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Notícias

Terça, 21 Agosto 2012 17:04

Indústria sustentável

Governo federal e setor empresarial firmam acordo para reduzir a emissão de gases em sete atividades industriaisSophia GebrimReduzir em 5% as emissões de gases efeito estufa de sete setores da indústria brasileira, até o ano 2020, é a meta do Acordo de Cooperação do Plano Indústria – Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas do Setor Industrial, assinado na tarde desta terça-feira (21/08) entre a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, na sede da CNI, em Brasília. Durante a cerimônia também foi assinada portaria que institui a Comissão Técnica do Plano Indústria, composta por representantes da CNI, governo e associações dos setores da indústria."A parceria com o setor industrial é um desafio para o Brasil, como país que avançou e tem avançado cada vez mais na redução das emissões relacionadas ao desmatamento", ressaltou a ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira. Para ela, o país tem que aproveitar os debates em torno da modernização do parque industrial para alcançar novos mercados e garantir mais competitividade. "A questão das mudanças climáticas e emissões de CO2 veio para ficar e talvez seja o único tema que hoje está na agenda econômica de tomadas de decisões em função dos cenários que estão sendo colocados em discussão", destaca a ministra.CO2 X PIBA relação das emissões de CO2 por unidade de Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país, também foi destacada pela ministra. "O Brasil deve avançar, não somente com uma matriz energética limpa, mas também permitir que a relação de emissão de CO2 por produto ou PIB gerado ofereça todas as condições de bons resultados em termos do Plano Nacional de Mudanças Climáticas", afirmou. Segundo ela, o avanço influenciará, também, em termos de competitividade de mercado, gerando emprego e desenvolvimento do país.Para o presidente da CNI, o acordo demonstra o esforço da indústria em atuar conjuntamente com o governo a favor de uma economia de baixo carbono. "Sabemos que isso é fundamental para tornarmos o discurso sobre mudanças climáticas uma realidade", disse Braga. Destacou, ainda, a importância de reforçar o diálogo com o governo, que foi um dos compromissos firmados pela CNI durante a Conferência das Nações Unidas Sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), como forma de viabilizar o cumprimento de metas por parte do setor, de forma voluntária e adaptando-se à nova necessidade do mercado.O ministro do Fernando Pimentel apontou que a competitividade no mercado brasileiro hoje é fundamentada em três pilares: tecnologia, conteúdo e abrangência nacional e sustentabilidade ambiental e social. "São esses três pontos que compõem o novo conceito de competitividade que o mercado busca, modelo que o Brasil certamente irá servir de exemplo para o mundo inteiro", ressaltou.MENOS GASESCom a parceria, que tem vigência até o fim de 2015, CNI, MMA e MDIC trabalharão juntos na implantação do Plano Indústria - Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas do Setor Industrial. O documento prevê meta de redução de 5% das emissões até 2020 para sete setores da indústria: alumínio, cimento, papel e celulose, químico, cal, vidro e ferro gusa (aço).Cada um dos sete setores já tem o seu plano desenhado, a partir de diretrizes elaboradas pelo governo federal e colocadas em consulta pública. Estão previstas, ainda, contrapartidas econômicas para as ações de mitigação. A Comissão Técnica do Plano Indústria será responsável pelo detalhamento e monitoramento das ações, revisão periódica do Plano e encaminhamento de demandas específicas relativas à implementação das ações do Plano.Confirma a íntegra do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas do Setor Industrial no site do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
Terça, 21 Agosto 2012 15:12

O Conabio e as Metas de Aichi

Conselho deve incluir propostas da sociedade civil no documento que será levada à Índia, onde 193 países discutirão conservação da diversidade biológicaLuciene de AssisAs propostas da sociedade civil organizada para a conservação da diversidade biológica no Brasil deverão fazer parte do Painel da Biodiversidade, o Painel Bio, secretariado pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), permitindo articular uma plataforma com organizações de todos os setores da sociedade brasileira para alcance das Metas de Aichi. De acordo com o coordenador nacional da UICN, Luiz Fernando Merico, o trabalho conjunto facilitará o alcance esse objetivo.As Metas de Aichi foram estabelecidas durante Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-10), realizada em 2010, pelos 193 países-membros, na cidade de Nagóia, Japão. Elas balizarão a posição do Brasil durante evento semelhante, que acontecerá na Índia, a partir de 1º de outubro. "Será possível identificar tarefas relacionadas ao alcance dessas metas, como capacitação, vazios de conhecimento necessários e a consequente mobilização da academia, da sociedade civil, dos diferentes níveis de governo", enumerou Luiz Merico.O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), será o responsável por finalizar o Plano de Ação Governamental para Atingimento das Metas de Aichi, explicou o secretário de Biodiversidade e Florestas (SBF-MMA), Roberto Cavalcanti. O documento será construído a partir de processo esquemático que os técnicos batizaram de "árvore de problemas e soluções".RUMO À ÍNDIAEssas definições foram extraídas da 49° Reunião Ordinária da Comissão Nacional da Biodiversidade (Conabio), ocorrida na tarde desta segunda-feira (20/08), em Brasília. Conforme estabelecido anteriormente, o MPOG deverá consultar os outros ministérios para saber se eles têm algo a colaborar na concretização do plano.A união das propostas do governo e da sociedade civil resultará na versão brasileira para a conservação da diversidade biológica. Os conselheiros da Conabio se reunirão, novamente, dia 27 de setembro para finalizar o documento que será levado à Índia.
Terça, 21 Agosto 2012 12:49

O Brasil da agroecologia

Política nacional se propõe a reduzir o uso de agrotóxicos e aumentar os índices de conservação da agrobiodiversidade. Será, também, instrumento público para construir agenda sustentável em favor da sociedadeSophia GebrimA Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO) já é uma realidade. Instituída pelo Decreto nº 7.794, de 20 de agosto de 2012, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (21/08). O objetivo é integrar, articular e adequar políticas públicas, programas e ações indutoras da transição agroecológica e da produção orgânica, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população, por meio do uso sustentável dos recursos naturais e da oferta e consumo de alimentos saudáveis."Com as ações esperamos reduzir o uso de agrotóxicos e aumentar os índices de conservação da agrobiodiversidade, além de trata-se de mais um instrumento público que busca construir agenda sustentável para a sociedade brasileira" destaca a diretora de Extrativismo da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Cláudia Calório. Os próximos passos serão a instalação da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, que será responsável pela construção do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo).INTEGRANTESA comissão incluirá representantes da Secretaria-Geral da Presidência da República, dos ministérios do Meio Ambiente, Agricultura, Saúde, Educação, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Social, Pesca e Aquicultura e entidades da sociedade civil. Caberá ao colegiado promover a participação da sociedade na elaboração do Plano Nacional de Agroecologia, construir subcomissões temáticas que reunirão setores governamentais e da sociedade, propor diretrizes ao Poder Executivo e acompanhar e monitorar programas e ações.O governo federal oferecerá, por meio do Planapo, uma série de ferramentas para disseminar as práticas sustentáveis, como crédito rural e demais mecanismos de financiamento e seguro agrícola e de renda. Também estão previstos preços agrícolas e extrativistas incluídos nos mecanismos de regulação e compensação de preços e aquisições ou subvenções, pesquisa e inovação científica e tecnológica, métodos de controle da transição agroecológica da produção orgânica e avaliação da produção de base ecológica. O plano será implantado por meio da linha orçamentária dos órgãos parceiros da ação, que são os mesmos integrantes da Comissão Nacional de Agroecologia.Confira o texto que institui a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica
Sexta, 17 Agosto 2012 18:54

Um bioma singular

Metade das espécies de plantas existentes no cerrado não é encontrada em outra região do planeta, alerta secretário. E precisa de atenção especial.Luciene de AssisO bioma cerrado e sua biodiversidade foi o tema abordado nesta sexta-feira (17/08), durante o encontro O Poder Judiciário e o Meio Ambiente, promovido, em Brasília, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O secretário de Biodiversidade e Florestas (SBF) do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Roberto Cavalcanti, abriu as palestras do dia, lembrando que o cerrado é detentor da maior biodiversidade do planeta e também está exposto a elevado grau de ameaça. "Praticamente metade das espécies de plantas do cerrado não existem em nenhum outro lugar do mundo, além dos atributos biológicos, do ponto de vista hídrico, pois as nascentes de quase todos os grandes rios brasileiros estão aqui no cerrado", salientou.O secretário lembrou que se trata de uma das regiões onde ainda se encontram os elementos culturais que presentes desde o Descobrimento do Brasil, como os grupos indígenas, as comunidades tradicionais, quilombolas e grupos alternativos. "É o celeiro do Brasil, em termos de agronegócio, já que produz 50% ou mais da produção agrícola, da carne, da soja", disse Cavalcanti. Segundo ele, apesar de ter uma ocupação relativamente recente, a importância internacional do cerrado só tende a crescer, como palco político, como área de grande produção agrícola e como um dos biomas mais importantes e representativos do mundo.PERIGOSDonald Sawyer, professor da Universidade de Brasília (UnB), lembrou a região corre sério risco, pois toda a extensão desse bioma possui apenas 5% de sua extensão territorial protegida por Unidades de Conservação. "As pressões sobre o cerrado são intensas, em se tratando de desmatamento, já que a metade dos dois milhões de quilômetros quadrados já se foi", acrescentou.No encerramento do seminário, o ator Vitor Fasano, ambientalista de reconhecida luta em favor do meio ambiente, falou sobre o Movimento Amazônia para sempre e suas metas. Ele chamou a atenção para a importância de os governos se voltarem para a conservação da biodiversidade, ameaçada na maior parte do planeta.
Sexta, 17 Agosto 2012 18:00

É tempo de Kwarup

Índios do Xingu celebram o antropólogo Darcy Ribeiro, que completaria 90 anos em 2012. MMA atua na região, com projetos de promoção da agroecologia e agrobiodiversidadeSophia GebrimEm homenagem dos 90 anos de nascimento do antropólogo Darcy Ribeiro (26 de outubro), o povo Yawalapíti (tribo indígena que vive no Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso) realiza, neste sábado e domingo (18 e 19/08), a cerimônia do Itsatki – Kwarup. O Ministério do Meio Ambiente, que está presente na região por meio de projetos de promoção da agroecologia e agrobiodiversidade, participa das festividades."Desde janeiro estamos promovendo diversas ações que visam o incentivo do manejo sustentável de produtos florestais, gestão participativa de Unidades de Conservação (UCs) e promoção de cadeias de produtos da sociobiodiversidade naquela região", relata o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Paulo Guilherme Cabral, que participará da cerimônia. Para ele, o objetivo é aproximar o contato entre as práticas tradicionais indígenas dos Yawalapíti com as práticas agroflorestais.INTERCÂMBIOA ação do Ministério do Meio Ambiente na tribo indígena, por meio da Secretaria de Extrativismo de Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR), conta com investimento e recurso dentro da linha dos Projetos Demonstrativos (PDA). Como parte do programa também está previsto intercâmbio entre os povos Yawalapíti e Mehinako (também localizado no Parque do Xingu) durante o ritual da Doação do Polvilho e Quebra da Castanha de Pequi, que é uma das etapas preparatórias do ritual Kuarup.O Kuarup, que nesta ocasião irá celebrar 90 anos de nascimento de Darcy Ribeiro, é composto por duas etapas preparatórias que envolvem diretamente a agroecologia: a doação do pequi (realizada em novembro de 2011) e a doação do polvilho junto com a quebra da castanha do pequi (realizado no último mês de abril). Cada uma dessas etapas rituais consiste, ao mesmo tempo, em manejar o território, produzir alimentos, reproduzir a cultura alimentar e a rede de socialização interetnica.SAIBA MAISA doação do polvilho é um encontro entre os povos anfitriões do Kwarup, em que as casas e a etnia convidada para promover a cerimônia, neste caso, os Mehinako, doam polvinho para o dono do ritual, que será utilizado para alimentar os convidados, que muitas vezes chegam a somar mais de mil pessoas. Já a doação do pequi, que ocorreu em novembro de 2011, tratou-se do benefício coletivo dos caroços do fruto para armazenamento no rio, configurando uma doação para o dono do ritual, que retirará porções e oferecerá o mingau extraído dessa polpa aos participantes nos momentos cerimoniais.
Sexta, 17 Agosto 2012 16:25

Prevenção fortalecida

Ação interministerial enfrenta seca e desertificação no semiárido. Trabalho concentra-se em 821 municípios, onde há o maior número de ocorrências.Sophia GebrimComo parte das ações do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, lançado no último dia 8 de agosto, o Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria de Extrativismo de Desenvolvimento Rural Sustentável (DCD/SEDR), está investindo em ações de prevenção de secas e desertificação. São ações de suporte técnico e financeiro ao Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).O acordo de cooperação prevê apoio técnico para a estruturação de um Sistema de Alerta Precoce Contra Secas e Desertificação (SAP). O MMA iniciou as ações para prevenção das secas por meio de cooperação técnica com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Essa iniciativa foi ampliada com a transferência de recursos do Fundo Clima para o MCTI no montante de R$ 9 milhões. O acordo prevê a continuidade dos trabalhos que vinham sendo desenvolvidos pelo Departamento de Combate à Desertificação do MMA e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), para fundamentar o SAP."Um Sistema de Alerta Precoce de Secas e Desertificação é parte integrante dos esforços para assegurar a convivência com o semiárido", destaca o diretor do Departamento de Combate à Desertificação do SEDR/MMA, Francisco Campello. Para ele, o investimento tanto técnico quanto financeiro, possibilita uma melhor atuação da Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD), que tem entre outras finalidades estabelecer estratégias de ações de governo para a mitigação dos efeitos da seca, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável nas áreas suscetíveis à desertificação.EM ALERTALançado em Brasília no último dia 8, o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais prevê investimentos de R$ 18,8 bilhões em ações articuladas de prevenção e redução do tempo de resposta a ocorrências. O objetivo é garantir segurança às populações que vivem em áreas suscetíveis a desastres naturais. As ações preventivas visam também preservar o meio ambiente e abrangem 821 municípios que concentram o maior número de ocorrências em todo país.Para os sistemas de monitoramento serão destinados R$ 362 milhões. Está prevista a estruturação, integração e manutenção da rede nacional de monitoramento, previsão e alerta com a operação integrada do Cemaden, coordenado pelo MCTI, e do Cenad, vinculado ao Ministério da Integração Nacional. O trabalho é realizado 24 horas por dia de forma articulada com estados e municípios.O plano prevê recursos para a expansão da rede de observação com a aquisição de nove radares, 4100 pluviômetros, 286 estações hidrológicas, 100 estações agrometeorológicas, 286 conjuntos geotécnicos e 500 sensores de umidade de solo.  Serão também implementadas salas de situação em todos os estados para monitoramento hidrológico pela Agência Nacional de Águas (ANA). Nessa estrutura, o Cemaden enviará ao Cenad alertas de possíveis ocorrências de desastres nas áreas de risco mapeadas. O Cenad, por sua vez, transmitirá os alertas aos estados, aos municípios e a outros órgãos federais e oferecerá apoio nas ações de resposta a desastres.
Quinta, 16 Agosto 2012 19:12

Ministra desafia academia

Ao participar dos 50 anos de fundação do ICB, Izabella Teixeira pede maior contribuição de professores e estudantes em favor da preservação ambiental do país.Luciene de AssisA geração do conhecimento científico precisa ser estruturante, formuladora de novas propostas, moldando-se aos grandes temas da atualidade. E a universidade exerce papel fundamental neste contexto, tomando por base a agenda geopolítica internacional. Com esse desafio à academia, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, iniciou sua palestra no seminário comemorativo aos 50 anos de fundação do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade de Brasília (UnB), na tarde desta quinta-feira (16/08).Na abertura da segunda parte do workshop, o secretário de Biodiversidade e Florestas (SBF) do MMA, Roberto Cavalcanti, professor licenciado do ICB, lembrou que o governo tem levado em consideração, para o planejamento e a tomada de muitas decisões importantes, os princípios e as informações científicas da Universidade. "Nos sentimos prestigiados e, nesse sentido, os assuntos do ministério são representativos, pois mostram o valor que o governo tem dado à UnB", reiterou o Secretário da SBF.AÇÃO POLÍTICADurante sua palestra, Izabella Teixeira lembrou que o Instituto de Biologia tem participação expressa na vida política do Brasil e deveria ter importância maior na agenda de conservação da biodiversidade. Diante de uma plateia de professores e estudantes, a ministra reconheceu que a ciência precisa ter maior visibilidade na tomada de decisão e na visão estratégica do desenvolvimento do país.Um dos grandes desafios da universidade, segundo Izabella, é criar novos caminhos, por meio do diálogo, para a formulação de parcerias com o governo e avançar rumo às mudanças necessárias. "A ciência é um dos poucos atores com essa capacidade", destacou a ministra, pois tem competência acadêmica para apresentar propostas de médio e longo prazos.O professor Isaac Roitman, decano de Pesquisa e Pós-Graduação do ICB ao agradecer a presença da Ministra nas comemorações do jubileu da instituição, reconheceu que as provocações deixadas por Izabella Teixeira são estimulantes: "Com suas colocações, a ministra provoca a academia, a ciência". Roitmam lembrou que as questões relacionadas à conservação do meio ambiente e da biodiversidade não podem ter por base apenas o presente, mas precisam ser encaradas no longo prazo.
Quinta, 16 Agosto 2012 18:32

Uma parceria que deu certo

Secretário destaca bons resultados obtidos pelo trabalho conjunto desenvolvido pelo governo federal com movimentos sociais, em favor da regularização ambiental.Sophia GebrimA importância da parceria do governo federal com movimentos sociais em favor da regularização ambiental foi destacada pelo secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral, na manhã desta quinta-feira (16/08) durante a abertura da Oficina Adequação Ambiental de Propriedades da Agricultura Familiar. A oficina acontece até amanhã (17/08) no Centro de Treinamento do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Centre/Ibama), no Setor de Autarquias Sul, em Brasília. O objetivo do encontro é promover atividades de capacitação nos temas relacionados à agricultura familiar, educação ambiental e regularização de propriedades rurais."O Programa Mais Ambiente, que institui o Cadastro Ambiental Rural, veio de demanda do Grito da Terra de 2007", disse o secretário. Desde a criação do programa, essa parceria só vem sendo fortalecida pela importância da agenda e representação dos agricultores familiares no atual cenário, de forma a auxiliar na formulação de políticas públicas e garantir que a regularização ambiental chegue a todas as regiões brasileiras. "Esses encontros destacam, ainda, o papel do homem do campo no sucesso de ações como esta", acrescentou.MULTIPLICADORESA oficina faz parte da série de eventos que o Ministério do Meio Ambiente, por meio das secretarias de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) e Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC), está promovendo para a formação de multiplicadores do Programa Mais Ambiente e do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Nessa etapa, os participantes são representantes da agricultura familiar, com representação da Associação Nacional da Agricultura Camponesa (Anac). Com a participação de membros das secretarias de Agricultura e Meio Ambiente dos Estados e lideranças de agricultores familiares, a expectativa é que sejam formados cerca de 30 multiplicadores no encontro.Durante as atividades da Oficina será apresentado aos representantes da Anac o Programa Mais Ambiente, objetivos e estratégias e desafios para promover a regularização ambiental nos imóveis rurais e o fortalecimento da gestão ambiental rural no plano nacional, além dos instrumentos e arranjos institucionais, etapas e metas previstas para a execução das ações. Também será promovido um trabalho em grupo para compartilhar o entendimento sobre educação ambiental e seu papel para a regularização ambiental das propriedades rurais e o desenvolvimento rural sustentável.Mais informações sobre a Oficina Adequação Ambiental de Propriedades da Agricultura Familiar no telefone: (61) 2028-1763
Quinta, 16 Agosto 2012 18:02

País está mais consciente

Pesquisa mostra que, nos últimos 20 anos, houve clara evolução nas preocupações ambientais do brasileiro.Letícia VerdiVinte anos depois do primeiro estudo, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) apresentou, nesta quinta-feira (16/08), os dados comparativos de todo o período (1992 a 2012), que indicam clara evolução na consciência ambiental do brasileiro. Os resultados da pesquisa deste ano, "O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável", mostram um retrato sobre o tema e apontam tendências que vão colaborar com as próximas políticas públicas de meio ambiente."O ministério participou de todo o processo, desde a elaboração das perguntas até o treinamento dos profissionais que aplicaram a pesquisa", afirmou a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo. "Inclusive, verificamos a aplicação dos questionários. Queremos seriedade e confiabilidade nos dados".A pesquisa aponta que 85% da população estão dispostos a aderir à campanha de redução do uso de sacolas plásticas. E, onde há campanha, 76% aderiram a ela. "Para o MMA, as sacolas plásticas são um flagelo ambiental", frisou Samyra Crespo durante a coletiva de imprensa desta quinta-feira. Ela destacou o aspecto poluidor das sacolinhas, além do perigo de morte que elas representam para os animais.PRINCIPAIS NÚMEROSAbaixo, os principais resultados da pesquisa. Em 20 anos, diminuiu consideravelmente o número de brasileiros que não sabe identificar os problemas ambientais: de 47% foi para 10%. Ou seja, a percepção do brasileiro sobre meio ambiente quadruplicou neste período. 28% dos brasileiros se orgulham do Brasil por causa do meio ambiente (natureza) Sobrevivência é o que motiva o cuidado com o meio ambiente. Entre os problemas ambientais do Brasil apontados pelos entrevistados, o lixo subiu de 4%, em 1992, para 28%, em 2012. Separação do lixo: 48% dos brasileiros dizem que separam. 30% levam sacola própria ou carrinho para fazer compras e evitam sacolas plásticas. 76% aderem à redução de sacolinhas plásticas. A Região Sul é campeã em consciência ambiental. 55% sabem o que é consumo sustentável por lá. 80% separam o lixo. Houve uma descentralização sobre a percepção do brasileiro em relação a quem tem a responsabilidade de solucionar os problemas: governo estadual dobrou (de 33 a 61%), prefeituras subiu (30 a 54%) e comunidade aumentou (15 a 21%). Mas a noção de que cabe ao governo cuidar do meio ambiente ainda se sobressai à responsabilidade individual e coletiva. Na média nacional, 34% sabem o que é consumo sustentável. O consumo de orgânicos cresce. Vinte anos atrás, só se encontravam produtos sem agrotóxicos em feiras e mercados especializados. Hoje, muitos supermercados já oferecem essa opção. CONCLUSÕES Quanto mais urbano e escolarizado, mais consciente o brasileiro é das questões ambientais. A pesquisa mostra que conceitos sofisticados como "desenvolvimento sustentável", "consumo sustentável" ou "biodiversidade" já fazem parte do repertório de muitos brasileiros. A Política Nacional de Resíduos Sólidos e a campanha Saco é um Saco ecoam junto à população. Nesses 20 anos, os jovens entraram no ranking da consciência ambiental. Este dado já é resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido. Atualmente, todas as faixas etárias estão no ranking. Há uma diferença muito grande em relação ao Sul e Sudeste e outros estados. A maioria dos brasileiros ainda tem uma visão naturalista sobre desenvolvimento sustentável. A ideia dos três pilares (ambiental, social e econômico), base do desenvolvimento sustentável e mote da Rio+20, precisa ser trabalhada mais. No geral, os brasileiros ainda possuem hábitos prejudiciais ao meio ambiente, sobretudo na hora de descartar o lixo (fase chamada de pós-consumo). Os brasileiros não consideram a preocupação com o meio ambiente no Brasil exagerada e não estão dispostos a ter mais progresso às custas da depredação dos recursos naturais. HISTÓRICOEm 1992, a primeira pesquisa da série foi intitulada "O que os brasileiros pensam da ecologia". Até então, não havia pesquisa completa na área, apenas dados encomendados por empresas sobre a poluição nas cidades. De lá para cá, foram cinco edições. Em cada uma, foram explorados os "temas quentes" (hotspots) do momento. Em 2006, por exemplo, ano da COP8, a pesquisa incluiu questões ligadas à biodiversidade. Este ano, a pesquisa focou em consumo sustentável, um dos principais temas da Rio+20.A pesquisa teve sempre o mesmo formato: uma etapa qualitativa e uma quantitativa. A etapa qualitativa desta edição foi realizada com o apoio de empresas do ramo de alimentos e varejo - Pepsico, Unilever e Walmart – e a etapa quantitativa foi apoiada pelo Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente (PNUMA) e executada pela empresa de pesquisa CP2, por meio de processo licitatório.Enquanto a etapa quantitativa ouve a opinião dos brasileiros em todas as regiões do país, e é representativo da população adulta com mais de 16 anos residentes em domicílios rurais e urbanos, a pesquisa qualitativa ouve os "formadores de opinião".Para acompanhar e validar as atividades relacionadas à pesquisa, foram convidados especialistas na área de consumo e meio ambiente, ligados a centros de pesquisas da principais universidades do país e do MMA para compor um comitê técnico-cientÍfico.
Quinta, 16 Agosto 2012 16:28

Judiciário e meio ambiente

Ministra Izabella Teixeira participa de abertura do evento no STJ que segue até sexta-feiraIsabel FreitasA ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou na manhã desta quinta-feira (16/08) da abertura do encontro "O Poder Judiciário e o Meio Ambiente" no auditório do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Durante o evento, que debaterá temas ligados à responsabilidade socioambiental, criação de políticas públicas relacionadas ao meio ambiente e gestão sustentável, a ministra ressaltou o avanço da Justiça nos últimos 20 anos, com a discussão das diretrizes do novo modelo de desenvolvimento no país baseado na sustentabilidade. "O Judiciário tem sido muito receptivo com as inovações em defesa do meio ambiente e se mostra alinhado com os poderes legislativo e executivo", disse.Em seu discurso, a ministra também reforçou a agenda positiva criada após a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, (Rio +20), com o fortalecimento da gestão compartilhada com a sociedade, poder público e setor privado.  "Todo gestor quer ser eficiente e para isso é preciso cortar gastos", afirmou. "A agenda ambiental da administração pública, por exemplo, tem conseguido bons resultados e a ideia agora é certificar as boas práticas para incentivar o consumo e a produção sustentável".AGENDA AMBIENTALNo encontro, o STJ renovou com o Ministério do Meio Ambiente o termo de adesão com a A3P (Agenda Ambiental da Administração Pública). "O STJ conseguiu reduzir em 3% o consumo de energia, diminuiu o uso de papel e aumentou o percentual de materiais reciclados em dois anos", salientou Izabella Teixeira. "Esses números mostram o comprometimento com as diretrizes da A3P".O presidente do STJ, Ari Pargendler, o senador Carlos Eduardo Braga (PMDB-AM), o ministro Herman Benjamin, e o diretor do STJ, Silvio Ferreira, participaram da solenidade. A conferência segue até sexta-feira (17/08) e os debates serão transmitidos ao vivo pelo site do STJ. (www.stj.jus.br)
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