Melissa Silva
Durante a abertura da Semana do Meio Ambiente, na Concha Acústica, em Brasília, estudantes de várias escolas públicas do Distrito Federal visitaram a 1ª Exposição Oportunidades Ambientais, que até 5 de junho (Dia Mundial do Meio Ambiente) traz tecnologias e produtos fabricados por meio de práticas sustentáveis, tendo em vista a geração de emprego e renda. No meio desses alunos, 25 crianças de 6 a 15 anos vieram da Vila Estrutural, localizada às margens da DF-095, que começou na década de 60 por catadores que separavam materiais recicláveis no lixão próximo ao local.
Com a professora Vanessa Andrade, os estudantes puderam visitar 80 estandes e conhecer artesanatos de material reciclável, biojóias, processo de despoluição do Lago Paranoá, carro elétrico, bicicleta de bambu e ver na prática o que eles aprendem na escola como atividade extracurricular.
A bicicleta de fibra vegetal, por exemplo, é um projeto social que já funciona em Gana (África) e nas Filipinas para produzir quadros de bicicleta feitos de bambu a baixo custo com o objetivo de viabilizar transporte sustentável para populações rurais e de baixa renda. Nos Estados Unidos o quadro de bambu custa U$ 750, mas a ideia é patentear a criação no Brasil e incentivar a produção em larga escala para baratear o preço e gerar emprego para quem quiser produzir as bicicletas de bambu.
O estande da biojóia apresenta outro projeto de responsabilidade socioambiental que recolhe plantas nativas do Cerrado, como folhas e cascas, que caíram naturalmente e são separadas por meio de manejo do solo. Após a coleta é feita a secagem e a higienização, o que chamam de beneficiamento da matéria-prima, para depois transformá-la em artesanato. Tudo isso com técnicas naturais e sem nenhuma intervenção química. Com a venda das bijouterias, o projeto faz capacitações em escolas de áreas de baixa renda para ensinar aos pequenos o valor dos materiais gerados pela natureza.
A exposição é uma iniciativa do Governo do Distrito Federal com apoio do Ministério do Meio Ambiente e continua até dia 5 de junho com palestras, oficinas e apresentações musicais. Confira a programação no site do Instituto Brasília Ambiental (Ibram).
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