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Desmatamento na Amazônia cai 33% após aumento da fiscalização

Dados do Inpe apontam para a confirmação da maior queda dos últimos 20 anos. A área total desmatada ficou em 578,6 Km2, contra 840 Km2 no mesmo período do ano anterior
Publicado: Segunda, 03 Agosto 2009 21:00 Última modificação: Segunda, 03 Agosto 2009 21:00

Paulenir Constâncio

Dados divulgados nesta terça-feira (4/8) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam uma nova queda nas taxas de desmatamento na Amazônia. Relatório de avaliação do Sistema de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que registra as derrubadas superiores a 25 hectares, aponta uma redução de 33% em junho, em relação ao mesmo mês do ano passado, para uma cobertura de nuvens de 43%. A área total desmatada ficou em 578,6 Km², contra 840 Km² no mesmo período do ano anterior.

Comparado com os dados de 2007, quando o levantamento foi feito com os mesmos 43% de área coberta, os números relativos caem ainda mais, chegando a 70%. "Se nada de extraordinário ocorrer, teremos a confirmação do menor desmatamento dos últimos 20 anos", disse o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Na avaliação do ministro, os números do Deter podem refletir com mais precisão o desmatamento em junho, principalmente porque a área nublada, não coberta pelo satélite, se encontra fora do perímetro crítico do desmatamento. Estados como o Mato Grosso e regiões como o sul e o leste do Pará, focos históricos da ação dos desmatadores, apresentaram individualmente menor cobertura de nuvens. Em Rondônia, por exemplo, apenas 2% da área do estado esteve encoberta e no Mato Grosso, não houve área fora da detecção.

Desde que teve início o monitoramento via satélite da Amazônia, o menor número registrado foi em 1991, ano em que o desmatamento chegou a 11,5 km². Minc afirmou que espera que no período de junho de 2008 a junho de 2009 esse desmatamento seja ainda menor, estimando que poderá ficar entre 8 e 9 mil Km². Mesmo assim, salienta, "são números altos e não me convencem, pois temos de perseguir o desmatamento zero".

O Pará continua a liderar a lista dos maiores desmatadores. Desta vez o estado foi responsável por 330,36 km², seguido do Mato Grosso, onde foram derrubados 180,96 Km² de floresta. Rondônia registrou 40,20 Km² e o Maranhão 5,37 Km².

O Ibama, a Força Nacional e as polícias ambientais locais estão intensificando as ações contra o desmatamento em toda a Amazônia, segundo informou Bruno Barbosa, coordenador-geral de fiscalização do Ibama. São essas ações, segundo o ministro, as principais responsáveis pela queda nos índices de desmatamento. A operação Arco Verde - Terra Legal, que envolve 14 ministérios, e foi criada para levar alternativas de desenvolvimento sustentável que não implique em desmatamento, segundo ele, só agora foi ampliada e seus efeitos ainda vão aparecer.

Para Alexandre Aragon, secretário nacional de segurança pública substituto, essas ações, que envolvem um efetivo capaz de chegar a mais de 450 homens da Força Nacional, polícias estaduais, policias militares e corpo de bombeiros, além de 550 fiscais do Ibama, tiram de circulação 4 mil e 400 caminhões carregados de madeira por mês na Amazônia Legal.

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