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País contribui para aumento da ambição climática
Na COP 24, Brasil apresenta ações da área ambiental durante diálogo ministerial. Objetivo é fortalecer engajamento internacional no combate ao aquecimento do Planeta.
Crédito: Divulgação/ UNclimatechange
Abertura do Diálago Talanoa nesta terça-feira, em Katowice, na Polônia
Katowice (Polônia) - A forma como indígenas, empresários, gestores públicos e sociedade civil do Brasil têm combatido o aquecimento global chegou à Conferência do Clima (COP 24), reunião internacional que ocorre até o fim desta semana, na Polônia. A contribuição brasileira para a agenda foi informada nesta terça-feira (11) pelo ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, em sessão de alto nível do Diálogo Talanoa, criado pela Convenção do Clima para aumentar a ambição dos países frente ao aumento da temperatura média do Planeta.
O envolvimento da sociedade brasileira está entre os fatores que possibilitaram a redução brasileira de 1.28 bilhão de toneladas de carbono, conforme apresentado pelo ministro durante a sessão. De acordo com Edson Duarte, os resultados do Brasil decorrem de ações que incluem a conservação das florestas, promovida por povos indígenas e ribeirinhos, e os incentivos às energias renováveis, com destaque para eólica e solar.
O ministro destacou que as ações levadas para a Conferência do Clima foram selecionadas em rodadas nacionais do Diálogo Talanoa, realizadas ao longo do ano com diferentes setores da sociedade. “Identificamos muitas histórias de sucesso, que estão fomentando as políticas públicas para que elas possam alcançar cada vez mais gente”, afirmou Edson Duarte. “São soluções simples, que trazem resultados robustos.”
Os resultados foram reconhecidos pelos demais países que participaram da rodada ao lado do Brasil. “Ouvir as comunidades é importante. As soluções em nível local são essenciais para a ação climática”, avaliou o ministro das Relações Exteriores de Vanuatu, Ralph Regenvanu, que conduziu o diálogo. Ao lado do Brasil, participaram representantes da União Europeia, Honduras, Georgia e órgãos não-governamentais.
NEGOCIAÇÕES
O Brasil também priorizou as negociações diplomáticas de dispositivos internacionais voltados para a redução de emissões, que estão na pauta na Conferência. Em reunião com o presidente da COP 24, o polonês Michal Kurtyka, o ministro Edson Duarte declarou que o governo brasileiro está empenhado em avançar na definição do livro de regras para implementação do Acordo de Paris, principal objetivo da Conferência.
A importância das florestas para o país e para a agenda climática foi destacada no Espaço Brasil na COP 24, área montada pelo governo federal dentro da Conferência. O ministro Edson Duarte e a presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Suely Araújo, participaram de debate sobre Redução de Emissões provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+). A área também recebeu eventos de outros órgãos federais, sociedade civil e setor privado.
SAIBA MAIS
O Diálogo Talanoa é inspirado na tradição ancestral de compartilhamento de histórias dos povos de Fiji, o pequeno país insular que presidiu a 23aConferência do Clima, a COP 23, que ocorreu em novembro de 2017. Foi na COP 23 que, com o objetivo de promover a integração entre os países e fortalecer a ação climática, o governo de Fiji introduziu esse processo, que deve ser concluído, agora, na COP 24.
Todos os anos, os mais de 190 países signatários da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima reúnem-se na Conferência das Partes (COP) para definir acordos capazes de conter o aquecimento global, além de avaliar protocolos estabelecidos anteriormente. Conhecida também como Conferência do Clima, a COP 24 tem o objetivo de concluir as regras necessárias para tirar do papel o Acordo de Paris, pacto firmado em 2015 para manter o aumento da temperatura média do Planeta abaixo de 2ºC, com esforços para chegar a 1.5ºC.
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