Objetivo do GEF Caatinga:
Demonstrações de Manejo Integrado de Ecossistemas e de Bacias Hidrográficas na Caatinga
Promover a conservação e o uso sustentável dos recursos florestais da Caatinga por meio da demonstração de práticas para a produção e utilização sustentável da sua vegetação, de um intenso processo de capacitação de todos os atores envolvidos, da geração, sistematização e disseminação de informações, da construção de uma matriz de incentivos adaptados à realidade sócio-ambiental do Bioma, e do fortalecimento institucional, como forma de garantir a sobrevivência das suas populações.
Resultados do GEF Caatinga:
I - Ação Local nas Áreas Prioritárias
1 - Teste, demonstração e adaptação de opções de manejo integrado e sustentável para a produção sustentável de madeira e de produtos não-madeireiros em diferentes cenários sócio-ambientais do Bioma Caatinga - Áreas Prioritárias Araripe, Xingo, Sudoeste Baiano, Ibiapaba
- Demonstrações de boas práticas de uso sustentável
o Rede de Manejo Florestal da Caatinga - Coordenação APNE - Apoio GEF Caatinga e PNF
- 20 anos de experimentação
- 13 unidades de referência
- Planos de Manejo entrando em segundo ciclo de exploração
- Estudos de crescimento, efeitos na biodiversidade de flora e fauna (abelhas, mastofauna, herpetofauna), na paisagem e nos solos
o Implementação de Unidades de Referencia para difusão do Manejo Florestal em diferentes cenários socioambientais da Caatinga:
- MADEIREIRO - GEF CAATINGA- 2 assentamentos Florestais ; 8 produtores rurais ; PROGRAMA NACIONAL DE FLORESTAS - 21 assentamentos na Paraíba e em Pernambuco. Iniciativa premiada internacionalmente
- NÃO MADEIREIRO - BODEGA DA CAATINGA - Rede de Manejo Florestal Não Madeireiro com 30 Unidades de Referencia - 20.000 pessoas envolvidas. A Bodega é uma marca que auxilia as comunidades a produzirem e comercializarem seus produtos de forma sustentável a partir das seguintes atividades:
Extração Sustentável: Como extrair, em nível de comunidade, os PFNM sem comprometer coletas futuras.
Beneficiamento sustentável: Criação e Qualificação de Unidades de Beneficiamento : de Umbu, Pequi, Caroá, Babaçu, fitoterápicos.
Comercialização: Mercado Institucional e Mercado Justo.
Certificação ou qualificação: Aprimoramento na elaboração dos produtos. Certificação Anvisa.
2 - Demonstração e adoção de técnicas e práticas melhoradas para aumentar a eficiência na transformação de madeira pelos setores industriais de produção de carvão, cerâmica e gesso, visando a diminuição do consumo de biomassa florestal - Áreas Prioritárias Seridó (RN), Araripe, Sudoeste Baiano:
• Eficiência energética:
o Unidades de Referencia de produção de Carvão Forno JG (Adaptado para a Caatinga)
o Unidades de Referencia para Melhoria da Eficiência energética no Pólo Gesseiro de PE:
- Estudo com o SEBRAE/CEPIS - desenvolvimento de um modelo de forno adequado.
o Unidade de Referencia para Melhoria da eficiência do Setor Cerâmico/RN e PB:
- Estudo com o SEBRAE/CEPIS - melhorias no processo de produção - 30% de economia no consumo de lenha
o Unidades de Referência para Implementação de Fogões Agroecológicos Domésticos desenvolvidos pelo GEF Caatinga
- Escolas e Creches
- Unidades de Beneficiamento de Frutas Nativas da Caatinga.
II - Ação Transversal em toda a Região Semi-Árida
3 - Construção de uma matriz de incentivos para a produção sustentável de produtos madeireiros e não madeireiros, apropriada à realidade do Bioma:
- IN Caatinga;
- FNMA;
- Banco do Nordeste.
4 - Fortalecimento da capacidade institucional para o manejo integrado:
- Capacitação em todos os níveis;
- Diagnóstico da gestão florestal estadual;
- Construção conjunta de propostas para a atuação dos estados.
• Fortalecimento institucional:
o Programa Mata Nativa - Araripe PE;
o PLANAP - PI - Componente Manejo Florestal;
o Estudo de Caso para Assentamento Florestal - Sudoeste Baiano;
o Programas Florestais Estaduais: Metodologia e diagnóstico.
• Envolvimento multi-institucional
o I.N do Manejo da Caatinga;
o Proposição para o FNMA na Caatinga;
o Articulação para Credito para ações socioambientais na Caatinga - FEBRABAM e BNB.
• Apoio à Descentralização Florestal para os estados do Nordeste
o Diagnóstico Sócioeconômico concluído - importância dos recursos florestais para os estados do nordeste;
o Diagnóstico Institucional concluído - capacidade dos estados para a gestão florestal;
o Seminários sobre descentralização florestal realizados até o momento: MA, PI, RN e AL.
• Capacitação - 13 cursos para técnicos da área florestal (União, Estados e Municípios, assistência técnica privada) e 30 para produtores - aproximadamente 1110 pessoas:
o Cursos de Manejo Florestal;
o Cursos para Formação de Extensionistas Florestais;
o Cursos de Sementes Florestais;
o Cursos de Manejo Florestal de uso Múltiplo;
o Cursos de analise de Planos de Manejo para Técnicos do IBAMA e OEMAS;
o Cursos de Beneficiamento de Frutas Nativas;
o Cursos de Planejamento Florestal.
5 - Geração, sistematização e disseminação de informações sobre a conservação e uso sustentável dos recursos florestais da Caatinga.
- Produção ordenamento e difusão maciça de informações:
o Rede de Manejo Florestal;
o Rede de Sementes Florestais;
o Estudo de Consumo e Fluxo de Produtos Florestais no Araripe;
o Estudo de comportamento do segundo Ciclo de Manejo Florestal na Caatinga;
o Publicações Técnicas : Manejo Florestal da Caatinga, Sementes Florestais da Caatinga, Tecnologia para produção de Chapas na Caatinga, Estatística Florestal da Caatinga;
o Banco de Dados da Caatinga: www.cnip.org.br - informações sobre os planos de manejo florestal madeireiro aprovados, comunidades que fazem manejo florestal não-madeireiro, Unidades de Conservação, Plantas do Nordeste, Banco de Imagens;
o Site do Projeto - http://www.caatinga.org.br/
A caatinga tem um grande potencial para o uso sustentável da sua biodiversiade. De fato, grande parte da população que reside em área de caatinga utiliza, há muito tempo, de sua biodiversidade para sobrebiver. Podemos destacar espécies com potencial madeireiro, como a catingueira, o pau d'arco e o sabiá, forrageiro, como o angico, o pau-ferro e o juazeiro, medicinal, como a aroeira (adstringente), araticum (antidiarréico), velame e Marmeleiro (antifebris). A maior parte da exploração é extrativista e sem critérios de exploração, gerando riscos à sobrevivência das espécies exploradas. No entanto, existem empresas e comunidades que produzem em bases sustentáveis produtos como a fibras do caroá e do sisal, para artesanato, e produtos alimentícios como sucos e doces de inúmeras frutíferas, como o cajuzeiro e o umbuzeiro.
O Grupo de Trabalho da Caatinga, coordenado pelo DCBio, teve como uma de suas missões acompanhar a execução e avaliar os resutados do Projeto "Demostração de Manejo Integrado de Ecossistemas e de Bacias Hidrográficas no Bioma Caatinga". Este projeto do Ministério do Meio Ambiente tem como objetivo principal promover o uso sustentável de produtos madeireiros e não-madeiros, apoiando inúmeras atividades de manejo da caatinga para diversos fins e inclusive apoiando a comercialização de produtos elaborados em bases sustentáveis por comunidades da caatinga
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