Adriano Ceolin
Começou nesta segunda-feira (9), em Brasília, a Missão de Supervisão dos Doadores do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa). Trata-se de uma reunião de avaliação sobre o andamento do programa, cujo objetivo é criar, implementar e consolidar 37,5 milhões de hectares de novas unidades de conservação (UCs).
A abertura do encontro foi feita pelo secretário-executivo do MMA, João Paulo Capobianco. "O Arpa é um programa que já conquistou resultados expressivos, por isso quero ressaltar que ele é de grande importância para o ministério", disse Capobianco, que atualmente também ocupa interinamente a presidência do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
A reunião, que ocorre até sexta-feira (13), conta com a participação de representantes dos doadores e parceiros do Arpa: Banco Mundial (Bird); Banco Alemão de Crédito para Reconstrução (KfW); a organização não-governamental WWF; e a Agência de Cooperação Técnica Alemã (GTZ).
Capobianco aproveitou a reunião com os doadores do Arpa para explicar a reestruturação pela qual passaram o MMA e o Ibama. Ele ressaltou a criação do Instituto Chico Mendes. Havia a necessidade de se criar uma autarquia para melhorar a gestão das unidades de conservação, disse. O governo federal percebeu que havia um déficit nesse sentido, afirmou.
Para o secretário-executivo, as UCs precisam funcionar como geradoras de oportunidades. "Elas precisam ter uma gestão mais profissional, gerando avanços para as comunidades que vivem em seu entorno", disse. "Eu acho que, agora, nós temos um ambiente favorável para poder colocar isso em prática. Principalmente, após a criação do Instituto Chico Mendes", completou.
Capobianco ressaltou, ainda, que o MMA manterá a disposição de ouvir sugestões. "Queremos renovar o compromisso de que não vamos jamais tomar nenhuma atitude radical", afirmou. Representantes da WWF e do Banco Mundial ressaltaram, no evento, que o Arpa é considerado estratégico para as instituições.
O Arpa existe desde 2002. O MMA coordena o programa, que é executado pelo Ibama em parceria como o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e os governos do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins.
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