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Encontro reúne cidades que vão sediar a Copa do Mundo

Publicado: Segunda, 08 Agosto 2011 21:00 Última modificação: Segunda, 08 Agosto 2011 21:00

Cristina Ávilla

O Ministério do Meio Ambiente reuniu na manhã desta terça-feira (09/08) instituições do Governo Federal e representantes das cidades brasileiras que vão sediar a Copa do Mundo em 2014. O objetivo do encontro, que termina amanhã, é conhecer a experiência de Londres na preparação dos Jogos Olímpicos de 2012. A competição na capital londrina terá características ambientalmente corretas, e o Brasil busca subsídios para tornar a Copa um exemplo de baixa emissão de gases de efeito estufa.

"Até amanhã, teremos um termo de referência para a formulação de um inventário que vai permitir a realização de uma Copa com baixa emissão", explica Karen Silverwood-Cope, coordenadora do Núcleo Temático sobre Mudanças Climáticas, do MMA, que promoveu o encontro, com o apoio da Embaixada do Reino Unido.

O inventário significará a contabilização em quantidades de gases, especialmente CO², que poderão ser emitidos em todas atividades a serem desenvolvidas em função da Copa. O documento também conterá propostas para a redução dessas emissões. As soluções serão amplas - desde a construção de ciclovias até o plantio de árvores. As iniciativas serão herança dos jogos para melhorar a qualidade de vida nas cidades.

O termo de referência será encaminhado à Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade para a Copa, que é coordenada pelo Ministério dos Esportes. Em seguida, o assunto será levado ao Comitê Gestor da Copa, organismo interministerial que decidirá sobre a aplicação de recursos nas estratégias previstas no inventário.

"Estamos até assustados com o tamanho dos preparativos em Londres. E nosso principal objetivo é deixar um legado com os Jogos Olímpicos", comenta Colin Reynolds, ministro conselheiro da Embaixada Britânica.

A capital inglesa terá vantagens permanentes -  econômicas, sociais e esportivas - com a realização da competição, cuja abertura deverá ser assistida por 4 bilhões de pessoas em todo o mundo. Para isso, foram instalados mais de 200 km de cabos elétricos em 6 km de túneis embaixo do Parque Olímpico.

Um exemplo das precauções para serem evitadas emissões de gases de efeito estufa nos Jogos Olímpicos foi transportar por trens e balsas cerca de 50% dos materiais entregues no parque dos jogos, além do lixo removido. Assim, foram poupados os veículos rodoviários, com motores movidos a combustíveis fósseis.

Nas instalações esportivas serão utilizadas no mínimo 40% a menos da água que seria consumida em prédios convencionais, isso devido, por exemplo, a novas tecnologias para a coleta de chuva que servirá para o funcionamento de descargas de banheiros.

A realização dos Jogos Olímpicos será um dos maiores projetos de revitalização da Europa - 75 centavos de cada libra gasta nas construções estão sendo investidos na recuperação de áreas impactadas. Mais de 100 hectares de parques foram criados, incluindo 8 km de hidrovias e o cultivo de 500 mil novas plantas.

A metodologia para se chegar a essas iniciativas foi apresentada ontem, na Embaixada do Reino Unido em Brasília, por profissionais que trabalham nas atividades e planejamento da infraestrutura necessária para a realização dos jogos londrinos.

As engenheiras Judith Sykes e Jo Carris mostraram gráficos explicativos sobre fontes de gases de efeito estufa, meios de medição de carbono, investimentos realizados, além de apresentarem exemplos de oportunidades de sustentabilidade que podem ser aproveitadas pelo Brasil.

"Para o Governo Federal, a elaboração do inventário de emissões é prioridade", enfatizou o coordenador da câmara técnica coordenada pelo Ministério dos Esportes, Cláudio Langone. "É uma oportunidade para fazer com que as cidades sejam melhores pra viver", comentou.

Neilton Fidelis, assessor da Secretaria Executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, também participou do debate. "O fórum é um grande articulador de diferentes setores da sociedade, e esses processos de construção para a Copa vão exigir discussões com esses setores. Estamos aqui para contribuir com as articulações", comentou ele.

Além de dez estados que mandaram representantes para o encontro, também participaram técnicos do Ministério de Ciência e Tecnologia, Casa Civil, Corregedoria Geral da União e Agência Nacional de Águas.

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