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Conferência internacional discute tráfico de animais

No encontro, encerrado nesta sexta-feira (4), no Peru, Brasil aderiu à Declaração de Lima, que prevê ações contra a extração e o comércio ilegais de espécies da vida silvestre
Publicado: Sexta, 04 Outubro 2019 19:00 Última modificação: Quinta, 10 Outubro 2019 21:37 Autor: Elmano Augusto Ferreira Cordeiro
Crédito: Divulgação Secretário de Biodiversidade do MMA, Eduardo Camerini (ao microfone), durante seminário no Peru Secretário de Biodiversidade do MMA, Eduardo Camerini (ao microfone), durante seminário no Peru
Brasília – O Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio da Secretaria de Biodiversidade, participou em Lima, no Peru, da I Conferência de Alto Nível das Américas sobre o Comércio Ilegal da Vida Silvestre, encerrada nesta sexta-feira (4).

Além dos países da América do Sul e América Central, estiveram presentes, como convidados, representantes da Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Espanha, França, Países Baixos, Reino Unido e de instituições internacionais que trabalham com o tema.

A Conferência, que foi aberta na quinta-feira (3), teve por objetivo discutir o tráfico de espécies da fauna e flora silvestres e as possíveis soluções para combater esse tipo de crime, considerado uma das principais causas de perda de biodiversidade no mundo.

Ao final, os países participantes assinaram a "Declaração de Lima para o Combate ao Comércio Ilegal da Vida Silvestre", firmando o compromisso de implementar ações de combate ao tráfico de fauna e flora, envolvendo países-chave de trânsito e destino das espécies afetadas.

PRÓ-ESPÉCIES

No âmbito nacional, o MMA está implementando o projeto GEF Pró-Espécies que, entre outras atividades, prevê ações de combate à extração e comércio ilegais de espécies silvestres.

Dentre as ações para 2020, estão a aplicação do kit de ferramentas analíticas do Consórcio Internacional sobre Combate aos Crimes contra a Vida Silvestre (ICCWC) e a realização de uma campanha pública de conscientização, visando à redução da demanda por espécies silvestres comercializadas ilegalmente.

O ICCWC é um esforço colaborativo entre o Secretariado da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção), a Interpol, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, o Banco Mundial e a Organização Mundial das Alfândegas.

Além do secretário de Biodiversidade, Eduardo Serra Negra Camerini, integraram a delegação brasileira membros da Embaixada do Brasil em Lima, liderados pelo embaixador Rodrigo Baena Soares, e o analista ambiental Samuel Schwaida, do MMA.

SAIBA MAIS

Fontes internacionais estimam que o tráfico mundial de animais silvestres e madeira ilegais envolva valores de cerca de 15 bilhões a 26 bilhões de dólares. No Brasil, há evidências de que o volume de animais comercializados ilegalmente é elevado. Um estudo mostrou um mercado estimado em 630 mil dólares ao ano somente na cidade do Recife (PE).

Segundo dados do Ibama, uma média de 44.051 espécimes ao ano foram recebidos em Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) de todo o país entre os anos de 2002 a 2008. Aproximadamente, 82% dos animais contrabandeados são aves.

Ascom MMA – (61) 2028-1227 – com informações da SBio/MMA
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