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Ministro avalia impacto de manchas de óleo

Após sobrevoar parte da costa de Sergipe, ele disse que o governo está empenhado em conter a poluição e dar uma resposta técnica para a origem da substância, que já soma cerca de 100 toneladas
Publicado: Segunda, 07 Outubro 2019 18:40 Última modificação: Quarta, 16 Outubro 2019 17:06 Autor: Elmano Augusto Ferreira Cordeiro
Crédito: Ascom Ibama/SE Ministro (de colete amarelo) observa borras de óleo na praia do Viral, em Sergipe Ministro (de colete amarelo) observa borras de óleo na praia do Viral, em Sergipe
Brasília – O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobrevoou nesta segunda-feira (7) o litoral sergipano para avaliar o impacto das manchas de óleo encontradas desde o dia 2 de setembro em toda a costa nordestina. Até ontem (domingo, 6), o material oleoso havia atingido 132 praias de 61 municípios de nove estados do Nordeste. O Ibama está fazendo o monitoramento diário. Clique aqui para ver as áreas afetadas.

O sobrevoo durou cerca de 30 minutos. O ministro estava acompanhado do governador do Estado, Belivaldo Chagas, e gestores do Ibama – o diretor de Proteção, Olivaldi Alves, e o chefe-substituto da Coordenação-Geral de Emergências Ambientais, Marcelo Amorim. O presidente do ICMBio, Homero Cerqueira, também viajou a Sergipe.

O helicóptero que conduzia o grupo pousou na praia do Viral, no litoral sul do estado, onde trabalhadores faziam a limpeza do local. Após percorrer parte da praia e verificar os danos ao ambiente provocados pelas manchas, o ministro retornou ao aeroporto de Aracaju, onde concedeu entrevista á imprensa.

"Viemos aqui cumprindo uma determinação do presidente da República, para tomar as medidas urgentes contra a poluição e para determinar a resposta técnica para aquilo que pode ser a origem desse vazamento de óleo, que até o momento não se sabe com precisão”, disse o ministro.

Em todo o litoral nordestino, já foram recolhidas cerca de cem toneladas do material desde o início da operação. As ações de monitoramento e limpeza das praias estão sendo coordenadas pelo Ibama, em conjunto com o ICMBio, órgãos estaduais, municípios e Marinha e apoio da Petrobras.

Além do helicóptero, as equipes do Ibama utilizam, também, um avião com sistema de radar para auxiliar nos trabalhos. A aeronave tem sensores horizontais e câmeras de alta resolução, que fazem a varredura de todo o litoral. Todo o trecho entre Maranhão e Sergipe já foi mapeado. Nesta segunda, o material começava a aparecer em praias do extremo norte da Bahia.

Na avaliação dos técnicos, a parte de óleo mais pesada vem por baixo do nível do mar até tocar a costa. Depois, a própria maré se encarrega de retirar as borras de óleo, que voltam e encalham nas praias. “Assim, o trabalho está centrado na remoção rápida do material que está na areia, para que não retorne para o mar”, explicou Marcelo Amorim, do Ibama.

Uma investigação inicial aponta que o material que está poluindo as praias tem a mesma origem, mas ainda não é possível afirmar de onde ele viria. A Petrobras confirmou que se trata de petróleo cru, que não é produzido no Brasil.

Em Sergipe, a quantidade de manchas fez o governo decretar estado de emergência, além de recomendar a população a não utilizar as 12 praias atingidas.

Ascom MMA
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