Iniciativas brasileiras para desenvolver as potencialidades do semiárido reforçam, na Alemanha, importância de se mudar a perspectiva sobre a região
SOPHIA GEBRIM
Um novo olhar para o semiárido, com exploração das suas potencialidades, é uma das ideias defendidas pelo Brasil na 11ª Sessão do Comitê de Revisão da Implementação da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, que acontece nesta semana, em Bonn, na Alemanha. O comitê, conhecido como CIRC, é composto por cientistas, pesquisadores e especialistas de 195 diferentes países. Eles examinam, até a próxima sexta-feira (19), relatórios e propostas discutidas durante a 2ª Conferência Científica da Convenção das Nações Unidas para o Combate à Desertificação, realizada na semana passada, também na Alemanha.
“Um dos principais esforços apresentado pelo Brasil nesses dois encontros, na Alemanha, está na mudança da forma como olhamos a semiaridez, que difere de degradação, saindo da linha do negativismo, para uma linha de potencialidade”, explica o representante brasileiro na Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD) e diretor do Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Campello. Para ele, instrumentos socioeconômicos que estão em curso no Plano Brasil Sem Miséria, como o Programa Bolsa Verde, a Inclusão Produtiva Rural e o Água para Todos, vêm assegurando esse novo olhar com alcance de objetivos operacionais e estratégicos para convivência com o semiárido.
Campello detalha as iniciativas desenvolvidas pelo Ministério do Meio Ambiente voltadas para a implantação do Plano de Ação de Combate à Desertificação do Brasil. “Estratégias financeiras em curso com o Fundo Clima, como o Subprograma de Combate à Desertificação, e uma área de apoio específica aos projetos de boas práticas para convivência com a semiaridez são algumas dessas ações”.
Além disso, Francisco Campello aponta parcerias com o Fundo de Desenvolvimento Florestal do Serviço Florestal Brasileiro, que promove o uso sustentável da biodiversidade da Caatinga e do Cerrado. Essas ações são realizadas por meio de ações de capacitação e da elaboração de planos de manejo florestal em assentamentos da reforma agrária, como iniciativas complementares.
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Semiárido sob novo olhar
Crédito: Paulo de Araújo/MMA
Convivência: uso sustentável da região
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