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Países latinoamericanos discutem combate ao desmatamento na região

Publicado: Segunda, 13 Setembro 2010 21:00 Última modificação: Segunda, 13 Setembro 2010 21:00

Carine Almeida / SG

Com o objetivo de combater o desmatamento na América Latina, representantes de países da região se reuniram hoje (14), em Brasília, em um seminário internacional para trocar experiências e debater o uso de novas tecnologias no controle da devastação. Presente ao
evento, a ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente, disse que o momento exige a identificação de pontos de interesses comuns entre os diferentes países envolvidos na busca de uma economia de baixo carbono e do desenvolvimento sustentável.

"Nas discussões sobre biodiversidade constatamos que os países em desenvolvimento, especialmente os do hemisfério Sul, são os detentores dos principais ativos de diversidade biológica do planeta. A cooperação entre países da América Latina é importante também para a formação de um bloco com mais força em negociações internacionais", afirmou a ministra aos representantes do Peru, Bolívia, Colômbia, Venezuela, Costa Rica, Equador, Brasil e Argentina, além de França, Itália e Estados Unidos.

Izabella explicou que o sucesso do combate ao desmatamento na Amazônia brasileira é o resultado de uma gestão estratégica de políticas públicas associadas que implementaram ações econômicas e sociais em alternativa à antiga prática de desmate, além do monitoramento, fiscalização e controle.

A interlocução com os demais ministérios para influenciar setores econômicos também foi fundamental. "Hoje, estamos promovendo um debate sobre a modernização de ciclos econômicos, principalmente daqueles ligados aos recursos naturais, como a pecuária, por exemplo, e vemos que os setores obsoletos devem passar por transformações gradativas, focadas no uso sustentável", afirmou.

Izabella citou ainda iniciativas do Governo Federal como o PPCDAM, o Zoneamento Ecológico e Econômico(ZEE) e as operações Arco Verde e Arco de Fogo (de combate e controle da devastação e implementação de alternativas econômicas sustentáveis para habitantes da
região amazônica) como bons exemplos de ações que, além das metas previstas, contribuem também para o fortalecimento da cooperação entre diferentes instituições e setores.

Ela ressaltou que a mesma estratégia está sendo desenvolvida no Cerrado e que em breve será estendida a outros biomas brasileiros. De acordo com a ministra, o diálogo com diferentes segmentos da sociedade foi outro ponto importante.

O vice-presidente-executivo do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Luiz Enrique Berizbeitia, ressaltou que o objetivo do evento é promover a troca de experiências entre as nações participantes, já que o Brasil tem uma experiência exitosa
em mecanismos de controle ao desmatamento. "Como instituição voltada à integração regional e ao desenvolvimento sustentável dos países latinos, queremos servir ao propósito da cooperação Sul-Sul", disse Berizbeitia.

O executivo reforçou também a intenção de que o encontro possa gerar, como um dos resultados, a implementação de um fórum regional capaz de atuar de forma crescente na cooperação multilateral. "Os recursos naturais renováveis constituem a maior riqueza do continente latinoamericano. Promover e fortalecer economias locais para que os países sejam mais competitivos é um dos grandes objetivos do CAF, e queremos investir cada vez mais na cooperação entre os mesmos para que sejamos um bloco cada vez mais forte em discussões internacionais."

O CAF está presente em 18 países latinoamericanos, entre os quais algumas nações do Mercosul como o Brasil e Argentina.


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