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Manufatura reversa de geladeiras entra em operação

Publicado: Segunda, 13 Setembro 2010 21:00 Última modificação: Segunda, 13 Setembro 2010 21:00

Paulenir Constâncio

As geladeiras com mais de 10 anos que contém clorofluorcarbonetos (CFCs), gases nocivos à camada de ozônio e que ajudam a acelerar o aquecimento global, terão estes gases eliminados. Entrou em operação nesta semana, em Cabreúva (SP), uma indústria de manufatura reversa desses eletrodomésticos no País.

Até então, o processo de eliminação dos gases era realizado com o descarte da espuma de poliuretano (onde está a maior quantidade de clorofluorcarbonetos) nos aterros sanitários e lixões. Com a nova tecnologia, esse isolante será tratado de forma a impedir que os CFCs sejam liberados na atmosfera.

A previsão é de que as ações do governo brasileiro e da iniciativa privada recolham e desativem até 10 milhões de refrigeradores produzidos há mais de dez anos. Nesses modelos mais antigos, os CFCs eram utilizados nos circuitos de refrigeração e na espuma termoisolante dos aparelhos. Desde 2001, não se utiliza mais os clorofluorcarbonetos na fabricação de refrigeradores domésticos e comerciais e ares-condicionados.

Reciclagem - As indústrias de manufatura reversa realizam a desmontagem dos equipamentos para reciclar e tratar os resíduos. No caso daqueles que possuem CFCs, elas retiram e eliminam esse componente. O apoio e incentivo à instalação desse tipo de indústria faz parte do programa brasileiro para proteção da camada de ozônio, que completa 15 anos em 2010. O pólo instalado em São Paulo, operado pela Indústria Fox Proteção para o Clima, foi construído com apoio da Iniciativa Suíça de Proteção Climática, em parceria entre o governo daquele país e a Fundação SENS International.

Também já está prevista, para outubro, a instalação de outra planta de manufatura reversa, desta vez na cidade de Careaçu (MG), com apoio do governo alemão, por meio de cooperação com o Ministério do Meio Ambiente.

Resíduos - As duas indústrias fazem parte do conjunto de ações do Brasil voltadas para o gerenciamento de resíduos eletroeletrônicos, que agora é lei, com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos em agosto último. O objetivo é promover o manejo e a destinação final adequada das substâncias destruidoras da camada de ozônio e que contribuem para o aquecimento global.

Desde 1999 não se produzem mais veículos e condicionadores de ar com CFCs. A partir de 2001, refrigeradores domésticos e comerciais também deixaram de utilizar esses gases. Para eliminar os equipamentos restantes, o governo brasileiro está trabalhando em várias frentes, como o incentivo à troca dos eletrodomésticos, a capacitação para a reciclagem e regeneração dos CFCs e, também, a instalação de indústrias de manufatura reversa.

CO² - Os CFCS, além de destruírem a camada de ozônio também possuem potencial de aquecimento global e contribuem para o aumento do efeito estufa.

O Protocolo de Montreal é reconhecido como um dos mais bem sucedidos acordos internacionais na área de meio ambiente, assinado pelo País na década de 1990, que prevê o banimento dessa substância nos processos industriais.


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