Em sua participação oficial na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 25), em Madri, na Espanha, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que o principal objetivo do Brasil no evento, além de demonstrar que irá cumprir o Acordo de Paris, é buscar recursos para financiar políticas de preservação ambiental.
A COP 25, que começou nesta segunda-feira (2) e vai até o dia 13 de dezembro, reúne 195 países para discutir os detalhes técnicos e legais do Acordo de Paris para o clima. O acordo, adotado na COP-21, que aconteceu em 2015 em Paris, estabelece, no artigo 6, que países desenvolvidos forneçam ajuda financeira às nações em desenvolvimento para custear ações que promovam o desenvolvimento sustentável. Captar esses recursos é a principal missão do ministro do Meio Ambiente.
“Nosso objetivo é fazer valer a promessa dos países ricos para com os países em desenvolvimento de prover recursos no montante necessário e suficiente para remunerar pelo trabalho de preservação que o Brasil já faz”, afirmou Salles.
De acordo com ele, é necessário que o volume de recursos, compatível com o trabalho de preservação da Amazônia, passe a fluir já a partir do próximo ano. “Queremos a definição da participação brasileira no fundo de 100 bilhões de dólares anuais por estar trabalhando para descarbonizar nossa economia”.
O Acordo de Paris tem o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) no contexto do desenvolvimento sustentável. O compromisso é manter o aumento da temperatura média global em menos de 2°C e envidar esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5°C.
As principais metas do Brasil são reduzir 37% nas emissões de gases de efeito estufa até 2025 (tendo como ponto de partida as emissões de 2005) e a possível redução de 43% das emissões até 2030. Para atingir os objetivos, o país se comprometeu a aumentar a participação de bioenergia sustentável na sua matriz energética para aproximadamente 18% até 2030; restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas; e alcançar uma participação estimada de 45% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030.
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