Experiências bem sucedidas de agricultura com base ecológica no Brasil, Colômbia, Chile, México e Nicarágua são analisadas.
LETÍCIA VERDI
A Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) do Ministério do Meio Ambiente (MMA) apresentou a experiência do Brasil em seminário promovido pelo governo federal e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), nesta segunda e terça-feira (02 e 03/12), em Brasília. Além do Brasil, Colômbia, Chile, México e Nicarágua também mostraram o que vêm fazendo para produzir mais e desmatar menos. O objetivo do encontro é identificar e analisar as experiências bem sucedidas e promover o intercâmbio de informações entre os países.
“A dimensão ambiental precisa ser integrada nas políticas de incentivo ao crédito e aumento da produção”, ressaltou o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável, Paulo Guilherme Cabral, durante o evento. Produzir alimentos, combater a pobreza e ser sustentável são as premissas do evento, que foca na cooperação Sul-Sul.
FORTALECIMENTO
Nesta terça-feira (4/11), os participantes discutiram o documento final do projeto que irá sistematizar as experiências analisadas e apresentar as conclusões e recomendações aos países. O documento vai destacar a necessidade de fortalecer as políticas junto à sociedade civil para diminuir o impacto da agricultura no meio ambiente e combater a pobreza. Segundo o gerente de Políticas Agroambientais da SEDR/MMA, Moisés Savian, é necessário, ainda, criar mecanismos de avaliação das políticas públicas nos cinco países. “Este é o nosso principal desafio”, afirmou.
Participaram do encontro representantes dos ministérios do Meio Ambiente e da Agricultura dos cinco países, representantes de entidades acadêmicas, pesquisadores, sociedade civil e setor privado, além de lideranças regionais. O projeto é parte do Programa de Cooperação Internacional Brasil – FAO e foi apresentado no Auditório do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Brasília.
SAIBA MAIS
Segundo dados da FAO, em 2050 a população mundial chegará a 9 bilhões de pessoas. Portanto, será necessário aumentar a produção mundial de alimentos. A América Latina e o Caribe, por suas condições climáticas e por ser um dos principais produtores de matérias primas, deverá sofrer pressão por parte dos produtores agrícolas tradicionais.
Para enfrentar esse fato, a FAO e o governo brasileiro assinaram, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), termo de cooperação técnica que criou o Programa de Fortalecimento de Políticas Agroambientais nos países da América Latina e Caribe por meio do Diálogo e Intercâmbio de Experiências Nacionais. Para começar, foram escolhidos cinco países representativos da situação latino-americana. O projeto deve ter continuidade em 2014.
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Cinco países debatem políticas agroambientais latinoamericanas
Crédito: Martim Garcia/MMA
Cabral (C): integração em favor da produção
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