O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) acaba de divulgar os dados do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real na Amazônia (Deter) dos meses de agosto, setembro e outubro de 2010. Respectivamente, os alertas totalizaram 265km², 448km² e 389km². Os alertas do Sistema Deter são instrumentos importantes para auxiliar a fiscalização do Ibama na maior floresta tropical do planeta.
Se comparados à soma de detecções do mesmo período de 2009 (agosto a outubro), os valores apresentam um leve acréscimo: 1.074 km² em 2009 e 1.102 km² em 2010, variação positiva de apenas 2,8%.
O relatório do Deter confirma análise do MMA e do Ibama sobre algumas frentes de preocupação. O Amazonas - mais especificamente na sua porção sul (Apuí, Novo Aripuanã, Lábrea e Boca do Acre) e em Manicoré -, registrou um aumento de 74%.
Rondônia subiu 32%, o Maranhão alcançou aumento de 168%, seguido pelo Acre com 160% e o Tocantins com expressivos 190%, embora, em números absolutos, isso não represente um acréscimo expressivo. Vale lembrar que foram nesses estados em que houve elevação dos focos de incêndio e queimadas no mesmo período, o que exigiu a realocação momentânea de recursos usados no combate ao desmatamento.
Análise mais detalhada precisa ser feita para avaliar o quanto dos alertas do Deter é relativo a autorizações legais de supressão de vegetação nativa, como, por exemplo, de empreendimentos licenciados. Quanto mais se combate o desmatamento ilegal, proporcionalmente aumenta a participação das autorizações legais no cômputo geral.
O ministério e o Ibama reafirmam que todo o esforço será feito para continuar perseguindo as metas de redução do desmatamento, como vêm fazendo ao longo dos últimos anos. No próximo mês de janeiro, a Comissão Executiva do PPCDAM irá se reunir para avaliar os dados e sugerir aprimoramentos na estratégia de redução do desmatamento.
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Luciana Abade, (61) 9648-3575
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