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Biodiversidade

Biodiversidade (286)

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Biodiversidade Aquática

Biodiversidade Aquática (49)

Biodiversidade Aquática é um termo abrangente que considera tanto o conjunto dos ecossistemas aquáticos continentais, costeiros e marinhos como os seres vivos que vivem ou passam parte de seu ciclo biológico nestes ambientes. Parte destes organismos vivos, como peixes, moluscos, crustáceos e algas é considerado como " recurso pesqueiro" uma vez em  que são alvo da atividade pesqueira.

Embora a distribuição geográfica dos ambientes aquáticos não seja uniforme, eles estão presentes em todos os biomas brasileiros. Além disso, são diversos os interesses pelo uso da biodiversidade aquática ou dos recursos hídricos, cuja quantidade e qualidade são fundamentais para a manutenção da dinâmica destes ecossistemas.

A água é a base da vida conferindo um valor intrínseco aos ambientes aquáticos. Assim, as diretrizes, ações e políticas devem ser transversais não apenas geograficamente , mas setorialmente.

Reconhecendo a importância, fragilidade e transversalidade do tema foi criada a Gerência de Biodiversidade Aquática e Recursos Pesqueiros que tem como missão definir políticas públicas de conservação e uso sustentável da biodiversidade aquática no Brasil. Para tanto, contamos com diversos parceiros e com a importante execução dos institutos vinculados como o IBAMA e o ICMBio e, no caso específico dos recursos pesqueiros, trabalhamos lado a lado também com o Ministério da Pesca e Aquicultura.

Dentre as ações em execução, destacam-se aquelas de coordenação da implementação da Convenção de Zonas ùmidas de Importância Internacional - Convenção de Ramsar; as de conservação de alguns ecossistemas considerados como berçários e também com alta produtividade da zona costeira e marinha, tais como os recifes de coral e os manguezais; as ações integradas de conservação e uso sustentável dos recursos pesqueiros, além do desenvolvimento da vertente ambiental do Programa Antártico Brasileiro.

Dessa forma, nossa intenção é divulgar curiosidades e levar até você algumas informações sobre os programas e ações, esperando ganhar mais um parceiro para a conservação da biodiversidade aquática brasileira.

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A Iniciativa de Finanças para a Biodiversidade, Biodiversity Finance Initiative (BIOFIN, sigla em inglês) é gerida pelo Programa das Nações Unidades para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com a Comissão Europeia e os Governos da Alemanha, Suíça, Noruega e Flanders.   O BIOFIN possui uma metodologia para quantificar a lacuna de financiamento da biodiversidade em nível nacional, para melhorar a relação custo-eficácia através da integração da biodiversidade no desenvolvimento nacional e no planejamento setorial e para o desenvolvimento de planos de ação para mobilização de recursos.   BIOFIN pretende, portanto, ser uma parceira global para enfrentar o desafio de financiamento da biodiversidade e promover estratégias de mobilização de recursos, inseridos em um processo de transformação liderado por atores nacionais, com vistas a permitir que os países possam implementar suas Estratégias Nacionais e Planos de Ação e alcançar metas nacionais de biodiversidade. Os governos nacionais já têm vindo a demonstrar seu compromisso para cumprir suas metas de conservação e uso sustentável da biodiversidade e para identificar uma gama diversificada de soluções de financiamento para a gestão da biodiversidade. A Iniciativa Biofin busca uma transformação na forma que esse financiamento é planejado e gerido para captar os recursos necessários para atender as Metas de Aichi definidos no Plano Estratégico 2011-2020 da CDB de maneira a promover o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza.   Para saber mais:Plataforma de conhecimento da Iniciativa Biofin (em língua inglesa)Publicação do Biofin – lançada na COP14 da CDB no Egito em novembro de 2018 (em língua inglesa)
Perante a necessidade de se reconhecerem e mensurarem os benefícios econômicos da conservação da biodiversidade e ecossistemas para a sociedade e os custos associados à sua deterioração, foi lançada em 2007 a Iniciativa “Economia dos ‘Ecossistemas e da Biodiversidade”, conhecida pela sua abreviatura TEEB (The Economics of Ecosystems and Biodiversity). Esta é uma iniciativa que propõe desenvolver um estudo global sobre a economia da perda de biodiversidade, por meio da análise dos benefícios econômicos globais da diversidade biológica, dos custos da perda da biodiversidade e de não se tomar medidas de proteção, versus os custos da conservação efetiva.    A iniciativa foi desenvolvida como um exercício de colaboração de mais de 500 especialistas em todo o mundo, compilando em uma meta-análise vasta quantidade de informações, conhecimentos, boas práticas e lições de diferentes escalas e campos políticos. A iniciativa TEEB mostrou como ferramentas e conceitos econômicos podem ajudar a equipar a sociedade com os meios para incorporar os valores da natureza na tomada de decisões em todos os níveis. A iniciativa produziu uma série de relatórios, todos fornecendo orientações e soluções específicas para formuladores de políticas, administradores, empresas e indivíduos sobre como incorporar o valor dos serviços ecossistêmicos às suas decisões. A iniciativa TEEB sugere uma abordagem em três níveis para analisar problemas e assegurar respostas adequadas por parte das políticas: Reconhecer o valor da biodiversidade e dos ecossistemas (incorporar o entendimento de que eles são importantes e significativos); demonstrar o valor da biodiversidade e dos ecossistemas (integrando informações sobre seus custos e benefícios aos cálculos e indicadores que influenciam e são base de informação para as decisões); e capturar os valores de biodiversidade e ecossistemas, usando mercados, preços e incentivos para influenciar o comportamento econômico das pessoas.   A iniciativa segue atuante, sendo vários os países que desenvolveram (ou desenvolvem) suas iniciativas nacionais de TEEB (como a Bélgica, a Alemanha, a África do Sul, a Índia, etc), além de outros estudos que vão sendo desenvolvidos para áreas setoriais, como a agricultura (iniciativa TEEB para Agricultura e Alimento), oceanos e zona costeira, água e zonas húmidas, o setor empresarial (Coalizão do Capital Natural) e ainda na área da contabilidade do capital natural.      
Quarta, 12 Dezembro 2018 15:51

Plataforma Intergovernamental - IPBES

A Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, conhecida como IPBES (em inglês, International Platform on Biodiversity and Ecosystem Services), foi criada em abril de 2012 com o objetivo de informar os governos sobre o estado da biodiversidade, ecossistemas e serviços prestados, reforçando a interface ciência/política. A plataforma também disponibiliza informações para o aprimoramento de políticas e de estratégias setoriais em favor da conservação e uso sustentável da natureza, do bem-estar humano e do desenvolvimento sustentável. Funções:a) Produzir diagnósticos sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos; b) Identificar o conhecimento necessário para decisões políticas; c) Desenvolver ferramentas de suporte à decisão política; d) Catalisar a produção de novos conhecimentos; e) Capacitar profissionais e instituições. Até ao final de fevereiro de 2018, a Plataforma contava com 128 países-membro, além de integrar cerca de 1000 cientistas do mundo todo para contribuírem voluntariamente para o trabalho da IPBES. A Plataforma não produz novas pesquisas, no entanto, conta com os cientistas para analisar e avaliar informações científicas e técnicas relevantes, produzidas mundialmente, para a compreensão da biodiversidade e serviços ecossistêmicos. Estrutura Organizacional A Plenária é o órgão de tomada de decisão da Plataforma. É composta por membros de Governo (dos países signatários) e observadores. A Plenária nomeou dois órgãos subsidiários: o Bureau e o Painel Multidisciplinar de Especialistas (MEP). O Bureau é responsável por supervisionar funções administrativas e é composto por 10 membros (dois de cada região da ONU, incluindo um chair e quatro vice-chairs). O MEP é responsável pela execução das funções científicas e técnicas do programa de trabalho. É composto por 25 membros (cinco de cada região da ONU, incluindo dois co-chairs e três vice-chairs). Nas reuniões do MEP podem participar observadores, incluindo membros do Bureau, chairs de organismos científicos de acordos ambientais multilaterais relacionados à biodiversidade, e o presidente do IPCC. A Plataforma está situada no guarda-chuva de quatro entidades das Nações Unidas: PNUMA, FAO, PNUD e UNESCO, e é administrada pelo PNUMA. Seu secretariado é localizado no campus da ONU, em Bonn, na Alemanha. Na figura seguinte (adaptada para o português pela Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos – BPBES) é apresentado o marco conceitual do IPBES:       Diagrama do Marco Conceitual da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos       Legenda do diagrama: No painel central, delimitado em cinza, caixas e setas denotam os elementos da natureza e da sociedade que são o foco principal da plataforma. Em cada caixa, o texto em cor preta indica categorias que devem ser inteligíveis e relevantes para todas as partes interessadas na IPBES, e abrangem as categorias da ciência ocidental (verde) e categorias equivalentes ou similares em outros sistemas de conhecimento (azul). As categorias em azul e em verde são ilustrativas, não exaustivas, e estão melhor explicadas em Díaz et al. (2015). As setas sólidas no painel principal denotam a influência entre os elementos; as setas pontilhadas denotam as ligações reconhecidas como importantes, mas que não são o foco principal da IPBES. As setas coloridas, à direita e abaixo do painel principal, indicam que as interações entre os elementos mudam ao longo do tempo e ocorrem em várias escalas espaciais. As linhas verticais na extrema direita da figura indicam que, embora o escopo dos inventários da IPBES seja nas escalas supranacional-subregional a global, eles serão em parte construídos a partir de relações e propriedades que agem em escalas mais finas. [Adaptado de Díaz et al. (2015) “The IPBES conceptual framework – connecting nature and people”. Current Opinion in Environmental Sustainability 14:1-16. Disponível aqui]   Mais informações: Webinars sobre a Plataforma IPBES (em inglês)
A necessidade de conservar a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos para a promoção do desenvolvimento sustentável é amplamente aceita. Isso se reflete tanto nos objetivos e acordos de nível global, como a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas (ONU), quanto nas iniciativas em nível internacional que buscam promover a integração da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos no raciocínio do desenvolvimento setorial dos países. De entre essas iniciativas, destacam-se a Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos – IPBES (do quel o Brasil é um dos países-membro), a iniciativa global da Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB na sigla em inglês) e a iniciativa Finanças para a Biodiversidade (Biofin).                    Iniciativa Global dos Ecossistemas e da Biodiversidade - TEEB                    Iniciativa Finanças para a Biodiversidade - Biofin                 Plataforma Intergovernamental - IPBES                  
Quarta, 12 Dezembro 2018 15:41

O Projeto Global Values

O Projeto Métodos para a integração de serviços ecossistêmicos em política, planejamento e prática – ValuES é um projeto global da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, em parceria com a Helmholtz-Zentrum für Umweltforschung (UFZ) e a Conservation Strategy Fund (CSF), que tem a GIZ como agência implementadora e funciona em dez países, incluindo o Brasil. No âmbito nacional, sua atuação acontece através do Projeto da Cooperação Brasil-Alemanha TEEB Regional e Local.   Objetivos Com duração entre 2013 e 2018, o Projeto ValuES tem como principais objetivos: 1. Apoiar profissionais, consultores e tomadores de decisão em ministérios e organizações na integração dos serviços ecossistêmicos (SE) em processos de decisão e planejamento;2. Promover e transmitir métodos e instrumentos, troca de experiências em nível internacional e gestão de conhecimento sobre serviços ecossistêmicos e sua integração em políticas.   O Projeto TEEB Regional-Local trabalha em parceria com o Projeto ValuES, facilitando a inserção em escala internacional dos conhecimentos adquiridos. No âmbito do Projeto TEEB Regional-Local, alguns destes conhecimentos são análise, sistematização, disseminação e uso compartilhado de informações para mainstreaming dos temas Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos. O Projeto Global ValuES fomenta o intercâmbio de experiências com projetos dentro da mesma temática, em países como Colômbia, Peru, Costa Rica, México, Colômbia e Equador. Atividades principais:• Desenvolvimento de um inventário de métodos para orientar tomadores de decisão e profissionais, bem como a compilação de boas práticas;• Assessoria de países parceiros interessados em valorizar e integrar SE em políticas e estratégias;• Desenvolvimento de capacidades sobre métodos, instrumentos e a consideração dos resultados em processos de decisão;• Promoção do diálogo entre ciência e política por meio da plataforma IPBES (em inglês, Intergovernmental Science-Policy Platform on Biodiversity & Ecosystem Services). Mais informações:Documento:Descrição do Projeto (factsheet em espanhol)Publicação “Increasing the Policy Impact of Ecosystem Service Assessments and Valuations - Insights from Practice”Publicação “ValuES Report: Indicators for Managing Ecosystem Services - Options & Examples”Publicação “ValuES Synthesis Report of ES Assessments”Site:Navegador de Métodos de Avaliação e Valoração de SE
O Projeto TEEB Regional-Local iniciou a implementação do seu novo componente de apoio ao desenvolvimento das contas econômicas ambientais por meio do suporte à elaboração das Contas Econômicas Ambientais da Água (CEAA) no Brasil. Este processo se desenvolveu sob a coordenação do IBGE, em parceria com a ANA e a Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (SRHU/MMA), atualmente denominada Secretaria de Recursos Hídricos e Qualidade Ambiental (SRHQ). Até março de 2018, a trajetória do desenvolvimento das CEAA no Brasil pode ser dividida em três etapas, cada uma com objetivos específicos distintos.   A primeira tem por objetivo a proposição do projeto e o arranjo institucional para o seu desenvolvimento; a segunda, com foco na capacitação e intercâmbio técnico interinstitucional; e a terceira, na elaboração dos primeiros resultados, incluindo as tabelas híbridas. O Projeto TEEB Regional-Local apoiou a terceira etapa iniciada após a assistência técnica. Dentre as atividades, envolveu-se a revisão geral das tabelas, a identificação das lacunas existentes e elaboração de série histórica, visando a consolidação dos resultados das CEAA. O trabalho foi realizado em 2017 pela equipe técnica da ANA e do IBGE com apoio de consultorias de curto e longo prazo viabilizadas pelo projeto. Contribuições técnicas ao processo ocorreram com a conjugação de esforços da SBio/MMA e da Cooperação Alemã junto ao IBGE e às demais instituições que integram o processo de elaboração das CEAA no Brasil (ANA e SRHQ/MMA).   Em março de 2018, foram oficialmente lançados os primeiros resultados das contas econômicas ambientais da água no Brasil para o período 2013-2015, no formato de informativo e de uma publicação.
Quarta, 12 Dezembro 2018 15:40

Experiências com o setor empresarial

O setor empresarial depende da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos em maior ou menor extensão. A água doce, por exemplo, é um insumo para quase todos os processos produtivos, desde a produção agrícola até a mineração em grande escala. As empresas farmacêuticas dependem de recursos genéticos de plantas e animais para identificação de novos ingredientes ativos. O agronegócio depende da polinização natural, do controle biológico de pragas e de processos biológicos do solo. Muitos destinos do turismo devem a sua atratividade a ambientes naturais. A proteção oferecida por alguns ecossistemas, tais como pântanos e mangues, pode reduzir os danos causados por tempestades e inundações e é monitorada por companhias de seguros e resseguros. A perda da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos (BSE), como a provisão de água, estão cada vez mais reconhecidas como geradoras de riscos para as empresas, quer pelos impactos diretos associados à dependência da empresa em relação aos serviços ecossistêmicos (que podem, inclusive, servir de insumo para a produção), quer pelos impactos indiretos, operando por meio de cadeias de abastecimento ou decisões de mercado quanto ao investimento, à produção, à distribuição e à comercialização. Considerar informações sobre os impactos e dependências das empresas com relação à biodiversidade e serviços ecossistêmicos, mapear os riscos e tomar decisões para minimizar esses riscos, além de aproveitar oportunidades associadas a práticas de conservação dessa biodiversidade e ecossistemas, é o caminho. O projeto TEEB Regional-Local buscou inserir e consolidar o tema da biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (SE) na agenda do setor empresarial. Engajou empresas e federações estaduais das indústrias no entendimento sobre os riscos e as oportunidades associadas ao capital natural e, em parceria com o GVces/FGV, buscou desenvolver métodos e ferramentas customizadas para as empresas que lhes permitissem levantar informações sobre seus impactos e dependência dos SE. A iniciativa Tendências em Serviços Ecossistêmicos (TeSE) é desde 2014 apoiada pelo Projeto TEEB R-L. O desenvolvimento de um Programa de Formação é também parte da estratégia de incorporação de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BSE) nas agendas das Federações Estaduais das Indústrias. Isso permitirá que o tema ganhe escala e possa ser oferecido de forma ampla, garantindo maior impacto e a permanência do assunto nas agendas das empresas após a finalização do projeto. Medidas já em andamento, como a construção e adequação de métodos de valoração de SE, bem como a identificação e desenvolvimento de exemplos de valoração e gestão de SE, relacionados a atividades empresariais, e capacitações temáticas pontuais, são as bases da orientação do programa de formação.   Estratégia do projeto com o setor empresarial: • Desenvolvimento e adequação de métodos e ferramentas;• Engajamento das federações estaduais das indústrias e de empresas;• Aplicação dos métodos e procedimentos em empresas-piloto;• Inserção/consolidação do tema de biodiversidade e SE na agenda do setor empresarial;• Incorporação do capital natural na tomada de decisão de negócios. Mais informações:Site: Tendências em Serviços Ecossistêmicos (TeSE) da FGVVídeo: O valor imaterial dos ecossistemas (Português)Vídeo: Negócios e Uso Sustentável da Biodiversidade no Brasil (2014)Site: Barómetro da Biodiversidade da União para o Biocomércio Ético (UEBT)Site: Iniciativa Brasileira de Negócios e Biodiversidade (IBNBIO) Site: Toolkit do Protocolo do Capital Natural
Quando consideramos o conjunto das políticas públicas e seus setores percebemos uma estreita relação com os serviços ecossistêmicos e o capital natural, direta ou indiretamente, seja pela dependência a estes benefícios seja pelos impactos gerados nos mesmos. Nesse contexto, considerando ainda o baixo grau de internalização e consideração dos Serviços Ecossistêmicos (SE) e do capital natural na sociedade, um grande desafio está em identificar as melhores oportunidades de atuação, considerando a relação entre a racionalidade na aplicação dos recursos humanos e financeiros e os impactos reais e potenciais que se espera gerar.   Assim, o Projeto TEEB desenvolveu abordagens que permitiram atuar de forma transversal junto a vários órgãos públicos dos diferentes setores e esferas. Considerando os diferentes contextos e estágios envolvidos nos ciclos de política, o projeto identificou as janelas de oportunidade existentes para a atuação seja na fase de concepção, desenho ou execução das políticas. Visando auxiliar o gestor público e os tomadores de decisão nesses processos, o projeto vem disseminando abordagens e metodologias para internalizar os SE nas políticas públicas, promovendo a formação de recursos humanos especializados. O projeto tem buscado também atuar de forma estruturante e demonstrativa nas esferas federal, regional e local, em diferentes setores da política pública, como: • Apoiando e criando instrumentos de planejamento e desenvolvimento territorial sustentável como Zoneamento Ecológico Econômico, Planos de Manejo de Unidades de Conservação e Planos de Ordenamento Territorial municipais.• Apoiando políticas públicas, estratégias e planos de gestão e recuperação da biodiversidade, como a Estratégia Nacional de Biodiversidade (EPANB) e o Plano de Recuperação da Vegetação Nativa (PLANAVEG). • Desenvolvendo e implementando instrumentos econômicos para a Conservação como o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e outros mecanismos de incentivos econômicos e financeiros por desempenho socioambiental, como as Cotas de Reserva Ambiental (CRA), a Conversão de Multas administrativas do Ibama e a Compensação Florestal.• apoiando o desenvolvimento das contas econômicas ambientais no Brasil. Estratégia do Projeto - Setor Público:• Desenvolvimento e disseminação de conhecimento e capacidades sobre SE, abordagem ISE e métodos para integração de SE em políticas e no planejamento;• Assessoria técnica a casos-piloto de como integrar o valor de SE no planejamento do território, em processos de gestão e no desenho de políticas e instrumentos econômicos;• Identificação de oportunidades e de pontos de entrada para a integração de SE;• Comunicação do valor dos SE;• Transversalização do tema de SE nas agendas setoriais;• Desenvolvimento de políticas públicas, planos, programas e estratégias de desenvolvimento mais sustentáveis.   Mais informações:   Publicação “Definição de níveis de equivalência ecológica para a Lei de Compensação Florestal do Distrito Federal - Brasil”Publicação “Análise socioeconômica das cadeias de produtos da biodiversidade para elaboração de estratégia de desenvolvimento socioambiental na APA da Fazendinha - Amapá”Publicação “Subsídios para o desenvolvimento econômico a partir do conhecimento sobre Serviços Ecossistêmicos e a Biodiversidade na Flota Amapá”Publicação “Guia para a Formulação de Políticas Públicas Estaduais e Municipais de Pagamento por Serviços Ambientais”Vídeo: O Valor das Unidades de Conservação para a Sociedade Brasileira (2018) (Português, Inglês)Vídeos adicionais: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Português)
Quarta, 12 Dezembro 2018 15:37

Abordagem ISE

A abordagem ISE (Integração de Serviços Ecossistêmicos) é uma proposta sistemática para integrar a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos no marco de projetos, programas e processos de desenvolvimento. O objetivo desta abordagem, que envolve seis passos, é facilitar o reconhecimento dos serviços ecossistêmicos prioritários no contexto do desenvolvimento de políticas e estratégias, demonstrar as relações de impacto e dependência sobre esses serviços ecossistêmicos e usar essas informações para subsidiar os processos de tomada de decisão. Clique aqui para conhecer o passo a passo da abordagem ISE O projeto TEEB Regional-Local atuou no desenvolvimento de capacidades técnicas e institucionais em nível federal e regional-local para o uso da abordagem ISE. O principal foco foi o de apoiar tecnicamente gestores, públicos e privados, para que esses possam integrar informações sobre serviços ecossistêmicos, tais como seus valores, custos e os benefícios associados à sua degradação ou conservação, em políticas públicas e instrumentos de planejamento e ordenamento territorial. Esta estratégia deu origem a aplicação prática da abordagem ISE em dezenas de políticas públicas, de alcance nacional e regional, bem como em casos empresariais. Para saber mais: Manual Integração de Serviços ecossistêmicos ao Planejamento do Desenvolvimento (2012)Treinamento: Integração de Serviços Ecossistêmicos ao Planejamento do Desenvolvimento. Manual para Treinadores (2015)Treinamento: Integração de Serviços Ecossistêmicos ao Planejamento do Desenvolvimento. Material de Treinamento. Exercícios e resultados (2015)
Quarta, 12 Dezembro 2018 15:32

Projeto TEEB Regional-Local

O projeto TEEB Regional-Local busca promover a integração dos serviços ecossistêmicos nos processos de tomada de decisão em políticas públicas e na atuação empresarial, visando a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável. Alinhado com a iniciativa internacional da Economia dos Ecossistemas e da Biodiversidade (TEEB em sua sigla em inglês), o projeto destaca os benefícios que a diversidade biológica e os serviços ecossistêmicos promovem para a sociedade, bem como os crescentes custos advindos de sua perda ou degradação. Entre 2012 e 2019, no contexto da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, o projeto desenvolveu abordagens inovadoras para a construção de estratégias, programas e instrumentos de políticas públicas e para aplicação no setor empresarial. As atividades abrangem os níveis federal, regional e local, com foco nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Amazônia. As atividades têm como foco a integração de serviços ecossistêmicos em quatro temas: (1) Políticas públicas de planejamento, ordenamento territorial e de áreas protegidas; (2) Políticas públicas de incentivos econômicos para a conservação e uso sustentável da biodiversidade e ecossistemas; (3) Estratégias de gestão empresarial e (4) Desenvolvimento das contas econômicas ambientais. A incorporação do valor da biodiversidade e de serviços ecossistêmicos permite que gestores públicos e privados possam otimizar a tomada de decisão, uma vez que reconhecem vulnerabilidades e dependências relacionadas às funções dos ecossistemas, evitando assim possíveis impactos e perdas econômicas. Entre os resultados obtidos ao longo de sete anos destacam-se o aprimoramento e a criação de políticas públicas federais e estaduais, o apoio a elaboração das contas econômicas ambientais de água, floresta e energia e a implementação de casos-piloto em empresas e negócios.A implementação do projeto contou com a parceria do Ministério do Meio Ambiente, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do governo alemão por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, bem como órgãos dos governos federal (IBGE, ANA, SFB, EPE, ICMBio, IBAMA), estadual/distrital e municipal, organizações da sociedade civil, instituições de pesquisa, federações estaduais da indústrias e empresas privadas. Acesse os resultados e lições aprendidas apresentados durante o seminário de encerramento "O capital natural e os serviços ecossistêmicos na agenda de governos e do setor empresarial no Brasil".Conheça mais sobre a inserção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos na tomada de decisões e no planejamento empresarial e de políticas públicas:                                            O projeto TEEB compilou as principais iniciativas nacionais e internacionais que atuam no tema de serviços ecossistêmicos e da biodiversidade. Duas destas, foram parceiras do projeto, TeSE/FGV e Plataforma Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES). Contou ainda com a parceria do projeto ValuES, uma iniciativa de cooperação global que propicia o fortalecimento de projetos em serviços ecossistêmicos em mais de 15 países.   Para saber mais sobre Serviços Ecossistêmicos, clique aqui.
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