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MMA vê a execução do Programa Água Doce em Impueiras, Alagoas

Povoado de 800 habitantes dobra capacidade de produção de peixes com recursos próprios.

Publicado: Quarta, 26 Fevereiro 2014 00:00
Crédito: Solange Amarílis/MMA Alta produção: tilápias vendidas a preço de custo Alta produção: tilápias vendidas a preço de custo

RAFAELA RIBEIRO (*)


O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ney Maranhão, liderou equipe que está em Alagoas acompanhando a execução de convênio de R$ 18 milhões do Programa Água Doce (PAD). A visita ocorre na comunidade de Impueiras, município de Estrela e sequencia uma série de contatos mantidos com os estados da região Nordeste com a mesma finalidade.


O povoado, com cerca de 800 pessoas, conta, desde 2010, com uma das três unidades demonstrativas do programa existentes no estado e é a única do Brasil a ter aumentado, com recursos próprios, o número de tanques para a criação de tilápias. “Há quatro anos estamos conseguindo manter tudo sozinhos”, explica o presidente da Associação da Comunidade de Impueiras, Cícero Pinheiro. “Contamos com apoio constante do governo que nos orienta, mas a parte financeira estamos mantendo por conta própria. Podemos tirar de cada tanque de 750 a 800 quilos de peixe a cada 15 dias e a vida da comunidade melhorou muito, tanto pela chegada da água como pela produção de peixe.”


O QUE É


O PAD é uma ação do governo federal coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil. Visa o estabelecimento de uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano, promovendo e disciplinando a implantação, a recuperação e a gestão de sistemas de dessalinização ambiental e socialmente sustentáveis para atender, prioritariamente, as populações de baixa renda em comunidades difusas do semi-árido.


Lançado em 2004, foi concebido e elaborado de forma participativa durante o ano de 2003, unindo a participação social, proteção ambiental, envolvimento institucional e gestão comunitária local. Possui como premissas básicas o compromisso de garantir à população do semiárido o acesso à água de boa qualidade, além de ser amparado por documentos importantes como a Declaração do Milênio, a Agenda 21 e deliberações da Conferência Nacional do Meio Ambiente.


DESSALINIZADORES


Em Alagoas, o primeiro convênio, firmado em 2009, recuperou 24 poços e sistemas dessalinizadores no semiárido alagoano, utilizando de um método sustentável, onde a água salobra (rejeito de tratamento) é depositada em tanques revestidos com lona, impedindo a salinização do solo. “As obras estão bem adiantadas e na vistoria o pessoal pôde ver que está 95% já construído, faltando chegar os equipamentos” destacou a coordenadora do Água Doce no Estado, Ana Cristina Barreiros. “Nos esforçamos muito para executar esse convênio porque o resultado na vida das pessoas é surpreendente”.


Nas unidades demonstrativas o sistema é completo, os tanques de rejeito transformam-se em criadouros de tilápia, que é vendida para a comunidade ao preço de custo, e a água dos tanques, enriquecida com material orgânico, é utilizada para irrigação da planta Atriplex, conhecida como erva-sal, que é resistente à salinidade e pode ser transformada em forragem para ovinos e caprinos. Além de Estrela, também existem unidades demonstrativas em Santana do Ipanema e Cacimbinhas.


MANUTENÇÃO


Além dos dois tanques iniciais para a criação de peixes, a comunidade de Impueiras reuniu recursos para a escavação e revestimento de outros dois e utiliza a renda obtida da venda das tilápias na compra de alevinos e ração. “Com esse dinheiro conseguimos comprar ração, manter os equipamentos, pagar uma pessoa que trabalha cuidando dos tanques e ainda sobra um pouco para o fundo da associação”, destacou Pinheiro.


O secretário Ney Maranhão ficou satisfeito com o que viu: “Eles retiraram do tanque mais de 400 quilos de peixe. É gratificante ver o resultado desse programa nessas comunidades que já sofreram tanto com a seca”. Para o secretário, essa comunidade representa o que o MMA almeja como resultado final do Programa Água Doce: “Esse programa tem o objetivo declarado de criar condições para que a comunidade disponha de água doce, mas ele faz mais do que isso, ele dá autonomia a essas comunidades”. Alagoas já está no segundo convênio com o MMA, para a implantação de mais 101 sistemas dessalinizadores dentro do PAD, totalizando cerca de 60 mil pessoas beneficiadas exclusivamente com esse programa.


*Com informações da SEMARH Alagoas

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