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Salles cobra implementação do Acordo de Paris na Cop 25

Publicado: Terça, 10 Dezembro 2019 17:09
Crédito: Ascom MMA Salles cobra implementação do Acordo de Paris na Cop 25

Em discurso na plenária da COP 25 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), em Madri, nesta terça-feira (10), o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que implementar o artigo 6 do Acordo de Paris é um passo crucial para demonstrar o compromisso dos países desenvolvidos com as nações em desenvolvimento.
 
O Acordo, adotado no fim da COP 21, na capital francesa, tem como principal objetivo que o aumento da temperatura média do planeta não supere os dois graus centígrados. Dentro do acordo, o artigo 6 faz referência a mecanismos de mercado que apoiem a implementação dos compromissos de corte de emissões de carbono, mas ainda não foi viabilizado.
 
Salles destacou o contraste da Amazônia brasileira, com uma população de mais de 20 milhões de pessoas que habitam a área mais rica do planeta em biodiversidade e recursos naturais, mas com o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.
 
O ministro fez questão de ressaltar que o Brasil tem mais de 60% de sua vegetação nativa preservada e 80% da Floresta Amazônica intocada. “Temos uma legislação ambiental extremamente rígida, que é o Código Florestal Brasileiro”, afirmou.
 
Os dados sobre emissões de carbono também foram mencionados pelo ministro. Ele afirmou que o Brasil é responsável por menos de 3% das emissões globais de carbono e sempre esteve engajado em iniciativas para proteger o planeta e o futuro. “Assinamos o Protocolo de Mudanças Climáticas, o Protocolo de Kyoto e o Acordo de Paris. Reduções significativas de emissões foram geradas no Brasil e essa foi uma grande contribuição do setor privado para a luta contra as mudanças climáticas”.
 
Em seu pronunciamento para representantes de 195 nações presentes na COP, o ministro do Meio Ambiente ainda falou sobre os avanços do Brasil no desenvolvimento de fontes renováveis de energia, a exemplo do biocombustível etanol, que substitui os combustíveis fósseis amplamente utilizados nos países ricos. “Ao contrário de muitos países que ainda dependem do carvão, 84% de nossa rede elétrica são baseados em fontes de energia renováveis, como biomassa, eólica, solar e hidrelétrica”.
 
Salles finalizou conclamando os países mais sensíveis para resolver as lacunas referentes à mitigação e ao financiamento dos créditos de carbono. “Hoje, o fundo tem meros cem milhões de dólares, provavelmente menos do que o custo da organização das COPs. Precisamos ir além das palavras bonitas e fornecer os recursos que possam atender efetivamente às necessidades dos países em desenvolvimento. Como diz o lema da COP 25, é hora de agir”, concluiu.
 
Clique aqui e confira o discurso na íntegra.
 
 
Ascom MMA
(61) 2028-1227
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