Carine Corrêa
Durante seminário realizado hoje (6) no Senado, em Brasília, pela programação do I Fórum de Biodiversidade das Américas, o representante da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, Lídio Coradin, abordou temas como a conservação da biodiversidade, a repartição de benefícios oriundos de seu uso e legislação ambiental.
Coradin falou sobre a criação da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), em 1992, cujos objetivos são a conservação da biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes e a repartição justa e equitativa dos benefícios dela oriundos. "Avançamos em relação à conservação e ao uso sustentável, mas temos um gargalo no que diz respeito à repartição de benefícios. Um dos parâmetros delicados desta questão é o reconhecimento da soberania dos países em relação a seus recursos genéticos", explicou, acrescentando que a implementação das metas da CDB depende do avanço obtido nas discussões que ocorrem nas Conferências das Partes (COP), quando se reúnem os países signatários da CDB para discutir temas e tomar decisões. Em outubro deste ano acontecerá a COP-10, em Nagoya, no Japão.
Lídio Coradin citou ainda ações do governo brasileiro para proteção da diversidade biológica do País, como o lançamento em 2008 do Projeto Nacional de Ações Integradas Público-Privadas para Biodiversidade (PROBIO II) e o levantamento das espécies exóticas invasoras no País - consideradas a segunda maior causa de perda da biodiversidade mundial.
De acordo com Coradin, estes esforços ajudam a chamar a atenção da sociedade para a conservação da biodiversidade. "Temos que trabalhar muito ainda para promover a boa utilização e conservação da biodiversidade. Se não conseguirmos mostrar a importância desta temática a tempo, especialmente para a indústria farmacêutica e de fitoterápicos e para o agronegócio, poderemos entrar em um processo irreversível de perda que pode ocasionar danos a várias gerações."
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