Maiesse Gramacho
O mundo precisa chegar a um acordo em Nagoya, no que diz respeito à biodiversidade. A avaliação foi feita pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ao discursar nesta quarta-feira (22) na Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA). O evento antecede a 10ª Conferência das Partes (COP) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) da ONU, marcada para o próximo mês na cidade japonesa.
"Esta é a hora de transformar palavras e discussões políticas em ações", frisou a ministra brasileira. Para ela, a reunião de hoje na ONU é uma oportunidade de "galvanizar a vontade política e o empenho dos países".
Segundo Izabella, um Sistema Internacional de Acesso e Repartição de Benefícios [da biodiversidade], um plano estratégico para o período pós 2010 e uma estratégia de mobilização de recursos constituem um "pacote indivisível" para a COP-10. "E devem ser considerados, discutidos e negociados com a atenção e urgência que o assunto merece", afirmou.
Para Izabella, "a conservação e a utilização sustentável dos recursos biológicos são cruciais não só para assegurar a continuidade dos benefícios às comunidades locais e indígenas, mas também para criar oportunidades para o desenvolvimento sustentável e a erradicação da pobreza para todos".
Responsabilidade - Em seu discurso, a ministra garantiu que o Brasil, enquanto país megadiverso, está ciente de sua responsabilidade e está fazendo sua parte. "Sob a liderança do presidente Lula, o Brasil tem alcançado resultados importantes: criamos o maior número de novas áreas protegidas nos últimos anos e conseguimos reduzir a níveis históricos as taxas de desmatamento na região amazônica", destacou. "Mas ainda resta muito a fazer", ressalvou.
A Cúpula de Biodiversidade de Nova York, como está sendo chamada a reunião, é uma contribuição ao Ano Internacional da Biodiversidade, celebrado em 2010.
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