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Notícias

Segunda, 18 Junho 2012 18:24

Sustentabilidade na Caatinga

Evento apresenta propostas e recomendações formuladas pelos estados, com a participação dos municípios e da sociedade civil, para o desenvolvimento sustentável dos principais biomas brasileiros.Melissa SilvaSecretários estaduais e municipais de Meio Ambiente debatem sobre a Carta da Caatinga para a Rio+20 em evento que apresenta propostas e recomendações formuladas pelos estados, com a participação dos municípios e da sociedade civil, para o desenvolvimento sustentável dos principais biomas brasileiros. O evento é uma promoção da Abema e da Anamma, associações de entidades estaduais e municipais de meio ambiente, e integra e programação do Parque dos Atletas da Conferência das Nações Unidades sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).A Caatinga abriga mais de 34 milhões de pessoas, ocupa 18% do território nacional e tem 53% de sua cobertura vegetal preservada. Seus desafios concentram-se na segurança hídrica e alimentar e na matriz energética industrial e domiciliar. "No dia em que discutimos uma carta pela sustentabilidade do bioma para a Rio+20, infelizmente temos de registrar a preocupação com a população do semi-árido que hoje vive uma das piores secas da história e ainda recebe água por meio do caminhão, o que é uma indignidade para a condição humana", disse Hélio Gurgel, presidente da Abema.HARMONIAPerspectiva que pode ser modificada, segundo gerente de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Campelo, se as possibilidades que existem ao conviver em harmonia com a biodiversidade, buscando alternativas de uso sustentável que transformam a realidade cruel da seca em oportunidades de manejo e negócios verdes, começarem a ser enxergadas."Não existe conservação se não houver bom uso e não encontrarmos harmonia ambiental, que hoje é uma das provocações da nossa realidade, defende Campelo. "Por isso, precisamos de um marco legal que não seja inibidor do uso, mas sim provedor dessas alternativas sustentáveis para a Caatinga".Iniciativas como a Bodega de Produtos Sustentáveis da Caatinga, que são as mulheres do sertão fazendo negócios ecológicos com a produção de artesanato, óleos, azeites, laticínios de cabra, doces de frutas típicas da região, como umbu, caju, murici, entre outros produtos da sociobiodiversidade do bioma. O Projeto Nutre é outra boa prática de uso sustentável da Caatinga apresentada por Campelo que inclui a comercialização dos produtos da agricultura familiar na alimentação escolar das nove capitais do Nordeste.FULIGEMO uso de fogões ecológicos é umas das alternativas para a limpeza da matriz energética industrial e doméstica da Caatinga, que, conforme Campelo, ainda tem 40% de sua população cozinhando com lenha, a grande maioria em fogões rústicos, exposta à fumaça e à fuligem, em situações que provocam doenças respiratórias e glaucoma, além de ser a 8ª causa de morte do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), condição que mata mais gente do que a malária.Durante o dia, os secretários também discutiram sobre as cartas da Amazônia e do Cerrado; o Pacto Nacional pela Gestão das Águas; Políticas Públicas para a Mata Atlântica; e o financiamento do Desenvolvimento Sustentável.
Segunda, 18 Junho 2012 18:05

Ministra recebe carta do Pacto Global

Empresários assumem compromissos concretos que contribuam para enfrentar os grandes desafios da sustentabilidade no Brasil e no mundo.Camilla ValadaresNesta segunda-feira (18/06), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, recebeu do Pacto Global das Nações Unidas, organização da ONU que promove interlocução direta com o setor empresarial, a carta de compromissos da área produtiva com a promoção do desenvolvimento sustentável.O documento – "Contribuição Empresarial para Promoção da Economia Verde e Inclusiva" – apresenta o posicionamento de empresas e organizações participantes do Pacto Global das Nações Unidas no Brasil em favor de compromissos concretos que contribuam para enfrentar os grandes desafios da sustentabilidade no Brasil e no mundo, que serão debatidos por ocasião da Rio+20.A carta, assinada por mais de 200 empresas está disponível em http://www.pactoglobal.org.br/carta_compromissos.aspx onde também é possível aderir à iniciativa. A entrega foi realizada durante o Fórum de Sustentabilidade Corporativa da Rio+20: Inovação e Colaboração para o Futuro que Queremos no hotel Windsor Barra, na cidade do Rio de Janeiro.PAPEL ESTRUTURANTEAo participar do encerramento do fórum, que reuniu mais de 2 mil empresários de todo mundo, a ministra Izabella Teixeira falou aos participantes sobre a importância do engajamento do setor nas discussões da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável seja possível."A Rio+20 é uma conferência de partida e mostra que todos têm um papel estruturante na construção do desenvolvimento sustentável" destacou. "É preciso fazer com que o desenvolvimento sustentável esteja no centro da agenda empresarial. O Brasil e o mundo precisam ter visão estratégica sobre indústria e desenvolvimento sustentável".No âmbito das negociações da Rio+20, Izabella Teixeira reafirmou seu otimismo em relação aos avanços que devem ser alcançados; destacou que o momento é de concretizar projetos e acabar com mitos. De acordo com ela, o evento tem sido marcado pelo grande engajamento dos diferentes setores, fator preponderante para o sucesso do processo.
Segunda, 18 Junho 2012 14:07

O Judiciário e o meio ambiente

Para o PNUMA, pulverização das responsabilidades entre muitas instituições diferentes, tanto no Brasil como no exterior, prejudica a governança ambiental.Camilla Valadares (*)A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou, neste  domingo (17/06), na sede do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, da abertura do Congresso Mundial sobre Justiça, Governança e Legislação para a Sustentabilidade Ambiental. O evento é promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) para debater formas de enfrentar os desafios internacionais de cumprimento de metas para o meio ambiente.Em seu discurso, a ministra disse aos representantes do poder judiciário de diversos países que "estamos empenhados em ter uma declaração da Rio+20  [Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável] com um novo caminho concreto e isso envolve os senhores". Para a Izabella, quanto maior for o engajamento do Judiciário no debate sobre o tema, melhor será a interlocução com a sociedade civil, uma vez que o setor se depara cotidianamente com questões complexas para suas tomadas de decisão.QUATRO OBJETIVOSParticipam do evento presidentes de cortes supremas, procuradores-gerais, auditores-gerais e ministros de governo de mais de 60 países. A quinta edição do relatório Panorama Ambiental Global (GEO-5), do PNUMA, divulgado na semana passada, avaliou 90 dos objetivos ambientais mais importantes do mundo e constatou que foram feitos progressos significativos em apenas quatro deles.Entre as barreiras jurídicas para alcançar essas metas está a pulverização das responsabilidades pelo meio ambiente entre muitas instituições diferentes, tanto no Brasil como no exterior, levando à fragmentação da governança ambiental.O Congresso Mundial discutirá como novas abordagens jurídicas podem fortalecer a eficácia de acordos ambientais multilaterais (AAM), como a Convenção sobre Diversidade Biológica, ou Convenção de Basileia sobre Resíduos Perigosos e, acima de tudo, apoiar a sustentabilidade por meio de respostas jurídicas mais fortes às pressões ambientais.A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável é um dos dois principais temas da Cúpula Rio+20. O outro é a economia verde no contexto da erradicação da pobreza e do desenvolvimento sustentável. O evento, que conta com o apoio do governo brasileiro, junto com membros do Judiciário e de órgãos de auditoria do país, culminará na formulação de um documento final, que será apresentado diretamente para os governos mundiais e outros negociadores na Rio+20.As três principais áreas de debate do congresso são o futuro da legislação ambiental; as novas abordagens para a justiça social e a sustentabilidade ambiental; e o aperfeiçoamento da eficácia da governança ambiental em âmbito nacional, regional e global.*Com informações do PNUMA.Site oficial do evento:  http://www.unep.org/DELC/worldcongress/
Domingo, 17 Junho 2012 20:05

Arte feita de lixo

Exposição do artista plástico Vick Muniz é montada a partir de resíduos sólidos retirados do fundo da Baía da Guanabara Paulenir Constâncio Incluir, preservar e admirar. Por alguns momentos esse foi o lema da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) na abertura nesse sábado (16/09) do ateliê interativo do artista plástico Vick Muniz, na Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, aproveitou o momento de descontração na agenda, passeou pela instalação e participou da exposição, que vai até o dia 22. Todas as pessoas que forem ao galpão, situado entre o Aeroporto Santos Dumont e o Museu de Arte Moderna, podem ver e sentir o que o lixo causava à Baia da Guanabara e de que forma isso pode ser revertido. A arte definida pelo autor como "Paisagem", tem o poder de sensibilizar os participantes, reproduzindo o Corcovado, um dos cartões postais do Rio, e a baia que há duas décadas passa por um processo de revitalização. "A arte uma forma excelente de conscientizar e mostrar para as pessoas que todos são responsáveis pela preservação, temos que rever nossos padrões de consumo e buscar soluções para o descarte adequado dos resíduos sólidos", a ministra.
Domingo, 17 Junho 2012 18:13

Bolsa Verde beneficiará 50 mil

Populações tradicionais, indígenas e quilombolas serão mantidos, mesmo em áreas de proteção integral. Trata-se do maior programa de pagamentos por serviços ambientais no mundo.Paulenir ConstâncioO Bolsa Verde, maior programa de pagamentos por serviços ambientais com inclusão social do mundo, vai beneficiar, até o final do ano, 50 mil famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica. A estimativa é atender quase 250 mil brasileiros vivendo em unidades de conservação ou no seu entorno e em assentamentos ambientalmente diferenciados. De acordo com dados do último censo, 1 milhão de pessoas que subsistem graças aos recursos naturais das áreas protegidas.A informação é do presidente do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, Roberto Vizentin, que participou ontem, no Rio de Janeiro, da Arena Socioambiental, no Aterro do Flamengo, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). "É uma contradição termos biomas tão ricos, nos quais há um contingente expressivo de populações pobres", avalia. Ele reconheceu que até mesmo em unidades deconservação de uso restrito, as chamadas áreas de proteção integral, como reservas biológicas, há moradores.SEM REMOÇÃO"Nesses casos, estamos implementando a gestão integrada, sem retirar as populações", afirmou Vizentin. A implantação do novo sistema começou pela reserva biológica de Mata Escura, no município mineiro de Jequitinhonha. O governo garantiu a permanência de populações tradicionais, indígenas e quilombolas na área e estabeleceu uma relação harmoniosa com eles. "É isso que garante a preservação com inclusão", avalia.Vizentin defendeu a valorização da floresta em pé que para ele é a base da sustentabilidade em biomas como a Amazônia. O Instituto está trabalhando em conjunto com a Fundação Nacional do Índio (Funai), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e órgãos ambientais estaduais e municipais na busca de soluções para a gestão compartilhada. A determinação do governo, esclarece, é clara: "Assegurar que quem já está terra há anos e contribui para sua preservação, o direito de permanecer lá".O QUE ÉO Bolsa Verde, cujo nome de origem é Programa de Apoio à Conservação Ambiental, foi lançado em setembro de 2011. Concede, a cada trimestre, benefício de R$ 300 às famílias em situação de extrema pobreza que vivem em áreas consideradas prioritárias para conservação ambiental, mesmo que já recebam o Bolsa Família. O benefício será concedido por dois anos, podendo ser renovado. Como 47% das 16,2 milhões de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza estão na área rural, a proposta é aliar o aumento na renda dessa população à conservação dos ecossistemas e ao uso sustentável dos recursos naturais.Esse novo benefício, parte do Programa Brasil Sem Miséria, é destinado àqueles que desenvolvem atividades de uso sustentável dos recursos naturais em reservas extrativistas, florestas nacionais, reservas de desenvolvimento sustentável federais e assentamentos ambientalmente diferenciados da re forma agrária. Territórios ocupados por ribeirinhos, extrativistas, populações indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais também podem ser inclusos no programa, além de outras áreas rurais definidas por ato do Poder Executivo. Na avaliação do MMA, representa um passo importante na direção de reconhecer e compensar comunidades tradicionais e agricultores familiares pelos serviços ambientais que prestam à sociedade.
Domingo, 17 Junho 2012 18:08

Bancos precisam apoiar mercado verde

MMA defende que instituições de crédito privadas ampliem os critérios de sustentabilidade e, ao mesmo tempo, cooperem na formação de um mercado para os investimentos em economia de baixo carbono.Paulenir ConstâncioA transição para a economia de baixo carbono não depende apenas de mecanismos de financiamento. O Brasil quer que os bancos de fomento privados ampliem os critérios de sustentabilidade e, ao mesmo tempo, cooperem na formação de um mercado para os investimentos em economia de baixo carbono. A posição foi defendida neste domingo (17/06), no Rio de Janeiro, pelo secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink, durante evento sobre mecanismos de financiamento para a transição da economia de baixo carbono, que acontece paralelo na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20). "Precisamos criar mecanismos de incentivo ao setor privado para que promova a transição", disse.Na avaliação do secretário, a ampliação de exigências de sustentabilidade tem como efeito a ampliação desse mercado, mas pode restringir investimentos necessários ao crescimento econômico. Na prática, isso significaria uma mudança estrutural nos principais mecanismos de financiamento, com limitações para empresas não sustentáveis. "Nos bancos públicos já preparamos empresas para atender as exigências de transformação, falta agora chegar ao setor financeiro privado", afirmou.EFEITO ESTUFAKlink destacou os avanços do Brasil com a criação do Fundo Amazônia e Fundo Clima. Lembrou o sucesso das políticas públicas brasileiras de combate ao desmatamento, a principal fonte de emissões de gases efeito estufa do país. Citou, também, as novas linhas de financiamento para a agricultura de baixo carbono, criadas para fomentar a produção agropecuária com sustentabilidade.Nos últimos sete anos o desmatamento ilegal na Amazônia caiu para pouco mais de 6 mil km2. Agora, o êxito do programa está sendo ampliado para os demais biomas. O primeiro desafio é no Cerrado, onde o plantio da soja, a pecuária e a produção de carvão reduziram drasticamente a cobertura vegetal.O encontro, promovido pelo Banco de Desenvolvimento para a América Latina (CAF), reuniu empresários, instituições financeiras, representantes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL) e Convenção das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas. Dez empresas latino-americanas foram premiadas pela instituição financeira como CAF's TOP 10, pelos seus esforços em prol da sustentabilidade, caso das brasileiras Natura, Suzano Papel e Celulose e do Bradesco.
Domingo, 17 Junho 2012 17:54

Desertificação, desafio global

Brasil combate o problema de forma transversal, associando a questão do solo e da seca às políticas públicas de desenvolvimento sustentável do uso da terra e de inclusão social das populações do semi-árido.Melissa SilvaNo Dia Mundial de Combate à Desertificação (17/06), especialistas das três convenções das Nações Unidas (Desertificação, Clima e Biodiversidade) debateram sobre os desafios globais para assegurar a qualidade do solo e frear a desertificação rumo à degradação zero. A mesa redonda, formada por chefes de agências internacionais, fez parte da programação da Conferência das Nações Unidades sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) e foi realizada no Parque dos Atletas, no Rio de Janeiro. Teve como objetivo compartilhar experiências sobre tipos de manejo sustentável do solo que podem contribuir para alcançar os objetivos de desenvolvimento do milênio.Na abertura do evento, o secretário de Extrativismo de Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Paulo Guilherme Cabral, destacou que o governo brasileiro vem trabalhando o combate à desertificação de forma transversal entre os órgãos federais e estaduais, associando s questão do solo e da seca às políticas públicas de desenvolvimento sustentável do uso da terra e de inclusão social das populações do semi-árido.Cabral garante que o esforço brasileiro volta-se, também, para ações integradas entre as três convenções, observando os impactos sobre o clima e a biodiversidade que afetam a desertificação, visando iniciativas sinérgicas que permitam alcançar resultados positivos para a saúde do solo. "O Brasil passa por intenso debate de sua legislação de proteção florestal e estamos avançando na implementação de instrumentos inovadores de políticas públicas de regularização fundiária e de uso sustentável do solo e dos recursos naturais que, junto com as Unidades de Conservação, vão ajudar na preservação da biodiversidade e no cumprimento das metas brasileiras de redução das emissões, previstas na política nacional sobre mudança do clima, bem como na implementação da Convenção de Combate à Desertificação", explicou.INDICADORESA Convenção das Nações Unidades de Combate à Desertificação (UNCCD) é fruto da Conferência Rio 92, lembrou Luc Gnacadja, secretário-executivo da Convenção, que foi criada em 1994 e instalada em dezembro de 1996, contando atualmente com a ratificação de 195 países. Estabeleceu 11 indicadores de combate à desertificação, que passam por segurança alimentar, melhoria da qualidade de vida das populações do semi-árido, qualidade da água e conservação da biodiversidade, entre outros. Mesmo assim, 20 anos depois, Gnacadja considera que o tema precisa de mais conscientização, pois ainda é equivocadamente tido como questão afeta a desertos ou visto como problemática exclusiva do continente africano."A Rio+20 é uma oportunidade para melhorar a conscientização e acelerar a busca de mecanismos para preencher o vão entre ciência e as políticas públicas, pois a gestão do solo é fundamental para atender as demandas de alimentos, água e energia que vão aumentar em 50%, 30% e 40%, respectivamente, até 2050", afirma Gnacadja.Nesse sentido, Monique Barbut, da Global Enviroment Facility, concorda com Gnacadja: "O solo é o sangue em nossas veias, sem ele nada sobreviveria, mas ainda não conseguimos entender a sua importância e nossa dependência para com ele. As 15 metas do milênio são uma inspiração sobre alvos críticos que podem ser alcançados e estamos sendo desafios a integrar o solo, a erradicação da pobreza e a segurança alimentar para uma população mundial de 7 bilhões de habitantes que só cresce".Para enfrentar esses desafios, o secretário executivo da Convenção das Nações Unidas da Diversidade Biológica (CDB), Bráulio Dias, que já foi secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, diz que se o mundo quiser mesmo deter a deterioração do solo é necessário dar poder aos produtores rurais que colaboram com proteção ambiental e a CDB quer incrementar ações de apoio para propriedades rurais da agricultura familiar. "Dos 20 objetivos da CDB para conservação da biodiversidade, mais da metade está ligada à conservação do solo, pois é onde estão concentrados os recursos genéticos e porque a terra possui capacidade de absorver água, de sequestrar carbono e de passar pelas adaptações necessárias para agricultura familiar", explica.
Domingo, 17 Junho 2012 13:37

Fora da zona de risco

Alta Floresta (MT) e Santana do Araguaia (PA) foram excluídos lista dos municípios que mais desmatam na Amazônia. Outro resultado positivo do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento.ASCOMO Ministério do Meio Ambiente retirou, mediante portaria, os municípios de Alta Floresta (MT) e Santana do Araguaia (PA) da lista dos municípios que mais desmatam na Amazônia. Com esta decisão, sobe para 46 o número de municípios prioritários atendidos pelo Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPDAm). Nestas localidades concentram-se 50% dos desmatamentos registrados na região.Para sair da lista, os municípios têm que cumprir três requisitos. O primeiro deles refere-se ao Cadastramento Ambiental Rural: o município tem que possuir 80% do seu território com imóveis rurais devidamente cadastrados, excetuando-se as áreas cobertas por unidades de conservação de domínio público e terras indígenas homologadas. O segundo e o terceiro relacionam-se ao desmatamento no município, que em 2011 teria que ser igual ou menor a 40 km² e a média do desmatamento dos períodos de 2009-10 e 2010-11 tenha sido igual ou inferior a 60% em relação à média dos períodos de 2006-07, 2007-08 e 2008-09.Alta Floresta realizou o cadastramento ambiental dos imóveis rurais em 80,2% do seu território, registrando 5,8 km2 de área desmatada em 2011. A média do período 2010-11 foi de 4 km2, 14,3% em relação à média de 28 km2 referente ao período 2006-09. Já o município de Santana do Araguaia cadastrou 84,8% dos imóveis, e obteve 34,4km2 de área desmatada em 2011. A média do período 2010-11 foi de 37 km2, 25,2% em relação a média de 147 km2 referente ao período 2006-09.POLÍTICAS PÚBLICASSão quatro os municípios com desmatamento monitorado e sob controle: Paragominas (PA), Querência (MT), Alta Floresta (MT) e Santana do Araguaia (PA). Outros 18 municípios poderiam sair da lista pelos critérios de redução do desmatamento, contudo permanecem por não atingirem o percentual do CAR exigido pelo Ministério do Meio Ambiente.Os municípios que saem da lista são considerados prioritáriospara receberem as políticas de governo, em especial aquelasrelacionadas à produção sustentável e à regularização fundiáriade imóveis rurais. Em novembro de 2010, o Conselho Monetário Nacional (CMN) flexibilizou a concessão do crédito ao produtorrural de Paragominas, o primeiro município a sair da lista, uma vez que possuía o CAR e o desmatamento encontrava-se sob controle, fatores que ensejavam uma segurança jurídica para o financiamento.
MMA apresenta à comunidade internacional resultados e perspectivas do maior programa de conservação de florestas tropicais do mundoCristina ÁvilaNesta segunda-feira (18∕06), serão apresentados, na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), os resultados de dez anos do Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e suas perspectivas. O principal foco dos debates será a iniciativa "Compromisso com a Amazônia – Arpa para a Vida", do Ministério do Meio Ambiente (MMA), que tratará de novas estratégias para a preservação do bioma.O encontro será promovido pela Secretaria de Biodiversidade e Florestas, por meio do Departamento de Áreas Protegidas, do MMA, pelo Fundo Mundial da Natureza (WWF-Brasil) e pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).GESTÃO INOVADORAO Arpa é a maior iniciativa de preservação de florestas tropicais do mundo, responsável por 95 unidades de conservação (UCs), que protegem 52 milhões de hectares do bioma. O seu diferencial é a inovação na gestão das UCs, em que todas as atividades são avaliadas com metodologias que visam a eficiência."Uma das principais virtudes do Arpa é a participação em sua administração", enfatiza o coordenador do Programa Amazônia no WWF-Brasil, Mauro Armelin. As instituições parceiras contribuem com o desenvolvimento da governança do programa, com aporte de recursos, experiências e troca de ideias. "Não apenas vemos os resultados, mas todos participamos dos resultados", acrescentou.O Arpa é uma parceria entre o governo federal, MMA, Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além dos governos estaduais da Amazônia brasileira – Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Pará e Tocantins –, WWF-Brasil, Cooperação Brasil – Alemanha, GTZ, KfW, Banco Mundial, GEF, Funbio, Fundo Amazônia e BNDES.PROGRAMAÇÃOO evento na Rio+20 será aberto pelo secretário de Biodiversidade e Florestas, Roberto Cavalcanti, que apresentará balanço das metas do Arpa, às 17h, na Arena da Barra (auditório ARN-2), na Barra da Tijuca, na avenida Embaixador Abelardo Bueno, 3401.Em seguida, às 17h10, a secretária geral do Funbio, Rosa Lemos, falará sobre "Arranjo de gestão e suas inovações". Os "Resultados de conservação: representatividade, mudanças climáticas e efetividade de gestão" será tema da secretária geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito.Instituições parceiras vão explicar como o Arpa se insere em cada uma delas. As apresentações começam às 17h30, com o diretor de Recursos Naturais do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), Gustavo Fonseca. Ele é o chefe da delegação da instituição para a Rio+20.O diretor de Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial para a América Latina, Ede Jorge Ijjasz apresentará as contribuições da instituição para a criação e manutenção das áreas protegidas da Amazônia.  Em seguida, também fazem exposições um representante do banco alemão para o desenvolvimento, e Guilherme Accyoli, que vai expor a inserção do Arpa no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Falam ainda Avecita Chicchón, da Fundação Gordon and Betty Moore, e Roger Ullman, da Linden Trust for Conservation.Ás 18h, será apresentada a iniciativa "Compromisso com a Amazônia – Arpa para a Vida", com exposições de Maria Cecília Wey de Brito, Roberto Cavalcanti e Rosa Lemos.O encontro na Arena da Barra encerra com a comemoração do prêmio "Development Impact Honors", concedido pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos ao Banco Mundial e GEF pelo reconhecimento às conquistas do Arpa. Haverá um coquetel com entrega do livro "Arpa – Um novo caminho para a conservação da Amazônia", lançado em segunda edição.
Objetivo é canalizar recursos e desenvolver uma economia verde de base florestal. Alethea MunizA estratégia de redução de emissões provenientes do desmatamento e degradação florestal (REDD+) no Brasil é uma oportunidade de desenvolver e canalizar recursos para uma economia verde de base florestal. É o que mostram estudos lançados neste sábado (16/06) pelo Ministério do Meio Ambiente no Parque dos Atletas, área que reúne eventos paralelos aos encontros oficiais da Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável (Rio+20).O levantamento "REDD+ nos estados amazônicos" compreende sete dos nove estados da Amazônia brasileira e apresenta panorama das políticas e iniciativas relacionadas às mudanças climáticas e florestas na região. Foi realizado pela Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA em parceria com o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), com financiamento da Embaixada do Reino Unido.No evento, o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Carlos Klink, lembrou que REDD+ começou a operar no país por meio do Fundo Amazônia e disse que o grande desafio é criar incentivos nos vários biomas brasileiros. "É muitíssimo importante a aproximação com outros níveis de governo, como estados e municípios" destacou.Jorge Hargrave, pesquisador do IPEA, destacou que REDD+ atrai a atenção pelo dividendo triplo que tem: controla desmatamento, controla emissões e ainda poderá distribui renda. E completou: "transferências intergovernamentais podem ser mecanismos da estratégia brasileira de REDD+".O Brasil já ofereceu resultados significativos de REDD+ nos últimos anos, por meio do controle do desmatamento na Amazônia. Segundo Mariano Cenamo, um dos autores do levantamento nos estados amazônicos, mais de 2 GtonCo2e foram reduzidas entre 2005 e 2010, e outros 7 GtonCo2e poderão ser evitados até 2020 na região. "Isso supera os compromissos de muitos países desenvolvidos".A SMCQ também lançou o Relatório de Painel Técnico do MMA sobre financiamento, benefícios e cobenefícios em REDD+. "Esse estudo é importante porque mostra com que um marco regulatório terá que trabalhar", comentou o pesquisador Ronaldo Seroa da Motta, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).Marco Antonio Fujihara, um dos especialistas que participou do painel técnico, lembrou ainda que 58% do potencial de redução das emissões no mundo está no Brasil. "Temos que avançar e quebrar as resistências em relação a essa questão", afirmou ele.Plínio Ribeiro, da empresa Biofílica, disse que ainda que existam projetos em construção no país, há baixa implementação. "Não podemos errar com Redd porque levaríamos vinte anos mais para valorar os ecossistemas", destacou.Para saber maisO conjunto de políticas e medidas voltadas à redução de emissões provenientes do desmatamento e degradação florestal, conservação, manejo florestal sustentável e aumento de estoques é conhecido como REDD+.Os países comprometeram-se, durante a COP 16, a deter, retardar e reverter a perda de florestas globamente até 2020. Por meio de REDD+, almeja-se ainda promover a restauração dos ecossistemas florestais.Para isso, os países em desenvolvimento estão desenvolvendo estratégias nacionais, com apoio financeiro técnico de países desenvolvidos.No Brasil, a estratégia está sendo desenvolvida pelo Grupo Interministerial de REDD+.Mais informações em www.florestal.gov.br/redd
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