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Produtos extrativistas são comercializados em feira da sustentabilidade

Publicado: Terça, 02 Novembro 2010 22:00 Última modificação: Terça, 02 Novembro 2010 22:00

Carlos Américo (*)

Doce de umbu, óleo de andiroba, manteiga de murumuru e castanha-do-brasil. Esses são alguns dos produtos apresentados por empreendimentos e redes de extrativistas de todos os biomas brasileiros na Praça da Sociobiodiversidade. O espaço, inaugurado pelo secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, José Machado, nesta quarta-feira (03/11), em São Paulo, na abertura da feira Biofach/Exposustentat, é uma vitrine de exposição e comercialização de produtos, dando visibilidade à riqueza natural e social brasileira.

Pela primeira vez, a Praça reúne representantes de 35 empreendimentos de povos e comunidades tradicionais, extrativistas e agricultores familiares para negociar diretamente com empresários e consultores, a venda de seus produtos. A praça é uma estratégia do Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade.

Para Machado, a praça traz o debate sobre uma nova forma de consumo e uma melhor perspectiva de vida das populações tradicionais que vivem na floresta e da floresta".

"Temos de construir um novo pensamento sobre a forma de produzir e consumir, que precisa ser trabalhada junto com a sociedade", defendeu. "As comunidades tradicionais mostram que é possível produzir e manter a floresta em pé, que é um dos grandes desafios do Brasil", completou.

Ele lembrou que o Brasil é cada vez mais reconhecido como megadiverso, com rica biodiversidade e valorização da população que vive na floresta e protege o meio ambiente. "Isso são prenúncios de um país que pode ser potência. O Brasil tem muito a dizer e contribuir para um novo padrão de desenvolvimento do século 21", finalizou.

A Praça é uma parceria entre os ministérios do Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Companhia Nacional de Abastecimento e da Cooperação Técnica Alemã GTZ e Sebrae. Estão na praça empreendimentos e Redes dos Biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.

Negociações

Desempregadas da indústria madeireira de Alta Floresta (MT), um dos 43 municípios que mais desmatam a Amazônia, um grupo de mulheres viu na Castanha-do-Brasil uma oportunidade de negócio para sustentar suas famílias. Assim foi criada a Cooperativa de Extração de Castanha-do- Brasil de Alta Floresta (Cecab).

Com uma produção média de três toneladas por mês, o grupo apresenta seus produtos e fecha contratos com empresas com a venda da castanha. Para Albino dos Santos, um dos cooperados da Cecab, a bandeira da consciência ambiental, a sustentabilidade, com preservação dos recursos naturais, resultou no sucesso da Cecab.

A representante da Cooperativa de Artesanato de Miracatu, Aparecida Souza, acredita que vai fechar muitos negócios na Praça. "Já vendi três produtos e já tive propostas". O grupo dela faz artesanato com palha da bananeira.

Para o presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, Manuel Cunha, a praça é uma forma de demonstrar para a sociedade a importância de se ter políticas eficazes para o extrativismo.

Copa 2014

O MMA acredita que na Praça da Sociobiodiversidade seja possível fechar negócios para promover o consumo de produtos da sociobiodiversidade por turistas durante a Copa de 2014. A idéia é criar uma identidade ambiental e social dos produtos, para que em cada uma das 12 capitais sede da Copa sejam feitos produtos com materiais típicos de cada região.

A programação da Praça inclui, ainda, apresentação de painéis ao longo dos três dias da feira e terão como temas: o Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade; a Copa do Mundo da Fifa de 2014: Uma Copa Sustentável; e  Sociobiodiversidade e Copa 2014: Oportunidades e Desafios.

A Conferência BioFach América Latina/ExpoSustentat é um espaço para negócios e reúne palestrantes brasileiros e internacionais que abordarão temas atuais e apontarão tendências dos mercados orgânico e sustentável. Esta combinação oferece aos visitantes e expositores uma oportunidade privilegiada de fazer contatos e negócios com diversos setores.

(*) Edição: Gerusa Barbosa

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