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Primeira central de regeneração de CFC do Rio de Janeiro é inaugurada

Publicado: Quinta, 13 Março 2008 21:00 Última modificação: Quinta, 13 Março 2008 21:00

Aida Feitosa

O Brasil deu mais um passo no cumprimento das metas do Protocolo de Montreal ao inaugurar, nesta sexta-feira (14), no Rio de Janeiro, o primeiro centro de regeneração de gases que diminuem a espessura da camada de ozônio, como os CFCs. A iniciativa é do Ministério do Meio Ambiente em parceria com o Programa Nações Unidas para o Desenvolvimento.

Durante a cerimônia de inauguração da nova unidade, o secretário substituto de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Ruy de Goes, lembrou que a implementação do Protocolo já salvou inúmeras vidas ao diminuir a incidência de câncer de pele, de cataratas, além de garantir o equilíbrio dos ecossistemas.

Na última reunião do Protocolo de Montreal, em setembro de 2007, a Unidade Nacional de Ozônio do Ministério do Meio Ambiente recebeu o prêmio Implementadores do Protocolo de Montreal por ter antecipado em três anos o cumprimento da meta estipulada aos países em desenvolvimento que determina o banimento do CFC até 2010. "O Brasil pode se orgulhar de estar fazendo seu papel, não só no cumprimento das metas, mas indo além", afirmou o secretário

As ações brasileiras fazem parte do Plano Nacional de Eliminação de CFC (PNC) e consistem em impedir a produção do gás, proibida desde 1990 e garantir que os estoques de CFC nos aparelhos antigos não sejam despejados na atmosfera. A importação do gás também foi proibida no ano passado. Os estoques remanescentes em território nacional estão inseridos numa cadeia de atividades que estimulam o recolhimento dos gases e a sua regeneração, numa fase de transição até a eliminação total do uso de CFC.

A nova central de regeneração do Rio de Janeiro, que será gerida pela empresa Sudeste Refrigerações, está equipada com máquinas capazes de retirar as impurezas dos gases utilizados e permitir que eles sejam reutilizados como se novos fossem. Desde outubro de 2007, quando foi liberada a licença de operação, já foi regenerada uma tonelada de CFC. Esse número deve subir para cinco toneladas já em abril deste ano.

A central recebe o material coletado por refrigeristas que  também estão sendo treinados pelo Plano Nacional de Eliminação do CFC. Cerca de 17 mil refrigeristas já estão habilitados para fazer a manutenção dos aparelhos antigos, recolher o CFC e levá-lo para a unidade gestora. A previsão é que até 2009, 26 mil refrigeristas estejam treinados.

Segundo Ruy de Goes, o CFC é duplamente maléfico, pois destrói a camada de ozônio e provoca o aquecimento global. "Para efeito de comparação, o CFC tem potencial de aquecimento do clima dez mil vezes maior que o CO2.  Apesar disso, a eliminação do CFC não faz parte do Protocolo de Kyoto, de 1997, pois já era coberto pelo Protocolo de Montreal que foi assinado dez anos antes em 1987", explicou o secretário


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