O 5º Seminário Técnico-Científico de Análise de Dados Referentes ao Desmatamento na Amazônia Legal, encerrado nesta quarta-feira (15), em Anápolis (GO), foi marcado pela participação da sociedade civil e dos órgãos governamentais na formulação da segunda fase do plano interministerial de combate ao desflorestamento. As principais conclusões do evento são de que as estratégias de comando e controle deram resultado. Agora, o desafio é buscar formas de financiamento e de crédito para conservar áreas de floresta em pé e zerar o índice de desmatamento ilegal.
O projeto da segunda fase do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia, que envolve 13 ministérios coordenados pela Casa Civil, deverá estar pronto até o fim deste semestre. A ministra do Meio Ambiente (MMA), Marina Silva, destacou a participação dos diferentes órgãos no processo de elaboração do plano.
"O plano é uma conquista de todos nós. É a própria ação de algo que começou no primeiro seminário técnico-científico", disse Marina Silva, em seu discurso de encerramento do evento. "Para que as coisas possam dar certo é preciso enderaçá-las ao lugar certo, envolvendo a sociedade e a academia. Se ficasse apenas no governo, com certeza, ficaria no lugar errado", disse.
Ao analisar os resultados do encontro, o secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco, apontou êxitos e desafios para o plano. "Ficou demonstrado aqui [no seminário] que a capacidade de combater o desmatamento aumentou significativamente. Porém, está claro que o modelo econômico é o grande desafio. A participação intensa dos governos estaduais e dos setores econômicos será de extrema importância para o processo", afirmou
A secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, ressaltou a participação da sociedade civil no seminário. "Com seus conhecimentos, a sociedade não só nos ajuda a divulgar os dados do desmatamento, mas também colabora fazendo análises de outros pontos interessantes", afirmou. Sobre os avanços futuros, Maria Cecília ressaltou a viabilização de instrumentos econômicos e de financiamento para se atingir o desmatamento ilegal zero. Ela defendeu ainda a cobrança mais efetiva das multas aplicadas pelo Ibama aos madeireiros.
Realizado na Base Aérea de Anápolis, o seminário teve início na terça-feira (14), a partir da avaliação dos dados apresentados pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento da Amazônia Legal (Prodes), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. De acordo com os números, o desmatamento teve queda de 25%, entre 2005 e 2006. Este ano, deve ficar em 30%.
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