Ir direto para menu de acessibilidade.
 
O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras
Página inicial > InforMMA
Início do conteúdo da página

Notícias

Nesta sexta-feira (11/5), a partir das 10h, a TV NBR (NET canais 5 e 13) transmite ao vivo o debate da ministra Izabella Teixeira com jornalistas de veículos nacionais e internacionais. A conferência Rio+20 será o tema principal do encontro que contará com a presença do embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, do jornalista André Trigueiro e do ecologista Sérgio Besserman. O debate, que ocorre no Solar da Imperatriz do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, também poderá ser acompanhado pela Internet, no Portal da Presidência da República, no link http://www.ebcservicos.ebc.com.br/veiculos/nbr/nbr-ao-vivo
Luciene de Assis Os pesquisadores Fernando Vasconcelos e Danielle Calandino, do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), identificaram 116 causas responsáveis pela perda da diversidade biológica brasileira. Durante dois meses, entrevistaram 40 gestores públicos de diversos órgãos do governo federal ligados ao tema, trabalho que resultou no documento "Causas e consequências da perda da biodiversidade". Os resultados dessa investigação estão sendo debatidos por especialistas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), dos seus órgãos vinculados e do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPO G), nesta quinta e sexta-feira (10 e 11/05), em Brasília, com o objetivo de fazer um diagnóstico sobre o assunto. Vamos construir os grandes eixos que levam à perda da biodiversidade e relacionados à ação do homem, explica a analista ambiental da Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF) do MMA, Lúcia Lopes.   FUTURO A identificação dos problemas permitirá a construção do Plano de Ação para a Conservação da Biodiversidade para os próximos dez anos. A iniciativa coloca o país no eixo que leva à implementação das 20 metas de Aichi, acordadas ao final da Décima Conferência das Partes (COP 10) da Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada no Japão em 2010. Os especialistas garantem que a este é apenas o primeiro passo para se construir soluções que reverter a situação. Se não houver a integração de políticas de desenvolvimento para o país, não se tem como estancar a perda da biodiversidade, assegura a pesquisadora do Funbio, Danielle Calandino. "Precisamos interromper os processos degradantes", reforça o consultor Fernando Vasconcelos. Ele acredita que o Brasil tem a oportunidade trabalhar com um viés de desenvolvimento mais sustentável, a partir da implantação do Plano de Ação Governamental a ser construído.   DIÁLOGOS Nos dias 16 e 17 deste mês, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participará de uma oficina em que será apresentado o documento "Diálogos sobre Biodiversidade: construindo a estratégia brasileira para 2020", elaborado por entidades da sociedade civil organizada. O relatório foi produzido por três instituições - União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), Instituto de Pesquisa Ecológicas (IPE) e WWF-Brasil - além do MMA. Teve por base o Plano Estratégico da Convenção sob re Diversidade Biológica (CDB) para o período 2011-2020, negociado na COP 10, em Nagóia, Japão. A partir das conclusões apresentadas pelos dois documentos - "Causas e Consequências da Perda da Biodiversidade" e "Diálogos sobre Biodiversidade: construindo a estratégia brasileira para 2020" - o MMA promoverá uma reunião envolvendo representantes de todos os ministérios e entidades vinculadas para reunir novas sugestões. Depois, consolidará   as propostas que permitam ao Brasil atingir as 20 metas de Aichi. ASCOM
Martim Garcia/MMA Contrato entre MMA E Caixa fomentará sete projetos de combate à desertificação em Alagoas, Ceará, Piauí, Pernambuco e Sergipe, com investimento em manejo florestal, inclusão social e eficiência energética. Sophia Gebrim A sustentabilidade ambiental nos diversos biomas brasileiros com inclusão social são prioridades da parceria do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) com o Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal (FSA Caixa). Como parte dessas ações e com foco no bioma caatinga, foi assinado nesta quintafeira (10/05), convênio de R$ 6 milhões para a promoção da eficiência energética, uso sustentável e combate à desertificação. A ação conta com o apoio das secretarias de Biodiversidade e Floresta (SBF) e Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB). Os recursos serão destinados a sete projetos previamente selecionados, que irão atuar em três eixos em favor da sustentabilidade da matriz energética: manejo florestal comunitário e familiar da caatinga; promoção da eficiência energética junto aos setores gesseiro e ceramista e implementação de fogões ecológicos para comunidade rurais.   INCLUSÃO E PRESERVAÇÃO A atuação do projeto será nas regiões do Baixo Jaguaribe (Ceará), Xingó (Alagoas, Bahia, Sergipe e Pernambuco) e Araripe (Pernambuco, Piauí e Ceará), com período de dois anos de execução, o que permitirá a elaboração de planos de manejo e assistência técnica para cerca de 15 mil hectares de caatinga, capacitação a mais de 120 empresas e a implementação de cerca de mil fogões ecológicos em residências rurais em mais de 80 assentamentos. Iniciativas como essa fazem parte de um processo de estruturação de ações de fomento à biodiversidade com a promoção de desenvolvimento sustentável e inclusão social, aponta o diretor do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria de Extrativismo de Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Francisco Campello. Ele conta que, na prática, os projetos selecionados beneficiarão toda a cadeia produtiva da indústria gesseira e cerâmica. Ao invés de desmatar aleatoriamente a floresta, os pequenos produtores nos assentamentos (em parte, fornecedores da indústria de cerâmica e gesso) serão incentivados ao manejo florestal para, a partir daí, produzir carvão e lenha de forma ecológica e sem prejudicar o meio ambiente. As famílias também serão beneficiadas com fogões ecológicos, o que irá garantir a sustentabilidade da produção e redução das emissões de gases de efeito estufa. Em 2010, o MMA e o FSA Caixa assinaram acordo de cooperação por meio do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA). O ministério, com apoio de suas secretarias e entidades vinculadas, identifica as ações necessárias e prioritárias ao fomento, bem como promove os processos de seleção pública de projetos que serão financiados. Nessa parceria cabe ao FSA-Caixa, além da participação na concepção temática dos projetos, o repasse dos recursos que viabilizarão sua execução. ASCOM
Quinta, 10 Maio 2012 18:44

OAB-RJ pede veto ao Código Florestal

Letícia Verdi Para o presidente da entidade, o projeto aprovado colide com avanços já obtidos na legilação de proteção ambiental Letícia Verdi A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, recebeu, nesta quarta-feira (09/05), documento da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Rio de Janeiro (OAB-RJ), contendo considerações jurídicas sobre o projeto do Código Florestal aprovado pela Câmara dos Deputados no último dia 24 de abril. "É uma maneira de contribuir com o debate sobre o veto ao projeto", afirmou o presidente da entidade, Wadih Damous.   "No nosso entender, o projeto se presta, em partes importantes, ao veto", declarou Damous. Segundo a OAB/RJ, o substitutivo apresentado pelo deputado Paulo Piau (PMDB-MG) contém sérias incompatibilidades jurídicas. "O projeto aprovado colide com avanços já obtidos na legilação de proteção ambiental", defendeu. "Representa uma regressão em relação a certos paradigmas ambientais".   ASCOM
Luciene de Assis A Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas do Senado (CMMC), promoveu, nesta quarta-feira (09/05), audiência pública para discutir a possibilidade de o governo federal abrir  janelas de financiamentos para que os estados adotem programas de estímulo para os produtores rurais que se preocupem com a preservação ambiental. O evento contou com a participação de representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA), da Agência Nacional de Águas (ANA), da Organização The Nature Conservancy (TNC) e da Universidade de Brasília (UnB). O secretário de Biodiversidade e Florestas (SBF) do MMA, Roberto Cavalcanti, disse que o ministério, enquanto integrante do Poder Executivo, pode utilizar mecanismos já existentes para que os pagamentos por serviços ambientais sejam transferidos aos beneficiários em todo o país. Explicou que alguns estados, como São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Espírito Santo, já desenvolvem programas nesse sentido. Citou como exemplo o Programa BioClima, do governo paranaense, que criou programas de biocrédito como formas de incentivo a unidades de conservação mantidas por particulares. "É essencial internalizar esse mecanismo e mostrar como ele pode funcionar bem em escala global", salientou o secretário. Lembrou que o Brasil vive um momento especial para o debate, em função da da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20), que será realizada em junho no Rio de Janeiro para discutir este e outros assuntos correlatos.   OPORTUNIDADE Para o diretor do Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB, professor Saulo Rodrigues Filho, o crescimento da produção agrícola no Centro-Oeste representa uma ameaça importante e crescente ao bioma do cerrado, que requer atenção especial. Ele acredita que o pagamento por serviços ambientais sejam uma oportunidade de se corrigir as distorções de mercado. Convidado a expor suas teses na audiência pública, defendeu a  criação de um fundo internacional de proteção. "É um bioma que ocupa 22% do território nacional, com enorme diversidade, e está extremamente vulnerável e ameaçado", salientou. Rodrigues Filho explicou que os serviços ambientais, de modo geral, são atividades relacionadas à manutenção da vida, como a produção de oxigênio. Também estão ligadas à estabilidade das condições climáticas e do ciclo hidrológico, à decomposição dos dejetos, e à produção, manutenção e renovação da fertilidade do solo. A   iniciativa de se estabelecer pagamentos por serviços ambientais surgiu na Costa Rica em 1969, contou o professor da UnB, a partir da remuneração de produtores que promoviam a conservação de nascentes e de paisagens de interesse do turismo ecológico. Segundo ele, nos anos 1970, os Estados Unidos regulamentaram a emissão de dióxido de enxofre por parte das termelétricas, culminando na implementação do Tratado do Ar Limpo.   CÓDIGO O diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, sugeriu formas alternativas de se fazer o pagamento por serviços ambientais. Andreu acredita que esse pagamento não precisa, necessariamente, ser feito em dinheiro, mas em forma de concessão de crédito maior aos agricultores ou mesmo com a oferta de juros menores e prazos mais longos para quitação das dívidas. Ele lamentou que o Código Florestal, aprovado recentemente pela Câmara dos Deputados e enviado à sanção da presidenta Dilma Rousseff, tenha negligenciado a proteção dos recursos hídricos do país, privilegiando apenas a vegetação, "como se fosse possível dissociar uma coisa da outra". Albano Araújo, representante da Organização The Nature Conservancy (TNC), fez um relato da experiência com o primeiro programa de pagamento por serviços ambientais voltado a produtores de água e implantado na cidade de Extrema, Minas Gerais, em parceria com a Agencia Nacional das Águas (ANA). "Foi o município que elaborou a primeira legislação de conservação de água no Brasil", lembrou o ambientalista, ao defender o pagamento financeiro por serviços ambientais por tornar mais fácil o engajamento na causa por melhorar a autoestima do produtor rural, antes visto como ameaça e agora passa a ser um protetor do meio ambiente. ASCOM
Quarta, 09 Maio 2012 18:40

CPLP encaminha propostas à Rio+20

Sophia Gebrim Economia verde inclusiva, produção rural sustentável e preservação da água são prioridades ambientais dos oito países que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que serão apresentadas durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro. O documento com a proposta dos países lusófonos é resultado da 5ª Reunião dos Países da CPLP, na Ilha do Sal, em Cabo Verde. O chefe da Assessoria Internacional do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Fernando Coimbra, liderou a delegação brasileira na reunião, que contou com a participação de representantes dos ministérios do Meio Ambiente de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Brasil. "O encontro foi preparatório para a Rio+20, com discussões abertas em busca do fortalecimento ambiental e social da comunidade dos países de língua portuguesa", destaca o gestor do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria de Extrativismo de Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Ricardo Padilha, um dos representantes do Brasil na reunião. Entre os temas que serão levados à Rio+20 estão o uso, o abastecimento e a melhoria da oferta de água nas grandes metrópoles mundiais. Também será abordada a necessidade de equilíbrio do ecossistema e mitigação dos gases de efeito estufa.   ECONOMIA AZUL Como parte das discussões sobre água, a comunidade lusófona defendeu atenção especial à economia azul, setor representado hoje pela preservação da água, oceano, rios, e nascentes, além dos recifes. A proposta inclui a manutenção da biodiversidade nas costas como meio de garantir o equilíbrio do ecossistema marinho. "A posição do Brasil e demais representantes da CPLP é de preocupação tanto com a qualidade ambiental do continente quanto dos mares, além do combate à acidez nos oceanos, reflexo do aumento das emissões de CO2", explica Padilha. Ele destacou também a economia verde inclusiva na pauta de deliberações. A segurança alimentar, por meio do fomento à produção sustentável da agricultura familiar, foi consenso nas discussões, com a inclusão do tema no documento que será levado à Rio+20. Segundo Padilha, o  Brasil e os outros sete países da comunidade de língua portuguesa querem reforçar o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar em todo o mundo, como garantia para uma vida saudável. Todos os representantes da CPLP defendem a segurança alimentar como ação prioritária para o crescimento sustentável de qualquer nação.   ASCOM
Rafaela Ribeiro A Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, venceu o Prêmio Boas Práticas em Gestão Ambiental Urbana do Ministério do Meio Ambiente na temática resíduos sólidos, com o Programa Municipal de Gestão Social de Resíduos Sólidos (Catavida). O concurso foi instituído para destacar municípios com experiências bem sucedidas em sustentabilidade ambiental urbana, valorizando e estimulando os avanços no desenvolvimento de cidades sustentáveis. Na versão 2012, participaram do processo seletivo 124 projetos O gerente de Projetos da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Ronaldo Hipólito, explica que o projeto se destacou por estar totalmente de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, mesmo sendo pensado anteriormente à Lei 12.305/2010. "O Catavida tem no seu escopo um planejamento que considera os aspectos ambientais, sociais e econômicos, com participação social por meio de reuniões com associações comunitárias, condomínios, comercio local, coletivos educadores e junto ao orçamento participativo", acrescentou.   RENDA MAIOR O projeto busca desenvolver ações integradas que abrangem a sustentabilidade ambiental, social e econômica, alcançando todas as medidas no enfrentamento da questão social do lixo, desde a geração de resíduos até o seu destino final. Até agora foram capacitados 182 catadores. Destes, 115 já saíram da informalidade  para o trabalho autônomo (cooperativismo), reduzindo o grau de vulnerabilidades social. Em consequência,  possuem cobertura previdenciária e acesso a crédito e financiamento bancário. Foram criados 140 postos de trabalho (até janeiro de 2012) com uma significativa ampliação da renda, de R$ 200,00 para aproximadamente R$ 1.500,00/mês por trabalhador na Central de Reciclagem Roselândia. Além de beneficiar, indiretamente, toda a população do município, cerca de 257.746 pessoas. A catadora Jaqueline Santos Rodrigues tem 5 filhos e conta que o projeto mundou sua vida: "Eu ganhava R$ 140 e hoje recebo R$ 2 mil. Morava num barraco e consegui construir minha casa. Comprei móveis. Tenho conta no banco. Consigo sustentar meus filhos e comprar os remédios do meu pai que é doente, hipertenso, diabético, cheio de problema. As pessoas não olham pra gente mais como lixeiro. Agora a gente tem respeito".   SENSIBILIZAÇÃO O ganho ambiental também é significativo. A coleta seletiva solidária foi implantada na área central do município com a adesão de condomínios, residências, escolas e estabelecimentos comerciais. O volume de material reciclado foi ampliado de 37 toneladas para 177 toneladas/mês, e a redução da quantidade de resíduos encaminhados para o aterro sanitário de Minas Leão, onde atualmente são depositados os resíduos coletados em Novo Hamburgo. O diretor de Limpeza Urbana da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Novo Hamburgo, Marcelo Petry, considera o projeto: um resgate da cidadania, sem precisar tirar as pessoas do que elas sabem fazer, que é trabalhar com resíduos sólidos. "Nós estamos conseguindo devolver o respeito da comunidade pelo catador". acrescentou. "Os catadores são agentes ambientais, porque estão conscientizando as pessoas da importância da destinação adequada dos resíduos"   O COMEÇO   O programa Catavida foi elaborado em 2009 e implantado em 2010, por meio do reordenamento da Central de Reciclagem e capacitação de parte dos catadores. No ano seguinte a capacitação foi ampliada e iniciou-se a mobilização da comunidade para a adesão à separação dos resíduos. Algumas medidas foram adotadas para estimular a participação da população no programa como a promoção da consciência sócio-ambiental coletiva, reuniões em condomínio, divulgação junto ao comércio local buscando a adesão para a destinação correta dos resíduos, mobilização de associações comunitárias e articulação junto ao Orçamento Participativo do município.   ASCOM
Terça, 08 Maio 2012 18:37

Em debate, o Protocolo de Nagóia

Martim Garcia/MMA Documento assinado em 2010 defende a repartição justa e equitativa dos recursos do patrimônio genético de todos os países. Brasil possui pelo menos 13% da riqueza biológica mundial.  Luciene de Assis O Brasil possui a maior biodiversidade do planeta. Pelo menos 13% da riqueza biológica mundial estão em território nacional e todo esse recurso pertencente à diversidade biológica compõe um rico patrimônio genético, cujo uso, repartição e exploração são objeto de consideração do Protocolo de Nagóia. O assunto foi tema de debate na tarde desta terça-feira (08/05), em Brasília, quando especialistas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Itamaraty, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, além de integrantes de universidades, sociedade civil, empresas e representantes da União Europeia reuniram-se em Brasília no Seminário Diálogos sobre o Protocolo de Nagóia. O Protocolo de Nagóia foi adotado em outubro de 2010 e assinado no Japão por 92 países, visando a repartição justa e equitativa dos recursos do patrimônio genético de todos os países. Surgiu da necessidade de se estabelecer regras internacionais sobre o acesso e repartição de benefícios relacionados ao uso dos recursos genéticos e metas destinadas a prevenir a extinção de espécies ameaçadas, além da promoção da pesca e da agricultura sustentáveis. Até então, não existiam regras internacionais para o uso e repartição de benefícios do patrimônio genético.  Os estudiosos do tema lembram que, apesar do enorme desenvolvimento das indústrias farmacêutica e de cosméticos, o uso desses recursos, de forma sustentável, ainda é incipiente em todas as nações que exploram a biodiversidade. Os especialistas defendem a atualização das regras próprias de cada país. No caso do Brasil, acreditam que as pesquisas possam garantir a conservação da biodiversidade e tornarem-se uma alternativa de renda das comunidades tradicionais e populações indígenas, de onde estes recursos são retirados ou estudados.   BENEFÍCIOS "Com o Protocolo de Nagóia, muitas das questões cinzentas estão hoje claramente colocadas, garantindo aos países o que já era reconhecido pela Convenção sobre Biodiversidade Biológica", diz o secretário de Biodiversidade e Florestas (SBF) do MMA, Roberto Cavalcanti. O tema está em discussão, pelo menos, desde a Rio-92 e prevê, entre outros aspectos, o direito à repartição de benefícios entre os países provedores de biodiversidade e os que agregam valor a esses recursos. À medida que a lei internacional avança, você deve fazer os ajustes na legislação nacional, acrescenta Cavalcanti. De acordo com o pesquisador sênior da Universidade das Nações Unidas, Geoff Burton, os signatários do Protocolo de Nagóia têm responsabilidades e obrigações em relação ao conjunto dos recursos genéticos. "Os países precisam criar formas legais de acesso e consentimento de uso ao patrimônio genético, através de termos, acordos e contratos", reforçou. Matthias Buck, especialista em em acordos multilaterais em meio ambiente da Comunidade Europeia, concorda que as partes signatárias devem estabelecer regras de repartição de benefícios e lembra que a região precisa apresentar uma proposta oficial sobre os termos do Protocolo de Nagóia até 2014. "O assunto é novo para os países da Europa e apenas alguns deles já estabeleceram incentivos voluntariamente, como a obrigação sobre as patentes, por exemplo", argumentou.   INCENTIVOS Como o Senado ainda precisa ratificar o documento para que a regra internacional seja incorporada à legislação brasileira, o chefe da Assessoria Internacional do MMA, Fernando Coimbra, insistiu na importância de o país ratificar o protocolo, pois trata-se de um instrumento vinculante, que "oferece uma plataforma que valoriza os recursos genéticos e o uso da biodiversidade, além de dar garantias aos usuários e provedores desses recursos". A expectativa é que outros 50 países assinem a declaração, que regulamenta o uso e garante os direitos aos benefícios produzidos a partir dos recursos genéticos, mesmo se os acessos aos recursos forem irregulares. Sobre os termos do protocolo, Roberto Cavalcanti lembrou: "Você tem incentivos ao uso da biodiversidade, reconhecendo o direito de países e comunidades que detêm o conhecimento e o patrimônio genético, e também dá a quem tem interesse em desenvolver processos biotecnológicos um conjunto de ferramentas para negociar acordos e acessos".   ASCOM
Terça, 08 Maio 2012 18:36

Trabalhadores debatem Rio+20

Martim Garcia Consultas setoriais buscam identificar contribuições, insumos técnicos e recomendações que tenham sido produzidos nos últimos meses pelos diferentes setores da sociedade civil.  Camilla Valadares  Representantes de entidades de trabalhadores estão reunidos nesta terça-feira (08/05), em Brasília, a convite do Ministério do Meio Ambiente (MMA) para debater os temas da Conferência das Nações Unidas de Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), marcada para junho, no Rio de Janeiro. O evento é parte de uma série de consultas setoriais que estão sendo feitas ainda com a comunidade acadêmica, ONGs ambientalistas, povos indígenas e comunidades tradicionais, movimentos sociais e setor privado. Entre as entidades participantes da consulta estão representantes de centrais sindicais e outras entidades laborais. Durante a abertura do evento, o assessor especial do MMA, Luiz Antonio Carvalho lembrou que esta é apenas uma das iniciativas para participação da sociedade civil no processo da Rio+20. O objetivo das consultas setoriais é identificar contribuições, insumos técnicos e recomendações que tenham sido produzidas nos últimos meses como resultado de atividades preparatórias conduzidas pelos setores para a Rio+20. Para o assessor extraordinário do Ministério do Meio Ambiente para a Rio+20, Fernando Lyrio, "a perspectiva dos trabalhadores é essencial para a discussão de modelos e práticas de desenvolvimento". Esse segmento da sociedade tem sido muito presente nos debates da conferência, completou.   ASCOM
Divulgação/MMA Iniciativa oferece um mecanismo de funcionamento simples e eficiente, além de cadeia produtiva que começa com a dessalinização da água salobra, permitindo o consumo humano. Rafaela Ribeiro A falta de água potável no sertão nordestino está deixando de ser um problema sem solução. O Programa Água Doce - Água para Todos, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA)  em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil, estabele uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para consumo humano. A Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA promove, até esta quarta-feira (09/05), uma oficina de planejamento do Programa Água Doce, com a finalidade de compartilhar informações e estratégias relacionadas à execução dos convênios, planejar as ações de modo a efetivar e potencializar os objetivos, além de integrar as equipes e parceiros envolvidos.   ESCASSA E IRREGULAR A região do semiárido brasileiro ocupa 10% do território nacional e abriga população de 21 milhões de pessoas. Na maior parte do ano falta água, já que a ocorrência de chuvas é escassa e irregular. A água subterrânea, extraída de poços, é imprópria para consumo devido ao alto teor de sal. Proporcionar a essa população água boa para beber, tomar banho, irrigar plantas, criar peixes e alimentar animais virou realidade com a implantação da tecnologia que transforma água salobra em potável e reaproveita os resíduos do processo. A técnica ajuda a preservar o meio ambiente e gerar renda para os agricultores. Para melhorar a situação de falta de água potável no sertão do nordeste, ao longo dos anos foram instaladas nas comunidades rurais máquinas dessalinizadoras para tratar a água salgada e torná-la potável. Mas o que era para ser uma solução virou outro problema. Além da dificuldade de manutenção dos equipamentos, os dessalinizadores geram um concentrado salino ao fazerem o tratamento da água. O resíduo, ao cair no solo, torna a terra improdutiva e contamina o lençol freático.   SISTEMA COMPLEMENTAR Para eliminar o problema, a Embrapa Semiárido desenvolveu um sistema complementar ao processo de dessalinização tradicional, que reaproveita os rejeitos e cria um ciclo de produção criativo e sustentável. A tecnologia consiste na retirada da água do poço e o tratamento através do processo de dessanilização. Uma porcentagem do volume extraído é transformado em água potável e o restante permanece com sal e recebe resíduos do processo de dessalinização. Esse material é usado para abastecer tanques onde são criados peixes da espécie tilápia rosa. A água desses criadouros, que contém restos de ração e excremento de peixe, também pode ser reaproveitada para o cultivo de "erva-sal", planta que serve para a alimentação de caprinos e ovinos. O projeto piloto desta técnica inédita foi desenvolvido em 2003 na comunidade de Atalho, a 70 km de Petrolina (PE). Ele serviu de referência para integrar o Programa Água Doce. Desde 2004, oito unidades demonstrativas (como são conhecidos os sistemas produtivos com reaproveitamento do rejeito) foram instaladas em seis estados - Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Piauí, Ceará, e Bahia. O Programa Água Doce prevê, além do sistema de produção integrado, o processo tradicional de dessalinização, a sustentabilidade ambiental e a mobilização social com o objetivo de fornecer água de qualidade para a população.A iniciativa oferece um mecanismo de funcionamento simples e eficiente, além de cadeia produtiva que começa com a dessalinização da água salobra, permitindo o consumo humano.   ASCOM
Página 315 de 782
Fim do conteúdo da página
Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.