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FAQs - Segurança Química - Mercúrio
O mercúrio elementar é um elemento presente naturalmente na crosta terrestre, na água, nos seres vivos e na atmosfera. Dentre as diferentes formas químicas do Hg, o metil-Hg+ é a forma mais tóxica para organismos superiores, particularmente mamíferos. O metil-Hg é, em sua maior parte, produzido biologicamente por bactérias como um mecanismo natural de detoxificação. Nos mamíferos, o metil-Hg acumula-se preferencialmente no sistema nervoso central devido à sua afinidade com aminoácidos abundantes neste sistema, levando à disfunção neural e eventualmente à paralisia e morte. A principal via de exposição humana ao metil-Hg é a ingestão de peixes, particularmente os peixes carnívoros. Outras vias, como absorção cutânea, ingestão de água e outros alimentos são possíveis, porém desprezíveis em relação à exposição através do consumo de peixes contaminados.
Bastante raro, porém com extração e purificação simples, o mercúrio ocorre na forma mineral, sendo o cinábrio o mineral mais abundante, principalmente no leste europeu, na Espanha, México e Argélia. O mercúrio é o único metal líquido à temperatura ambiente, possui caráter nobre, sendo pouco reativo, pode formar compostos orgânicos e inorgânicos. O mercúrio não é minerado no Brasil, sendo desconhecida a existência de depósitos.
O caso de maior repercussão de contaminação por mercúrio foi o caso de Minamata, no Japão.  Em 1908, a empresa Nippon Nitrogen Fertilizer (NN) se instalou em Minamata, tornando-se responsável, em meados da década de 1930, por 50% da produção japonesa de acetaldeído e de compostos derivados do ácido acético. Em 1941 a NN deu início à produção de cloreto de vinila, quando adotou o nome de Chisso Co,, responsável por 90% da arrecadação dos impostos do município e pela manutenção de várias escolas e hospitais. A Chisso utilizava sulfato de mercúrio como catalisador na produção de ácido acético e derivados, e de cloreto de mercúrio para produzir cloreto de vinila. Como no processo de metilação do acetileno parte do mercúrio também é metilada, o metal era liberado nos efluentes da empresa, no caso, diretamente na Baía de Minamata.
Não existem minas de cinábrio no Brasil. Portanto, o país não é um produtor de mercúrio através de mineração primária e importa toda a quantidade consumida. O Brasil importa mercúrio tanto na forma metálica, na forma de compostos deste metal e também na forma de mercúrio adicionado em produtos. A Espanha e o Quirguistão são os países que mais exportaram mercúrio metálico para o Brasil em 2010. O Brasil não exporta o mercúrio metálico, porém exporta mercúrio através de produtos que contem esse metal adicionado, como, por exemplo, lâmpadas, computadores, televisores, principalmente para países da América Latina.
No âmbito internacional, o programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - UNEP (United Nations Environmental Programme), libera a negociação intergovernamental para elaboração de um instrumento legal global juridicamente vinculante, que propicie reduzir a emissão, a comercialização e a mineração do mercúrio, além de dar diretrizes para os aspectos relacionados à recuperação de áreas contaminadas e estocagem adequada do mercúrio e seus resíduos. Este processo deverá ser concluído em 2013.

O Ministério do Meio Ambiente coordena tecnicamente a participação do Brasil, em parceria de todas as instituições do governo que possuem relação com o tema, como o IBAMA, o Ministério da Saúde, o Ministério de Minas e Energia, a ANVISA, etc.
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