Carlos Américo
No segundo dia do Diálogo de Alto Nível Brasil-União Europeia sobre a Dimensão Ambiental do Desenvolvimento Sustentável e Mudança do Clima, nesta terça-feira (28/6), o secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, Bráulio Dias, disse que os países devem traduzir os resultados da COP-10 de Biodiversidade em políticas públicas.
"O mundo mudou. Não podemos mais trabalhar com a ideia de que os recursos naturais são livre para todos", ressaltou.
Para ele, mesmo com crise econômica, os países desenvolvidos podem ajudar os em desenvolvimentos com um pacote de inovação, com novas tecnologia. Bráulio ainda apresentou na reunião ações do Governo Brasileiro para a proteção florestal.
Ele citou como avanço o monitoramento de todos os biomas brasileiros, que resultou na queda do desmatamento, e o Bolsa Verde, iniciativa de pagar à população de baixa renda pelos serviços ambientais por proteger a floresta.
O embaixador André Aranha, diretor de Meio Ambiente do Itamaraty, defendeu o equilíbrio no debate ambiental e econômico. "Não será fácil. Mas temos um legado ambiental da Rio 92 e o próximo passo, 20 anos depois, é a economia verde", disse. Em 2012, o Rio de Janeiro vai sediar a conferência da ONU Rio+20, que terá como temas centrais economia verde e governança internacional.
"Não queremos colocar o meio ambiente no topo, mas também não podemos deixar a economia no topo como está. É preciso ter balanço", reiterou o diretor-geral de Meio Ambiente da UE, Karl Falkenberg. "Meio ambiente, economia e social são a chave para esse debate."
Os encontros com a UE têm sido anuais e são realizados alternadamente em Brasília e em Bruxelas.
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