No primeiro dia de compromissos públicos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 25), em Madri, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defendeu a inclusão econômica da população amazônica brasileira como fator essencial para o êxito de uma política de preservação regional. Segundo Salles, essa é a solução que contorna as abordagens abstratas.
O ministro falou no painel “Diálogos entre governos e sociedade civil – reforço a ações conjuntas”, que teve, entre os integrantes da mesa, o prêmio Nobel de química (1995) Mário Molina, e a presidente Executiva do grupo Santander, Ana Botin.
De acordo com Salles, somente a Amazônia se equipara a 16 países europeus, o que mostra a magnitude do Brasil. “Precisamos solucionar o problema pelas regras que funcionam no mundo todo: as regras do mercado”, defendeu.
Para ele, se não forem aplicadas as regras do mercado, com uma abordagem capitalista, levando em conta a sustentabilidade das pessoas que vivem na Amazônia, e que precisam ser integradas numa perspectiva de prosperidade, o país não conseguirá honrar os compromissos feitos no passado, e menos ainda fazer novos compromissos para o futuro.
A jornalistas, na saída do evento, o ministro afirmou que é importante ver quais instrumentos efetivos de pagamento de serviços ambientais já podem ser utilizados a partir do ano que vem, principalmente para a Amazônia, “muito valorizada por nós e muito bem cuidada também”. Ele se referiu ao compromisso dos países desenvolvidos de disponibilizar 100 bilhões de dólares anuais aos países em desenvolvimento que promovam o desenvolvimento sustentável.
Segundo ele, um dos problemas que a região amazônica enfrenta é não dispor de uma forma de desenvolvimento econômico sustentável que propicie aos mais de 20 milhões de brasileiros que vivem ali oportunidade de trabalhar de maneira adequada e ter a sua renda. “Essa é uma questão social muito importante e que tem tudo a ver com a questão ambiental”, disse.
Ascom MMA
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