Gabinete Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, reúnem-se, no dia 8 de novembro, na sede do MMA, em Brasília, para planejar a elaboração da nova versão do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Cerrado (PPCerrado). O documento definirá objetivos, metas e resultados a serem alcançados até 2020. A decisão de ampliar o horizonte temporal até 2020 deve-se à Lei 12.114/2009, que instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) e estabelece que o Brasil deverá reduzir suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) entre 36,1% e 38,9% no período. Para isso, é preciso haver uma redução de 40% nas emissões decorrentes do desmatamento desordenado no Cerrado e de 80% na Amazônia. A gerente de projetos do MMA, Juliana Simões, calcula que a proposta para o PPCerrado estará concluída até março de 2014.CONSULTA PÚBLICAA nova versão será colocada em consulta pública para que os governos estaduais e entidades da sociedade civil também apresentem sugestões, que devem ser incorporadas ao plano. Concluída esta etapa, a versão final será entregue, em maio do ano que vem, à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. "Como o PPCerrado é um dos instrumentos da lei queinstitui a Política Nacional sobre Mudança do Clima, será possível pactuar, no âmbito do governo federal, resultados mensuráveis para o alcance da redução dos gases de efeito estuda prevista, com metas a serem alcançadas até 2020", avalia Juliana Simões. Criada em 2010, a Comissão Executiva do PPCerrado tem a atribuição de monitorar, acompanhar e propor medidas capazes de superar eventuais dificuldades na implantação do plano.O PPCerrado é um plano tático operacional, com ações, responsabilidades e metas claramente definidas. O principal objetivo é promover a redução contínua da taxa do desmatamento e da degradação florestal, bem como da incidência de queimadas e incêndios florestais no bioma Cerrado, por meio da articulação de ações e parcerias entre União, Estados, municípios, sociedade civil organizada, setor empresarial e universidades.Trata-se de um esforço governamental coordenado, que visa abandonar o atual modelo de crescimento predatório, considerando-se a importância de manter os remanescentes da vegetação nativa do Cerrado, bem como dos recursos naturais associados e da promoção de meios econômicos e sociais em benefício das populações do Cerrado. A primeira fase do PPCerrado contou com ações de todo o governo federal, entre 2010 e 2011, em consonância com o Plano Plurianual vigente na época.
Tudo será feito assegurando a integridade do patrimônio indígena SOPHIA GEBRIM  O Comitê Gestor da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI) foi instalado na manhã desta quarta-feira (30/10), no Centro de Formação em Política Indigenista da Fundação Nacional do Índio (Funai), em Sobradinho (DF). O grupo foi criado para articular, acompanhar e monitorar ações e programas de apoio à implantação da Política, instituída por meio do Decreto nº 7.747, de 2012. O objetivo da PNGATI é promover e garantir a proteção, recuperação, conservação e o uso sustentável dos recursos naturais das terras e territórios indígenas, assegurando a integridade do patrimônio indígena, a melhoria da qualidade de vida e as condições plenas de reprodução física e cultural das atuais e futuras gerações dos povos indígenas, respeitando sua autonomia sociocultural.   Representantes da Funai, da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), dos ministérios do Meio Ambiente (MMA) e da Justiça, além de povos indígenas e sociedade civil, fazem parte do Comitê Gestor da PNGATI. Segundo o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Paulo Cabral, a PNGATI foi construída com grande participação dos povos indígenas e está baseada em sete eixos: proteção territorial e dos recursos naturais; governança e participação indígena; áreas protegidas, unidades de conservação e terras indígenas; prevenção e recuperação de danos ambientais; uso sustentável de recursos naturais e iniciativas produtivas indígenas; propriedade intelectual e patrimônio genético; capacitação, formação, intercâmbio e educação ambiental.PLANOS DE GESTÃO Dentro do contexto e atuação da PNGATI, o secretário reforçou qual o papel e ações do MMA, por meio da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR). “Hoje estamos apoiando 16 Planos de Gestão Territorial e Ambiental para a Amazônia Legal, no âmbito do Programa Demonstrativo dos Povos Indígenas, no valor de quatro milhões de reais”, disse. Segundo ele, os projetos já foram selecionados e em breve acontecerá uma capacitação inicial para os representantes das entidades em dois grupos distintos. “O primeiro grupo abriga dez projetos e o curso de capacitação será de 4 a 8 de novembro e o segundo será de 11 a 15 de novembro”, detalhou. “Para o primeiro grupo todas as passagens aéreas já estão emitidas e as diárias pagas.”PLANOS Cabral lembrou, ainda, que o MMA, por meio SEDR, está trabalhando na articulação para captação de três milhões de reais no Fundo Clima para elaboração de Planos de Gestão Territorial e Ambiental nos Bioma Caatinga e Cerrado. “O Conselho Deliberativo do Fundo Clima aprovou a proposta e a ideia é aportar este recurso no Projeto que a Funai está negociando com o Programa das Nações para o Desenvolvimento (PNUD) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), para que a Funai faça a execução”, explicou. E uma articulação com o Fundo Amazônia para captar 55 milhões de reais para apoiar propostas de elaboração e implantação dos Planos de Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas na Amazônia. O secretário citou como ação do MMA os cursos de Formação Continuada em PNGATI, organizados em parceria com a Funai, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB). “Estão sendo organizados quatro cursos”, revelou. “Três deles por iniciativa do IEB, com recursos internacionais, na Amazônia”. Além disso, a SEDR/MMA e o ICMBio, com os outros parceiros (Funai e IEB), estão realizando o Curso de Formação do Bioma Mata Atlântica para o Sudeste e Sul do país. “A oficina de mobilização aconteceu em agosto e a 1ª Etapa do Curso vai acontecer na segunda quinzena de novembro”, informou. “A Funai, em 2014, vai organizar os Cursos de Formação em PNGATI nos biomas Cerrado e Caatinga”.  A 1ª Reunião do Comitê Gestor da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI) será encerrada nesta quinta-feira (31), segundo e último dia do encontro, quando será discutida a minuta de Regimento Interno do Comitê e a Proposta de Diretrizes Gerais para Plano de Trabalho do Comitê Gestor.
Objetivo é adaptar documento à Política Nacional sobre Mudança do Clima LUCAS TOLENTINO A consulta pública para atualização do Plano Nacional sobre Mudança do Clima (Plano Clima) foi prorrogada. Os interessados terão até o dia 8 de novembro para enviar contribuições para a versão final. O objetivo é receber propostas que possam contribuir para o aperfeiçoamento do programa em consonância com a Política Nacional sobre Mudança do Clima. Além disso, em 12 de dezembro, haverá reunião presencial, em Brasília, para integrar os representantes da sociedade civil e do governo envolvidos no processo. Com a conclusão da consulta, as contribuições recebidas passarão por avaliação do Grupo Executivo (GEx) do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima (CIM). Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, o GEx analisará o material enviado e fará uma proposta de atualização do Plano, que será submetida ao CIM, coordenado pela Casa Civil, e à alta administração do governo federal. A previsão é que o processo termine até o primeiro semestre do próximo ano. A consulta é aberta a todos os públicos. Clique aqui para acessar o formulário para envio de contribuições, a versão em atualização do Plano Clima e outros documentos.
Construções sustentáveis, consumo de energia e água estão em debate  LUCAS TOLENTINO O governo federal discute medidas de sustentabilidade nos órgãos da administração do país. Entre esta quarta (30/10) e quinta-feira (31/10), ocorre o 1o Diálogo Finanças e Meio Ambiente: Seminário Internacional Gastos Sustentáveis e Eficiência Energética. Realizado em Brasília, o evento tem o objetivo de levantar soluções e debater experiências na aplicação de políticas ligadas ao tema, além de identificar desafios e estratégias para formular programas de eficiência de energia em prédios públicos. Organizado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Escola de Administração Fazendária (Esaf), o seminário tem apoio de programas de cooperação internacional com países como Alemanha, França e Estados Unidos. Entre os assuntos que serão discutidos, estão o fomento a construções sustentáveis, as inovações nos prédios pelo mundo afora e a integração do uso da água e dos resíduos nas edificações. Formas de economizar energia e custos também estão em pauta.CLIMAAs medidas de eficiência energética apresentam, entre outras, soluções para a redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. O diretor de Mudanças Climáticas do MMA, Adriano Santhiago, destacou a necessidade de evitar a polarização. “Não dá para considerar como uma questão entre ambientalistas e desenvolvimentistas”, afirmou. “As mudanças climáticas fazem parte de um diálogo em que a variável ambiental é determinante, mas não pode ser encarada como a única”. A união de esforços entre os órgãos de caráter ambiental com os destinados à política financeira é essencial para a promoção da sustentabilidade no país. “Fóruns como esse permitem o fluxo de informações, trazem novos proposta para a área econômica e encontram alternativas para que os gastos públicos contemplem a questão ambiental”, afirmou o subsecretário de Planejamento, Orçamento e Administração do Ministério da Fazenda, Paulo de Tarso Campolina. “É possível almejar um mundo onde floresçam economias mais verdes.”
Serão 85 mil pessoas beneficiadas nesta fase do projetoRAFAELA RIBEIROO secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ney Maranhão, assinou, na manhã desta terça-feira (29/10), convênio do Programa Água Doce com o Estado de Pernambuco. O investimento de R$ 36,9 milhões beneficiará com água potável 85 mil pessoas do Semiárido pernambucano. A assinatura aconteceu na abertura do SemiáridoShow, feira promovida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que mostra as potencialidades do Semiárido, por meio de tecnologias que proporcionam melhor convivência com as características peculiares do solo e clima da região.O convênio tem como meta a implantação e recuperação de 150 sistemas de dessalinização e 20 unidades produtivas em 170 comunidades rurais da região. “É um programa fantástico. Serão 150 unidades de dessalinização e 20 unidades produtivas que, além de oferecer água potável, terão os tanques de tilápias, fonte de proteína e renda para as comunidades, e também os canteiros de erva-sal (atriplex) que serve de alimento para caprinos, ovinos e bovinos”, explicou Maranhão. “Aqui tem uma unidade demonstrativa de 5 mil metros quadrados. Dá pra ver direitinho como funciona. O melhor é que é uma solução permanente para a questão da falta de água potável das comunidades”. O dinheiro será investido no diagnóstico das comunidades, instalação e recuperação dos sistemas de dessalinização e manutenção preventiva dos equipamentos. O diagnóstico é a primeira etapa. A partir desse estudo serão conhecidas as condições socioambientais e informações referentes aos sistemas de abastecimento de água das comunidades rurais da região que sofrem com a falta de água potável. Serão diagnosticadas 510 comunidades. O QUE ÉA unidade é um sistema de produção sustentável integrado por três subsistemas independentes. No primeiro momento, a água é captada pelo poço profundo, enviada a um dessalinizador e em seguida armazenada em um reservatório para distribuição. No segundo, o resíduo do dessalinizador, água muito salina, é utilizado para o cultivo da tilápia. Em seguida, o concentrado dessa criação, rico em matéria orgânica, é aproveitado para a irrigação da erva-sal (Atriplex nummularia), que, por sua vez, é utilizada na produção de feno para a alimentação de ovinos e caprinos da região, fechando, assim, o sistema de produção ambientalmente sustentável. São ações integradas, de forte impacto social, que, além de produzir água potável para as comunidades atendidas, proporciona o aproveitamento econômico dos resíduos do processo. Como resultado, há melhoria da qualidade de vida da população e redução do impacto ambiental.OBJETIVOEm parceria com instituições federais, estaduais, municipais e a sociedade civil, o Programa Água Doce tem por objetivo estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano, com a instalação desses sistemas de dessalinização nas comunidades mais carentes da região.Os municípios com menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH), altos percentuais de mortalidade infantil, baixos índices pluviométricos com dificuldades de acesso aos recursos hídricos serão os primeiros a serem contemplados. Assim como o Índice de Condição de Acesso à Água do Semiárido (ICAA), desenvolvido a partir do cruzamento dos indicadores citados acima.Entre os principais parceiros destacam-se Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Petrobrás, Fundação Banco do Brasil, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Universidade Federal de Campina Grande, Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) e a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM). Os recursos estão disponíveis desde o ano passado.
Conferência do Meio Ambiente aprova 60 recomendações para aprimorar a leiPAULENIR CONSTÂNCIOA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou neste domingo (27/10), no encerramento da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, em Brasília, a criação de um grupo de trabalho permanente, vinculado ao seu gabinete, com um representante dos catadores de produtos recicláveis, para acompanhar a implantação da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). É a primeira medida a ser tomada após o evento, que reuniu quase 3 mil pessoas, de 27 Estados, para elaborar uma pauta prioritária com 60 recomendações que foram encaminhadas ao governo para tornar a política uma realidade. Para a ministra, a 4ª CNMA acelera o processo de implantação da lei. “É uma nova agenda de trabalho, tanto para os  governos, quanto para os cidadãos e as empresas. É isso que muda o Brasil. Vocês estão aqui defendendo o seu país”, disse a ministra ao analisar a os resultados da participação popular. Das etapas estaduais até a conferência nacional, os debates em torno da PNRS já reuniram mais de 200 mil  pessoas. “Isso demonstra que todos querem e estão dispostos a trabalhar para que a política de resíduos sólidos avance”, salientou. RECOMENDAÇÕES As propostas vencedoras do fórum nacional recomendam ao governo que amplie e diversifique suas ações na área de educação ambiental, fortaleça a fiscalização com leis e medidas mais rígidas, estimule com campanhas e recursos financeiros a reciclagem, desonere a logística reversa, valorize a mão de obra dos catadores e elabore leis que proíbam a incineração de resíduos recicláveis. Em três dias de debates e votações, um conjunto de 160 propostas com origem nas etapas estaduais e municipais definiu as 60 prioridades. Izabella lembrou que as conferências anteriores sempre produziram sugestões acatadas e transformadas em política públicas e que essa não será diferente. De acordo com a ministra, o que a 4ª CNMA recomenda é fruto da democracia participativa, em sua forma mais direta.  Os debates contaram com a presença de representantes de governos estaduais, municipais e federal,  pesquisadores, professores universitários e catadores. Na avaliação de muitos dos participantes,  serviu para que as pessoas tomassem consciência da complexidade de implantar a PNRS e para que possam arregaçar as mangas para tornar o país mais sustentável.  “Gente que nunca teve direito a voz nem voto nas decisões ministeriais, agora teve. É uma vitória do povo brasileiro”, avaliou Izabella. Para ela, a ajuda de todos permite com que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) possa fazer políticas públicas mais inclusivas e mais sustentáveis. Na avaliação do diretor do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do MMA, Geraldo Abreu, que coordenou a realização da 4ª. CNMA,  a quantidade de pessoas envolvidas na realização da conferência é uma prova de que está havendo uma renovação da política ambiental no Brasil. “O recado que eles passaram é de que o governo não deve arredar pé de implantar a política de resíduos sólidos.”, afirmou. Uma das propostas aprovadas pede que o governo não adie o prazo para a desativação dos lixões e implantação dos aterros sanitários. Para Abreu, ninguém mais quer ser apenas ouvinte nas questões ambientais. “Todos querem participar. Isso retira as decisões das mãos de alguns”, avalia. Ele conta que a escolha do tema para o evento foi controvertida. “Muitos achavam que não ia dar certo realizar uma conferência com uma política já adotada e sancionada”, disse.  Agora a expectativa dele é de que os bons resultados da  4ª CNMA sejam traduzidos em ações concretas, que melhorem a implantação da política e a consolidação da responsabilidade compartilhada, com governos, empresas e cidadãos fazendo a sua parte. Clique aqui e confira o resultado final da 4ª CNMA.
Pessoas de todas as idades confraternizam durante reunião em Brasília  LUCAS TOLENTINOPessoas de todas as partes do Brasil se reuniram na 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA). Com uma diversidade de culturas, experiências e ideais, 1.352 delegados se deslocaram até a capital do país para participar do ao evento, que teve como tema a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Todos com o mesmo objetivo: discutir medidas de proteção dos recursos naturais e de garantias dos direitos da população. Para os participantes, o saldo foi positivo.Os catadores de materiais recicláveis compareceram em massa à Conferência. O diretor de uma cooperativa de Petrópolis (RJ), Jorge Rocha, 56 anos, elogiou o destaque dado às questões da profissão nos debates e propostas do evento. "Essa lei começa a dignificar o trabalho dos catadores, que tem extrema importância para a sociedade. É preciso contemplar todos que vivem dessa profissão", defendeu. "Uma reunião como essa propicia um grande aprendizado e dá força para a aplicação da Política de Resíduos Sólidos."JUVENTUDEJovens preocupados com as políticas ambientais do país também marcaram presença. Entre as mais novas participantes do encontro, a estudante Jéssica Boniatti, 16 anos, veio de Nova Pádua (RS) com o intuito de se engajar mais no tema. "Comecei a me envolver no assunto participando das conferências municipais e estadual. Foi importante analisar as propostas e discutir a destinação correta dos resíduos sólidos. Esse é um assunto importante e pude perceber que há muita gente interessada no assunto", avaliou. A diversidade cultural propiciou a troca de experiências entre os participantes dentro e fora das plenárias e salas em que foram realizados os painéis temáticos. Pelos corredores, pessoas dos lugares mais distantes puderam conversar e contar a realidade do local onde vivem. "Uma das coisas mais interessantes é poder encontrar gente nova com muita coisa a dizer. Assim, vamos conhecendo um pouco mais do Brasil", observou Júlio Magalhães, 47 anos, da etnia Macuxí, que vive em Conde (PB). O que não falta são bons exemplos pelo país afora. Diretora de uma escola estadual de Carangola (MG), Betty Oliveira, 54 anos, contou que, na escola onde trabalha, não se usam copos descartáveis nem se desperdiça energia. No local, os alunos também são acostumados a separar o lixo. "A educação ambiental é muito importante para o sucesso da Política Nacional de Resíduos Sólidos", avaliou. Betty comemorou que propostas ligadas ao tema forma contempladas na Conferência. "É possível, sim, fazer a lei de resíduos sólidos valer. Os municípios só precisam se organizar", opinou. Diante de tanta riqueza cultural, os participantes encontraram um ponto em comum. O presidente da Associação Empresarial de São Francisco do Sul (SC), Carlos Veiga, 42 anos, concluiu que a conferência serviu como um espaço democrático capaz de reunir as diferenças e semelhanças da população brasileira. "Apesar das peculiaridades de cada local, ficou evidente que as necessidades básicas dos municípios são bem parecidas. Todos estão buscando melhorias", afirmou.  
Comissões plenárias selecionam propostas que irão à deliberação finalPAULENIR CONSTÂNCIOTermina neste domingo (27/10) a 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada para a elaboração de propostas de implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).  Na cerimônia de encerramento, prevista para as 15 horas, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, recebe o documento final, com propostas elaboradas e votadas pelos 1.340 delegados de 27 Estados.  As prioridades foram votadas neste sábado (26/10) em quatro reuniões plenárias temáticas.  São ao todo 160 sugestões, das quais somente 60 estarão na versão final, que subsidiará governo nas ações necessárias tornar a PNRS uma realidade.     COLETA E LIXÕES Em número de participantes, a conferência já é a maior realizada no País,  consideradas as quase 200 mil pessoas que discutiram e aprovaram, nos Estados e municípios, as propostas analisadas em Brasília. Nas votações preliminares, realizadas após discussão em grupos específicos, os temas que dominaram os debates foram  o fim dos lixões,  a obrigatoriedade da coleta seletiva, o calendário de implantação da PNRS e a valorização dos catadores. Temas como a ampliação das políticas públicas de geração de emprego e renda e a consolidação do mercado de reciclagem estão na  mesa das votações, como também o fortalecimento da educação ambiental e a capacitação empresarial dos catadores. A plenária final prevê, ainda, a realização de uma tribuna livre, onde os delegados inscritos vão se manifestar sobre a lei dos resíduos sólidos e espaço para a apresentação de moções, desde que subscritas por um número mínimo de delegados.      
Entre as opções, há exemplos de reciclagem e aproveitamento de resíduosLUCIENE DE ASSISExpositores de diferentes partes do Brasil estão com produtos artesanais expostos em 18 estandes na feira de produtos típicos paralela às atividades da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente, realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, em Brasília. Shows de música, vídeos e depoimentos são apresentados entre os intervalos das atividades do evento. Quem circula por aquele espaço dispõe de uma variedade de produtos à venda. São doces, artesanatos diversos, livros, bijuterias e exemplos de reciclagem e aproveitamento de resíduos.É o caso dos produtos expostos pelo engenheiro civil Vitor Hugo Marçal. Ele desenvolveu formas de aproveitar os pedaços pequenos de bambu, confeccionando peças de vários tamanhos, como canetas, porta-trecos, porta-guardanapo, esculturas, recipientes para petiscos e até belas jarras de suco, tudo feito de sobras de bambu e de madeira. “Nós usamos os resíduos desses materiais para fabricar pequenos utensílios e objetos”, diz.Outra possibilidade são os jardins ecológicos, desenvolvidos pela empresa de Walter Leonardo Vasconcelos. Ele faz projetos e ensina a cultivar hortas e jardins em pequenos espaços, como pneus, calhas de material reciclado e vasos e floreiras feitos de fibra de polietileno reciclado.Há expositores de produtos típicos do Crato, no Ceará; da Chapada dos Veadeiros; do Tocantins; e do cerrado do entorno do Distrito Federal. Sabonetes, xampus, óleos naturais, cremes hidratantes, produtos indígenas, objetos de decoração estão entre as opções.
Movimento busca incentivar a educação ambiental e o descarte adequado de resíduos LUCIENE DE ASSISA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou, na manhã deste sábado (26/10), da ação Limpa Brasil - Let´s do it!, no Parque Olhos D´Água, em Brasília. A campanha Let´s do it! (vamos fazê-lo) surgiu na Estônia, em 2008, e já percorreu mais de 140 países. A iniciativa faz parte de movimento mundial destinado a conscientizar e incentivar a educação ambiental e o descarte adequado de resíduos, além de ser considerado o maior movimento mundial de cidadania e cuidado com o meio ambiente.Izabella Teixeira elogiou a beleza do Parque Olhos D´Água, que fica na Asa Norte, em Brasília, e disse que "temos de conviver mais com a natureza, compartilhar espaços". Segundo ela, Brasília é uma cidade privilegiada por dispor de grande concentração de árvores e espaços verdes. “Em todas as cidades, as pessoas têm orgulho dos seus parques e áreas verdes", enfatizou.Para o representante do Limpa Brasil, Tião Santos, o projeto visa conscientizar, sensibilizar e educar os cidadãos sobre a importância da reciclagem e da seleção correta dos resíduos. “Os resíduos são fonte de renda e de inclusão econômica e social de quem trabalha com essa matéria prima, os catadores”, reforçou.AÇÃO INTELIGENTEO evento foi promovido, em Brasília, pela organização Atitude Brasil e resultou na realização de um mutirão em 38 escolas, nove parques e cinco estações de metrô. Os voluntários, entre eles escoteiros e bandeirantes, recolheram material reciclável durante toda a manhã.A ministra Izabella Teixeira, homenageada com uma placa como apoiadora do movimento Limpa Brasil, lembrou que a reciclagem precisa fazer parte da estrutura econômica do país e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) traz inúmeros desafios, como o estímulo ao cooperativismo. Em relação a esse aspecto, a ministra lembrou a necessidade de se avançar e promover a desoneração dos impostos que recaem sobre o processo produtivo da reciclagem, já que as cooperativas são taxadas em duplicidade.CONSCIENTIZAÇÃOO movimento “Let's do it!” foi indicado ao Prêmio 2013 da Organização Nações Unidas (ONU), na categoria Direitos Humanos, pela iniciativa cívica de limpeza global, desencadeada em mais de 100 países com a ajuda de 8 milhões de voluntários. O resultado será divulgado em 10 de dezembro, na sede da ONU, em Nova York.No Distrito Federal, todos os produtos (plástico, papel, vidro) recolhidos serão doados às cooperativas de catadores. Em todo o país, o movimento já percorreu 18 cidades desde 2011 e coletou mais 1,2 mil toneladas de material reciclável, graças à participação de mais de 117 mil voluntários e à capacitação de 18 mil professores e coordenadores de escolas públicas, explicou a diretora da Comunicação da entidade, Márcia Soares.
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