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Sarney Filho recebe secretários de agricultura
Ao abrir hoje a 7ª Reunião Ordinária do Fórum Nacional de Secretários de Agricultura, o ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, destacou a importância do trabalho conjunto entre agricultura e meio ambiente. ?Da maneira como usamos os recursos naturais depende a própria sobrevivência do setor produtivo ?, acentuou. O ministro classificou de histórico esse encontro de hoje, lembrando que, pela primeira vez, secretários de agricultura reúnem-se no MMA.
Sarney Filho enfatizou a importância do setor agrícola na produção de alimentos e no resultado da balança comercial do país, mas disse que o setor precisa assimilar o conceito de valoração dos bens ambientais. Informou que, de acordo com estudo recente, 1,75 bilhão de pessoas já enfrentam severa escassez de água no planeta, e a projeção de cientistas é de que 3,3 bilhões de pessoas não tenham água para irrigação em 2025. ?Não faz sentido a continuidade da expansão da atividade agrícola sobre os recursos naturais ainda disponíveis, sem a necessária revisão dos critérios de eficiência e de produtividade, e o adequado aproveitamento das áreas já ocupadas?, afirmou.
Em seu discurso, Sarney Filho lembrou que a busca incessante de novas áreas para a implantação de culturas anuais tem levado à drástica remoção das matas nativas, à queimadas descontroladas, causando instabilidade ao ecossistema e prejuízos incalculáveis à economia. Informou que a expansão da fronteira agrícola na Amazônia, por exemplo, tem modificado drasticamente a paisagem de extensas áreas de floresta. Dos 15% da cobertura já desmatada, mais de 1/5 está abandonada, o que totaliza 165 mil km quadrados, equivalente a Santa Catarina e Espírito Santo, juntos.
?Vale destacar que nossa atuação junto ao setor produtivo e junto ao restante do governo vem no sentido de convencermos a todos de que a questão ambiental jamais será resolvida nos limites desse ministério, mas requer o envolvimento de toda a sociedade?, enfatizou.
O ministro criticou ainda o volume de madeira retirada das florestas, que chega a 350 milhões de metros cúbicos por ano. Ele informou estar estudando com representantes do setor florestal a reivindicação, junto ao governo, de linhas de financiamento a juros compatíveis com a atividade. ?Consideramos urgente a necessidade de aumentarmos nossa capacidade de reflorestamento, como medida que permita poupar as florestas nativas da intensificação da busca por madeira?, prosseguiu.
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