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Ministra recebe homenagem do Conselho Federal de Biologia

Em seu discurso, Izabella Teixeira disse que o profissional da área precisa estar preparado para lidar com as questões ambientais e influenciar as políticas públicas do setor.
Publicado: Domingo, 19 Setembro 2010 21:00 Última modificação: Domingo, 19 Setembro 2010 21:00

Paulenir Constâncio *

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, foi homenageada nesse sábado (18/9) pelo Conselho Federal de Biologia. Izabella, que é bióloga, em seu discurso fez um balanço da política ambiental brasileira e dos desafios previstos para os próximos anos. Ela destacou o papel da biologia no cenário e ressaltou que as escolas devem estar preparadas para a nova realidade. Na avaliação da ministra, o profissional da área precisa estar preparado para lidar com as questões ambientais e influenciar as políticas públicas do setor.

"Formular políticas públicas significa ter avaliação e negociação", defendeu a ministra. Ela propôs um novo perfil para o biólogo, capaz de dar conta dos novos desafios. O papel da área ambiental, segundo ela, depende do poder de negociar interesses na área econômica e social. Para ela, "não basta dizer não" depois de uma avaliação de especialista. "Às vezes porque vem muita gente dizendo sim e acaba ganhando", segundo ela, por faltar disposição para negociar.

Falando aos biólogos na sede do Conselho da categoria, em Brasília, ela avaliou que o País tem uma importância ímpar quando se trata da questão ambiental. Para ela, esse "é o grande desafio do Brasil".

Izabella disse que é preciso "ampliar" o debate e buscar uma linguagem clara, para que toda a sociedade compreenda e possa influenciar as tomadas de decisões políticas em relação ao meio ambiente. Ela lembrou que todas as lideranças mundiais no setor procuram o Brasil na qualidade de interlocutor e de protagonista nas questões de meio ambiente. "Estamos entre os países mais importantes em meio ambiente", avaliou.

O Plano Nacional de Mudanças Climáticas, para ela, é o que trouxe o reconhecimento mundial. "Fizemos o que nenhum outro país do mundo fez: nosso dever de casa", disse ao destacar que o Brasil assumiu metas ousadas, ao transformar em lei a proposta de reduzir suas emissões em até 39%, até 2020, apresentada na última conferência do Clima, em Copenhagen, na Dinamarca, em 2009.

Nos próximos anos, segundo prevê Izabella, a agenda ambiental tende a ocupar espaços cada vez maiores. Como exemplo, citou a biotecnologia e biopirataria. Ela informou que já solicitou ao novo secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, Bráulio Dias, a abertura de um amplo debate sobre a biodiversidade. A pauta internacional prevista para ser aprovada em Nagoya, no Japão, em outubro, na 10ª Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, será a base dos entendimentos internos. "As metas da ONU para 2020 têm que ser debatidas no Brasil, para que daí saia uma agenda brasileira para a biodiversidade", destacou.

Ela lembrou, também, os "mais de 400 projetos de lei" que tramitam no Congresso propondo alterações na legislação ambiental e a polêmica em torno da reforma do Código Florestal. Segundo avalia, as informações sobre esse assunto não chegam de forma clara à sociedade. Por isso, defendeu "uma nova linguagem", citando o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, que só chegou à agenda das políticas públicas depois que simplificou o discurso. É preciso, segundo disse, abrir espaços para conversar com todos os setores.

* Edição: Gerusa Barbosa

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