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Status atual dos ecossistemas

Parque Estadual Jalapão Raquel Agra 9Os ecossistemas do mundo estão ameaçados. A maior parte dos tipos de habitats naturais mostra sinais de grave degradação, as populações da fauna e da flora estão em declínio, e a terra, o ar e a água estão cada vez mais poluídos (WBCSD 2009b). Um complexo conjunto de determinantes permeia essas tendências.

A Avaliação Ecossistêmica do Milênio, talvez a auditoria mais abrangente já realizada sobre o estado dos ecossistemas do mundo, revelou que todos os ecossistemas da terra foram transformados de alguma forma através de ações humanas nos últimos 50 anos (AEM 2005). O relatório TEEB (The Economics of Ecosystems and Biodiversity) preliminar coloca ainda que as florestas foram reduzidas em cerca de 40% nos últimos 300 anos, o mundo perdeu cerca de metade das suas zonas úmidas desde o início do século 20, e um terço dos recifes de coral têm sido seriamente danificados por meio da pesca, poluição, doenças e branqueamento de corais.
 
Tudo isso comprometeu a capacidade dos ecossistemas de prestar os serviços de grande importância para o bem-estar humano. A Avaliação Ecossistêmica do Milênio concluiu que mais de 60% dos ecossistemas do mundo, dos quais depende o bem-estar humano, estão sendo degradados ou usados de forma insustentável. Quase todas essas mudanças ocorreram devido a influências antrópicas, principalmente como resultado de pressões econômicas e desenvolvimento.

Entretanto, a Plataforma Intergovernamental da Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, conhecida por IPBES (do inglês Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity and Ecosystem Services), lançou em março de 2018 a avaliação da condição da biodiversidade e serviços ecossistêmicos para as 4 regiões (África, Américas, Ásia-Pacífico e Europa e Ásis Central), aprovada pelos 129 estados-membro (à data).
 
O relatório salienta, para a região das Américas, que o tamanho das populações de espécies diminuiu em 31% relativamente ao existente no tempo da chegada dos Europeus e que essa diminuição poderá chegar aos 40% em 2050. Com relação ao valor econômico das contribuições da natureza para as pessoas, este é correspondente ao PIB na região das Américas, no entanto cerca de 65% destas contribuições estão em decaimento, com 21% estando em declínio forte.

O declínio da biodiversidade em todas as regiões do mundo, tal como relatado pelo relatório do IPBES, é uma realidade e deve-se a um conjunto de pressões tais como mudanças no habitat, sobre exploração e uso insustentável dos recursos naturais, poluição do ar, água e solo e ainda mudança do clima e espécies invasoras, entre outras ameaças. Esta queda da biodiversidade reduz significativamente a capacidade da natureza de contribuir com o bem-estar humano e ameaça economias, modos de vida, a segurança alimentar e a qualidade de vida das populações humanas ao redor do mundo. 
 
Recentemente, a Plataforma Brasileira sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES) publicou o Sumário para Tomadores de Decisão (STD) do 1º Relatório sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos do Brasil. Esse trabalho documenta que, atualmente, entre as várias pressões que resultam em perda de biodiversidade e serviços ecossistêmicos no Brasil, têm papel de destaque as mudanças de uso da terra e as mudanças climáticas.
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